O fim da era do petróleo barato está a forçar as sociedades ocidentais à mais dolorosa reconversão das últimas décadas. Os governos têm duas possibilidades: prolongar a agonia do doente com subsídios que adiam a reconversão ou usar os poucos recursos disponíveis para estimular a reconversão e proporcionar ajudas pessoais aos mais atingidos por esta crise.
A escolha está entre o "corporate welfare" e a ajuda social aos que têm mais dificuldades na adaptação.
A escolha está entre o "corporate welfare" e a ajuda social aos que têm mais dificuldades na adaptação.
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Na economia pós-petróleo barato, obras públicas só podem ser formas públicas de ajudar a reconversão da economia. Principalmente ajuda às energias renováveis. Se e se for possível fazê-lo bem e não forem criados elefantes brancos com umas manchas verdes.
Estão aí - nas energias renováveis - as únicas boas notícias.
O sol do Sul de Portugal - a zona da Europa com mais sol - não serve só para atrair turistas. As notícias animadoras sobre a explosão das centrais solares e a constante baixa de preço da sua produção mostram que temos tantos recursos a médio e longo prazo como se tivéssemos petróleo.
Estão aí - nas energias renováveis - as únicas boas notícias.
O sol do Sul de Portugal - a zona da Europa com mais sol - não serve só para atrair turistas. As notícias animadoras sobre a explosão das centrais solares e a constante baixa de preço da sua produção mostram que temos tantos recursos a médio e longo prazo como se tivéssemos petróleo.
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A posição do Governo não é fácil, a sua responsabilidade enorme. Os pescadores, os camionistas e os agricultores só querem uma coisa: subsídios que adiem a sua adaptação às novas condições. As construtoras querem empreitadas.
Obras, podemos e devemos ter: transportes de massa confortáveis e rápidos para os grandes centros urbanos que lhes permitam funcionar. Comboios de razoável velocidade que liguem o interior ao litoral (agora, com os espanhóis a fazer contas, é melhor esquecer de vez o TGV) e mais, muito mais linhas para o transporte de mercadorias. Barragens também, mais auto-estradas não.
Obras, podemos e devemos ter: transportes de massa confortáveis e rápidos para os grandes centros urbanos que lhes permitam funcionar. Comboios de razoável velocidade que liguem o interior ao litoral (agora, com os espanhóis a fazer contas, é melhor esquecer de vez o TGV) e mais, muito mais linhas para o transporte de mercadorias. Barragens também, mais auto-estradas não.
J. L. Saldanha Sanches, no Semanário Expresso, aqui.
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