Os portugueses poupam cada vez menos. Os dados do Banco de Portugal mostram que a taxa de poupança das famílias baixou de 9,2 para 7,9 por cento do rendimento disponível, entre 2005 e 2007, encontrando-se agora em mínimos de pelo menos 13 anos (dados só disponíveis até 1994). A estimativa para este ano é, ainda inferior. Perguntar-se-á porquê? Os rendimentos que se obtêm são, cada vez mais, orientados para o consumo. Consome-se mais e poupa-se menos. Consome-se porque se precisa e porque não se precisa e confia-se que o futuro será sempre melhor que o passado. A crise financeira está aí para demonstrar que não se pode tomar como certa essa ideia. Poupar é, pois, uma necessidade. Preocupar-se com a educação dos filhos, com a segurança económica do agregado familiar, com uma possível doença, exige que se recuperem hábitos de poupança. Constituir uma reserva financeira com parte dos rendimentos auferidos é, pois, um acto de racionalidade. Pode dar jeito no futuro. Poupar não depende só dos rendimentos que obtemos, depende, também principalmente, dos hábitos de consumo que temos. Reajustar os hábitos é, pois, necessário. Esta crise internacional, cuja amplitude e profundidade ainda desconhecemos, pode ser uma excelente oportunidade. Poupar pode começar por reservarmos uma parcela do nosso rendimento para nós mesmo, afectando-o a um qualquer produto de poupança. Dez por cento do nosso rendimento mensal pode ser um bom começo. Deixamos de contar com esse montante e elencamos os nossos gastos por forma a saber onde "somos obrigados a poupar". Vamos concluir nessa análise que nem todos os gastos são mesmo indispensáveis...
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
0 comentários:
Enviar um comentário