Sempre a cair...

Publicada por José Manuel Dias


As Euribor mantêm a tendência de queda com a taxa a três meses cada vez mais perto de igualar a taxa de referência do Banco Central Europeu (BCE). Esta semana, o Banco Central Europeu (BCE) deverá reduzir novamente os juros, segundo as previsões do mercado. A taxa a seis meses recuou hoje para os 1,670%, um novo mínimo histórico, e a Euribor a três meses desceu para os 1,510%, aproximando-se mais do preço do dinheiro definido pelo BCE, que se encontra nos 1,50%.
Fonte: Jornal de Negócios, aqui.
São boas notícias para todos os que têm empréstimos em curso. São boas notícias para o Estado atento o endividamento público existente. São boas notícias para quem quer investir.

Défices excessivos

Publicada por José Manuel Dias


Nos termos dos Regulamentos comunitários, o INE já enviou para o Eurostat a primeira notificação de 2009 relativa ao exercício do Procedimento dos Défices Excessivos.
Rácio Capacidade/necessidade líquida de financiamento no PIBpm: 2,6% em 2008, para 2009 o previsto é 3,9%.
Para ver a evolução verificada entre 2005 a 2009, clicar aqui.

Preparemo-nos ....

Publicada por José Manuel Dias

A ilha Quimonda

Publicada por José Manuel Dias


Empresas que montam uma unidade em Portugal para produzir a partir de tecnologia concebida e comercializada exclusivamente pela casa-mãe, a qual envia todos os componentes a integrar na produção, a qual é depois toda reenviada de volta para a sede. Funcionam como uma ilha isolada que pouco ou nada interage com o país envolvente. Vêm para cá apenas para se aproveitar de engenharia e demais mão-de-obra barata e de qualidade. O valor acrescentado fica todo no país de origem, uma vez que esse resulta da concepção e comercialização dos produtos, não da respectiva fabricação. E quando a vantagem da mão-de-obra barata é anulada por um país asiático qualquer, deslocalizam ou fecham.
Para ler na íntegra este artido de opinião de Paulo Soares de Pinho, Professor da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa, clicar aqui.

O ovo faz-me pensar...

Publicada por José Manuel Dias


O corpo da galinha sabe muito de geometria. Foi o ovo que me contou. Porque o ovo é um objeto geométrico construído segundo rigorosas relações matemáticas. A galinha nada sabe sobre geometria, na cabeça. Mas o corpo dela sabe. Prova disso é que ela bota esses assombros geométricos.Sabe muito também sobre anatomia. O ovo não é uma esfera. Ele tem uma parte mais grossa e uma parte mais fina. Há uma razão físico-anatômica para isso. É a mesma razão por que os pregos têm uma ponta fina: para entrar melhor no buraco.
[.../...]
O nosso corpo é assim: ele sabe muitas coisas que a nossa cabeça não sabe. Se dependêssemos, para viver, dos conhecimentos que temos na nossa cabeça, há muito teríamos desaparecido da terra. O corpo é muito sábio. Acham que estou doido? Vocês já ouviram falar em Guimarães Rosa, o escritor? Pois ele disse: “O corpo não traslada, mas muito sabe, adivinha se não entende...“ Com o que, Nietzsche, o filósofo que mais amo, concorda: “Há mais razão no seu corpo que na sua melhor sabedoria“...Os gregos antigos, filósofos, diziam que a gente começa a pensar quando a gente fica abobalhado diante de um fato corriqueiro. Haverá coisa mais corriqueira que um ovo? Pois o ovo me faz pensar...
Texto delicioso, escrito por Rubem Alves, a ser lido na íntegra aqui, descoberto via A Matemática anda por aí.

Pois...E o prémio?!!

Publicada por José Manuel Dias


As taxas de juro nos contratos de crédito à habitação estão a descer desde Dezembro, acompanhando a queda das Euribor. Uma redução que não chega a quem está agora a comprar casa, devido ao aumento dos "spreads" pela banca. Desde Outubro de 2007, a diferença entre os juros praticados nos contratos e a taxa Euribor já aumentou 300%.
Apesar das descidas registadas nos últimos meses, este valor está mais de 1,7 pontos percentuais acima da média das taxas Euribor nos três meses correspondentes (média entre Outubro de Janeiro).
Fonte: Jornal de Negócios desta data, aqui.
As taxas de juro incorporam um prémio de risco. Se o nível de incumprimento do Crédito Habitação tem subido em resultado de riscos diversos, nos quais se incluem os denominados 3 D´s, mas em que sobreleva o desemprego, parece ter sentido que o prémio de risco incorporado no pricing seja objecto de agravamento. Levar mais caro, neste caso, não quer dizer que os Bancos tenham margem de lucro superior.

Morangos de luxo

Publicada por José Manuel Dias



No Algarve, os morangos que nascem, não na terra, mas em prateleiras com água, escapam à crise económica mundial, porque os agricultores vendem toda a produção ao Norte da Europa.
A chave do sucesso está na elevada qualidade da fruta, apreciada por pessoas que não se importam de pagar mais caro, explica Humberto Teixeira, produtor de morangos no Algarve. "Ainda não sentimos a crise, porque temos garantida a venda dos morangos e framboesas. Quando produzimos a fruta, já a temos toda vendido aos países nórdicos", dizem Pedro Vaquinhas e Célia Bento, engenheiros agrónomos, que se candidataram ao Proder, investiram um 1,2 milhões de euros na criação da "Agrivabe" e contam produzir até Maio cerca de 70 toneladas de morangos.
Fonte: Diário de Notícias, aqui.
Há que encontrar novos clientes. Explorar novos mercados. Descobrir nichos que valorizem o que somos capazes de fazer melhor que os outros.

The Eagles - Take It Easy

Publicada por José Manuel Dias

Aprender com os melhores

Publicada por José Manuel Dias


Apenas cinco das 397 escolas sujeitas a avaliação externa nos últimos três anos lectivos obtiveram nota máxima, um requisito obrigatório para atribuírem as percentagens mais elevadas das classificações de ‘Muito Bom’ e ‘Excelente’ da avaliação de desempenho do docente.
As secundárias das Palmeiras (Covilhã), Alberto Sampaio (Braga), Leal da Câmara (Rio de Mouro) e os agrupamentos de Santa Catarina (Caldas da Rainha) e Gualdim Pais (Santarém) foram as eleitas.
Fonte: Correio da Manhã, aqui.
Todos concordam que é preciso melhorar a qualidade do ensino. Todos subscrevem a necessidade de mudanças. Muitos procuram melhorar mas nem todos conseguem atingir níveis de desempenho superiores. Aprender com quem faz melhor pode ser um bom caminho.

Confiança precisa-se

Publicada por José Manuel Dias


A chanceler alemã Angela Merkel afirmou hoje, numa entrevista ao jornal "Financial Times", que a injecção de demasiado dinheiro para relançamento da economia mundial pode provocar o risco de criar uma retoma não durável. Na mesma entrevista, Merkel rejeitou os apelos ao desbloqueio de mais fundos públicos na Alemanha no quadro de um esforço de relançamento económico coordenado a nível internacional. "Se queremos tirar lições [da crise], a resposta não passa por repetir os erros do passado", referiu.
Fonte: Público, aqui.
Todos concordam que as grandes empresas devem "continuar de pé" em ordem a garantir os respectivos postos de trabalho e manter a necessária operacionalização para responderem prontamente à esperada (e desejada) retoma. A questão é, no entanto, mais complexa: faltam clientes. Muitos dos que poderiam comprar, sabem que no passado se excederam. Endividaram-se. Viveram acima das possibilidades. Agora o "susto" está a reformular padrões de comportamento e determinados sectores e actividades ressentem-se mais do que os outros. A recalibração é inevitável. Só assim retomaremos a confiança necessária ao normal funcionamento do sistema.

Dá que pensar...

Publicada por José Manuel Dias


O que nos falta – a nós, portugueses – é eficácia. Capacidade de concretização. Pragmatismo. Temos muito jogo, muita conversa, muito floreado; muita parra, mas pouca uva. Isto é verdade no futebol, na política, nas empresas. Não é por acaso que a Suécia está, há muitos anos, nos cinco países com maior índice de produtividade do mundo. Não é um «problema» de Carlos Queirós, é um problema dos portugueses: conversa, conversa, conversa… concretizar, fazer é uma ofensa.
Tomás Vasques no Hoje há conquilhas amanhã não sabemos.

Talking Heads - 06.Burning Down The House

Publicada por José Manuel Dias

O papel dos Bancos

Publicada por José Manuel Dias


"Estamos a tentar fazer o que é certo para os Estados Unidos", garantiram os CEO de alguns dos maiores bancos norte-americanos à saída da reunião com Barack Obama. Os responsáveis disseram ao presidente dos Estados Unidos que estão disponíveis para trabalhar com o Executivo no sentido de alcançar a recuperação económica do país. No final da reunião com o presidente dos Estados Unidos, os 15 CEO da banca traziam consigo uma mensagem de esperança. Afirmaram que as suas empresas são o centro de uma potencial recuperação económica e garantiram que estão disponíveis para trabalhar com o Executivo. "A mensagem é que estamos unidos nesta situação", disse o CEO da Wells Fargo, John Stumpf. "Estamos a tentar fazer o que é certo para os Estados Unidos", acrescentou o responsável.
Fonte: Jornal de Negócios, aqui.

Contra ventos e marés

Publicada por José Manuel Dias


Em que é que se distingue o plano agora apresentado em plena crise para os sectores do têxtil, vestuário e calçado, de um outro que o Governo decidisse lançar em tempos de calmaria? Seguramente, no número de trabalhadores envolvidos em acções de formação profissional pela pior das razões: quando os clientes deixam de comprar, não faz sentido continuar a produzir só para amontoar stocks (existências). Com os tempos de paragem produtiva, faz sentido que os dinheiros públicos apoiem a aquisição de novos conhecimentos que se antecipem necessários na fase de retoma económica.
Também nos seguros de crédito à exportação aparece o selo da emergência global. Hoje o risco de exportar e não receber é bem maior e o Estado deve ajudar a diminuir o custo desse risco para as empresas, se quiser que elas porfiem nos mercados externos, contra ventos e marés.
Para continuar a ler este artigo de opinião de António Perez Metelo, no Diário de Notícias de hoje, clicar aqui.

Devedores crónicos

Publicada por José Manuel Dias


Ao mesmo tempo, na próxima terça-feira, entra em vigor a lista pública de execuções. Passam a constar na Internet os nomes das pessoas com empréstimos por pagar, mas sem bens penhoráveis. "Visa identificar devedores crónicos" e não "casos de sobreendividamento", de acordo com João Tiago Silveira, secretário de Estado da Justiça. Na lista pública estarão as acções de penhora que não foram concretizadas por falta de bens. A inclusão dos devedores na lista vai também ajudar as empresas a recuperar IVA pago ao Estado - até aos oito mil euros - sem necessidade de acções judiciais.
Fonte: Diário de Notícias, aqui.
A reforma da acção executiva que emtra em vigor a partir de 31 de Março, arrasta outras novidades: os devedores poderão ser alvo de execuções de arresto e penhora sem citação prévia dos solicitadores e advogados nomeados pelos exequentes (credores). Serão que os credores que recorrem aos Trinunais serão ressarcidos mais depressa? O futuro dirá.

Precisamos de vários Mourinhos

Publicada por José Manuel Dias


A rolha de cortiça vai ter a maior campanha promocional da sua história. São 15 milhões de euros para manter a liderança mundial e potenciar o aumento do consumo. "Precisamos de vários Mourinhos. Apesar da liderança mundial, é uma posição fragilizada. A rolha de cortiça tem sido muito atacada e substituída pela rosca metálica e pelos vedantes de plástico", afirma Joaquim Lima, director-geral da Associação Portuguesa de Cortiça (Apcor). O treinador português de futebol, José Mourinho, foi o rosto da campanha "Choose Cork" no Reino Unido entre 2005 e 2006.
Fonte: Jornal de Negócios,
aqui.
A ameaça de vedantes de plástico justifica plenamente esta campanha. Há que proteger os mercados e explicar que "um bom vinho merece uma boa rolha".

Valorizar as TIC

Publicada por José Manuel Dias


De acordo com o Global Information Technology Report 2008-2009, publicado hoje em Genebra pelo World Economic Fórum, numa lista de 134 países, «Portugal surge como o 4º país cujo Governo mais importância dá às TIC na formulação da sua visão de futuro».
Em comunicado, o Gabinete do Coordenador Nacional da Estratégia de Lisboa e do Plano Tecnológico explica que este relatório tem por base o índice Networked Readiness Índex, no qual Portugal ocupa a 13ª posição na capacidade pública de utilizar as TIC, «13 posições acima do lugar conseguido na edição 2006-2007».
Ao nível de utilização das TIC pela Administração Pública, Portugal ocupa a 18ª posição, 11 lugares acima da edição 2006-2007.
Fonte: Dinheiro digital, aqui.

Lampadinhas precisam-se

Publicada por José Manuel Dias


A substituição do recibo de vencimento em papel - aquele que muitos de nós recebe e rasga todos os meses - pelo "recibo de vencimento electrónico" foi uma das ideias spresentadas no âmbito do concurso de ideias de simplificação para os funcionários públicos. Um prémio para incentivar a capacidade de inovação neste domínio, por parte de todos os que exercem funções públicas, beneficiando da sua experiência profissional e da sua relação de proximidade com os utentes.
Algumas das ideias suprimem encargos que incomodam muita gente, poupam papel desnecessário, ocupam pessoas com tarefas sem valor acrescentado; outras, ideias mais complexas, que quem está por dentro dos serviços acha possível desenvolver. Balcões únicos para a importação de automóveis, mais serviços electrónicos para professores e alunos, avisos por sms, desmaterialização de expediente entre serviços públicos, estão entre os vários tipos de sugestões. Para saber mais clicar no Simplex.
Fonte: Diário Económico, artigo de opinião de Maria Manuel Leitão Marques, Secretária de Estado da Modernização Administrativa.

Mas afinal o que nos une?

Publicada por José Manuel Dias


Não em sentido teórico e conceptual, mas sim no concreto do nosso quotidiano, neste momento de crise real, neste Portugal deprimido?
Ora o que inevitavelmente nos une é uma enorme dívida. E não se pense que é só o Estado que está endividado com uma dívida pública que dificilmente não ultrapassará em 2009 a fasquia dos 70% do PIB. Além do Estado estão endividadas as empresas que em 2007 deviam 114% do PIB e estão endividadas as famílias, que no final do mesmo ano deviam 129% do rendimento disponível.
[.../...]
Está nas casas próprias que habitamos, nos empregos que foram criados e preservados, na educação em que investimos, na segurança social e saúde que garantimos, está nas estradas que construímos etc... E por muito pouco que tenhamos hoje, é bom recordar que foi com dívida que o adquirimos.
E naturalmente face a este acréscimo de dívida tivemos que recorrer ao estrangeiro para nos endividarmos. Assim, a nossa dívida externa deverá ser hoje mais de 150 mil milhões de euros. É por isso que nos próximos anos a poupança será uma prioridade inevitável. E isso representa um esforço de todos e de cada um. Representa famílias com consumos mais responsáveis, empresas com programas de redução de custos e maiores níveis de eficiência e um Estado corajoso, disponível para reduzir progressivamente a despesa pública. Mas se a dívida nos une, é fundamental consciencializarmo-nos que teremos não só de pagar os juros como, a prazo, reduzir esta dependência, isto é, pagar esta dívida. Para isso temos de nos concentrar em tornar a dívida produtiva, isto é garantir ganhos reais de produtividade.
[.../...]
É por isso que, se a dívida nos une, terá que ser a produtividade (e a competitividade) que nos deverá unir. E a produtividade implicará mais trabalho, mais responsabilidade individual, mais risco pessoal, isto é mais meritocracia dos colaboradores. Representará mais selectividade, mais concentração, mais captura de ganhos na cadeia de valor pelas empresas. E implicará também maior transparência e maior eficiência a menor custo por parte do Estado. A equação de Portugal Futuro resolve-se nestas duas prioridades: Produtividade e Poupança. Pode parecer pouco, mas para Portugal é muito.
António Ramalho, em artigo imperdível, no Jornal de Negócios,
aqui.

Madeleine Peyroux - Dance Me To The End Of Love

Publicada por José Manuel Dias

Certificados Energéticos (*)

Publicada por José Manuel Dias


Quer comprar ou vender uma casa e quer saber o que tem de fazer em termos de certificação energética? Uma sugestão: visite a página da ADENE - Agência para a Energia. Como por lá se lê em jeito de apresentação sumária:
“A ADENE É uma instituição privada participada pelo Ministério da Economia e da Inovação e promove actividades de interesse público no domínio da Política Energética.
A ADENE INFORMA o Cidadão sobre a Qualidade dos Edifícios através do Sistema de Certificação e da qualidade do ar no interior dos edifícios.”
De acordo com o Jornal de Negócios, aqui, a ADENE já emitiu 50 mil certificados energéticos, desde que entrou em vigor o sistema nacional de certificação energética e da qualidade do ar do interior dos edifícios, em Julho de 2007.
(*) obrigatórios para quem quer vender ou alugar casa

É bom lembrar que...

Publicada por José Manuel Dias


"Não é o Estado que tem que resolver tudo". Hipólito de Sousa considera que o paradigma da reabilitação é o caminho que as obras públicas e a construção de edifícios devem seguir.
Em entrevista ao Negócios, o presidente do Colégio de Engenharia Civil diz que “há efeitos que se conseguem pelo lado da legislação e apoios públicos, mas os agentes do sector têm que ir à procura de soluções”.
Fonte: Jornal de Negócios, aqui.

Saber o que é uma moratória...

Publicada por José Manuel Dias


Famílias com desempregados vão ter redução de 50 por cento na prestação da casa dizem a RTP e o Público. Menos 50 por cento no empréstimo à habitação, anuncia Sócrates no debate quinzenal diz o Diário IOL. Impressionante, que ajuda fantástica!
Mas nos textos aparece uma expressão curiosa: "moratória nas prestações de crédito à habitação". Segundo o dicionário, moratória é uma dilação de prazo para pagamento de uma dívida. Ou seja, hoje pago 50 em vez de 100, mas mais cedo ou mais tarde vou ter que pagar os 50 que faltam. E a isto chamam os jornais uma redução... Estou a imaginar o Pingo Doce a anunciar "Redução de 50% nas alcachofras em lata", mas na caixa dizem-nos "para a semana paga o resto, 'tá bem?"
Fonte: Blogue a Pente Fino,
aqui.
Será que os jornalistas não sabem o que é uma moratória? Pelo que escrevem, assim parece, como conclui o Miguel Carvalho no A pente Fino.

Ravel - Bolero - Daniel Barenboim

Publicada por José Manuel Dias

A Regina imperial

Publicada por José Manuel Dias


A Imperial, empresa de chocolates do grupo RAR com fábrica em Vila do Conde, tem em marcha um ambicioso plano de crescimento que tem por objectivo, até 2012, elevar em 40% o volume de negócios, actualmente de 18 milhões de euros anuais. A Imperial vai investir mais 3 milhões de euros na nova linha de produção em Vila do Conde. As exportações, que actualmente pesam 20% do negócio da Imperial, atingindo 22 países, estão no centro da estratégia da chocolateira portuguesa. "Temos de dar o salto para outros mercados, e há neste momento muitos que estão em estudo", adianta Manuela Tavares de Sousa, administradora-delegada da Imperial. "A exportação tem de representar, dentro de dois ou três anos, 50% das vendas. E a partir daí, subir".
A Imperial é o maior fabricante português da actualidade, e também a única empresa do sector a marcar posição nos mercados internacionais. Um dos seus principais trunfos é a marca Regina, comprada em processo de falência pela Imperial, que concorre para cerca de metade do negócio global. O relançamento da Regina "foi um sucesso que ultrapassou todas as nossas expectativas", salienta a administradora da Imperial. "A Regina ficou sempre no imaginário dos portugueses".
Fonte: Semanário Expresso, aqui.
Quem é que não já comeu um chocolate Regina? Muitas gerações têm comido estes chocolates. Avós e netos têm partilhado dos mesmos gostos. O valor de uma marca é inestimável e uma gestão cuidada, como parece estar agora a suceder, potencia as vendas do produto. Há que aprender com quem sabe fazer melhor.

Poupar é preciso

Publicada por José Manuel Dias


As famílias portuguesas estão a poupar cada vez mais, segundo revelam os dados do Banco de Portugal relativos a Janeiro. No último ano, os depósitos feitos nos bancos aumentaram 13,3% para quase 116 mil milhões de euros, o que significa que estão a ser depositados 37 milhões de euros por dia.
Os depósitos estão a crescer há quase um ano, em parte devido à queda da confiança, que torna os portugueses mais precavidos quanto ao futuro. Por um lado, há um desvio dos fundos e outras aplicações com risco associado para produtos mais seguros, e, por outro lado, os portugueses estão menos consumistas, para pouparem mais, por medo do que possa acontecer no futuro. O desemprego, por exemplo, é frequentemente apontado em Portugal como a principal preocupação em relação ao futuro.
Fonte: Agência Financeira, aqui.
Foi precisa a crise para se verificar uma certa contenção no consumo, viabilizando a dinamização da poupança. Confiamos as nossas economias aos Bancos. Sabemos que nestas alturas não devemos trocar uma remuneração certa, por uma mais elevada mas de concretização incerta.

A quinta frase

Publicada por José Manuel Dias


A Sofia Loureiro dos Santos do Defender o Quadrado lançou-me aqui, um desafio: "transcrever a quinta frase da página 161 do livro que tenho à mão". Pegando no livro, Predadores, das Publicações D. Quixote, retiro: "Ele chegava ao sítio, era o último mas chegava". Missão cumprida, com gosto. Pelo desafio ter sido feito por quem foi. Por ser um livro de Pepetela . Por ser um romance delicioso. Um retrato ficcionadado de uma Angola no pós independência. Um livro que nos dá pistas para compreendermos as fraquezas e forças de um dos países que continuar a crescer apesar da crise mundial.

Lusofagia territorialis

Publicada por José Manuel Dias


“Os trabalhadores portugueses sofrem de uma doença congénita designada por lusofagia territorialis. Esta curiosa patologia ataca os portugueses que trabalham em Portugal e desaparece logo que trabalham no estrangeiro (basta passar a fronteira). Noutros países, aos trabalhadores portugueses são reconhecidas virtudes de capacidade de trabalho e de disciplina, enquanto no seu país são madraços, irresponsáveis e indisciplinados.”
Este texto reflecte a opinião de um determinado autor (julgo que não está sozinho) mas é facilmente desmontável. E então os trabalhadores portugueses que trabalham cá dentro mas para empresas multinacionais? Já não sofrem de lusofagia territorialis? Sabemos que as multinacionais a operar em Portugal detêm altos índices de produtividade. Então esses não são feitos da mesma matéria que os outros? Esta realidade leva-nos a concluir que a baixa produtividade não deve ser só uma questão de pessoas. Outros factores haverá com certeza.
Da intrododução da Manual Pedagógico da Produtividade, disponibilizado pela AEP, aqui. Uma leitura que se recomenda e que aborda temas correlacionados com o "fazer mais e fazer melhor".

Pistas para a mudança

Publicada por José Manuel Dias


Quando as coisas não vão bem devemos encarar a mudança. A mudança é sempre mais difícil quando queremos mudar tudo. Neste enquadramento não se faz, adia-se ou tem custos elevados. Podemos equacionar abordagens diferentes. Mudar em parte, alterar processos, reforçar competências, optimizar recursos, focar noutras áreas, valorizar atributos. Existem muitas maneiras para implementar a mudança, compete-nos escolher as melhores para tornear a "crise".
Seth Godin dá-nos algumas pistas, aqui:
Keep the machines in your factory, but change what they make.
Keep your customers, but change what you sell to them.
Keep your providers, but change the profit structure.
Keep your industry but change where the money comes from.
Keep your staff, but change what you do.
Keep your mission, but change your scale.
Keep your products, but change the way you market them.
Keep your customers, but change how much you sell each one.
Keep your technology, but use it to do something else.
Keep your reputation, but apply it to a different industry or problem.

O papel da Distribuição

Publicada por José Manuel Dias


As cadeias de distribuição contribuem para segurar o preço dos produtos. Segundo um estudo da Roland Berger, apresentado pela APED (Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição), os preços médios dos artigos que são, na sua maioria, vendidos através de supermercados e hipermercados cresceram abaixo da inflação entre 2003 e 2005. O preço do leite, por exemplo, com 88% das vendas feitas através da distribuição moderna, subiu 1,1% no período em análise, abaixo do valor da inflação no mesmo período, de 2,5%. O mesmo acontece com o queijo, cujo preço cresceu 0,7%, ou com as bolachas, que subiram 0,2%.
Para atingir a densidade de superfícies comerciais por habitante da União Europeia (UE), Portugal teria de abrir mais 1990 estabelecimentos: 117 hipermercados e 1873 supermercados e discounts. Isto porque, em Portugal, cada hipermercado serve 139 074 habitantes (a média da UE é de 53 517), cada supermercado, discount ou loja de conveniência serve 3 242 (acima dos 2 015 habitantes da média europeia). Pelo contrário, Portugal tem uma maior densidade no comércio tradicional - cada loja serve 518 habitantes, enquanto que na UE é 1 358.
Fonte: Diário de Notícias, aqui.
Estes números são merecedores de reflexão. Portugal mudou muito em muitas áreas e a Distribuição é uma delas. Muito pequeno comércio desapareceu fruto do surgimento dos hipers mas, a avaliar pela tendência da Europa, não vamos ficar por aqui. As ameaças permanecem. Os sobreviventes terão de dar resposta a preocupações diferentes...descobrindo novas oportunidades.

Sector financeiro é crucial

Publicada por José Manuel Dias


O ministro de Estado e das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, admitiu esta terça-feira que «não é fácil explicar à opinião pública as ajudas ao sector financeiro».
O ministro explicou que estão a ser apoiados os sectores cujo colapso teria maior impacto negativo no resto da economia. «Se o sector financeiro não funcionar, toda a economia se asfixia. Os recursos públicos não são ilimitados, por isso, é preciso escolher os sectores a ajudar e há sectores com maior efeito sistémico na economia».
Para os que perguntam para que serve toda esta ajuda ao sector financeiro, como as garantias estatais ao financiamento e a ajuda à recapitalização das instituições, o ministro tem uma resposta: «O crédito às empresas aumentou 10,6% em 2007 e 14% em 2008. Em Janeiro deste ano, registou um crescimento homólogo de 12,8%. Ou seja, continua a existir um esforço de financiamento às empresas no nosso sistema financeiro. E isto é um pouco fruto das garantias que disponibilizámos à banca e do trabalho que desenvolvemos neste sentido», considerou.
Fonte: Agência Financeira, aqui.

U2 - Magnificent

Publicada por José Manuel Dias

G20: fortalecer o sistema financeiro

Publicada por José Manuel Dias


Os ministros das Finanças do G20 declaram-se hoje dispostos a "tomar todas as medidas necessárias para restabelecer o crescimento" da economia internacional sem limite de tempo. A informação foi dada pelo ministro das Finanças britânico, Alistair Darling, no final do encontro que decorreu no sul do Reino Unido, preparatório da cimeira de chefes de Estado e de Governo do G20.
"Comprometemo-nos a pôr em marcha um esforço continuado", adiantou Darling, numa conferência de imprensa em que explicou o conteúdo da declaração conjunta elaborada pelos ministros. No texto, destaca-se que o objectivo principal é "restabelecer o crescimento global, apoiar o restabelecimento do crédito e reformar e fortalecer o sistema financeiro global".
Fonte: Público, aqui.

O país que somos (5)

Publicada por José Manuel Dias


Em 2007, o Produto Interno Bruto, por habitante, a preços constantes de 2000, situou-se em 12 437 Euros, traduzindo um crescimento de 1,7%, face ao ano anterior. Durante o mesmo ano, os preços no consumidor subiram 2,4%, cabendo às despesas com saúde a maior variação (7,4%) enquanto, de sentido contrário, as despesas com comunicações registavam um decréscimo (-1,5%).
Fonte: Indicadores Sociais 2007 do INE,
aqui.

A lista dos Devedores

Publicada por José Manuel Dias


A Direcção-Geral dos Impostos (DGCI) actualizou hoje a Lista de Devedores com a entrada de mais de 3753 novos devedores. O número total de contribuintes divulgados ultrapassa agora os 18 mil. Desde que se iniciou a publicitação da Lista de Devedores, em Julho de 2006, foram efectuados pagamentos por contribuintes notificados com o projecto de publicitação, no montante total de 689 milhões de euros, dos quais 58 milhões em 2006, 243 milhões em 2007, 351 milhões em 2008 e 37 milhões em 2009.
A publicitação de devedores tem como principal objectivo promover o cumprimento voluntário das obrigações fiscais e combater a evasão e fraude fiscais.
Do comunicado do Ministério das Finanças e da Administração Pública, aqui.

A Fine Frenzy - Whisper Live

Publicada por José Manuel Dias

O país que somos (4)

Publicada por José Manuel Dias


Em 2007, as despesas das Administrações Públicas em educação representaram 7,1% do PIB, o que constitui uma descida relativamente ao ano anterior (7,6%). Mantém-se constante o consumo final das famílias em educação, por habitante (0,8%).
O número de diplomados no ano escolar 2006/07 atingiu os 83 276, o que traduz um aumento de cerca de 16%, quando comparado com o ano anterior.
Fonte: Indicadores Sociais 2007 do INE, aqui.

O défice não é uma perda...

Publicada por José Manuel Dias


Correio da Manhã de hoje, capa, letras gordas: "Portugal perde 49 milhões por dia", referindo-se ao défice externo que alegadamente bate recordes. Não contesto nem o número, nem o recorde (o que seria normal mesmo na ausência de um problema sério de défice externo, dado que se trata de valores nominais), nem menosprezo o problema do défice/dívida externa. Apenas objecto a escolha do verbo "perder", e faço-o porque induz em erro o leitor comum.
Ao ter um défice externo, Portugal está a gastar acima do seu rendimento e, portanto, a endividar-se perante o exterior. Está, por assim dizer, a obter um empréstimo do resto do mundo. Agora, porque é que este empréstimo significa uma "perda"? Aliás, se empréstimo implicasse automaticamente uma perda, porque razão é que as pessoas pediam empréstimos de livre vontade?
Com a devida vénia ao blogue A pente Fino, aqui.

Obamania

Publicada por José Manuel Dias


Barack Obama ha ofrecido este martes los detalles de su gran reforma educativa, un ambicioso proyecto con el que intentará colocar a Estados Unidos de nuevo a la vanguardia de la enseñanza internacional, aumentando su capacidad para competir con países que, en los últimos años, han ganado ventaja a la hora de formar a sus alumnos y que han sido una fuente constante de mano de obra altamente cualificada, como Corea del Sur o India.
[.../...]
En este discurso, el presidente ha revelado la que será su medida más polémica, una reforma que le enfrentará con toda probabilidad a los poderosos sindicatos de profesores: la remuneración de los maestros sobre la base de los resultados de sus alumnos.
"A los buenos profesores se les recompensará con más dinero por mejorar los resultados de los estudiantes y se les pedirá que asuman mayores responsabilidades para mejorar sus escuelas", ha dicho Obama. "Si a un profesor se le da una oportunidad, o dos, o tres, y sigue sin mejorar, no hay excusas para que esa persona siga educando. Rechazo un sistema que recompense el fracaso".
Fonte: El País, aqui.
Barak Obama apresentou o seu programa de reforma educativa. Defende maior responsabilização dos professores na melhoria da suas escolas e advoga que a remuneração esteja dependente do desempenho dos alunos. Os sindicatos estão contra. Onde é que já vimos este filme?

Preocupante

Publicada por José Manuel Dias


Pela primeira vez, os sectores financeiro e de actividades imobiliárias pesam mais no produto interno bruto português (PIB) do que a indústria. Os dados reportam-se ao último trimestre de 2008 e foram ontem divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística.
Fonte: Diário Económico, aqui.

Crédito ao consumo com taxas máximas

Publicada por José Manuel Dias


O Governo, na sequência da transposição de uma directiva comunitária n.º 2008/48/CE do Parlamento e do Conselho, de 23 de Abril de 2008, decidiu fixar administrativamente o valor máximo da taxa de juro aplicável ao crédito ao consumo, incumbindo o Banco de Portugal de rever regularmente esse valor.
Aguardemos a operacionalização deste princípio que embora limite a liberdade de contratualização, incentivará, por certo, o reforço da selectividade na concessão de crédito. Prémios de risco elevados, que acomodavam os incumprimentos esperados, deixam de de ser possíveis, obrigando a excluir segmentos mais arriscados. Há que escolher os devedores, evitando que os bons paguem em excesso, pelos que não cumprem.

O país que somos (3)

Publicada por José Manuel Dias


Portugal dispunha, em 2007, de 357 médicos por 100 000 habitantes, o que representa um crescimento de 2,6%, quando comparado com o ano anterior. A análise do indicador semelhante, referente aos enfermeiros, revela um crescimento de 5,8% do número destes profissionais, passando agora a ser 509 por 100 000 habitantes.
Fonte: Indicadores Sociais 2007 do INE,
aqui.

Absolutamente catastrófica

Publicada por José Manuel Dias



O ministro luxemburguês das Finanças, Jean-Claude Juncker, declarou que a crise financeira global é "absolutamente catastrófica" para as economias da Europa e do resto do mundo.“A crise financeira, que prossegue e está longe do fim, mergulhou a economia europeia e do resto do mundo numa situação de crise com consequências absolutamente catastróficas”, afirmou hoje aquele responsável numa conferência de imprensa. “Praticamente não há sinais de que possamos estar a caminho de uma melhoria”, acrescentou, citado pela Bloomberg. O Banco Central Europeu (BCE) reduziu ontem a sua taxa directora em meio ponto percentual, para 1,5%, e indicou que pode proceder a mais cortes para combater o deteriorar da recessão. A economia da Zona Euro está a contrair-se mais rapidamente do que aquilo que o BCE previa há três meses, numa altura em que o abrandamento económico global diminui a procura para exportação e as empresas despedem trabalhadores.“Há riscos de que a situação se torne claramente pior na segunda metade deste ano”, advertiu Juncker, que é também primeiro-ministro do Luxemburgo e presidente do Eurogrupo.
Fonte: Jornal de Negócios, aqui.
Parece que o pior ainda está para vir, preparemo-nos, pois, readaptando-nos aos novos tempos.

Elas

Publicada por José Manuel Dias


Elas continuam a ganhar menos do que eles e a serem agredidas dentro da própria casa, mas hoje estão mais protegidas e têm mais consciência dos seus direitos. O Estado tem integrado a igualdade de género em todas as políticas públicas e a legislação portuguesa é das mais avançadas do mundo. E vêm aí as primeiras eleições paritárias de sempre.
Recentemente, noticiámos que Portugal é o quarto país da União Europeia com menor disparidade de salário entre mulheres e homens. Segundo os dados da Comissão Europeia, o fosso salarial é de 8,3 por cento, enquanto os dados nacionais o elevam para 20 por cento (tem diminuído, mas a conta-gotas).A que se deve a disparidade? Ao indicador usado: o Eurostat compara o preço por hora de trabalho, mas as estatísticas nacionais confrontam salários mensais. "Como as mulheres portuguesas trabalham menos horas do que os homens, porque trabalham mais em casa, a diferença é menor quando contabilizada à hora", explica Elza Pais, presidente da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género.
Fonte: Público, aqui.

O país que somos (2)

Publicada por José Manuel Dias


Em 2007, confirmaram-se as tendências de diminuição do número de famílias com filhos - 56,8%, neste ano, 57,3% no ano anterior. Em 2001, estas famílias representavam 60,0% do total.
A dimensão média das famílias diminuiu igualmente; a proporção de famílias constituídas por uma ou duas pessoas foi, em 2007, de 46,3%, contra 45,7%, no ano anterior. O número total de casamentos voltou a diminuir, embora se tenha verificado o crescimento de 5,4% no número de casamentos só civis.
Fonte: Indicadores Sociais 2007 do INE, aqui.

O país que somos (1)

Publicada por José Manuel Dias


A posse de computadores portáteis pelas famílias passou de 14,7%, no ano de 2006, para 20,4%, em2007. Nesse ano, 30,4% das famílias tinham acesso à internet através de banda larga, o que constitui um aumento de 6,4 pontos percentuais face ao ano anterior. A Região de Lisboa detém a percentagem mais elevada (41,8%) das famílias, no entanto, assinalam-se, as evoluções (+12,3 pontos percentuais) verificadas nas Regiões do Alentejo e Algarve.
Fonte: Indicadores Sociais 2007, do INE, aqui.

As metáforas da gestão

Publicada por José Manuel Dias


A "Harvard Business Review" (HBR) publicou na última edição um artigo de 11 páginas que diz que, para sobrevivermos ao colapso financeiro e à recessão global, temos que fazer como Muhammad Ali no dia do "combate histórico" no Zaire contra George Foreman. E a lição que podemos retirar é que, para sobreviver à turbulência nos mercados, temos que ser ágeis e firmes para absorver os golpes que forem desferidos. O artigo sintetiza os argumentos elencados em diferentes gráficos, diagramas e uma matriz 2x2, cujos parâmetros são a agilidade e a capacidade de absorção.
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Em termos comparativos, pode dizer-se que a teoria da gestão é simples. Todos sabemos o que é necessário para sobreviver à actual turbulência nos mercados. Não são precisas 11 páginas de paralelismos "boxistas" para no-lo explicar. Precisamos de reduzir custos, correr menos riscos, poupar, sair dos mercados onde não temos êxito e fugir da economia - ou não. Em todo o caso, há duas coisas que não temos de fazer: "flutuar como uma borboleta ou picar como uma abelha", como disse um dia Mohammad Ali para explicar o seu segredo - mover-se ágil e graciosamente ou desferir um soco incisivo.
Lucy Kellaway faz uma análise crítica das metáforas usadas na gestão, com tradução de Ana Pina, para ler na íntegra, no Económico, aqui.

Violinista português

Publicada por José Manuel Dias

Tiago Santos, de 20 anos, violencista, foi um dos eleitos entre cerca de três mil músicos amadores e profissionais de diversas idades e de setenta países, para integrar a Orquestra Sinfónica do You Tube. é este o vídeo da audição do violinista português. Fonte: site da Visão.

Diferenciar

Publicada por José Manuel Dias


A Jóia Calçado, empresa sediada em Felgueiras que sempre produziu para outras marcas, decidiu este ano criar a sua primeira marca própria. A Y.E.S. - Yield Elegance Shoes foi esta semana apresentada pela primeira vez ao mercado na Micam, a maior feira do sector que amanhã termina em Milão, e tem já mercados compradores. "Já fechámos contratos com França, Bélgica e Portugal e estamos a negociar com o Reino Unido, Alemanha e Catalunha", afirma Luís Brás, brand manager da Jóia Calçado. Afirmando-se com uma tendência bohemian chic, a Y.E.S. é uma marca de calçado misto com "grande percentagem de sapatos de senhora" que pretende conjugar "o design com o conforto", acrescenta o responsável. São sapatos 100% produzidos em Portugal, na fábrica da Jóia Calçado, que emprega 137 funcionários.
Fonte: Diário de Notícias,
aqui.
Apostar na qualidade, criando marca própria, permite diferenciar o produto evitando que o preço seja o critério decisivo para a escolha. O nosso sector do calçado tem revelado grande dinamismo. As exportações de Janeiro a Novembro do ano passado, atingiram 1,266 mil milhões de euros, o que representa mais 2,2% face ao mesmo período de 2007. Estes números são tanto mais importantes quanto traduzem ganhos de quota em relação aos resultados dos nossos concorrentes directos: Itália e Espanha. Poderemos perguntar: a que se deve a melhoria de performance? "Ao dinamismo de um tecido empresarial moderno e empenhado em reforçar a capacidade competitiva dos seus produtos", responde dirigente da associação do sector, APICAPS.

Seasick Steve - Cut My Wings

Publicada por José Manuel Dias

Ninguém escapa...

Publicada por José Manuel Dias



As sete maiores economias mundiais continuaram a enfraquecer em Janeiro, com o indicador compósito mensal da Organização da Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), hoje divulgado, a cair para um novo mínimo.Para além de não apontar para o fim da recessão mundial, o mesmo indicador assinala a deterioração das economias fora da OCDE, como o Brasil, a China, a Índia e a Rússia, os chamados BRIC.
Fonte: Público,
aqui.

Quantos zeros tem um trilião?

Publicada por José Manuel Dias


Em Portugal - e na maioria dos países europeus -aplica-se a chamada "escala longa", em que um "bilião" é definido com um milhão de milhões, um "trilião" como um milhão de biliões, e por aí adiante. Um trilião tem portanto 18 zeros. É mesmo muita fruta. No entanto, a maioria dos países de língua oficial inglesa usa a "escala curta", em que um "billion" é um milhar de milhões, um "trillion" é um milhar de biliões, e por aí fora. Segundo esta escala, um trilião tem apenas 12 zeros.
O que aqui escrevi a propósito de biliões aplica-se ao Expresso deste Sábado a respeito de triliões. Diz o Expresso que o défice americano previsto para 2010 é de 1,75 triliões de dólares, com "trilião" (in)devidamente destacado. Nos EUA, é de facto um "trillion", mas a tradução para português não pode ser martelada daquela forma. Segundo a escala em vigor em Portugal, o défice americano previsto para 2010 é de 1,75 biliões de dólares (1,75 x 10¹²); 1.75 triliões é um milhão de vezes maior do que isto (1,75 x 10¹⁸). É muita fruta, mas não tanta como o Expresso nos querer vender...
Com a devida vénia ao Blogue A pente Fino.

Crédito seguro

Publicada por José Manuel Dias


Os fabricantes nacionais de calçado estão já a perder encomendas no estrangeiro devido ao corte dos seguros de crédito (que cobrem o risco do não recebimento de pagamentos por parte dos clientes). Este problema põe em causa não só as exportações mas também as próprias empresas.
"As vendas estão a decorrer bem, as encomendas chegam, mas mais de 50% destas ficam paradas a aguardar uma decisão" da seguradora, explicou este responsável. Trata-se de um problema que "ocorre desde Setembro" e que "abrange 75% do mercado, sobretudo em Espanha", acrescenta Amílcar Monteiro. Na semana passada, o Governo anunciou uma nova medida para tentar desbloquear o problema. O Executivo de José Sócrates garante o pagamento de 60% da encomenda, substituindo a seguradora; os restantes 40% são garantidos pela própria empresa.
Fonte: Diário de Notícias, aqui.
Vender com segurança é o segredo das empresas de sucesso. Vender implica, na maioria das situações, a concessão de crédito. O risco deve ser acautelado. O conhecimento da valia dos devedores é essencial. Fazer um seguro de crédito é uma atitude avisada: não se vá perder numa venda o lucro de muitas outras. O problema é que as seguradoras estão a tomar menos riscos, inviabilizando o fecho de alguns negócios. A confiança (ou a falta dela) condiciona o nosso futuro. Faz bem o Governo, em fazer o que faz. É preciso reactivar o crédito para que a economia se dinamize. O futuro dirá se este propósito é bem sucedido.

Estamos todos no mesmo barco

Publicada por José Manuel Dias


O antigo governador do Banco de Portugal, Silva Lopes, defendeu hoje o congelamento dos salários “normais” e a redução dos salários mais elevados, duas medidas que considera fundamentais para enfrentar a actual crise.
No entender do economista, quem vai pagar esta crise, em primeiro lugar, são os desempregados. O resto da população deve “também participar nesse esforço”. Daí decorre a necessidade de congelar os salários “normais” e de cortar nos salários mais elevados, com o objectivo de financiar os desempregados, disse.
Fonte: Público, aqui.

Apostar na inovação

Publicada por José Manuel Dias


O esforço realizado nos últimos anos no domínio da Investigação & Desenvolvimento (I&D) levou o European Innovation Scoreboard a incluir Portugal no grupo de países "inovadores moderados". No Índice Global de Inovação (SII) Portugal, entre os 27 países da União Europeia (UE), subiu da 22ª para a 15ª posição, deixando, em 2007, o grupo de países considerados "em recuperação". Portugal foi o país da UE com uma maior taxa de crescimento da despesa em I&D no triénio 2005/07. Em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB), a despesa passou de 0,8 para 1,18% (crescimento de 46%), um valor muito acima da média europeia.
Fonte: Semanário Expresso, aqui.
Há que semear para colher. Aguardemos, pois, os resultados do esforço financeiro que tem sido feito.

Regulação e Mercado

Publicada por José Manuel Dias


Decorrerá no próximo dia 9 de Março, no Auditório da Reitoria da UA, um colóquio subordinado ao tema «Regulação e Mercado. Entidades Reguladoras: Até onde devem ir na sua actuação e independência?», que incluirá duas Mesas Redondas com intervenientes de referência no mundo científico, político e empresarial. A Abertura será feita pelo Professor António Sampaio e Mello, Imperial College Business School (Londres), e o encerramento pelo Dr. Guilherme d´Oliveira Martins, Presidente do Tribunal de Contas.
Um tema actual. Uma iniciativa da Secção Autónoma de Ciências Sociais, Jurídicas e Políticas, do Departamento de Economia, Gestão e Engenharia Industrial dsa Universidade de Aveiro. Informação detalhada, aqui.

Aos futuros bancários

Publicada por José Manuel Dias


O Decreto Lei nº54/2009, de 2 de março p.p. “determina as condições de abrangência do regime geral de segurança social aos trabalhadores que venham a ser contratados pelas instituições bancárias“. Trata-se de uma iniciativa que já era esperada e que culmina vários anos de negociações entre Governo, Associação Pportuguesa de Bancos e sindicatos do sector. Se quiser saber a opinião de vários de alguns dos protagonistas do acordo clicar, aqui.

Viver acima das possibilidades

Publicada por José Manuel Dias


As contas semestrais das SAD dos "três grandes" não surpreenderam ninguém … a não ser os distraídos: nenhuma das SAD escapa à situação de falência técnica (passivo superior ao activo). É verdade que os números (numa análise rápida e, por isso, sujeita a falhas) sugerem que a SAD do Porto está melhor do que as suas congéneres de Lisboa, particularmente a do Benfica. Nada que surpreenda devido à presença sistemática do Porto na Champions League, que proporciona dois tipos de receitas: prémios de presença (participação) e de competitividade (vitórias e empates) e venda de passes de jogadores (a Champions é um bom palco para promover "craques").Só que a melhor prestação do Porto não esconde um problema de fundo, comum ao futebol português: vive acima das suas posses.
Para cantinuar a ler este artigo de Camilo Lourenço, no Jornal de Negócios, clicar aqui.