Bom Ano Novo!

Publicada por José Manuel Dias


Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,você, meu caro,
tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo,
eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
Carlos Drummond de Andrade,
Receita de Ano Novo

Votos de um bom ano de 2009!

Steve Reich • Clapping Music

Publicada por José Manuel Dias

Com presidentes destes...

Publicada por José Manuel Dias


A penhora do património das empresas com dívidas fiscais poderá colocar no desemprego quase um milhão de pessoas. Augusto Morais, presidente da ANPME, garantiu ontem ao CM que "existem 400 mil penhoras a PME, que abrangem cerca de 213 mil empresas com problemas com o Fisco".
Fonte: Correio da Manhã, aqui.
Este senhor deve envergonhar todos os empresários que diz representar e que se esforçam por cumprir com as respectivas obrigações fiscais. Depois de ter defendido a não renovação dos contratos a prazo se o salário mínimo fosse aumentado, vem agora dizer, em tom de ameaça, que se avançarem as penhoras fiscais, cerca de um milhão de pessoas pode ir para o desemprego. Seguramente não sabe do que fala ou, então, quer manter no mercado unidades económicas que competem de forma desleal, com as empresas que cunprem todas as suas obrigações. Devia saber porque é que são feitas as penhoras (dívidas ao fisco, superiores a 3 meses e com mais de uma notificação) e o que é penhorado. Se atentarmos nos automóveis verificamos que foram penhorados:: 531 Mercedes, 309 Volvo, 165 BMW, 84 Audi, 9 Porsche e 7 Jaguar, temos dificuldade em compreender as razões do incumprimento. Registe-se, no entanto, que na maioria das situações as penhoras acabam por não ser accionadas porque os contribuintes visados optam pelo pagamento integral da dívida quando confrontados com esta possibilidade.

Fuma-se menos...

Publicada por José Manuel Dias

Um ano após a vigência da Lei, Portugal regista uma das maiores descidas no consumo no espaço europeu, segundo o director-geral da Saúde. Cerca de 70% dos restaurantes são livres de fumo e as vendas de tabaco caíram. Mas as infracções ainda são muitas
A entrada em vigor da lei do tabaco reduziu entre dez a 15 por cento as vendas de cigarros em Portugal. Os dados das associações de armazenistas e de grosssistas de tabaco mostram que as novas regras sobre o fumo que começaram a ser aplicadas há quase um ano tiveram um forte impacto no consumo. Mas a maior quebra foi mesmo a registada em Janeiro, altura em que as vendas de cigarros baixaram 17 por cento.
O director-geral da Saúde avança ainda que, no panorama europeu, os indicadores sobre os resultados de aplicação das novas regras em Portugal ficam acima dos registados noutros países que adoptaram legislação semelhante. É o caso de Itália, por exemplo, em que o consumo de tabaco baixou seis por cento.
Fonte: Diário de Notícias, aqui.
Uma lei que se aplaudiu e que teve efeitos positivos: diminuiu o consumo de tabaco. Menos receitas fiscais, melhor qualidade de vida dos cidadãos, menores gastos públicos na saúde.

Miley Cyrus - 7 Things

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O fantasma de Keynes

Publicada por José Manuel Dias


O fantasma de John Maynard Keynes, o pai da macroeconomia, regressou para nos assombrar. Com ele veio também o fantasma do seu discípulo mais interessante, Hyman Minsky. Todos nós sabemos agora o que é o “momento Minsky” – o ponto em que a euforia financeira se converte em pânico.Como todos os profetas, Keynes deu lições ambíguas aos seus seguidores. Poucos acreditam ainda no ajustamento fiscal que os seus discípulos promoveram nas décadas que se seguiram à Segunda Guerra Mundial. Mas também ninguém acredita nas metas monetárias propostas pelo seu famoso adversário intelectual Milton Friedman. Agora, 62 anos após a morte de Keynes, numa nova era de crise financeira e de ameaça de depressão económica, é mais fácil compreendermos aquilo que permanece relevante nos seus ensinamentos.
Um artigo de opinião de Martin Wolf, no Diário Económico, que nos remete para as três lições: não há mercados verdadeiramente eficientes; a economia não pode ser analisada da mesma forma que uma empresa individual e a economia não pode ser encarada do ponto de vista moral. Importa por isso: suportar a procura agregada, trocar dívida por activos, promover o reequilíbrio da procura global, evitar que os egoísmos e os impedimentos ideológicos nos condicionem. Conclui referindo que em economia a verdade é raramente pura e nunca é simples.
Um artigo de leitura obrigatória, com versão integral, aqui.

A prenda do mau exemplo

Publicada por José Manuel Dias


A divulgação da marca do cheque-prenda oferecido pelos ministros a José Sócrates indignou o presidente da União de Associações do Comércio e Serviços (UACS). "É uma grande promoção à marca, sobretudo quando ainda há pouco o primeiro-ministro, que veste Armani, foi considerado um dos homens mais elegantes do Mundo", afirmou ontem ao Correio da Manhã o presidente da UACS, Vasco de Mello.
O que está em causa, diz aquele dirigente, não é o facto de os ministros terem oferecido um presente ao primeiro-ministro (o cheque-prenda no valor de 2550 euros para gastar em roupa na Fashion Clinic), mas sim "a divulgação da marca".
Fonte: Diário da Manhã, aqui.
Convenhamos que não é bom exemplo para os consumidores portugueses o Primeiro-Ministro usar vestuário de marcas estrangeiras. Também temos de considerar de mau tom a divulgação da marca do cheque prenda. Afinal não andamos nós a promover o "compro o que é nosso"?

Poupar e ganhar

Publicada por José Manuel Dias


Os anúncios da administração pública vão deixar de ser obrigatoriamente publicados na imprensa, segundo um decreto-lei que o Governo está a ultimar e a que o PÚBLICO teve acesso. O Estado deverá poupar mais de dez milhões de euros por ano, mas a decisão é encarada com apreensão pelas empresas jornalísticas. "Será muito grave se for feito sem se pensar nas consequências", disse ao PÚBLICO o presidente da Associação Portuguesa de Imprensa (API), João Palmeiro, segundo o qual o Governo se comprometeu a não finalizar o processo sem ouvir o sector. O fim da obrigatoriedade de publicar em jornais de anúncios de centenas de actos legislativos e regulamentares da administração pública está previsto no decreto-lei que cria o Portal dos Anúncios Públicos, o qual está a ser ultimado pelos gabinetes dos ministros das Finanças, Presidência, Justiça e Assuntos Parlamentares.
Fonte:Jornal Público,
aqui.
A racionalização das despesas públicas justifica esta medida. Agora, há que pensar nas consequências...Quem dá (muita publicidade) é amigo. E quem não dá? São conhecidos conflitos entre anunciantes e jornais relativamente ao tipo e qualidadade de informação que veiculam, levando mesmo, em alguns casos, à decisão de cancelar contratos de de publicidade. Pode dizer-se, por isso, que esta medida para além de gerar poupanças nos gastos do Estado, torna a imprensa menos dependente do Estado. Todos ficam a ganhar.

Kate Bush & Peter Gabriel - Another Day

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B-on: será que me pode ajudar?

Publicada por José Manuel Dias


A Biblioteca do Conhecimento Online (b-on) disponibiliza o acesso ilimitado e permanente nas instituições de investigação e do ensino superior aos textos integrais de mais de 16.750 publicações científicas internacionais de 16 editoras, através de assinaturas negociadas a nível nacional com essas editoras.
A biblioteca disponibiliza textos integrais de mais de 16.750 publicações. A coordenação, o financiamento público e o acompanhamento da Biblioteca do Conhecimento Online são assegurados pela UMIC – Agência para a Sociedade do Conhecimento, IP e a respectiva infraestrutura técnica e de apoio aos utilizadores, bem como a relação comercial com os editores, é assegurada pela FCCN – Fundação para a Computação Científica Nacional .
Para entrar na B-on, clicar aqui.

São números, senhores

Publicada por José Manuel Dias


Em termos comparados, a rigidez do emprego coloca o nosso país na 99ª posição de um ‘ranking’ com 127 países, a par do México, Lituânia, Finlândia e Argélia, enquanto as práticas de contratação e despedimento atiram-nos para a 125ª posição e os custos com despedimentos nos colocam no 113º lugar do ‘ranking’ mundial, a par da Turquia. Curiosamente, o mesmo relatório classifica os trabalhadores portugueses na 44ª posição em relação ao pagamento e à produtividade, à frente de países como a Índia, Azerbaijão, Arménia ou o Quénia. Os índices internacionais há muito que colocam Portugal nos piores lugares da Europa em relação à legislação laboral, mas vários especialistas têm garantido que, com o novo Código de Trabalho, o país ficaria muito bem apetrechado, em termos de flexibilidade da sua legislação laboral, para melhorar a posição relativa nos ‘rankings’ internacionais. A única coisa que ainda ficaria a divergir dos padrões internacionais seria, segundo esses especialistas, a dificuldade nos despedimentos individuais, apesar de se simplificar a burocracia nesses processos que continuarão a ter como obrigatoriedade a justa causa. O chumbo do Tribunal Constitucional à norma que estabelecia em 180 dias o período experimental para a generalidade dos trabalhadores – devem manter-se os 90 dias – vem enfraquecer um Código de Trabalho que se pretendia desse outra imagem do país.
Francisco Ferreira da Silva, no Diário Económico, aqui.
Para que uns tenham todos os direitos, outros acabam por não ter direitos nenhuns. Manter a situação, agrada aos instalados. Mudar as leis - mesmo a fundamental - parece ser uma necessidade se queremos competir num mundo cada vez mais global. Se um dos propósitos é garantir o direito ao trabalho, não será importante criar empregos?

Bons exemplos

Publicada por José Manuel Dias


Óbidos tem sorte. Tem um castelo bonito e uma enquadrada vila-modelo. Tem uma proximidade importante de Lisboa. E do mar. E da serra. Mas Óbidos tem também saber. A primeira vez que o demonstrou foi quando preservou a vila tal e qual como era, museificando-a, é certo, mas também tornando-a um trunfo turístico inegável. Depois, acrescentou-lhe eventos, animando-a como Vila Natal ou como palco dos Festivais Medievais e do Chocolate. E vieram, de facto, os turistas. Dos que trazem dinheiro temporário à vila. Mas vieram também os novos habitantes, atraídos por um parque tecnológico que terá uma imensa área verde e várias facilidades que só se costumam encontrar nos subúrbios das grandes cidades europeias e americanas. Este parque tecnológico foi uma tentação para muitas empresas que desejavam um espaço próximo de Lisboa - mas a câmara só cedeu ocupação a empresas verdadeiramente ligadas às novas tecnologias. Óbidos serve aqui como exemplo.
Fonte: Diário de Notícias,
aqui.

Björk - It's Oh So Quiet

Publicada por José Manuel Dias

A aldeia mais alta de Portugal

Publicada por José Manuel Dias


Sabugueiro, situada em pleno Parque Natural da Serra da Estrela, detém o título de aldeia mais alta de Portugal, estando situada a 1200 metros de altitude. Com origens bem antigas, formou-se a partir de um aglomerado de abrigos provisórios de pastores que aqui encontravam belas pastagens para os seus rebanhos. A aldeia é composta por casas rurais, simples, graníticas, típicas da região, albergando um museu etnográfico com vista a preservar a tradição ainda forte nestas paragens, por um forno comunitário, pela bonita Igreja Matriz. O Sabugueiro é identificado como centro de turismo serrano, local de passagem e paragem obrigatória para quem visita a Serra da Estrela. Queijo, presunto, enchidos, mel, mantas, tapetes são alguns dos produtos e artesanato local que podem ser adquiridos por aqui.

Sempre a sacar

Publicada por José Manuel Dias


Os portugueses esqueceram a crise nos últimos dias antes do Natal. Entre levantamentos e pagamentos de compras com o cartão multibanco, gastaram entre os dias 21 e 25 de Dezembro, 130 mil euros por minuto. No total, foram movimentados, em apenas quatro dias, mais de 749 milhões de euros.
Curiosamente até ao dia 21 de Dezembro, os levantamentos e compras realizados através da rede de multibanco indiciavam um aperto do cinto dos portugueses, mas as corridas dos últimos dias acabaram por contribuir para que o dinheiro movimentado na rede tenha batido um novo recorde durante este Natal.
Fonte: Correio da Manhã, aqui.
Parece que muita gente ainda não interiorizou que os próximos tempos não vão ser nada bons e continua a consumir de forma desenfreada. A rede Multibanco (levantamentos e compras) bateu um novo record: quase 750 milhões de Euros em 4 dias!

Temos vivido no céu (*)

Publicada por José Manuel Dias


O economista Paul Krugman, mais recente prémio Nobel da Economia, acredita que o fim da actual crise está "distante" e antevê o surgimento de novos escândalos financeiros como o de Bernard Madoff e de mais nacionalizações de bancos. Em entrevista à rádio espanhola Cadena Ser, Paul Krugman afirma que "a crise é pior do que inicialmente pensado" e acredita que a actual crise será a pior desde a depressão de 1932. O Nobel da Economia considerou ainda muito provável a revelação de novos escândalos como a fraude de 50 mil milhões de dólares (35,6 mil milhões de euros) de Bernard Madoff. "Quase de certeza que vamos ver mais situações deste tipo, porque quando a casa cai encontram-se esqueletos nos armários", afirmou.
Fonte: Público, aqui.
(*) ou a crise internacional ainda vai agravar-se.

Hugo's ou a história dos direitos adquiridos

Publicada por José Manuel Dias


O meu nome é Hugo, sou natural de Barcelos e formei-me no Instituto Politécnico do Cavado e do Ave em Sistemas de Informação para a Gestão. Actualmente moro em Toronto, Ontário, Canada e há um ano que faço Quality Assurance (para facilitar um bocado as coisas, digamos que testo software, apesar de que ser QA envolve muito mais do que isso) num dos maiores bancos do Canada.
Mudei-me para aqui, como podia ter-me mudado para outro lado qualquer. Casei-me com uma canadiana e meti os pés ao caminho. Mas a minha ideia passava sempre por sair de Portugal.
A ideia que tenho do nosso pais é que há muita gente que se queixa de muita coisa, mas não sabem realmente o que fazer para mudar isso. Entretanto, formamos jovens as carradas para os inserir num mercado de trabalho que não existe nacionalmente. Acabamos por fim a ver licenciados em, por exemplo, engenharia química a trabalhar em balcões dos bancos. Não é que haja nada de errado nisso, mas será que quando um jovem escolhe um determinado curso de química, esta a pensar em ir trabalhar para um banco? Quanto muito escolhia um de economia ou de gestão e depois tentava subir nos quadros. Mas adiante...
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Os bons empregos acabaram...

Publicada por José Manuel Dias


A terça e a quarta-feira são os dias piores. Cristina passa a terça-feira na garagem de casa dos pais, reconvertida em armazém, a receber as encomendas dos seus 20 fornecedores de legumes - "biológicos e apanhados no dia". É já noite quando sai do meio dos legumes e vai para o escritório (a sua casa) esvaziar o correio, antes de se deitar. Dorme depressa. No dia seguinte levanta-se às cinco e meia. Quarta é o dia da entrega ao domicílio dos cabazes com um sortido de legumes, que podem ser complementados com outros produtos biológicos, como carne barrosã, fruta, azeite ou frutos secos. A primeira entrega é às oito, na Marechal Gomes da Costa. O périplo pelo Grande Porto é de 150 km e dura todo o dia, obrigando a três regressos ao armazém para reabastecer a Citroën Jumpy.
A Horta à Porta, a empresa inventada por Cristina, tem cem clientes, que são assinantes do serviço de legumes (o resto é encomendado à parte) e escolhem a periodicidade da entrega (semanal ou quinzenal) e o formato do cabaz - pequeno (oito legumes e custa 16 euros), médio (dez legumes, 21,50 euros) ou grande (11 produtos em maior quantidade, 27 euros).
Fonte: Diário de Notícias, aqui.
Pessoas responsáveis, proactivas, não se desculpam com as condições externas, identificam opurtunidades e aproveitam-nas, criando os seus próprios empregos.

Merry Christmas

Publicada por José Manuel Dias

Votos de Feliz Natal para todos o que visitam o Cogir (Cogitar+Agir). Voltem sempre!

Empresas driblam crise

Publicada por José Manuel Dias


O New York Times fala de "Mais empresas [que] cortam custos do trabalho sem despedir" e um dos exem plos é o de uma universidade que pediu o corte de 1% nos salários para salvar alguns empregos. Mas a lista já é grande e de nomes bem conhecidos: a Dell (férias mais longas não pagas), Cisco (quatro dias de fecho neste fim de ano), Motorola (cortes nos salários), Honda (férias voluntários não pagas) e o The Seattle Times (uma semana de licença não paga para 500 trabalhadores).
Na Itália, o La Repubblica coloca o ministro do Trabalho, na capa, a dizer: "Menos trabalho, menos salário". O plano de Maurizio Sacconi vai ser apresentado aos sindicatos e às outras forças políticas e o objectivo é também não aumentar o número de desempregados, embora com sacrifícios acrescidos para aqueles que têm empregos. Facto é que os problemas vão obrigar toda a gente a um esforço de criatividade para salvarem o salvável e os sindicatos terão que estar também na primeira linha.
Notícia da responsabilidade de Manuel Queiroz, no Diário de Notícias, aqui .
Quando a economia real é atingida pela recessão importa encontar novas fórmulas de relacionamento entre as empresas e os sindicatos que visem evitar os despedimentos ou até fecho puro e simples. Lá fora procuram driblar a crise, por cá alguns que ainda não deram conta que o mundo mudou...

Quem sabe faz (*)

Publicada por José Manuel Dias


A Universidade do Porto decidiu hoje (ontem) passar a fundação pública, numa votação realizada no seio da Assembleia Estatuária daquela instituição. A transformação é um passo para a universidade poder ser uma das melhores da Europa, disse o reitor da instituição."A transformação em fundação não é uma panaceia, mas as vantagens que traz dão-nos maior capacidade para evoluir no sentido que pretendemos, que é sermos uma das melhores universidades da Europa", afirmou o reitor, José Marques dos Santos, no mesmo dia em que a assembleia da Universidade de Aveiro também aprovou a transformação da universidade para fundação. Nas votações de hoje, só dois votos foram contra. "Estas coisas nunca são unânimes, mas a votação foi muito expressiva", frisou Marques dos Santos.
Fonte: Público, aqui.
(*) não espera acontecer. Um excelente exemplo para as outras instituições do Ensino Superior. Depois do ISCTE, a Universidade de Aveiro e a Universidade do Porto decidiram transformar-se em Fundações. Maior autonomia, maior responsabilidade e o caminho aberto para fazerem mais e melhor, sem precisar de mendigar apoios ao Estado. Começa uma nova etapa: "2009 será um ano especialmente exigente, em que é necessário concretizar o processo de mudança”, reconhece a Reitora da Universidade de Aveiro. Uma lição para os Calimeros que por aí pululam...

Ser ou não ser rápido a dizer não

Publicada por José Manuel Dias


À distância, sou forçado a reconhecer que ser rápido a responder e cristalinamente negativo nas respostas não são “qualidades” que tivessem contribuído para a minha reputação local. Pelo contrário, ajudaram a que fosse olhado com desconfiança.
Lembrei-me deste episódio perante o conselho que um amigo me deu no outro dia: “Não respondas tão depressa aos pedidos que te fazem, sobretudo se as respostas forem negativas. As pessoas acham que não lhes deste a importância suficiente e que não te esforçaste. Finge que demoras uns dias a estudar o assunto. E, na resposta, não sejas negativo, deixa a porta aberta, diz que mais tarde qualquer coisa. É assim que as pessoas gostam”.
Fiquei chocado com o conselho. Logo eu que gosto de ser rápido a dizer que não, para não alimentar falsas expectativas, para evitar que as pessoas percam tempo comigo, para que possam procurar outras hipóteses. Bom, lá vou ter de rever os meus procedimentos.
Luis Paixão Martins, ex-consultor da RTP, aqui.

Quem muito quer...

Publicada por José Manuel Dias


A Frente Sindical da Administração Pública (FESAP) rejeitou hoje a proposta do Governo de um aumento salarial de 2,9 por cento dos funcionários públicos para 2009, na primeira reunião de um dia de negociações suplementares.
Não houve possibilidade de acordo nenhum, o Governo nem sequer se deu ao trabalho de apresentar novas propostas. Disse que a posição final era aquela, tendo em atenção os problemas macro-económicos existentes, tendo em atenção a crise", disse Nobre dos Santos.
No âmbito da negociação suplementar entre Governo e sindicatos da Função Pública sobre os salários de 2009, a equipa do ministério das Finanças encontra-se hoje também com a Frente Comum e com o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE).
A Frente Comum (CGTP) reivindica um aumento de cinco por cento para 2009 e um aumento intercalar de 0,9 por cento para colmatar o poder de compra perdido em 2008.
Fonte: Jornal Público,
aqui.
Exigências desta natureza - aumentos de 5%, para uma inflação prevista de 1,5% - descredibilizam os Sindicatos. Num cenário de crise mundial, com a nossa economia estagnada e, com forte probabilidade, a caminho da recessão, beneficiar do aumento dos salários reais, como já propõe o Governo, é um privilégio. Pedir ainda mais é irresponsabilidade, sobretudo numa época em que a larga maioria dos portugueses apenas pede a manutenção do seu posto de trabalho.

Lisa Mitchell - Incomplete Lullaby

Publicada por José Manuel Dias

E vão 16

Publicada por José Manuel Dias



A Eslováquia será o 16º Estado-membro da União Europeia (UE) a adoptar o euro a 1 de Janeiro próximo, no mesmo dia em que a moeda única comemora o seu décimo aniversário. A Eslováquia, com uma superfície e população cerca de metade da de Portugal, irá adoptar o euro à taxa de câmbio de 30,12 coroas eslovacas.O país tornou-se independente em Janeiro de 1993, após a cisão da Checoslováquia em duas Repúblicas independentes, e aderiu à UE em de Maio de 2004. Com a adesão da Eslováquia a zona euro passará a contar com uma população de 328,6 milhões de habitantes num total de 499,7 da UE. Por ocasião do décimo aniversário do euro serão emitidos 84 milhões de exemplares de uma moeda comemorativa de dois euros.
Fonte: Jornal Público, aqui.

Compras de Novembro mais baratas

Publicada por José Manuel Dias


Em Novembro de 2008, o Índice de Preços no Consumidor (IPC) registou uma taxa de variação homóloga de 1,4%, nove décimas de ponto percentual (p.p.) inferior ao valor observado em Outubro de 2008. A variação mensal situou-se em 0,6% ( 0,2% em Outubro de 2008 e 0,3% em Novembro de 2007). A variação média dos últimos doze meses diminuiu para 2,7%.O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português registou uma variação homóloga de 1,4%, onze décimas de p.p. inferior ao valor do mês anterior. O IHPC apresentou uma variação de -0,7% entre Outubro e Novembro de 2008. A taxa de variação média dos últimos doze meses diminuiu para 2,8%.
Fonte: INE, aqui.
Não foi só o preço de combustíveis que desceu, baixaram, também, as despesas com Saúde, Comunicações, Produtos Alimentares e Bebidas Não Alcoólicas, e Lazer, Recreação e Cultura. A manter-se a queda, a inflação anual rondará os 2,5%.

E poderia ser de outra maneira?

Publicada por José Manuel Dias


P. Los bancos han recibido muchas críticas porque no trasladan los créditos a las empresas y a los particulares.
R. Cuando se critica por esto a los bancos, de un lado y de otro, me parece populista porque la función de los bancos es dar crédito sólo a quien lo va a devolver. El problema actual es que los consumidores no consumen, los empresarios no contratan, los inversores no invierten. ¿Entonces qué? ¿Habría que obligar por ley a que los empresarios inviertan y no despidan y a que los consumidores consuman como se está exigiendo a los bancos cuando se dice que tienen que aumentar el crédito? Si la banca no presta en mayor cantidad será por algo. Ya verán cómo si mejora la economía, el sector empieza a dar más préstamos.
Entrevista de Miguel Ángel Fernández Ordóñez, Governador del Banco de España, ao El País, a ler na íntegra aqui.

Aviso à navegação

Publicada por José Manuel Dias


O empréstimo de grande envergadura que a Caixa Geral de Depósitos ia pedir à banca internacional acabou por ficar abaixo do esperado, apesar do aval do Estado.
Inicialmente, a Caixa pretendia um empréstimo de dois mil milhões, mas conseguiu apenas 1,25 mil milhões de euros, salienta o «Expresso». Em causa pode estar a chamada indisciplina financeira de países como a Itália, a Grécia e também Portugal.
Fonte: Agência Financeira,
aqui.
Um aviso que não pode, nem deve, ser negligenciado. Se continuarmos a gastar mais do que produzimos, o endividamento aumenta cada vez mais. Estado, grandes empresas (Edp, PT, Galp...) e Bancos são responsáveis pela nossa Dívida Externa que já se situa em 344 mil milhões de Euros. Um valor que corresponde a cerca de 200% do nosso PIB. Quem nos cede fundos tem os olhos postos neste número que na Zona Euro só é excedido pela Grécia. Há que retirar consequências deste aviso...

One Little Song - Gillian Welch

Publicada por José Manuel Dias

Salários reais da AP

Publicada por José Manuel Dias


O poder de compra dos funcionários públicos deverá registar em 2009 o primeiro aumento desde, pelo menos, o início da década. E será também bem mais expressivo - podendo ir até 1,9 pontos acima da inflação - do que as previsões do Governo quando apresentou a proposta de aumento de 2,9% dos salários nominais da Função Pública para o próximo ano. Não se trata de uma generosidade acrescida do Executivo para com os funcionários do Estado em tempos de crise, é antes a consequência da expectativa de um acentuado abrandamento na inflação, que, segundo os economistas deverá ficar abaixo de 1,5%.
Fonte: Jornal de Negócios, aqui.

BMW´s (*)

Publicada por José Manuel Dias


Admitamos que os portugueses decidem comprar BMW's à Alemanha, mas nada produzem e, portanto, não têm nada em troca para vender para lá. Portugal vai ter um défice na BTC. Para comprarem os BMW's os portugueses vão ter de se endividar e, para o efeito, vão junto dos seus bancos para obterem crédito. Porém, os bancos portugueses concedem crédito com os depósitos que recebem. Ora, se os portugueses, por hipótese, não produzem nada, não têm dinheiro, e por isso também não têm depósitos. A única maneira de os bancos portugueses lhes concederem crédito para a compra dos BMW's é os próprios bancos contrairem crédito junto de bancos estrangeiros ou outras instituições estrangeiras. O défice da BTC conduz directamente ao endividamento externo dos bancos portugueses. Este é o ponto que deixei em aberto no meu post anterior.Nas condições propositadamente exageradas deste Portugal imaginário, as pessoas vivem acima das suas possibilidades - não produzem nada e andam de BMW. Estes portugueses estão endividados perante os bancos do seu país, e os bancos do seu país estão endividados perante os bancos estrangeiros. Admitamos agora uma crise financeira séria que seca os mercados internacionais de crédito. Os bancos estrangeiros deixam de emprestar aos bancos portugueses e estes deixam de emprestar aos seus clientes para adquirirem BMW's. Os portugueses são obrigados a reduzir drasticamente o seu nível de vida - não podem comprar mais BMW's - e o que os leva a isso é o corte drástico na concessão de crédito por parte dos bancos.O corte drástico na concessão de crédito por parte dos bancos. É daqui que virá o aperto que obrigará os portugueses a viverem de novo de acordo com as suas possibilidades. Esse corte drástico no crédito já está aí. Vai durar e vai ser duro.
Pedro Arroja, no Portugal Contemporâneo, aqui.
(*) ou como se pode viver acima das possibilidades durante algum tempo mas nunca durante o tempo todo.

Não há bons ventos... (*)

Publicada por José Manuel Dias


Quase metade dos funcionários públicos não tem objectivos definidos para 2008 não podendo por isso ser avaliados, o que terá consequências graves na progressão na carreira e na atribuição de prémios de desempenho no próximo ano. Um inquérito realizado pelo Sindicato dos Quadros Técnicos (STE) a 6.546 funcionários sobre a aplicação do sistema integrado de avaliação de desempenho da função pública (SIADAP) ontem divulgado revela que 49% dos trabalhadores não tem objectivos ou competências definidas para 2008. E mesmo quando esses objectivos existem, alerta o STE, mais de 38% dos trabalhadores só tomaram conhecimento deles no segundo semestre deste ano, o que tornará a avaliação um processo "meramente formal" e cuja principal finalidade é a contenção de custos.
"Com esta avaliação não estão em causa melhores serviços ou mais motivação, está em causa, única e simplesmente, a redução do peso orçamental das remunerações dos trabalhadores", criticou o presidente do STE durante a apresentação dos resultados do inquérito.
Fonte: Jornal de Negócios,
aqui.
(*) para quem não sabe o porto de destino.
Se não se definem objectivos individuais que devem estar alinhados com os objectivos da organização, como poderemos avaliar o contributo de cada um para os resultados alcançados? A notícia do Jornal de Negócios, da responsabilidade de Raquel Martins, informa-nos que cerca de metade dos trabalhadores não tem objectivos definidos. Se rebobinarmos o filme, verificamos que 3 anos antes fixar objectivos individuais era um quase sacrilégio. Com se avaliavam então os serviços e as pessoas? Era tudo boa gente. A quase totalidade atingia o patamar de excelente. Mudar este estado de coisas não é tarefa fácil como se pode inferir da apreciação do Sindicato dos Quadro Técnicos do Estado que considera que a avaliação visa apenas " a redução do peso orçamentaldas remunerações dos trabalhadores". Há muito trabalho pela frente, a bem dos utentes dos serviços públicos.

Ala dos Namorados - Caçador de Sóis

Publicada por José Manuel Dias

Preparemo-nos para o pior

Publicada por José Manuel Dias


Isto está mau, está muito mau, não só em Portugal mas na Europa e no mundo inteiro. 2009 vai ser um ano trágico, histórico e com consequências terríveis", disse Van Zeller à margem da iniciativa 'Missão Exportar 2008', que decorre no centro de Congressos em Lisboa. Para o presidente da CIP, na actual conjuntura a maior atenção deverá incidir no próximo ano sobre os apoios sociais e no desemprego. No entanto, notou o responsável, a crise não vai durar para sempre."É preciso continuar todas as visitas e promoções e divulgação das empresas porque a crise não vai durar toda a vida", acrescentou, referindo que "o esforço de exportação é vital e tem de continuar, mesmo sem resultados imediatos."
"Se não semearmos agora e fizermos agora um grande esforço de preparação para o fim da crise, os outros vão avançar e nós ficamos para trás", disse Van Zeller.O mesmo responsável disse que os sectores exportadores são os que mais necessitam de apoio, exemplificando os têxteis e os automóveis que, lembrou, exportam de 80 a 90 por cento da sua produção.
Notícia desenvolvida, aqui, no Diário Económico.
Se a crise se acentua, como é expectável, qual deve ser a nossa postura? Sentar-mo-nos a um canto e esperar que a crise passe ou agir? As sugestões apresentadas têm, a nosso ver, todo o sentido. Há que continuar a apostar na exportação, procurando, ao mesmo tempo, minimizar os efeitos sociais da crise interna.

Notícias que não são notícia

Publicada por José Manuel Dias


Portugal foi o país da UE com maior crescimento da despesa em I&D em relação ao PIB de 2005 para 2007, atingindo 1,18% do PIB quando em 2005 era apenas 0,81% do PIB. Portugal está agora próximo da Espanha (1,22%) e da Irlanda (1,31%), e ultrapassou Hungria (0,97%), Itália (1,09%) e Estónia (1,14%).
A
despesa em I&D nas empresas em relação ao PIB mais que duplicou de 2005 para 2007, atingindo 0,61% do PIB quando em 2005 era penas 0,29% do PIB. Pela primeira vez, a despesa em I&D nas empresas ultrapassou o valor verificado nas restantes instituições. O número de empresas com actividades de I&D teve um acréscimo inédito ao passar de cerca de 930 em 2005 para mais de 1.500 em 2007.
Verificou-se um grande aumento do número de investigadores na população activa, o qual passou de 3,8‰ em 2005 para 5,0‰ em 2007, com o
número de investigadores em equivalente a tempo integral (ETI) a duplicar nos últimos dez anos (de cerca de 14 mil em 1997 para cerca de 28 mil em 2007). O número de investigadores na população activa está agora próximo da média da UE27 (5,6‰), embora ainda esteja muito abaixo da média da OCDE (7,0‰).
Fonte: UMIC, aqui.
Sempre me irritou a preferência dos meios de comunicação social pelas más notícias, em detrimento das boas que nos podem elevar a auto-estima. Em Portugal existem muitas áreas onde os avanços conseguidos devem constituir motivo de orgulho. A área da investigação e desenvolvimento é uma delas. Como se pode ler no texto integral " qualificação do corpo docente do Ensino Superior atingiu níveis inéditos em Portugal, com os doutorados a trabalhar nas universidades públicas a chegarem a 65% do total do corpo docente (eram 43% em Janeiro de 2005)".

Microcrédito fez 10 anos

Publicada por José Manuel Dias


O microcrédito é um pequeno empréstimo bancário destinado a apoiar pessoas que não têm acesso ao crédito bancário, mas querem desenvolver uma actividade económica por conta própria e, para isso, reúnem condições e capacidades pessoais, que antecipam o êxito da iniciativa que pretendem tomar. Fez ontem 10 anos que foi lançado em Portugal. Um facto que merece registo.
Falar do microcrédito implicar falar do Prof. Mouhammad Yunus e do Grameen Bank, o banco dos pobres, que já conseguiu dar resposta às necessidades de crédito de mais de 7 milhões de microempreendedores, viabilizando a melhoria da qualidade de vida de várias dezenas de milhões de pobres e desfavorecidos do Bangladesh.

Os 11 conselhos de Bill Gates

Publicada por José Manuel Dias



Bill Gates deixa conselhos aos jovens de todas as idades. Uma oportunidade para aprender com quem teve um enorme sucesso pessoal e profissional. Imperdível.

A cortar no consumo

Publicada por José Manuel Dias


O aperto financeiro dos portugueses tem como a maior vítima os bens supérfluos. A crise chegou, mas de mansinho. Evitar ir a restaurantes ou optar por viajar nas «low cost» é mais uma questão de sensatez económica do que de falência das famílias, cita o jornal «Público».
Há quem acredite que, uma vez experimentada a crise, facilmente vestimos a «pele de cidadão poupado» e deixamos de gastar dinheiro com bens que não são bons investimentos. A verdade é que, apesar de os números apontarem apenas para a diminuição de despesas extraordinárias, como a utilização diária do carro, os portugueses estão, de facto, a cortar.
Onde consumimos menos? E onde gastamamos mais? O Blogue Agência Financeira, dá-nos algumas pistas,
aqui.

Treino intelectual prolonga a vida...

Publicada por José Manuel Dias


Portugal tem 589 pessoas com 100 ou mais anos registadas nos Censos de 2001: um homem para cinco mulheres. E, como a tendência é para o aumento da longevidade, é natural que em 2008 existam muitos mais. Nem todas continuam a trabalhar como Manoel de Oliveira, mas muitos são independentes e Portugal não está preparado para esta realidade, dizem os técnicos. O segredo está em "ser activo e estimular o intelecto", não ser atirado para uma cadeira ou um sofá de um lar, verdadeiras antecâmaras da morte. "Uma das coisas que mais contribuem para o aumento da longevidade é a actividade. As pessoas devem ter uma actividade física e intelectual estimulante", explica Maria João Quintal, médica, chefe de divisão de Saúde no Ciclo de Vida da Direcção-Geral de Saúde.Aquela é uma das razões porque encontramos mais centenários entre as pessoas com cursos superiores e com maior treino intelectual. Além de que têm profissões com menos riscos para a saúde e condições sociais e económicas para ter uma maior qualidade de vida. Permite-lhes, por exemplo, ter uma alimentação equilibrada, cuidados físicos e empregados para lhes dar assistência.
Fonte: Diário de Notícias,
aqui.



Mercedes Sosa - Gracias a la vida

Publicada por José Manuel Dias

Nos jornais

Publicada por José Manuel Dias



1. O Tribunal de Contas (TC) detectou irregularidades na gerência de 2006 do Instituto Superior Técnico de Lisboa (IST), em Lisboa, e apresentou dez recomendações, entre as quais a cessação do pagamento de suplementos remuneratórios a dirigentes e membros dos órgãos de gestão.
No Público, aqui.
2. A partir de dia 15, e até dia 31 de Janeiro de 2009, os credores dos organismos públicos podem recorrer ao Balcão Único, em www.sgmf.pt/rede. O sistema para reclamar o crédito é simples: basta preencher um requerimento que é enviado para o ministério que tutela o serviço devedor. Este tem um prazo de 20 dias para regularizar a dívida. A responsabilidade do pagamento pode ser assumida pelo ministério e, em último caso, pelo Ministério das Finanças e Administração Pública.
No Correio da Manhã, aqui.

Exportar, garantir emprego...

Publicada por José Manuel Dias


O primeiro-ministro, José Sócrates, anunciou hoje um pacote de apoio à economia centrada em medidas de investimento público e no apoio às pequenas e médias empresas e ao emprego, que totaliza 2180 milhões de euros e representa 1,25 por cento do PIB (produto interno bruto, que representa o valor anual de tudo o que é produzido no país).No final do Conselho de Ministros extraordinário que convocou para hoje de manhã, José Sócrates apresentou um pacote estruturado em três pilares: reforço do investimento público, apoio directo à economia com medidas fiscais e incentivos à exportação e apoio ao emprego, onde se inclui um reforço do subsídio de desemprego. Em seguida, passou a palavra a cada um dos três ministros com as principais pastas da área económica.
Fonte: Jornal Público, aqui.
Medidas orçamentais que visam estimular a economia. Quando as dificuldades são grandes todos se viram para o Estado... Reforço do investimento público, medidas de incentivo à exportação e apoio ao emprego, são a palavras chave deste programa. O resto depende dos protagonistas...

Leonard Cohen - If it be your will

Publicada por José Manuel Dias

Em linha com a Zona Euro

Publicada por José Manuel Dias


No 3º trimestre de 2008, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,6% em volume face ao trimestre homólogo de 2007, menos 0,1 pontos percentuais (p.p.) que o trimestre anterior. A procura interna continuou a desacelerar, registando um contributo para o crescimento do PIB de 1,2 p.p. no 3º trimestre de 2008 (1,4 p.p. no anterior), em consequência da diminuição do investimento (variação de -1,4% em termos homólogos) que mais que compensou a aceleração do consumo privado. O contributo da procura externa líquida foi de -0,6 p.p., mais 0,1 p.p. que o verificado no trimestre anterior, tendo-se registado uma desaceleração das Exportações e das Importações de Bens e Serviços.
Fonte: INE, para ver com detalhe clicar aqui.
Este resultado - queda de 0,1% face ao trimestre anterior - não constitui surpresa. Surpresa era continuar a crescer com os nosso principais parceiros em recessão. Resistimos bem. Veremos agora o que nos reserva o plano global para enfrentar a crise que o Ministro nos promete, aqui. Sabemos que a tentação de nos virarmos para o Estado, quando as coisas correm mal, é muito grande mas, a nosso ver, devemos confiar mais em nós do que numa qualquer solução milagreira que alguém nos apresente. Sem revermos os nossos comportamentos, continuando a consumir mais do que o nosso rendimento, o problema persistirá. O Estado pode endividar-se, dando um novo balão de oxigénio à economia, mas, mais cedo ou mais tarde, a factura vai aparecer, seja por via da redução do poder de comprar (aumento da inflação) ou pelo acréscimo de impostos (o que equivale a uma poupança forçada).

Porque é que os professores não querem ser avaliados?

Publicada por José Manuel Dias


Em qualquer profissão há sempre pessoas que sabem que provavelmente ficarão abaixo da média e por isso preferem não ser avaliados. Há também outras que estando próximas da média e sendo avessas ao risco, se puderem escolher, optam por esquemas de promoção por antiguidade, em vez de alternativas de promoção por mérito. A aversão ao risco pode determinar que mesmo profissionais que estão entre os 20% melhores tenham uma forte tendência a ser contra um processo de avaliação que não dê todas as garantias. Nenhum poderá dar, e por isso é natural que 80% de qualquer classe se una contra a imposição de qualquer processo de avaliação. Mais, mesmo os restantes 20% estarão divididos sobre qual o seu método preferido. Os professores não são uma classe especial, que não quer ser avaliada. Pelo contrário, acredito que na maioria das classes profissionais seria fácil obter uma maioria de pessoas contra qualquer método de avaliação, em particular se fosse um método único e imposto de cima para baixo.Então como foi possível introduzir métodos de avaliação noutras profissões? Por uma questão de competitividade. Em todas as áreas, há profissionais que ganham com uma carreira baseada na avaliação de mérito. As instituições que querem atrair estes profissionais têm de promover uma avaliação baseada no desempenho. As que não o fizerem, acabam por ficar sem os melhores profissionais e perdem competitividade. Como sair deste impasse?
Para continuar a ler este artigo de Manuel Caldeira Cabral, publicado no Jornal de Negócios, clicar
aqui.

Aviso à navegação

Publicada por José Manuel Dias


As conversas que escuto à minha volta levam-me a crer que a esmagadora maioria das pessoas ainda não percebeu bem a situação em que estamos metidos. Só assim se compreende o espaço que continuamos a conceder a inanidades sem significado.
João Pinto e Castro, aqui.

Rui Veloso - Lado Lunar

Publicada por José Manuel Dias

Nada como uma crise...

Publicada por José Manuel Dias


Os norte-americanos continuam utilizar os transportes públicos com números recordes, apesar da queda dos preços do petróleo nos últimos meses nos Estados Unidos, segundo um balanço de uma associação para a promoção dos transportes públicos.
Mais de 2,8 mil milhões de trajectos foram efectuados em transportes públicos no terceiro trimestre de 2008, ou seja um aumento de 6,5 % relativamente ao mesmo período de 2007, segundo um relatório da Associação dos Transportes Públicos Norte-americana (APTA).
Este é mais forte aumento trimestral do tráfego nos transportes públicos nos últimos 25 anos.
O número de quilómetros percorridos por um veículo recuou 4,6 por cento, segundo a autoridade de administração das auto-estradas.
Fonte: Jornal de Notícias, aqui.
... para aprender as boas práticas. E em Portugal o que estará a acontecer?

Já estamos no pódio

Publicada por José Manuel Dias


Portugal é já o terceiro país europeu na produção de energia a partir de fontes renováveis, com destaque para a hídrica e para a eólica.
De acordo com os últimos dados da Direcção Geral de Energia e Geologia agora divulgados, à frente de Portugal posicionam-se apenas a Áustria e a Suécia (ver gráfico). Estes dados, porém, reportam a 2006, altura em que do total da energia consumida em Portugal pouco mais de 30% tinha origem em fontes renováveis.
Apesar de ainda não existirem dados comparativos mais recentes, a verdade é que entretanto a produção de energia a partir de fontes renováveis aumentou em Portugal. Assim, em 2007, do total da energia eléctrica consumida no país, 42% teve origem em fontes renováveis.
Fonte: semanário Expresso, aqui.

Prestações mais baixas

Publicada por José Manuel Dias


As descidas de juros anunciadas pelo Banco Central Europeu (BCE) têm um impacto directo nas famílias que têm empréstimos. As prestações da habitação deverão descer mais de 25% dentro de um ano, diz o «Jornal de Negócios».
As taxas Euribor estão já a descer, mas continuam longe da taxa directora. O BCE colocou ontem os juros nos 2,50% enquanto a Euribor a seis meses se fixou nos 3,71%, uma diferença superior a 100 pontos base.
Ainda assim, as boas notícias já chegaram às famílias e deverão continuar. Um empréstimo que for revisto em Janeiro deverá registar uma descida da prestação de cerca de 14%, se considerada a taxa Euribor a seis meses fixada ontem nos 3,71%.
Fonte: Agência Financeira, aqui.

A hora dos psicólogos

Publicada por José Manuel Dias


Lá vai o tempo em que ia a quase todas as conferências. Para verem que tinha sido uma das personalidades convidadas. Para cumprimentar o membro do governo que fazia o discurso de abertura ou de fecho. Se fosse o primeiro-ministro ou ministro da tutela, ficava o mais à frente possível para ele constatar o entusiasmo dos meus aplausos depois da sua intervenção.
Passaram muitos anos. Tornei-me selectivo. São sempre os mesmos. Normalmente, os que subsidiaram o evento. A dizerem o mesmo. É fácil fazer o resumo das suas intervenções antes de abrirem a boca. Às apresentações, falta adrenalina. Não vá o poder ou o patrão ficar incomodado. Não se convidam oradores que possam produzir afirmações impróprias para ouvidos mais sensíveis.
[.../...]
No encontro dos economistas nacionais, já no final, Teodora Cardoso referiu a importância do comportamento da mente humana. Foi ela, no seu deslumbramento, que criou as condições que geraram a actual crise. É ela que está a agravar, pelo pânico, a borrada feita pelos banqueiros. Nos anos de prosperidade, agita a nobre luta ambientalista pela redução do número de automóveis. Mas é a mesma mente que, numa não menos nobre peleja pela manutenção de postos de trabalho, se bate pela não redução dos mesmos instrumentos poluidores. O que mudou não foi a análise económica. Esta esbarra sempre nos misteriosos comportamentos da mente dos agentes económicos. É a análise comportamental que pode ajudar a perceber alguns despistes da economia. Por isso, chegou a hora dos psicólogos. Já agora, acompanhados por psiquiatras, para ajudarem algumas bocas desorientadas que se ouviram nas últimas semanas. Que Deus tenha compaixão delas.
António de Almeida, em artigo de opinião no Expresso, aqui.

The mamas and the papas - California dreamin

Publicada por José Manuel Dias

O escritor dos afectos

Publicada por José Manuel Dias


O escritor e jornalista António Alçada Baptista morreu hoje aos 81 anos.António Alçada Baptista nasceu em 1927 na Covilhã. Licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa, Alçada Baptista tem uma vasta obra literária publicada. Esteve também ligado ao jornalismo e à edição. Foi ainda cronista.Identificado por muitos como “o escritor dos afectos” e um defensor da liberdade Alçada Baptista foi um dos fundadores da revista “O tempo e o Modo”, que marcou gerações. Era ainda editor da Moraes Editora.
Fonte: Jornal Público, aqui.
Alguns dos seus livros foram meus companheiros. Foram partilhados com quem me pedia um bom livro para ler. Os nós e os laços, Tia Suzana, meu amor e o Riso de Deus estão ali na estante depois de terem passado por muitas mãos. Os afectos contados de uma forma única. Vou ver se descubro a Cor dos dias, o seu último livro.

Party by El Perro Del Mar

Publicada por José Manuel Dias

Poupanças fiscais no IRS

Publicada por José Manuel Dias


Com o ano a acabar, convém começar a pensar na entrega do IRS. Se conseguir beneficiar das deduções máximas, em cada categoria, poderá poupar mais de 2.500 euros, diz o «Diário Económico».
Entre as deduções mais comuns e fáceis de contabilizar estão as despesas de saúde, educação, habitação e informática. Só estas três últimas permitem uma poupança de 1.517,6 euros no IRS. O número só não é superior porque as despesas de saúde, que não têm limite de dedução, não entram para estas contas.
Diz também o «DE» que os Planos Poupança Reforma (PPR) são também conhecidos pelos benefícios fiscais associados. Existem ainda outros benefícios fiscais associados às energias renováveis, donativos e mecenato ou com investimento em acções, dividendos, juros, entre outros. O ideal é que aproveite ao máximo as deduções e evitar erros.
Fonte: Agência Financeira, aqui.

Concertação de estratégias?

Publicada por José Manuel Dias


Presidente eleito norte-americano, Barack Obama, disse hoje que o seu plano para criar, pelo menos, 2,5 milhões de novos empregos inclui o maior investimento em infra-estruturas desde os anos 50 do século passado e um grande esforço para reduzir o consumo de energia do Governo norte-americano.Os Estados Unidos vão ainda promover a expansão do acesso à Internet de alta velocidade e a modernização dos edifícios escolares por todo o país, disse Obama.“Precisamos de acção e acção agora”, disse Obama no programa de rádio semanal do Partido Democrata.
Milhões de empregos poderão vir ainda do “novo investimento em infra-estruturas nacionais”, adiantou Obama, sem precisar montantes. No âmbito deste plano, que prometeu explicar melhor nas próximas semanas, prevê-se a construção ou reparação de estradas e pontes, a modernização das escolas e a sua maior eficiência energética e informática, pondo novos computadores nas salas de aula. Obama quer ligar mais escolas e bibliotecas à Internet e garantir que os hospitais norte-americanas estejam ligados entre si electronicamente.
Fonte: Público, aqui.
O primeiro-ministro, José Sócrates, defendeu esta quarta-feira que o investimento público é "absolutamente essencial" nesta altura de crise financeira internacional e destacou as energias renováveis como uma das principais apostas do Governo.
"Esta é uma daquelas crises que apenas se vive uma vez na vida", afirmou Sócrates, sublinhando que o seu impacto e a sua dimensão "obrigam a tomar medidas de emergência".
"Uma dessas medidas é reforçar o investimento público", acrescentou.
Fonte: Jornal de Notícias, aqui.

Avaliações

Publicada por José Manuel Dias


Havia, pois, uma possibilidade de o PS ter ficado ferido nesta história da avaliação dos professores. No Parlamento, o CDS apresentou um projecto que propunha a suspensão da avaliação. Como se esperava que poderia haver alguns deputados socialistas que não alinhariam com o seu próprio partido (e, de facto, houve: seis que votaram a favor do adversário, uma que se absteve e 13 que faltaram), compreende-se que a oposição se tenha preparado para a votação: "A bancada foi toda mobilizada", disse dos seus Paulo Rangel, chefe dos deputados do PSD. Porém, a moção da oposição perdeu. E lá se gorou uma oportunidade de se beliscar o Governo... E que sucedeu, o que foi? 30 em 75 deputados (40%, um quinhão enorme!) do PSD faltaram ao rebate. Cito Rangel, outra vez: "A bancada foi mobilizada. Depois, cada um assume a sua responsabilidade." Está aí o busílis: a auto-avaliação não funciona. E o que fez a líder do PSD, o que foi? Chamou Paulo Rangel para lhe pedir explicações. Isto é, fez exactamente aquilo que é preciso nas escolas: pedir explicações aos directores quando os professores não funcionam.
Ferreira Fernandes, No Diário de Notícias, aqui.

A queda da inflação

Publicada por José Manuel Dias


Quando os americanos inventaram a ‘subprime’ e a seguir exportaram os produtos tóxicos para todo o mundo, provocando uma queda aparatosa no produto, a mensagem dos bancos centrais foi inequívoca: baixem-se as taxas de juro! Quando o dólar caiu, fazendo subir os preços do petróleo e levando a uma inflação incontrolável, a mensagem inverteu-se: subam-se as taxas de juro! Estava estabelecida a confusão. Com os EUA no centro da crise. Que fazer? Assumindo que a crise viria a tornar-se global, o mais sensato seria que os bancos centrais se entendessem entre si, definindo uma estratégia comum. Mas não. A Reserva Federal americana, privilegiando o crescimento económico, baixou a sua taxa de referência de 5,25% para 1% em poucos meses; o Banco Central Europeu, privilegiando o controlo da inflação, manteve-se firmes nos 4%. E o Japão, que já estava na vizinhança de zero, continuou assim. A confusão aumentava.Estávamos nós neste remanso quando os preços começaram a descer. E a tendência mantém-se. Primeiro o FMI, depois a Comissão Europeia, a seguir a OCDE – toda a gente admite agora que, a uma taxa de inflação da ordem dos 4-5% em 2008, deverá corresponder uma taxa de apenas 1% ou menos em 2010. Com o ‘target’ fixado à volta de 2%. Resultado: o perigo mudou de nome e passou a chamar-se deflação. A pergunta repete-se, agora num filme ao contrário: que fazer?
Daniel Amaral alerta-nos para os perigos da deflação, servindo-se como exemplo do período negro do Japão. A ler na íntegra no Diário Económico, aqui.

Pôr o dinheiro a circular

Publicada por José Manuel Dias


Portugal precisa de investir mas é "em coisas que façam aumentar as exportações" e que, portanto, reduzam o défice da balança de transacções correntes, que atinge qualquer coisa como dois milhões de euros por hora, equivalentes a cerca de 17 mil milhões/ano. E sem isso, o nosso país não resolverá "o ponto mais crítico" da sua economia, adverte Daniel Bessa.
Daniel Bessa, que falava, ontem, ao princípio da noite, numa quinta da vila de Pereira, nos arredores de Coimbra, em mais um dos Encontros Millennium BCP, não especificou, todavia, se os grandes investimentos públicos programados e/ou anunciados pelo governo se enquadram, ou não, na sua perspectiva, naquela estratégia exportadora, mesmo quando questionado, por um dos muitos participantes na sessão. Admite, contudo, que, em relação a este aspecto, "talvez não esteja em linha com o governo". A recessão veio, de resto, pôr a nu esta fragilidade da economia portuguesa (com as importações a superarem as importações), que, sublinha, não é conjuntural, mas "é um problema estrutural". E é tempo, alerta, de "olhar para as questões estruturais".
Depois de se deter sobre as crises, considerando que podem ser entendidas como sendo todas iguais ou diferentes, de acordo com os aspectos que se querem valorizar, Daniel Bessa diz que o essencial da prescrição para a recessão internacional que se vive já foi adoptado, pois as taxas de juro já baixaram. As pessoas ainda não sentem isso, no seu dia-a-dia, nas suas prestações, mas aquelas descidas (adoptadas por instituições tão conservadoras como o BCE, por exemplo) hão-de reflectir-se dentro de algum tempo.
Os spreads ainda não baixaram, é certo, mas chegará a sua vez, acredita Daniel Bessa, sublinhando que, contudo, "há um dado muito negativo" que persiste e tem a ver com o sistema bancário. "O nó górdio continua no sistema financeiro e se não pusermos o dinheiro a circular, não saímos daqui."
Fonte: Diário de Notícias,
aqui.

Aretha Franklin - I Say A Little Prayer

Publicada por José Manuel Dias

Yes, we can

Publicada por José Manuel Dias


A avaliação de professores está na ordem do dia e paira actualmente como uma nuvem negra sobre a estabilidade do sistema de ensino português.
Tomando como boas as críticas de muitos professores, em causa está o modelo de avaliação aprovado pelo Ministério, com as queixas a incidirem sobre a burocracia associada ao processo de avaliação e potenciais situações de injustiça, com as inerentes repercussões ao nível do concurso de colocação e da progressão na carreira. O Ministério, por sua vez, defende-se acusando os críticos de não proporem um modelo de avaliação alternativo.

Estão assim criadas as condições para um extremar de posições, que em nada contribuirá, muito pelo contrário, para a serenidade que a função educativa exige.
Não admira, pois, que, na Conferência do Fórum para a Liberdade de Educação que teve lugar ontem (quarta-feira, 12/11/2008) na Fundação Gulbenkian sobre “A Reforma do Sistema de Ensino da Nova Zelândia”, a avaliação de professores merecesse uma atenção especial por parte dos presentes.
Se a razão de ser das perguntas era óbvia, a simplicidade das respostas desarmou a assistência. É que na Nova Zelândia não existe um sistema de avaliação centralizado.
[.../...]
Soa a utopia, e sem dúvida que vem dos antípodas, mas o sistema de ensino neozelandês nem sempre foi assim. Simplesmente, há 20 anos, este país teve a coragem de fazer a reforma que verdadeiramente importava: acabou com a maior parte das direcções centrais e todas as direcções regionais de educação e devolveu as escolas às comunidades locais. Se dúvidas houvessem, os dados do PISA-OCDE colocam a Nova Zelândia no topo, quer no que concerne a literacia quer no que concerne a numeracia. E claro, é escusado gritar contra o ministério da educação, este ou qualquer outro, pois este foi quem mais perdeu poder com a reforma: o poder passou para as escolas e o conselho de administração das escolas é maioritariamente composto por personalidades eleitas pelos pais dos alunos. De uma simplicidade desconcertante, mas que explica a qualidade do ensino neozelandês.
Se eles conseguiram, porque é que nós não conseguimos também? Creio que podemos e devemos dizer “Yes, we can!”
Fernando Adão da Fonseca, dá-nos nota das reformas promovidas pelo governo neozelandês em ordem a melhorar a qualidade do seu ensino. Um artigo imperdível que poder ser lido na íntegra no site da Sedes, aqui. Uma reforma que, a ser aplicada no nosso país, pacificaria rapidamente o sector.

O vizinho do lado

Publicada por José Manuel Dias


Há uma piada recorrente na área da economia. Quando o seu vizinho perde o emprego, temos um abrandamento económico. Se quem perde o emprego é você, estamos perante uma recessão. Mas, a partir do momento em que o visado é um economista, o problema agudiza-se e transforma-se em depressão. Lembrei-me desta piada quando olhava para as perspectivas que hoje enfrenta o desemprego espanhol. Se o leitor passar por Espanha, evite diálogos com economistas: pode ficar deprimido.
[.../...]
Perguntará aqui o leitor: muito bem, o vizinho do lado está em apuros – que temos nós a ver com isso? Não temos, mas temos. Eu explico: as exportações são um dos principais motores do nosso desenvolvimento económico; na sua grande maioria, os produtos são canalizadas para a Europa; e a Espanha é o maior dos nossos compradores, com mais de 30% do total. Sucede que, devido à crise, a opção espanhola é agora por cortes brutais nas importações. Estão a ver como é que a crise deles é a nossa crise? Com isto regresso à piada com que iniciei esta crónica. É verdade que, para já, só o nosso “vizinho” é afectado, o que não parece grave. Mas o mais provável é que surja um efeito “ricochete” que nos atinja a “nós”. Com a agravante de que todos temos uma costela de “economista”. O melhor é irmos interiorizando a ideia de que a tormenta é ibérica e já vem aí. Próxima etapa: estagnação económica, desemprego elevado, salários baixos e decrescentes.
Daniel Amaral, em artigo de opinião no Diário Económico, para ler na íntegra aqui.

Até tu, Suécia?!

Publicada por José Manuel Dias


De acordo com dados publicados no Financial Times a Suécia entrou em recessão. As previsões incluem o agravamento da recessão em 2009, com um decréscimo do produto de 1,6%, e uma taxa de desemprego de quase 10% em 2010. Ninguém está imune aos efeitos da crise...

Aventuras? Nem pensar!

Publicada por José Manuel Dias


Os Estados Unidos estão oficialmente em recessão económica desde Dezembro de 2007, de acordo com um relatório apresentado hoje pelo Gabinete Nacional de Investigação Económica (NBER), organismo que data oficialmente o princípio e o fim dos ciclos económicos. Contudo, o anúncio oficial veio agravar a baixa que a Bolsa de Wall Street sofria desde a sua abertura.
Este período de recessão em que se entrou em 2007 deve-se ao que os analistas denominaram como a crise do “subprime”, ou seja, dos créditos hipotecários de risco. Ainda segundo o NBER, uma recessão traduz-se por uma “baixa significativa da actividade económica que se espelha através da economia, e é normalmente visível na produção, emprego, rendimento real”, entre outros indicadores.
Fonte: Público, aqui.
Se a maior potência económica mundial está em recessão, temos razões de sobra para ser contidos. Há que ser prudente, dar valor à segurança e gerir com parcimónia os nossos recursos. Aventuras? Nem pensar!