A lista das 500 Globais é interessante porque diz muito sobre o que vai por esse mundo. Por exemplo, nos últimos anos, as petrolíferas e as empresas ligadas às matérias-primas tem subido muitos lugares nos rankings. Simultaneamente, os EUA, tem menos empresas na lista (153) mas ainda assim quase um terço do total. Ora, esta perda relativa da América, que se deve também à quebra do dólar, é compensada pelo ganho da China que apresenta 29 companhias, tantas quantas a Itália, a Espanha e a Austrália somadas. Nada mau, para um país que até há poucos anos nem queria ouvir falar no capitalismo e que continua a considerar-se comunista. Mas não é só a China que sobe. Os outros BRIC (nome cunhado pela Goldman Sachs para Brasil, Rússia, Índia e China) também ganham lugares: o Brasil tem cinco empresas, três bancos mais a Petrobras e a CVRD. A Rússia tem também cinco; quatro no sector energético, petróleo e/ou gás e um banco e a Índia tem sete. Se as empresas portuguesas querem saber quais são os clientes ou parceiros do futuro, ou melhor, do presente, não restam dúvidas. É preciso apostar na China. Das grandes economias emergentes é a maior e a que mais cresce. É seguro afirmar que para o ano os BRIC terão mais empresas nas 500 Globais e que a China terá ainda mais. E, para os países que procuram investimento estrangeiro, a China é, também, um gigante que convém ter em mente.
João Caiado Guerreiro, no Semanário Económico, aqui.
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