Os dirigentes da AP

Publicada por José Manuel Dias


O sucesso dos serviços públicos e das empresas privadas depende, em primeira linha, da qualidade da sua gestão, até a qualidade dos seus trabalhadores depende também da qualidade dos dirigentes. Não se entende, portanto, que num país que precisa de dar um grande salto em competitividade os dirigentes sejam tratados como uma casta superior, como uma pequena nobreza cujo papel não pode ser questionado.
Em Portugal fala-se demasiado da qualidade dos trabalhadores e questiona-se pouco a dos dirigentes, como se as competências destes fosse inata, ou como se bastasse pagar um pequeno curso no INA (uma excelente receita para este instituto e a sua corte de formadores), como se o estatuto de nobreza os coloque acima de qualquer avaliação ou medida de gestão.
Mas todos sabemos que o país e, em particular, a Administração Pública está cheio de pequenos Mugabes, gente sem qualidades para exercer cargos de liderança, que estão mais ocupados a gerir o seu estatuto do que a promover a qualidade dos seus serviços. São demasiados os dirigentes portugueses que apreciam ideias novas, que aceitam quadros com ambição, as novas ideias desvalorizam-nos os quadros que as defendem colocam os seus lugares em perigo.

2 comentários:

  1. Carla disse...

    imperdível a leitura deste poste, sem sombra de dúvidas
    beijos

  2. mdsol disse...

    também o "linkei"
    rsrs
    :)