Quase metade dos funcionários públicos não tem objectivos definidos para 2008 não podendo por isso ser avaliados, o que terá consequências graves na progressão na carreira e na atribuição de prémios de desempenho no próximo ano. Um inquérito realizado pelo Sindicato dos Quadros Técnicos (STE) a 6.546 funcionários sobre a aplicação do sistema integrado de avaliação de desempenho da função pública (SIADAP) ontem divulgado revela que 49% dos trabalhadores não tem objectivos ou competências definidas para 2008. E mesmo quando esses objectivos existem, alerta o STE, mais de 38% dos trabalhadores só tomaram conhecimento deles no segundo semestre deste ano, o que tornará a avaliação um processo "meramente formal" e cuja principal finalidade é a contenção de custos.
"Com esta avaliação não estão em causa melhores serviços ou mais motivação, está em causa, única e simplesmente, a redução do peso orçamental das remunerações dos trabalhadores", criticou o presidente do STE durante a apresentação dos resultados do inquérito.
Fonte: Jornal de Negócios, aqui.
"Com esta avaliação não estão em causa melhores serviços ou mais motivação, está em causa, única e simplesmente, a redução do peso orçamental das remunerações dos trabalhadores", criticou o presidente do STE durante a apresentação dos resultados do inquérito.
Fonte: Jornal de Negócios, aqui.
(*) para quem não sabe o porto de destino.
Se não se definem objectivos individuais que devem estar alinhados com os objectivos da organização, como poderemos avaliar o contributo de cada um para os resultados alcançados? A notícia do Jornal de Negócios, da responsabilidade de Raquel Martins, informa-nos que cerca de metade dos trabalhadores não tem objectivos definidos. Se rebobinarmos o filme, verificamos que 3 anos antes fixar objectivos individuais era um quase sacrilégio. Com se avaliavam então os serviços e as pessoas? Era tudo boa gente. A quase totalidade atingia o patamar de excelente. Mudar este estado de coisas não é tarefa fácil como se pode inferir da apreciação do Sindicato dos Quadro Técnicos do Estado que considera que a avaliação visa apenas " a redução do peso orçamentaldas remunerações dos trabalhadores". Há muito trabalho pela frente, a bem dos utentes dos serviços públicos.
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