Notícias que não são notícia

Publicada por José Manuel Dias


Portugal foi o país da UE com maior crescimento da despesa em I&D em relação ao PIB de 2005 para 2007, atingindo 1,18% do PIB quando em 2005 era apenas 0,81% do PIB. Portugal está agora próximo da Espanha (1,22%) e da Irlanda (1,31%), e ultrapassou Hungria (0,97%), Itália (1,09%) e Estónia (1,14%).
A
despesa em I&D nas empresas em relação ao PIB mais que duplicou de 2005 para 2007, atingindo 0,61% do PIB quando em 2005 era penas 0,29% do PIB. Pela primeira vez, a despesa em I&D nas empresas ultrapassou o valor verificado nas restantes instituições. O número de empresas com actividades de I&D teve um acréscimo inédito ao passar de cerca de 930 em 2005 para mais de 1.500 em 2007.
Verificou-se um grande aumento do número de investigadores na população activa, o qual passou de 3,8‰ em 2005 para 5,0‰ em 2007, com o
número de investigadores em equivalente a tempo integral (ETI) a duplicar nos últimos dez anos (de cerca de 14 mil em 1997 para cerca de 28 mil em 2007). O número de investigadores na população activa está agora próximo da média da UE27 (5,6‰), embora ainda esteja muito abaixo da média da OCDE (7,0‰).
Fonte: UMIC, aqui.
Sempre me irritou a preferência dos meios de comunicação social pelas más notícias, em detrimento das boas que nos podem elevar a auto-estima. Em Portugal existem muitas áreas onde os avanços conseguidos devem constituir motivo de orgulho. A área da investigação e desenvolvimento é uma delas. Como se pode ler no texto integral " qualificação do corpo docente do Ensino Superior atingiu níveis inéditos em Portugal, com os doutorados a trabalhar nas universidades públicas a chegarem a 65% do total do corpo docente (eram 43% em Janeiro de 2005)".

1 comentários:

  1. ZÉ FAGOTE disse...

    As coisas mesmo assim não andam bem nas Universidades meu Caro JMD.
    Muitos doutorados há que andam lá a "recibo verde" e com contratos anuais.
    Todos os anos são "despedidos" e "requisitados" formalmente o que, em minha opinião, é um erro.
    As nossas empresas deviam apostar mais na investigação e fazer parcerias com as Universidades,os benefícios e entusiasmos seriam outros para ambos os lados.
    Mas tem razão quando diz que a comunicação social não dá relevo ao pouco de bom que temos.
    Mas compreendo.
    Os jornais e televisão têm de vender, e vendem aquilo que eles sabem que tem procura.
    A desgraça, o conflito e os escândalos, sempre foram e são, fonte de rendimento porque é o entretenimento preferido de países atrasados.
    Um abraço