O que aconteceu a um sistema financeiro durante tanto tempo apresentado como o mais completo e sofisticado do mundo? Onde é que isto vai acabar? Que efeitos terá a actual situação sobre o sistema financeiro mundial? É difícil responder a estas perguntas com convicção quando estamos ainda em plena crise. De facto, cada dia que passa parece trazer piores notícias – e já nem os fins-de-semana nos dão descanso quanto à avalancha de más notícias! Independentemente do resultado final, uma coisa é certa – o resto do mundo já não se mostrará entusiasmado em adoptar os princípios do mercado livre que orientaram o desenvolvimento financeiro dos Estados Unidos. Apesar de momentos desesperados poderem justificar medidas desesperadas, a forte intervenção por parte do governo norte-americano também dificultará, no futuro, que se defenda que o Estado deve ficar à margem do sistema financeiro.
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As raízes da crise nos Estados Unidos, evidentemente, remontam aos anos em que Alan Greenspan era presidente da Reserva Federal norte-americana. Naquela época, o dinheiro abundava e a regulamentação não era muito rígida. A existência dos famosos empréstimos imobiliários "ninja" ("no income, no job and no assets") era o sinal mais claro de negligência a nível regulatório. No entanto, estes óbvios sinais de imprudência foram ignorados muito facilmente quando as coisas corriam bem e a Administração norte-americana de então mostrava alguma hostilidade perante a regulação.
Claramente, a inovação financeira não funciona bem sem uma regulação eficaz. No novo mundo de mercados financeiros mais sofisticados, os perigos estão à espreita nos lugares mais insuspeitos.
Eswar Prasad, Jornal de Negócios, a ler na íntegra aqui.
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