Despesómetro

Publicada por José Manuel Dias


No Dia Mundial da Poupança, a Direcção-Geral do Consumidor deixa algumas recomendações para gerir as despesas e poupar algum dinheiro. O primeiro passo é avaliar no início do mês as despesas fixas (habitação, energia, telefone, água) e as despesas correntes de montante variável (alimentação, higiene, transportes). Avalie também as despesas ocasionais previstas para esse período, mas que podem ser evitáveis, como férias ou a compra de alguns equipamentos.
Ainda no início do mês, defina um montante possível de poupança para eventuais imprevistos.
Quando chegar ao final do mês controle o que gastou em cada um dos tipos de despesa acima referidos, confira todos os estratos bancários, identifique se teve despesas superiores ao previsto e em quê, pague sempre as suas despesas fixas a horas e esteja sempre preparado para ajustar o seu orçamento a novas realidades.
Fonte: Portal do Consumidor

Já estamos a poupar...

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A maior concessionária de auto-estradas de Portugal, Brisa, registou menos seis mil carros por dia nos primeiros nove meses de 2008, em comparação com igual período no ano passado. A notícia avançada hoje pelo "Jornal de Notícias" diz que a crise nos combustíveis e o preço das portagens estão a fazer com que muitos condutores optem por outras alternativas. Os dados foram retirados do relatório de contas da Brisa, relativo ao primeiro trimestre deste ano, e mostram que a circulação média de veículos se situou nos 235.261. Em 2007 o tráfico foi de 241.166 automóveis, ou seja, uma diferença de 5905 carros por dia. No total terá havido menos 1,6 milhões de veículos a passar pelas portagens da empresa, nos primeiros nove meses de 2008.
Fonte: Jornal Público aqui.
Há muito boa gente que em resultado do aumento do preço dos combustíveis começou a fazer contas e a utilizar o veículo automóvel apenas quando é estritamente necessário e não existe alternativa menos dispendiosa. Não deve ter sido por acaso que o nível de utilização de trasportes públicos aumentou...

Dia Mundial da Poupança

Publicada por José Manuel Dias


Os portugueses poupam cada vez menos. Os dados do Banco de Portugal mostram que a taxa de poupança das famílias baixou de 9,2 para 7,9 por cento do rendimento disponível, entre 2005 e 2007, encontrando-se agora em mínimos de pelo menos 13 anos (dados só disponíveis até 1994). A estimativa para este ano é, ainda inferior. Perguntar-se-á porquê? Os rendimentos que se obtêm são, cada vez mais, orientados para o consumo. Consome-se mais e poupa-se menos. Consome-se porque se precisa e porque não se precisa e confia-se que o futuro será sempre melhor que o passado. A crise financeira está aí para demonstrar que não se pode tomar como certa essa ideia. Poupar é, pois, uma necessidade. Preocupar-se com a educação dos filhos, com a segurança económica do agregado familiar, com uma possível doença, exige que se recuperem hábitos de poupança. Constituir uma reserva financeira com parte dos rendimentos auferidos é, pois, um acto de racionalidade. Pode dar jeito no futuro. Poupar não depende só dos rendimentos que obtemos, depende, também principalmente, dos hábitos de consumo que temos. Reajustar os hábitos é, pois, necessário. Esta crise internacional, cuja amplitude e profundidade ainda desconhecemos, pode ser uma excelente oportunidade. Poupar pode começar por reservarmos uma parcela do nosso rendimento para nós mesmo, afectando-o a um qualquer produto de poupança. Dez por cento do nosso rendimento mensal pode ser um bom começo. Deixamos de contar com esse montante e elencamos os nossos gastos por forma a saber onde "somos obrigados a poupar". Vamos concluir nessa análise que nem todos os gastos são mesmo indispensáveis...

Leo Kottke - Louise

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O novo sonho americano

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El día que Ted Kennedy mostró su apoyo público a Barack Obama recordó cómo su hermano John retó a Estados Unidos a atravesar una Nueva Frontera. El joven candidato católico tuvo que soportar las críticas del anterior presidente demócrata, Harry Truman, que pedía paciencia y exigía a alguien con más experiencia, pero John Fitzgerald respondió: "El mundo está cambiando. Las viejas fórmulas ya no sirven". En el Estados Unidos post Bush, Obama ha hecho suyas esas palabras del presidente asesinado para simbolizar el hambre de cambio y radiar un efecto de esperanza que ya no se recordaba en las bases demócratas.
Fonte: El País, aqui.
Faltam apenas 5 (longos) dias para Bush se despedir...

Teoria das expectativas racionais

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Nos seus tempos de aluna do ISCEF (actual ISEG) Manuela Ferreira Leite não tomou contacto com as teorias económicas que hoje fazem parte do currículo das cadeiras de macroeconomia e que abordam o papel das expectativas dos ‘agentes’ no desempenho da Economia.
«The theory of rational expectations was first proposed by John F. Muth of Indiana University in the early 1960s. He used the term to describe the many economic situations in which the outcome depends partly on what people expect to happen. The price of an agricultural commodity, for example, depends on how many acres farmers plant, which in turn depends on the price farmers expect to realize when they harvest and sell their crops.(…)»
Talvez com uma actualização dos conteúdos curriculares se evitariam discursos dramáticos como este:“tudo o que seja dar sinais às pessoas de que o próximo ano vai ser um ano muito bom é obviamente enganar as pessoas.” (MFL)
Ninguém anda a dizer que os próximos tempos vão ser ‘muito bons’ mas se todos nos convencermos de que o futuro é dramático, e se o primeiro-ministro ‘ajudar à festa’, como Ferreira Leite parece querer, o mais provável é que o pior cenário se concretize.

Será que reprovar ensina?

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Sabia que na Finlândia, o país em que os alunos têm o melhor desempenho do mundo, ninguém reprova durante a escolaridade obrigatória? Já na Irlanda e na maioria dos países com bons resultados nos estudos internacionais “as repetições foram substituídas por estratégias de apoio aos alunos”. Seguindo esta tendência de política educativa que, também é recomendada pela OCDE, o Conselho Nacional de Educação (CNE) propõe ao Governo o fim das reprovações até as crianças terem 12 anos. O projecto de parecer sobre a “A Educação das Crianças dos 0 aos 12 anos”, a que o Diário Económico teve acesso, sugere “a substituição das repetências por medidas eficazes de apoio”. Entre as propostas avançadas estão “estratégias de apoio aos alunos, intervenções aos primeiros sinais de dificuldade e estratégias de diferenciação pedagógica” .
Fonte: Diário Económico. A ler na íntegra, aqui.
Cada estudante que reprova implica um aumento anual de despesa de 3.000,00 Euros. Se multiplcarmos esse valor pelos 233.000 estudantes que não transitaram de ano ou abandonaram o sistema antes de terminarem o ensino obrigatório, determinamos um valor de 699 milhões de Euros. Um país como o nosso não se pode dar ao luxo de tal desperdício. Podemos (e devemos) ser exigentes sem que isso se traduza em reprovações. Basta-nos copiar as melhores práticas observadas na Europa. A reprovação não é uma segudna oportunidade é, na maioria dos casos, reforçar a discriminação. Não deve ser por acaso que a OCDE defende que "as elevadas taxas de repetência de alguns países devem ser reduzidas, criando incentivos às escolas para encontrarem abordagens alternativas".

Gisele Bundchen - Ipanema

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Os dez mandamentos da gestão financeira

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1. Não gastarás mais dinheiro do que aquele que recebes;
2. Gastarás dinheiro tendo em vista o teu futuro assim como o teu presente;
3. Lembrar-te-ás que os juros compostos não são reversíveis;
4. Não coleccionarás cartões de crédito nem os utilizarás descuidadamente;
5. Honrarás sempre as tuas dívidas e os teus compromissos;
6. Desenvolverás um plano de gastos e utilizarás dinheiro em poupanças ou investimentos;
7. Procurarás altas taxas de juro e bons rendimentos;
8. Viverás com moderação e não adorarás o deus do materialismo;
9. Diversificarás os teus investimentos;
10. Procurarás educação financeira para que não sejas enganado por ninguém.
Fonte: Direcção Geral do Consumidor

Uma explicação para a crise

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A causa da crise assenta, sob muitos aspectos, em razões sociológicas. Não só por aquilo que Raymond Plant recentemente escreveu (afastámo-nos da virtude, disse ele, e o nosso afastamento das religiões ou filosofias que a pregavam também é causa da crise), mas porque a própria vida actual nos empurrou - a todos ou quase - para uma ideia que, vista hoje, é preocupante: a convicção de que a poupança, ou que amealhar para o futuro não faz qualquer sentido.
Para tal não contribuiu apenas uma razão, mas dezenas delas. E, desde logo, ideias generosas e que fazem sentido - refira-se a da garantia das reformas pelo Estado - assim como ideias duvidosas, "vide" as do crédito imediato concedido pelo telefone.
A enorme diferença é que há uns anos, não mais do que duas gerações, as famílias aforravam para a velhice, porque sabiam que não haveria outros apoios senão os familiares. E, quando se era novo, trabalhava-se para atingir um objectivo, fosse ele casar, comprar casa, ter um carro ou fazer férias especiais.
Hoje confia-se no Estado para assegurar reformas (ainda que a confiança nos últimos anos tenha baixado). Quando não é no Estado é num PPR, que por sua vez entrou, na maioria dos casos, no mesmo circo financeiro que os bancos. Já quanto aos bens, como automóveis, casas ou férias, o sistema desde há 50 anos que nos aconselha a comprá-los primeiro e pagá-los depois. Tudo junto, é todo um programa contra a poupança. O contrário do aforro é o endividamento. E quando todo o sistema assenta na dívida podemos ter colapsos destes.
Henrique Monteiro em artigo de opinião no semanáriol Expresso, a ler na íntegra aqui.
Um artigo de grande valor pedagógico. Se queremos ter futuro teremos que renunciar ao prazer do consumo imediato, teremos que (re)aprender a poupar.

E agora?

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Desde os anos 90, observou-se uma forte queda de preços dos bens transaccionáveis por via da entrada dos países do sudoeste asiático no mercado mundial, da redução dos preços dos bens não transaccionáveis (devido às tecnologias de informação e comunicação e à liberalização dos serviços nas economias desenvolvidas) e da baixa das taxas de juro (pela conjugação de excesso de poupança no Oriente e complacência face ao risco no Ocidente). Os rendimentos do trabalho estagnavam, mas os orçamentos familiares progrediam. Enquanto os preços dos bens e os encargos com a dívida caiam, a bolha do crédito insuflava, e o mercado imobiliário e as bolsas valorizavam-se. Agora, os benefícios da globalização estão exaustos e a crise financeira enraizou-se de forma virulenta. O petróleo, as "t-shirts" e o crédito encareceram e a recessão subiu à ribalta, num momento que vislumbra a acalmia da desordem bancária.
Cristina Casalinho, em artigo de opinião no Jornal de Negócios, para ler na íntegra aqui.

Deolinda - Fado Toninho

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A irresponsabilidade sindical

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Quem ouve os dirigentes sindicais falar só pode tirar uma de duas conclusões: ou estão loucos, autistas, incapazes de apresentar propostas sensatas e lúcidas, ou são demasiado estúpidos, inconscientes, e não dispõem de nenhuma informação exacta sobre o que se passa no País, na Europa e no Mundo.
É que os dirigentes sindicais comportam-se como se fossem os maiores inimigos dos trabalhadores portugueses. Dizem e repetem as maiores enormidades, fazem reivindicações salariais como se vivêssemos no melhor dos mundos e mostram-se incapazes de pensar, raciocinar, tendo por base soluções com um mínimo de razoabilidade, no contexto da monumental catástrofe económica.
[...]
Pois então os dirigentes sindicais têm a suprema ousadia de aparecerem a propor 5, 6 e 7% de aumento mínimo de salários para a Função Pública, 'porque 2,9% não dá para recuperar o poder de compra perdido nos últimos anos'. Não há ninguém que explique a estes parolos que o que está em causa é segurar os postos de trabalho quando são anunciados em todo o Mundo despedimentos e mais despedimentos?
Se o Governo aceitasse aumentos deste valor lançava Portugal num buraco-negro sem fim à vista. Os trabalhadores portugueses não podem deixar os seus interesses vitais nas mãos de dirigentes sindicais que vivem longe da realidade.
Emídio Rangel, em artigo de opinião no Correio da Manhã, aqui.

Talentos perdidos

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Este é uns vídeos mais vistos do Youtube. O jogador dos New Jersey Nets, Devin Harris, é "humilhado" por Stuar Tanner, um inglês de 28 anos. Stuart começou por falhar um cesto da linha dos três pontos, mas no um-contra-um mostrou deu festival, ao passar a bola por entre as pernas de Devin Harris, antes de encestar, de costas para o cesto. Um amador derrota umas das estrelas da NBA. Um talento perdido...

Prémio Dardos

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A crise e as exportações

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Os mercados europeus que escoam 75% das exportações portuguesas estão em abrandamento ou mesmo em recessão. Será que isto afecta as exportações portuguesas? Claro que afecta. Mas será que este facto é suficiente para determinar que as exportações do País vão cair em 2008 e 2009, e que o défice externo ainda se vai agravar mais? Eu penso que não.
[...]
Concluindo, o abrandamento das economias europeias não implicou até agora uma quebra das nossas exportações para a União Europeia. O crescimento das nossas exportações no último ano assentou principalmente nos PALOP, países da OPEP, Ásia e América do Sul, economias para as quais as instituições internacionais continuam a prever mantenham um forte crescimento em 2009. Alguns destes mercados poderão desacelerar, em particular os muito dependentes do petróleo, com a prevista diminuição do preço, mas nestes mercados a desvalorização do euro estará a ajudar as exportações em 2009.
Manuel Caldeira Cabral, em artigo de opinião no Jornal de Negócios, a ler na íntegra aqui, expõe o seu ponto de vista sobre o comportamento presente e futuro das nossas exportações.

Quem me dera...

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... Ter comprado uma casa que não podia pagar
... Ter pedido ainda mais dinheiro emprestado por conta da casa para comprar carro, mobilar a casa e fazer as férias de sonho
... Ter emprestado a quem não podia pagar, se fosse banqueiro....
Ter emprestado 100% do valor da casa para que pudessem comprar também o carro e mobilar a casa, se fosse banqueiro.
Hoje estaria o Estado a premiar a minha irresponsabilidade com os impostos que todos pagam.
Um post de Helena Garrido que nos alerta para "o outro lado" da crise financeira. A ser lido na íntegra aqui.

Cautelas e caldos de galinha...

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A Caixa Geral de Depósitos (CGD) considera que, apesar do aumento do crédito malparado, que atingiu um novo recorde em Agosto, as famílias portuguesas até são muito cautelosas com o crédito à habitação.
«Apesar deste aumento do esforço financeiro decorrente da subida das taxas de juro, os portugueses são cautelosos quando se trata da habitação e há um esforço por parte das famílias para encontrar soluções», disse o responsável pela Direcção de Financiamento Imobiliário (DFI) do banco público, Paulo Sousa, em conferência de imprensa.
De acordo com os últimos dados do Banco de Portugal sobre cobrança duvidosa, divulgados esta terça-feira, o malparado atingiu um novo recorde em Agosto, nos 2.801 milhões de euros. Em apenas um ano, cresceu mais de 26%. A maior fatia cabe à habitação, com um malparado de 1.510 milhões, num crescimento de 23,6% face ao homólogo de 2007. Mas foi no crédito ao consumo que o malparado mais cresceu: 70% num ano, para os 691 milhões de euros.
Fonte: Agência Financeira, aqui.

Russian Red - They dont belive

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A longo prazo estaremos todos mortos

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A única vez que Margaret Thatcher me dirigiu a palavra na qualidade de membro da Câmara dos Lordes foi para me perguntar qual havia sido a pior coisa que Lorde Keynes havia dito ou feito. Tive alguma dificuldade em responder à pergunta, embora estivesse convencido de que Thatcher teria uma longa lista de erros cometidos por Keynes. Fiquei, todavia, intrigado em saber o que ela pensava sobre o assunto. E prontamente me esclareceu: o pior foi ter dito que “a longo prazo estaremos todos mortos”. Uma escolha interessante, sem dúvida, mas o que ela tinha em mente era o facto de o capitalismo ter que incorporar certas virtudes e restrições face ao desejo e ao consumo para poder funcionar de forma eficaz. Historicamente, tanto as virtudes como as restrições têm sido salvaguardadas pelas crenças religiosas e por todo um conjunto de atitudes culturais enraizadas nessas mesmas crenças. Eliminar essas crenças significa eliminar as sanções ou restrições inerentes ao vasto leque de desejos humanos. Dizer que a longo prazo estaremos todos mortos é um incentivo ao consumo imediato, um apelo a uma visão de curto prazo e à rejeição de uma gratificação diferida.
Um artigo de Raymond Plan, publicado no Diário económico de hoje, que nos alerta para o inconveniente de levar à letra o slogan “Para quê esperar? Satisfaça já os seus desejos”. A ler na íntegra aqui.

Euribor em queda

Publicada por José Manuel Dias


Os índices bolsistas têm caido e a Euribor também. Este é o comportamento dos últimos dias. O que vai acontecer para semana? Se soubesse não dizia, ficava rico. Prever é cada vez mais difícil. O Banco de Portugal actualiza diariamente as taxas da Euribor, nos vários prazos. A garantia dos Estados no acesso ao crédito sossegou os diversos operadores e a Euribor iniciou a trajectória descendente. Veremos o que acontece para a semana...

FIIAH

Publicada por José Manuel Dias

A proposta de Orçamento de Estado para 2009 inclui um mecanismo transitório (que deverá vigorar por período não superior a 11 anos) de apoio aos bancos e às famílias que estejam a passar dificuldades impostas pelo aumento das taxas de juro nos créditos à habitação , através da criação do chamado fundo de investimento imobiliário em arrendamento habitacional (FIIAH). Este novo instrumento legal prevê a aplicação de um conjunto de benefícios fiscais na compra de casas para futuro arrendamento, desde isenções de IMI e IMT à isenção de impostos sobre os rendimentos gerados pelas Unidades de Participação dos próprios fundos.
A proposta parece interessante, ao responder a necessidades efectivas de famílias incapazes de solver com normalidade os seus empréstimos e à vontade dos Bancos em mobilizarem recursos e limparem os seus balanços. Não é, contudo, original. Os americanos nos anos 60, adoptaram modelo semelhante: Real Estate Investement Trust. Se aprendermos com os erros dos outros, pode ser que a a implementação de um projecto bem intencionado, nos permita concluir que os resultados alcançados com esta proposta foram meritórios.

Bon Jovi - Always

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Leituras de sábado à tarde

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Palavras intemporais?

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O surgimento de crises económicas periódicas e recorrentes é a consequência necessária de tentativas repetidamente renovadas de se reduzir a taxa 'natural' de juros do mercado por meio de políticas bancárias. As crises não irão desaparecer enquanto os homens não aprenderem a evitar tais estímulos expansionistas, porque um crescimento artificialmente estimulado tem inevitavelmente de levar a uma crise e a uma depressão... Qualquer tentativa de pôr fim a essa crise por meio de novas medidas intervencionistas é algo completamente equivocado. Só há uma maneira de sair dela: abdicar de qualquer tentativa de impedir o impacto dos preços de mercado sobre a produção.
Ludwig von Mises, The causes of the economics crisis,
aqui.

Palavras de optimismo

Publicada por José Manuel Dias


Olhemos as coisas por outro ângulo. A crise por que passamos não é uma crise universal, mas localizada. Vive-se nas economias ditas avançadas e é o reflexo de uma ganância sem limites. Porque as outras, aquelas a que chamamos “emergentes”, estão a crescer a taxas fabulosas de 7-8% ao ano, como se pertencessem a um mundo à parte. E só abrandaram um pouco porque a procura dos “ricos” se retraiu. Então tomem nota: quando a crise do lado de cá terminar, será o fulgor do lado de lá que vai alimentar a procura. Já tinham pensado nisto? Continuemos a raciocinar positivo. Depois do colapso das finanças públicas, o Governo levou a cabo um processo notável de consolidação orçamental, o que nos permite uma folga que, usada em contra-ciclo, poderá agora responder às necessidades mais urgentes: garantia de liquidez aos bancos, apoio fiscal às empresas, dotações pontuais às famílias carenciadas. Além disso, a inflação está controlada, o desemprego é gerível e, que eu saiba, nenhum organismo, nem mesmo o FMI, ousou até hoje prever um quadro recessivo para 2008-09. Não acham isto tranquilizador?
Daniel Amaral, no Diário Económico, aqui.

Empresa portuguesa na liderança

Publicada por José Manuel Dias


Em Vila do Conde, mais precisamente em Canidelo, existe uma empresa líder mundial. O que pode parecer estranho tornar-se-á ainda mais se lhe dissermos que a empresa em questão produz kayaks. Exactamente, kayaks de competição. Mais. Essa mesma empresa tinha este ano, nos Jogos Olímpicos de Pequim, 56 embarcações, 20 das quais saíram da competição medalhadas, e tem sido assim nas últimas grandes competições internacionais. Manuel Ramos, chairman da empresa e mentor desta proeza, diz que tudo começou pela necessidade que ele próprio sentiu quando começou a praticar a modalidade. Estávamos na década de 70 e não havia quem produzisse kayaks em Portugal. Porque o gosto era grande, Manuel Ramos, Nelo para os amigos, começa a fabricar as suas próprias embarcações. E sem grande planeamento e sem grande estratégia cria em 1978, a sua primeira empresa, hoje a M.A.R. Kayaks. Mas se é com esta denominação que regista a empresa a verdade é que é sob a marca “Nelo” que se impõe no panorama internacional.
Para continuar a ler este artigo de Elisabete Felismino, publicado no Diário Económico de hoje, clicar aqui.
Um caso de sucesso que se suporta na apresentação de uma proposta de valor que se iniciou na satisfação de uma necessidade : "não havia quem produzisse Kayaks em Portugal"...

U2 - Mysterious Ways

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El momento de la verdad por Paul Krugman

Publicada por José Manuel Dias


El mes pasado, cuando el Departamento del Tesoro [Ministerio de Hacienda] estadounidense permitió que Lehman Brothers quebrase, escribí que Henry Paulson, el secretario del Tesoro, estaba jugando a la ruleta rusa financiera. Sin duda, había una bala en la recámara: la quiebra de Lehman hizo que la crisis financiera mundial, ya grave de por sí, empeorase, mucho, mucho más.
Las consecuencias de la caída de Lehman quedaron de manifiesto en cuestión de días, pero los principales actores políticos han desperdiciado en buena medida las pasadas cuatro semanas. Ahora han llegado al momento de la verdad: más les vale hacer algo rápido -de hecho, más les vale anunciar un plan coordinado de rescate este fin de semana- o la economía mundial podría sufrir su peor recesión desde la Gran Depresión.
Para continuar a ler este artigo de Paul Krugman, professor de Economía en la Universidad de Princeton e novo Prémio Nobel da Economia, clicar
aqui., El País.com, New York Times Service de 12 de Outubro p.p..

Não se brinca em serviço...

Publicada por José Manuel Dias


O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, anunciou hoje uma medida para aumentar o acesso à liquidez do sistema financeiro que, realçou, “tem-se revelado sólido e continua a demonstrar resistência à situação internacional”. O Governo português vai disponibilizar “até 20 mil milhões de euros” em garantias, “abertas a todas as instituições de crédito sediadas em Portugal”.
Estas garantias não terão, contudo, um impacto orçamental a curto prazo. “Esperamos que estas situações (de recurso às garantias) sejam reduzidas”, disse Teixeira dos Santos, que não quis avançar com o número de bancos que poderá solicitar esta ajuda. Ainda assim, o responsável quis salientar que o acesso a esta medida do Estado não será um sinal de fragilidade e que em caso de incumprimento o Governo chamará a si essa responsabilidade. “A garantia é, no fundo, o Estado afirmar que, se por acaso, houver incumprimento por parte de uma instituição, o Estado chamará a si o cumprimento dessa obrigação”.
Fonte: Público,
aqui.
Este Ministro já deu provas, por mais de uma vez, que sabe o que faz. Ao garantir o acesso a crédito por parte das Instituições financeiras o que nos diz é : sosseguem. O sistema financeiro financeiro português tem funcionado bem e, a avaliar pelo que diz o Fórum Económico Mundial, os Bancos portugueses estão entre os mais sólidos do Mundo. Com esta medida eventuais necessidades de liquidez podem ser facilmente supridas. Estamos, pois, devidamente sossegados. Os depositantes estão garantidos, por via do Fundo de Garantia de Depósitos, e quem necessita (e merece) vai continuar a ter acesso ao crédito.

Van Morrison - Astral Weeks

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Crédito ao consumo cai...

Publicada por José Manuel Dias


A crise dos mercados financeiros chegou também às empresas de crédito rápido, que têm visto menos famílias a pedir empréstimos, ao mesmo tempo que se tornam mais exigentes nas garantias de bom pagamento exigidas.
Desde o início do ano, as famílias têm pedido menos dinheiro às sociedades financeiras para aquisições a crédito, conhecidas como empresas de "crédito fácil" ou por telefone. De Janeiro a Março, estas empresas concederam créditos no valor de 1.458 milhões de euros; nos três meses seguintes, emprestaram menos 2,1%.
Na base da redução estão dois factores que têm complicado a vida das sociedade de crédito especializado. Por um lado, "a inflação, o preço dos combustíveis, os juros mais altos e o desemprego têm baixado o poder de compra e a procura de bens e serviços". Aqui, destaca-se a diminuição dos empréstimos para comprar carro, uma das principais áreas de negócio das empresas.
Por outro lado, Menezes Rodrigues referiu a "dificuldade de 'funding' [de obter financiamento junto de bancos] e os juros mais altos", que levam as sociedades financeiras para aquisições a crédito a serem mais rigorosas na avaliação do risco, de cada vez que recebem um pedido de financiamento. Neste momento, disse, "as recusas [de empréstimos] são superiores ao normal".
Fonte: Jornal de Notícias, aqui.
O crédito é um instrumento essencial ao desenvolvimento económico. Importa, no entanto, que a decisão de o contrair (e conceder) tenha por base um princípio: o devedor tem obrigação de o pagar. Compete, por isso, ao credor avaliar os rendimentos e activos do devedor para ponderar os riscos que toma. É o que está a suceder para bem dos credores e dos devedores.

Big is beautiful

Publicada por José Manuel Dias


A General Motors e a Chrysler, dois gigantes automóveis norte-americanos, estão a negociar uma possível junção das suas actividades, que pode passar por uma fusão ou por uma aquisição, noticia a imprensa norte-americana. De acordo com o “Wall Street Journal”, que cita fontes ligadas ao processo, a Cerberus, fundo de investimento que controla a Chrysler e 51 por cento da GM Financial Services, ofereceu à GM o negócio automóvel da Chrysler em troca dos restantes 49 por cento da GMAC.
[.../...]
Uma fusão das operações automóveis de ambos os grupos solidificaria a liderança da GM como maior produtor mundial, que está actualmente em perigo devido ao crescimento da japonesa Toyota. A GM chegou a negociar em 2007 uma possível aquisição da Chrysler à DaimlerChrysler AG, antes da Cerberus ter comprado a maioria do capital do fabricante automóvel.
Fonte: Jornal Público, aqui.
O "small is beatiful" parece ter sido remetido para o "Canal História"... Nos tempos de hoje a a capacidade instalada e a dimensão da quota de mercado viram reforçadas a sua importância. As economias de escala parecem revelar-se decisivas na obtenção dos resultados.

A crise financeira explicada no Brasil

Publicada por José Manuel Dias


"O seu Biu tem um bar, na Vila Carrapato, e decide que vai vender cachaça ‘na caderneta’ aos seus leais fregueses, todos bêbados, quase todos desempregados. Porque decide vender a crédito, ele pode aumentar um pouquinho o preço da dose da branquinha (a diferença é o sobre-preço que os pinguços pagam pelo crédito). O gerente do banco do seu Biu, um ousado administrador formado em curso de emibiêi, decide que as cadernetas das dívidas do bar constituem, afinal, um activo recebível, e começa a adiantar dinheiro ao estabelecimento, tendo o pindura dos pinguços como garantia. Uns seis zécutivos de bancos, mais adiante, lastreiam os tais recebíveis do banco, e os transformam em CDB, CDO, CCD, UTI, OVNI, SOS ou qualquer outro acrônimo financeiro que ninguém sabe exactamente o que quer dizer.Esses adicionais instrumentos financeiros, alavancam o mercado de capitais e conduzem a operações estruturadas de derivativos, na BM&F, cujo lastro inicial todo mundo desconhece (as tais cadernetas do seu Biu). Esses derivativos estão sendo negociados como se fossem títulos sérios, com fortes garantias reais, nos mercados de 73 países.Até que alguém descobre que os bêbados da Vila Carrapato não têm dinheiro para pagar as contas, e o Bar do seu Biu vai à falência. E toda a cadeia sifudeu !".
Retirado de artigo de opinião de Fernando Braga de Matos, no Jornal de Negócios, a ler na íntegra aqui.

Aplausos para a Medida

Publicada por José Manuel Dias


As gasolineiras vão passar a fornecer à página electrónica da Direcção-Geral de Energia e Geologia os dados relativos ao preço de venda dos combustíveis que estão a praticar nos postos de abastecimento.
A medida, aprovada esta quinta-feira em Conselho de Ministros, insere-se no programa de simplificação administrativa Simplex, e destina-se a todos os consumidores interessados.
«Desta forma, será possível conhecer via internet o preço de combustíveis praticado em qualquer posto de abastecimento do continente. Para além do preço dos combustíveis, será, também, disponibilizada aos consumidores informação sobre a localização, horário de funcionamento e serviços existentes em cada posto de abastecimento», esclarece o documento do Conselho de Ministro.
Fonte: Agência Financeira, aqui.

A gastar não estamos mal...

Publicada por José Manuel Dias


Portugal gasta em justiça 48 euros por cidadão, sendo o 7.º país que mais despende anualmente, por habitante, no total dos 36 Estados europeus. Esta é uma das conclusões do estudo "Sistemas Judiciários Europeus - Eficácia e Qualidade da Justiça".
Para ler na íntegra aqui, Diário de Notícias.

Bancos portugueses entre os mais sólidos...

Publicada por José Manuel Dias


O sistema financeiro português ocupa o 35.º lugar dos bancos mais sólidos do mundo, à frente de países como Inglaterra, Alemanha e Estados Unidos. Os dados foram avançados esta quinta-feira pelo Fórum Económico Mundial que analisa ao todo 134 países.
O Canadá aparece em primeiro lugar deste «ranking» ao liderar a lista do sistema financeiro mais sólido do mundo.
A Suécia, o Luxemburgo e a Austrália aparecem logo a seguir na tabela. Já Espanha ocupa a 10ª posição. A verdade é que os efeitos desta crise financeira acabaram por se reflectir em determinados países. É o caso da Alemanha que ocupa o 39º lugar, os Estados Unidos que ocupam o 40º lugar e o Reino Unido que surge em 44º lugar.
Fonte: Agência Financeira,
aqui.

Aplausos para a baixa do IRC

Publicada por José Manuel Dias


O primeiro-ministro anunciou hoje a redução do IRC para 12,5 por cento nos primeiros 12.500 euros de matéria colectável das empresas, notando que a medida irá abranger 80 por cento do tecido empresarial português.A partir desse valor de referência aplica-se a taxa normal de 25 por cento de IRC às empresas, anunciou hoje José Sócrates, no debate quinzenal do Governo no Parlamento.Uma segunda medida para limitar o impacto da crise financeira internacional nas empresas prevê o reforço da linha de crédito PME InvestII, que passará a ser de mil milhões de euros e que se irá juntar aos 750 milhões de euros já utilizados pelas pequenas e médias empresas.
Fonte: Jornal Público, aqui.

O contributo dos Ninja para a crise

Publicada por José Manuel Dias


O que aconteceu a um sistema financeiro durante tanto tempo apresentado como o mais completo e sofisticado do mundo? Onde é que isto vai acabar? Que efeitos terá a actual situação sobre o sistema financeiro mundial? É difícil responder a estas perguntas com convicção quando estamos ainda em plena crise. De facto, cada dia que passa parece trazer piores notícias – e já nem os fins-de-semana nos dão descanso quanto à avalancha de más notícias! Independentemente do resultado final, uma coisa é certa – o resto do mundo já não se mostrará entusiasmado em adoptar os princípios do mercado livre que orientaram o desenvolvimento financeiro dos Estados Unidos. Apesar de momentos desesperados poderem justificar medidas desesperadas, a forte intervenção por parte do governo norte-americano também dificultará, no futuro, que se defenda que o Estado deve ficar à margem do sistema financeiro.
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As raízes da crise nos Estados Unidos, evidentemente, remontam aos anos em que Alan Greenspan era presidente da Reserva Federal norte-americana. Naquela época, o dinheiro abundava e a regulamentação não era muito rígida. A existência dos famosos empréstimos imobiliários "ninja" ("no income, no job and no assets") era o sinal mais claro de negligência a nível regulatório. No entanto, estes óbvios sinais de imprudência foram ignorados muito facilmente quando as coisas corriam bem e a Administração norte-americana de então mostrava alguma hostilidade perante a regulação.
Claramente, a inovação financeira não funciona bem sem uma regulação eficaz. No novo mundo de mercados financeiros mais sofisticados, os perigos estão à espreita nos lugares mais insuspeitos.
Eswar Prasad, Jornal de Negócios, a ler na íntegra
aqui.

Rui Veloso - Não Há Estrelas no Céu

Publicada por José Manuel Dias

Grande mergulho

Publicada por José Manuel Dias


O dia de hoje foi marcado por forte quedas no mercado accionista mundial com os receios do impacto da crise financeira na Europa. Os temores de que aumentem as falências no sistema bancário estão a pressionar os índices mundiais mas também o euro e as matérias-primas.
As praças europeias encerraram hoje em forte queda, com o índice pan-europeu Stoxx50, que engloba as 50 maiores empresas europeias, a perder 7,41% para os 2.524,61 pontos e o Dow Jons Stoxx600 a registar a maior queda desde Outubro de 1987, ao desvalorizar 7,2% para os 242,52 pontos.Entre os principais mercados europeus, o AEX em Amesterdão foi o que mais desvalorizou ao perder 9,14% para os 312,56 pontos, seguido do CAC40 em França que recuou 9,04% para os 3.711,98 pontos.O Foostie inglês encerrou a sessão de hoje a perder 7,85% para os 4.589,19 pontos, o DAX alemão caiu 7,07% para os 5.387,01 pontos e o IBEX em Espanha registou uma desvalorização de 6,06% para os 10.726 pontos.
Fonte: Jornal de Negócios, aqui.
O mundo está perigoso. O dia de ontem sabemos como foi, o de amanhã não sabemos como vai ser. Os entendidos dividem-se sobre o diagnóstico e sobre a terapêutica mas uma coisa parece certa: andámos todos a viver acima das nossas possibilidades. O crédito utilizado tem agora de ser reembolsado...

Xutos e Pontapés - A minha casinha

Publicada por José Manuel Dias



Esta música não tem nada a ver com a forma como ao longo de décadas se atribuiram "casinhas" em Lisboa (seria só em Lisboa?). Aplaude-se, no entanto, a intenção do actual Presidente em divulgar a lista dos beneficiários do património camarário disperso (ou seja, património fora da lógica dos bairros sociais). Quem não deve, não teme...

Procrastinação

Publicada por José Manuel Dias


A procrastinação é uma disposição mental que leva a adiar e a evitar determinadas tarefas. Um estudante que adia a preparação de um teste ou um trabalhador que foge à execução de determinadas tarefas têm em comum a procrastinação. É um mal geral. Adia-se determinada tarefa e depois lamenta-se a ausência de tempo para a sua execução. É comum observar-se que as pessoas quem mais falta o "tempo" são as que mais dificuldade têm em estabelecer prioridades. A procrastinção não é preguiça, não é ócio. É ocupar o tempo com tarefas acessórias, negligenciando as importantes. É em resultado desta postura que na véspera de um importante compromisso se desata a fazer de forma acelerada o que deveria ser feito com calma, planeamento e rigor. O planeamento das nossas tarefas é, pois, essencial .
Pedro Rosário, professor e investigador na Universidade do Minho, em entrevista à TSF desenvolveu esta temática. Do que ouvi gostaria de partlhar convosco a seguinte explicação: " Se eu tenho determinado objectivo para conseguir, devo procurar elencar as as tarefas necessárias para a sua concretização, isto é, decompôr os objectivos "distais" em objectivos"proximais". Porquê? Porque são mais próximos, tangíveis e assim poderei dar-lhes melhor seguimento...
Uma boa definição de objectivos implica a observância do CRAVA (Concreto, realista e avaliável)."
Uma excelente oportunidade de negócios. Um serviço que pode ser prestado a muitas organizações (públicas e privadas). No nosso país e comum adiar-se o que é mais penoso. Por duas razões : por tudo e por nada!

Plano Paulson aprovado

Publicada por José Manuel Dias


A Câmara dos Representantes aprovou hoje a versão reformulada do plano de saneamento do sistema financeiro norte-americano, quatro dias depois de ter rejeitado o documento original, fazendo mergulhar as bolsas mundiais. A proposta de lei, aprovada com 263 votos a favor e 171 votos contra, vai seguir agora para assinatura final na Casa Branca.O plano, desencadeado para evitar novas falências entre os gigantes do sector bancário (com inevitáveis consequências na economia), autoriza o Departamento do Tesouro a gastar até 700 mil milhões de dólares para comprar aos banco os activos mais arriscados, que estas não consigam liquidar.
Minutos depois da aprovação do plano que promoveu, o Presidente norte-americano anunciou que iria assinar a lei mal a recebesse – o que se concretizou minutos depois –, permitindo a entrada em vigor de uma iniciativa que considerou “vital para ajudar a economia americana a sobreviver à tempestade financeira”. Contudo, George W. Bush sublinha que “vai demorar algum tempo” até que se façam sentir os efeitos do plano de apoio ao sector da banca e seguradoras. Também Paulson, que vai dispor de um instrumento sem precedentes para intervir nos mercados financeiros, prometeu pôr o plano rapidamente em marcha.Questionado sobre como vai funcionar em concreto o plano de ajuda, Paulson não quis entrar em detalhes, limitando-se a dizer que os funcionários do Tesouro estão já a trabalhar nos pormenores para que o programa não sofra qualquer atraso. “Vamos agir rapidamente para implementar as novas medidas, mas também vamos agir metodicamente”, garantiu.A mesma satisfação foi manifestada pelo presidente da Reserva Federal americana, Ben Bernanke, a quem caberá coordenar com o Departamento do Tesouro o uso dos 700 mil milhões de dólares. A votação no Congresso, afirmou, “demonstra o empenho do Governo face àquilo que é necessário fazer para reforçar a nossa economia”.
Fonte: Jornal Público, aqui.
Para bem de alguns e sossego de muitos o Plano passou. Só o futuro nos dirá que "mundo novo" se abre...

Maior exportadora para Itália

Publicada por José Manuel Dias


Como chega uma simples empresa familiar de Felgueiras, com 160 trabalhadores, ao invejável estatuto de maior exportadora de calçado para Itália, a capital mundial da moda? Com "muito trabalho", mas também "apresentando uma colecção arrojada, com um produto diferenciado em design, formas e cores", diz Joaquim Moreira, o fundador da J.Moreira, que detém a marca Felmini. Uma posição tanto mais de relevo quanto é certo que há apenas seis anos a empresa se deparou com grandes dificuldades. Hoje exporta 100% da sua produção, exclusivamente com a marca Felmini, e está nas melhores lojas de Milão, Florença, Paris, Barcelona, Madrid, Amesterdão, Bruxelas, Londres e Tóquio, entre outras cidades."Ainda há dias o nosso agente nos comunicou que estamos em duas das 10 melhores lojas de Paris. É evidente que nos faz sentir muito bem", refere Joaquim Moreira, que gere a Felmini com a mulher e os dois filhos.
Com uma produção diária na ordem dos 1400 pares, a Felmini conta com uma carteira de 1800 clientes. Só em Itália está presente em mais de 500 pontos de venda. "É uma vitrina para o mundo. Estando bem representados em Itália temos as portas abertas para o mundo inteiro. Há clientes que nos encomendam artigos porque os viram expostos em Milão ou em Florença, perguntaram, e souberam que estavam a vender muito bem", explica o empresário.
Mas nem sempre foi assim. Aliás, Joaquim Moreira admite que esteve para desistir. "O produto não era suficientemente agressivo, não estava a funcionar. Mas insistimos e acabamos por entender o mercado", diz. "O que se vende em Itália 'sobra' depois para os outros mercados. Itália arrisca mais na moda e compra sempre um pouco mais à frente. O teste de mercado aos artigos é sempre feito lá, sem dúvida", refere.
Fonte: Diário de Notícias,
aqui.
Tentar, procurar fazer melhor, retirar ensinamentos da experiência, buscar mercados mais exigentes, melhorar a proposta de valor, conseguir resultados o caminho percorrido pelo maior exportador de calçado português para Itália. Um exemplo de sucesso.

Hello Saferide - "Anna"

Publicada por José Manuel Dias