Prestações em queda...

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Quem contrair um novo empréstimo no próximo mês de Março ficará a pagar menos 203 euros de prestação do que há um ano atrás, para um crédito de 150 mil euros, uma queda de 24,2% no valor mensal, segundo uma simulação feita pelo DN. É que a taxa de juro Euribor a seis meses caiu 53,3% no espaço de um ano, fechando o mês de Fevereiro no valor médio mensal mais baixo de sempre, 2,034%. Apesar dos portugueses poderem usufruir de taxas de juros em mínimos históricos desde a utilização do indexante Euribor, este benefício é, contudo, condicionado pelas maiores dificuldades no acesso ao crédito, com os bancos a apertarem fortemente os critérios de análise de risco de quem pede um novo empréstimo. Como consequência, os spreads sobem para níveis nunca vistos - podendo chegar a margens máximas de 2,8 pontos percentuais - e o número de pedidos de crédito rejeitados é cada vez maior.
Fonte: Diário de Notícias,
aqui.

Hey Jude - The Beatles

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Pois....

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O Banco de Portugal recuou na exigência feita aos bancos nacionais para atingirem um rácio de adequação dos fundos próprios de base tier 1 – o mais importante indicador de solvalibilidade – de oito por cento a partir de Setembro de 2009.
A exigência que tinha sido feita pelo Banco de Portugal – e que se seguiu a uma iniciativa semelhante do Banco de Inglaterra - obrigava a generalidade dos bancos portugueses a melhorarem de forma rápida e significativa os seus rácios de capital. Agora, os bancos centrais europeus, perante as dificuldades dos bancos em realizarem aumentos de capital, estão a recuar neste tipo de medidas.
Fonte: Público, aqui.

O Pacotão de Obama

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O Presidente dos EUA arquitectou a estratégia para combater a crise financeira. Trata-se do plano mais ambicioso desde o tempo de Roosevelt - e já soma 4,5 biliões de euros. Veja aqui o gráfico animado. Fonte: semanário Expresso.
Veremos, pois, se as previsões "de uma contracção da economia de 1,2 por cento para este ano e de um crescimento acentuado do Produto Interno Bruto já no próximo ano de 3,2 por cento" , inscritas no Orçamento se confirmam. Seria bom para eles e para nós.

Por favor, não digam que eu mando

Publicada por José Manuel Dias


Ontem, o jornal Público contou a revolução que é haver, nas escolas secundárias, director em vez do Conselho Executivo, colectivo e vago. O jornal foi a uma escola e descreve a entrada do gabinete do novo director: "A placa na porta continua a anunciar 'Conselho Executivo', e não é por acaso." O novo director explicou esse não acaso: "A palavra 'director' tem um peso histórico que perturba as pessoas. " Temos assim uma revolução que, para não perturbar, pára à porta. No ano passado, a revista brasileira Veja entrevistou a secretária de Estado da Educação de São Paulo, Maria Helena Castro (sob a alçada dela, 250 mil professores, cinco milhões de alunos). Ela fez um estudo e encontrou "um factor comum a todas as escolas de nota 10 [as melhores]": "Trata-se da presença de um director competente, com atributos de liderança semelhantes aos de qualquer chefe numa grande empresa. Sob a sua batuta, os professores trabalham estimulados e os alunos desfrutam de um clima positivo para o aprendizado. Se tais directores fossem a maioria, o ensino público não estaria tão mal das pernas. Enfim, directores assumidos na placa da porta e para lá da porta.
Ferreira Fernandes, no Diário de Notícias, aqui.
O exercício da autoridade é uma tarefa complexa e muitos demitem-se de a exercer. Nessas condições não cumprem com as suas responsabilidades. Dão uma má imagem de si e da função de que se encontram investidos, penalizando os grupos pelos quais são responsáveis. A propósito da distinção entre autoridade e responsabilidade, permitimo-nos sugerir a leitura deste post aqui.

As marcas brancas

Publicada por José Manuel Dias


Os portugueses estão a comprar cada vez mais produtos das marcas próprias dos supermercados. Em 2008, estes artigos representaram 32% das vendas totais, registando um crescimento em valor de 21% em relação ao ano anterior, segundo dados da TNS Worldpanel
As marcas próprias (brancas) dos supermercados estão a ganhar terreno com a crise. Em 2008, estes artigos registaram um crescimento em valor de 21% face ao ano anterior. Segundo dados da TNS Worldpanel, estes produtos representam já 32% das vendas de artigos de grande consumo.
Fonte: Diário de Notícias, aqui.
O critério preço está a ser é um factor determinante nas compras de grande consumo. Neste enquadramento são os grandes operadores que tendem a oferecer melhores preços, pelo poder negocial que detêm junto dos fabicantes e pela própria dimensão do negócio. Se os fabricantes querem ter uma proposta de valor diferente têm que apostar na diferenciação. O consumidor tem que ser seduzido pelo produto e tem de compreender vantagens em relação ao produto de marca branca. Se não for assim, o que é que justifica pagar mais pelo que aparenta ser o mesmo?

Porque será?!

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O que é que a Lego tem?

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O grupo Lego atingiu um lucro líquido de 181 milhões, considerando 2008 como «um ano de sucesso com aumentos consideráveis em vendas e lucros». A empresa, que apresentou em conferência de imprensa o relatório anual de 2008, divulgou um lucro, sem impostos, de 248 milhões de euros, contra 190 milhões em 2007. O lucro líquido deste ano perfaz um total de 181 milhões de euros contra 138 milhões de euros em 2007. A receita aumentou cerca de 18.7% e alcançou 1,28 mil milhões de euros.
Fonte: Agência Financeira, aqui.
Num ambiente generalizado de crise, conseguir melhorar o desempenho é um facto assinalável. Haverá, por certo, razões que justificam esta performance da Lego. Constrangimentos e problemas todas as empresas têm. Umas conseguem ultrapassá-los, outras não. Conhecer quem faz as coisas da "melhor maneira" é um primeiro passo, para identificar as melhores as práticas. Em vez de se "partir pedra", gastando muita energia e provavelmente sem os resultados pretendidos, não será melhor demonstrar a humildade e vontade suficientes para aprender com quem faz melhor? Com esse intuito a aplicação do Benchmarking pode dar um contributo importante para melhorar desempenhos. Aprender com quem faz melhor deve ser uma preocupação constante.

Faz todo o sentido

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A Comissão Europeia deseja limitar os prémios distribuídos aos banqueiros, uma cultura que os leva a correr riscos inconsiderados e que provocou a crise financeira mundial, indicou hoje José Manuel Durão Barroso."O pagamento de bónus excessivos incita os gestores financeiros a correrem riscos inconsiderados", afirma o presidente da Comissão Europeia numa entrevista ao diário alemão Hamburger Abendblatt.
Fonte: Jornal Público, aqui.
A atribuição de prémios de desempenho é uma prática seguida há muito pelas melhores empresas. Pretende-se recompensar a consecução dos objectivos estabelecidos que devem estar em linha com "Key Performance Indicators of Business Activity ". Existe, no entanto, um risco: quem gere tende a focar-se no curto prazo, negligenciando, muitas vezes, o impacto que as suas decisões têm a médio longo e prazo. Importa, por isso, refrear a "cultura do bónus" e, como é sugerido por Gordon Brown, tentar implementar um sistema em que o banqueiro deve reembolsar os bónus se as decisões que tomou se revelarem más.

Emmy the Great - City Song

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O valor da economia informal

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Muita gente se tem espantado com a capacidade que Portugal está a demonstrar para absorver o impacto social negativo provocado pela recente crise. Entre outras coisas, isto deve-se a dois factores que podemos chamar estruturais. O primeiro advém da subsistência anacrónica do ruralismo, o qual, entre couves e chouriços, tem permitido garantir um mínimo de sobrevivência para muitos, tanto mais que ampliado com os valores aldeões da solidariedade. O segundo, e mais decisivo, deriva da dimensão da nossa economia paralela. Os economistas, e em particular os fiscalistas, tendem a reduzir a economia paralela aos fenómenos ilegais da contrafacção e outras traficâncias, e sobretudo a ver nela uma forma nefasta de fuga ao pagamento dos impostos.
Para continuar a ler este artigo de Leonel Moura, no Jornal de Negócios, clicar aqui.
A propósito desta temática vale a pena conhecer a opinião de Ana Paula Fitas, Docente do Ensino Superior e Investigadora em Centros de Investigação em Estudos Sociais, aqui.

Será Obama um bom gestor?

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É visto como o Messias para alguns, para outros, simplesmente, o eleito com a árdua tarefa de levar os Estados Unidos a sair da crise. Barack Obama, o novo presidente norte-americano, enfrenta uma conjuntura económica e financeira adversa, onde a gestão do dinheiro se torna ainda mais essencial. Aumento dos custos, quebra da procura, imprevisibilidade do mercado são alguns dos obstáculos em tempo de vacas magras. E será Obama um bom gestor?
[.../...]
A editora Random House pagou ao presidente mais de três milhões pelos dois best-sellers mundiais: A Audácia da Esperança e a 'Minha herança", ambos editados em Portugal pela Casa das Letras. Mas onde Obama investirá o dinheiro? Parte das suas receitas foram aplicadas em Fundos de Investimento, cuja maior aposta foram 150 00 dólares (114 00 euros) no fundo Vanguard FTSE e onde em poucos meses desvalorizou 42%, tal como o Goldman Sachs Large Cap Value que perdeu 42,4%. Já pela positiva destacou-se o capital investido no Fundo PIMCO Total Return (entre 1000 e 15 000 dólares) que valorizou 4% no ano passado.
Obama é sobretudo prudente nos seus empréstimos, mantendo apenas uma hipoteca de 1,5 milhões de dólares (1,1 milhões de euros) numa casa em Chicago. Além disso, reservou 200.00 dólares numa conta (154,50 euros) destinada a pagar, no futuro, as matrículas das filhas na Universidade. Mas fora da esfera privada, será Obama um bom gestor das contas públicas dos Estados Unidos?
Fonte: Expresso, aqui.

Ninguém saab o que aí vem...

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A Saab, fabricante automóvel sueco, apresentou ontem um pedido de reorganização, depois de a casa-mãe General Motors (GM) anunciar a intenção de sair do seu capital. Esta situação foi desencadeada pelo facto de o Governo sueco ter recusado um pedido de ajuda financeiro à Saab feito pelos americanos da GM, a braços com uma crise em precedentes. Miguel Tomé, porta-voz da GM Portugal, esclareceu ao DN que o pedido de reorganização tem por objectivo facilitar o "acesso da Saab aos apoios financeiros estatais, e tornar a marca atractiva para os investidores". A GM desenvolveu nos últimos tempos várias tentativas para encontrar um comprador para a marca sueca "sem sucesso". A intenção da casa-mãe é alienar totalmente a sua posição accionista na Saab.
Fonte: Diário de Notícias,
aqui.
Recalibração é uma palavra que vai entrar no nosso vocabulário. Todos fomos longe demais. Os consumidores a comprar e as empresas a produzir. Hoje existe um sobredimensionamento da capacidade instalada que vai obrigar as empresas a pensar diferente porque os clientes vão ser, também, diferentes.

Breakfast in America - Supertramp

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Sosseguem

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O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean Claude Trichet, afirmou hoje que a autoridade monetária da Zona Euro vai providenciar aos bancos liquidez ilimitada pelo tempo que for necessário para enfrentarem a crise do crédito. “Estamos agora a providenciar – e isto é muito raro – financiamento ilimitado para os bancos da Zona Euro com maturidades que vão de uma semana a seis meses em troca de activos colaterais ilegíveis”, afirmou Trichet, citado pela Bloomberg, acrescentando que “vamos permanecer em activo o tempo que for necessário”.
Fonte: Jornal de Negócios, aqui.

O Banco de Portugal não engana

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Os bancos concederam às empresas créditos num valor total de 115.826 milhões de euros em Dezembro de 2008, o valor mais alto de sempre. Face ao mês anterior, o crédito concedido subiu 3,8%, ou 4,28 mil milhões de euros. De acordo com os dados do Banco de Portugal, divulgados esta quinta-feira, o crédito às empresas tem vindo a aumentar de mês para mês no último ano. Dados que contrariam as queixas das empresas, que têm acusado a banca de não lhes emprestar dinheiro.
Fonte: Agência Financeira, aqui.
Alguns empresários têm dito que os bancos não concedem novos financiamentos e/ou aumentam os spreads e comissões. Os dados divulgados estão aí para provar que os bancos têm continuado a financiar as empresas. O crédito concedido atingiu mesmo um novo record. Não concedem a todas as empresas? De facto, não. Os Bancos perseguem os lucros. Devem fazer uma gestão criteriosa dos créditos desmobilizando quando o risco se agrava e/ou aumentando o prémio de risco no crédito que decidem manter. Há que prestar contas a quem depositou o dinheiro e às instituições financeiras internacionais que financiam os Bancos que nos concedem os empréstimos.

O discurso e a metáfora

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A metáfora é um das figuras de discurso mais usadas na vida corrente, na literatura, nas artes e na publicidade. Nos anúncios, a junção de texto e imagem potencia o uso da metáfora. Vejamos três anúncios mais ou menos recentes, dois com metáfora, outro sem.
O primeiro deles é o reclame que anunciava a junção dos
sites imobiliários do BPI e do Expresso num só. “Todos os imóveis no mesmo sítio” era a frase de acesso ao anúncio. Essa expressão implica um jogo de palavras, pois o substantivo “sítio” tanto de nota um mesmo local físico como serve, neste caso, para referenciar o imaterial site na internet (o sentido prioritário da mensagem). É a imagem que cria a metáfora: ela transforma o site-sítio numa cidade à beira dum rio com inúmeros edifícios implantados quase a monte, para sugerir que, no site, tudo está próximo: a Torre de Belém, a Universidade de Coimbra, prédios do Porto, estão todos encostadinhos nesta brincadeira digital que reconstrói pela imaginação a acumulação de oportunidades imobiliárias num mesmo media. O resultado é uma cidade imaginária no meio da charneca, mas que, em virtude do efeito óptico, parece, à primeira vista, uma cidade real.
Eduardo Cintra Torres, no Jornal de Negócios, com leitura integral aqui.

Change the world - Eric Clapton

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Ler na rede

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Leio nos jornais: General Motors vai despedir 47 000 trabalhadores; leio-o, também, no mesmo dia: professores vão endurecer a luta contra a avaliação no 3º período. Estas duas notícias relacionam entre si dois mundos do trabalho. De um lado, os trabalhadores que podem perder o emprego a qualquer momento, que estão sujeitam às normas do Código de Trabalho, que beneficiam do regime geral da Segurança Social. Dou outro, os trabalhadores que não correm o risco de ficarem sem emprego porque têm emprego vitalício, e beneficiam de regimes especiais, quer nas relações de trabalho, quer na Segurança Social.
No final de 2008, Alan Greenspan, discípulo da romancista anarco-capitalista Ayn Rand e ex-presidente da Reserva Federal, reconhecia: «Cometi um erro ao confiar que o livre mercado pode regular-se a si próprio sem a supervisão da administração». Greenspan vem agora defender a nacionalização temporária de mais «alguns bancos». O que defenderá a seguir? Pena é que a administração Obama continue a resistir a esta saída. Por quanto tempo? Apesar de alguns sinais positivos, não nos esqueçamos que nela pontificam economistas que estiveram na origem do romance dos «novos democratas» com os mercados financeiros liberalizados. Lembram-se? Anos noventa…

Surpresa no desemprego

Publicada por José Manuel Dias


Os números do desemprego surpreenderam pela positiva. A maioria dos analistas e economistas antecipava um salto no número de desempregados no último trimestre de 2008, acompanhando a quebra da economia.
Admiração total. Não só não subiu, como há menos 1,9 mil desempregados do que em igual período de 2007. O valor é de tal forma anormal, tendo em conta a situação económica, que os economistas ficaram de boca aberta e sem grandes certezas nas justificações. Uma situação cada vez mais normal na actual crise.
Bruno Proença, no Diário Económico, aqui.
De facto, conforme informação do INE "em média, em 2008, a taxa de desemprego foi de 7,6%, o que se traduziu por um decréscimo de 0,4 p.p. face ao ano anterior. A população desempregada situou-se em 427,1 mil indivíduos, tendo diminuído 4,8% em relação ao ano anterior. A população empregada registou um acréscimo anual de 0,5%". Números preocupantes? Sim mas não tão preocupantes como alguns pelos vistos desejariam. De resto, se tivermos em conta a crise que varre a generalidade das economias mundiais os números até podem ser considerados positivos.

Menu de crise

Publicada por José Manuel Dias


"Por 2,5 euros - sim, leu bem, são dois euros e meio - os consumidores que estejam a conter as despesas, cêntimo a cêntimo, podem ter acesso a uma refeição constituída por ovo estrelado, salsichas e batatas fritas. As bebidas e sobremesas pagam-se à parte". É assim que começa o artigo de opinião de João Cândido e Silva, publicado no Jornal de Negócios, onde se descreve adaptação de um restaurante aos tempos de crise. De facto os pequenos negócios podem revelar uma grande flexibilidade e adaptação a estes tempos de recessão (dois trimestres consecutivos de contracção no produto interno bruto) mas as empresas com maior dimensão, dependentes do exterior têm problemas acrescidos. Com é referido as suas tesourarias vão estar mais apertadas porque vão receber mais tarde, o risco de aumentarem os incobráveis também vai fazer danos e o acesso ao crédito estará mais dificultado e mais caro quando existir. Porque, como bem diz, os bancos, naturalmente, também querem salvar a pele. É inevitável, no seu entender, uma forte descida no investimento, com efeitos acrescidos sobre o, já causticado, mercado do trabalho e um agravamento da anemia no consumo privado. A questão que suscita é : e depois da crise como estaremos ? A economia portuguesa vai acordar mais endividada, com um Estado mais pesado e ávido por receitas, devido aos remédios que estão a ser aplicados.

Destes, gosto mesmo

Publicada por José Manuel Dias


Na sequência do convite da Cleopatra, a que tinha aludido aqui, atrevo-me a indicar os blogues que acompanho que o mesmo é dizer que gosto mesmo deles. Sem qualquer critério de ordenação, aqui ficam, com os meus gardecimentos aos respectivos autores: A nossa Candeia, da Ana Paula Fitas, A Barbearia do Sr. Luís, do Luis Novaes Tito, O Arrastão do Daniel Oliveira, Câmara Corporativa, do Miguel Abrantes, Machina Speculatrix, do Porfírio Silva, Branco no Branco, da Mdsol, Defender o Quadrado, da Sofia Loureiro dos Santos, Margem Esquerda, do Raúl Martins, Divas e Contrabaixos, da Maria Rosário Fardilha, eVentos Tecnológicos, do Filipe Silva, Memórias ao entardecer, da Veritas, Palavras entre palavras, do A. J. Faria, Visto da Economia, da Helena Garrido, Farinha Amparo, da Didas e da Rosarinho, Em pequenas doses, da Arábica, Espelho dos Sentidos, da Mim e ainda, como não podia deixar de ser, o Cleopatra Moon, da Cleopatra.

Trabalhar, trabalhar mas...

Publicada por José Manuel Dias


A crise, que é superior às expectativas que tínhamos, surpreendeu não só os portugueses, como o Banco de Portugal, a Comissão Europeia, a Alemanha, a Inglaterra e a Itália», afirmou José António Barros, citado pela agência Lusa, à margem da Qualific@-Feira de Educação, Formação, Juventude e Emprego, na Exponor, em Matosinhos.
Salientando que, por exemplo, na Alemanha, os efeitos da crise estão a ser ainda «mais gravosos» que em Portugal, o presidente da AEP defende que a única saída é «trabalhar».
«A crise é mais profunda do que pensávamos. Perante isto, só posso dizer uma coisa: temos que trabalhar», afirmou Barros.
Fonte: Agência Financeira, aqui.
Será que basta trabalhar? Será que não devemos ter em conta o que se passa à nossa volta? Será que não se justifica conhecer o que está a mudar? Faz sentido continuar a produzir quando o mercado já não quer o que fazemos? Quem continuar a querer o que fazemos? Em que é que somos bons e que vantagens retiramos disso? Quem são os nossos clientes e que necessidades têm? Quais são os nossos concorrentes? Como podemos ser mas competitivos?
Uma reflexão ue se justifica antes de continuarmos a afectar recursos às nossas actividades. Pensar estrategicamente é uma necessidade. Quem não o fizer de forma sistemática corre o risco de ter o mesmo destino dos dinossauros.

Bad Banks?

Publicada por José Manuel Dias


A crise persiste em não dar sinais de trégua, e, não obstante as maciças injecções de capital e garantias de Estado destinadas a normalizar os circuitos de crédito, o sector financeiro é dos que continua mais vulnerável – e agora também sujeito aos efeitos da crise na economia “real”, que tem gerado uma espiral de fecho de empresas e despedimentos. Neste contexto, os “bad banks” estão a surgir como uma derradeira “tábua de salvação”. É mais um termo, à semelhança dos “activos tóxicos”, que não tem uma tradução óbvia para o português – “bancos maus”?, “bancos tóxicos”? –e que tão pouco corresponde a um modelo bem delineado de intervenção no sistema financeiro. Afinal, o que são, ou podem vir a ser, os “bad banks”?
Para continuar a ler este artigo de Eva Gaspar, no Jornal de Negócios clicar
aqui.
O director-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, parece estar de acordo com a ideia dos "Bad Banks" quando afirma que "o maior problema que os Estados enfrentam actualmente é a reestruturação dos bancos, defendendo a criação de uma estrutura que livre a banca dos seus activos tóxicos". Esperemos pelos desenvolvimentos. Uma coisa é certa: os Bancos nunca foram tão importantes, como nos dias de hoje.

Chico Buarque - Construção

Publicada por José Manuel Dias

Escola Virtual

Publicada por José Manuel Dias


Para usar na sala de aulas ou em casa, as ferramentas de 'e-learning' tornam o ensino mais dinâmico e a aprendizagem mais divertida. Quem o diz são os professores e os alunos. Cerca de cinco vezes por semana, Duarte entra numa sala de aulas virtual. "Vou acompanhando a matéria que é dada nas aulas, faço exercícios, trabalhos de casa e preparo testes." O aluno do 5.º ano é um dos mais de 60 mil que já recorrem à Escola Virtual para estudar, segundo dados da Porto Editora, que desenvolveu a plataforma de aprendizagem online. Muitos fazem-no sob orientação dos professores: o sistema é usado em 320 escolas, do básico ao secundário, e em 20 colégios particulares. Nestes casos, o site oferece também a possibilidade de os alunos tirarem dúvidas com os professores e falarem com os colegas. Os docentes, por sua vez, podem marcar trabalhos de casa, corrigi-los e até ver quanto tempo o aluno gastou com cada ficha e se viu as soluções.
Existe pelo menos outra plataforma de aprendizagem, o Moodle, que já está disponível em quase todas as escolas portuguesas. Tem a grande vantagem de ser gratuita, mas são os professores que têm de desenvolver e incluir os conteúdos. Essa tem sido a grande aposta da Escola Virtual. Desde que o projecto foi lançado, em 2005, foram sendo acrescentadas disciplinas e materiais. Ângela Moura, professora de Português na escola de Carvalhos, em Vila Nova de Gaia, foi das primeiras a experimentar. "Os resultados foram muito bons. Os alunos, sobretudo os mais fracos, evoluem muito bem. Ficam mais motivados."
Fonte: Diário de Notícias, aqui.
A mudança está a acontecer. De forma mais lenta do que era suposto mas está. O modo como se transmitem conteúdos também pode condicionar o desempenho dos alunos. Quase todos os professores sabem isso mas só uma minoria retira as devidas ilacções. Mudar causa sempre desconforto, mesmo quando se muda para melhor. Quantos professores usam o Moodle? Uma pequena percentagem. Vale a pena reflectir sobre as razões que podem estar na base desta realidade, sendo certo que em algumas escolas há projectos muito interessantes que já testaram as vantagens da sua utilização no que concerne à gestão da aprendizagem.

Campeões Europeus

Publicada por José Manuel Dias


Portáteis já representam 81% do mercado de PCs em Portugal, o que representa a maior percentagem entre os países da Europa Ocidental, revela um estudo da IDC. Uma evolução que resulta do crescimento de 58,8% registado em 2008, o que constitui a maior subida registada na Europa Ocidental no ano passado.
Segundo o relatório trimestral 'IDC EMEA PC Tracker', durante o ano de 2008 foram vendidos em Portugal 1,63 milhões de PCs (portáteis mais desktop). No entanto, a procura de PCs portáteis dominou as preferências dos portugueses, tendo sido vendidos 1,33 milhões, o que significa que 81% do total de PCs vendidos são portáteis, e coloca Portugal como o país da Europa Ocidental onde se vendem proporcionalmente mais portáteis.
Fonte: Expresso, aqui.
Acreditamos que a mobilidade é um factor decisivo para a escolha de um portátil. Cada vez mais um portátil é encarado como um instrumento de trabalho essencial, embora, em muitas situações, a vertente lazer não seja também desvalorizada. De qualquer modo, julgamos que muita procura de portáteis pode ser explicada pelos efeitos deste Plano, aqui.

O valor mais baixo de sempre!

Publicada por José Manuel Dias


A Euribor a três meses atingiu hoje o valor mais baixo de sempre, devido à expectativa que o Banco Central Europeu vai continuar a reduzir as taxas de juro para fazer face à recessão que atravessa a economia europeia. A Euribor 3 meses desceu para 1,943%, enquanto a Euribor seis meses recuou para 2,02%. Nos prazos mais longos, a Euribor 9 meses caiu para 2,08% e a Euribor 12 meses desceu para 2,133%. O valor do indexante a três meses é o mais baixo desde a introdução do euro em Janeiro de 1999 e compara com o recorde histórico atingido em Outubro do ano passado, nos 5,39%. Foi a 88ª sessão consecutiva de descidas na Euribor.
Fonte: Jornal de Negócios, aqui.
Quem tem Crédito habitação vai pagar menos nas prestações. É uma boa notícia para muitos portugueses que assim vão ver aumentado o seu rendimento disponível. Já agora, aproveitamos para deixar duas notas:
1) O que é a Euribor? Corresponde à junção das palavras Euro Interbank Offered Rate. As taxas Euribor baseiam-se na média das taxas de juros praticadas em empréstimos interbancários em euros por 57 bancos proeminentes europeus (o painel de Bancos). Para saber mais clicar aqui;
2) Que Bancos integram o Painel? Ver aqui, de Portugal, apenas a Caixa Geral de Depósitos.

Inflação onde estás?!

Publicada por José Manuel Dias


Em Janeiro de 2009, o Índice de Preços no Consumidor (IPC) registou uma taxa de variação homóloga de 0,2%, seis décimas de ponto percentual (p.p.) inferior ao valor observado em Dezembro de 2008. A variação mensal foi de -0,7% (-0,5% em Dezembro de 2008 e -0,1% em Janeiro de 2008). A variação média dos últimos doze meses diminuiu 0,2 p.p. para 2,4%.
Fonte: INE, aqui.
De acordo com as estimativas de alguns analistas a inflação para este ano situar-se-á na casa dos 1%. A ser assim, os salários vão ser objecto dum crescimento real muito expressivo, o maior das últimas décadas.

Em linha com a Europa

Publicada por José Manuel Dias


A economia portuguesa contraiu-se dois por cento no quarto trimestre do ano, face ao trimestre anterior, desempenho que contribuiu decisivamente para a variação nula do Produto Interno Bruto no conjunto do ano, anunciou hoje o Instituto Nacional de Estatística na sua estimativa rápida.
O recuo da economia no terceiro trimestre em menos 0,1 por cento e agora esta nova queda do PIB de dois por cento no último trimestre do ano anterior, coloca Portugal em recessão técnica, tal como se encontram grande parte das congéneres europeias.
Fonte: Público, aqui.
Os próximos tempos não vão ser fáceis. As dificuldades vão continuar. A verdade é que não há volta a dar, temos de ser nós a encontrar as soluções para os problemas com que nos confrontamos, esperando, queos nossos principais parceiros comerciais façam o mesmo. Empreender, investir, manter empregos, consumir com moderação e poupar são as palavras-chave destes tempos. Os tempos não são de lamentos, são acção, e os Governos, também, não se podem eximir às suas responsabilidades. Têm que fazer o que é preciso ser feito.

Publicada por José Manuel Dias

As duas pontes sobre o Tejo em Lisboa perderam diariamente mais de 14 mil veículos desde Setembro. A mais penalizada foi a 25 de Abril que, nos últimos quatro meses, perdeu mais de dez mil veículos por dia, tendo chegado ao final do ano com menos tráfego diário do quem em 2007.
Os dados de tráfego da Estradas de Portugal revelam que o número de carros a cruzar a ponte 25 de Abril e a ponte Vasco da Gama tem vindo a diminuir desde Setembro. As perdas têm sido mais evidentes na 25 de Abril, mas também a ponte Vasco da Gama tem perdido diariamente um número significativo de travessias: passou de 65 950, registadas em Setembro, para 62 318 no último mês de 2008.
Paralelamente, o número de pessoas a usar o comboio tem vindo a aumentar, o que deixa prever que muitos automobilistas estão a trocar de meio de transporte.

Fonte: Correio da Manhã, aqui.

A crise tem feito mais pela ecologia que muitas campanhas de sensibilização a

Crédito Chave na mão

Publicada por José Manuel Dias


Os ministros das Finanças e da Economia assinam esta quinta-feira um protocolo com várias instituições de crédito com vista a criar condições para que os consumidores possam adquirir painéis solares através de linhas de crédito.
A Caixa Geral de Depósitos (CGD), o Banco Espírito Santo (BES), o Banco Português de Investimento (BPI) e Millenniumbcp são as instituições financeiras que aderiram a este projecto. Estes bancos «além de disponibilizarem o crédito, funcionarão numa lógica de pontos de contacto, únicos para o consumidor, assegurando o interface com as entidades responsáveis pelo fornecimento, instalação, manutenção e garantia dos equipamentos», refere o comunicado.
Fonte: Agência Financeira, aqui

O ano do boi e o consumo correcto

Publicada por José Manuel Dias


Felizmente, para os chineses - um quinto da população mundial - o Ano do Boi que agora se inicia apresenta-se desde já auspicioso. Será mais calmo e estável do que o anterior e, segundo a mitologia, será também um ano produtivo porque o Boi é um bom amigo do homem, é trabalhador e traz alimentação às pessoas. Esperemos que tenham razão.Entretanto, perante a crise, os chineses acautelam-se e discutem se o acto de consumir será ou não antipatriótico. A minha amiga Yi Lin, por exemplo, assaltada por um súbito desejo de poupar, ficou na dúvida depois de um familiar lhe ter assegurado que ele próprio acabara de contribuir para a economia do país ao comprar um telefone móvel e nada menos do que duas máquinas fotográficas - tudo pago com um recém-adquirido cartão de crédito. Estaria ele a cumprir o seu dever enquanto consumidor para ajudar as empresas afectadas pela contracção da procura? Seria esta uma lógica patriótica para ajudar o país em tempo de crise? Yi Lin confidenciou-me que, em sua opinião, as pessoas não devem consumir para além da sua capacidade económica e introduziu o conceito de "consumo correcto", isto é, aquele que não envolve nem excesso de poupança, nem excesso de consumo.
Virgínia Trigo, no Jornal de Negócios, com leitura integral aqui.

Exportações sobem 6% (*)...

Publicada por José Manuel Dias


É o que nos diz o registo de dados do último trimestre do comércio extra-comunitário divulgado pelo INE. Um dos melhores dos últimos tempos. Convém, no entanto, notar que o comércio externo extra-comunitário corresponde a cerca de um quarto do total do comércio internacional português. Na realidade, se incluirmos o comércio intra-comunitário - onde baixámos as exportações em cerca de 20% - o ano não terá sido encerrado com nota positiva. Em Novembro, os valores de exportação apontavam, ainda, para um crescimento de 1,8% mas com os 5 principais destinos a perderem importância. Registe-se, entretanto, o crescimento registado com Angola, desde a visita do Primeiro- Ministro, cerca de 35% . Compreende-se a preocupação de todos: mais desemprego, trará menos consumo, arrefecendo, ainda mais, a economia da Eurolândia. Justifica-se, por isso, o apelos dos Ministros das Finanças da UE às empresas para evitarem os despedimentos colectivos e a optarem, em alternativa, pelo desemprego parcial acompanhado de acções de formação.
Os dados do INE podem ser vistos aqui:
(... e importações caiem 9,5%)

O outro lado da crise

Publicada por José Manuel Dias


A crise económica, que atinge todo o sector automóvel, está a beneficiar as empresas de transportes públicos, que têm cada vez mais passageiros.Os stands têm menos procura - as vendas de automóveis caíram mais de 40% - o comércio de usados, sobretudo de viaturas importadas, está a perder clientes, o negócio de pneus e oficinas familiares está ameaçado e as transportadoras de mercadorias têm milhares de camiões parados.Um dos sectores que parece estar a escapar à crise é o das empresas de transportes públicos, uma vez que os portugueses estão a recorrer mais a estas: o Metro do Porto recebeu mais 7% de passageiros em 2008 e a Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP) conquistou mais 2% de utilizadores.
Fonte: Diário de Notícias, aqui.
A crise repercute-se em ameaças para uns e oportunidades para outros. Permite, também, reformular padrões de comportamento. Estamos, ao que parece, a ser mais amigos do ambiente.

Deste, gosto mesmo

Publicada por José Manuel Dias



A Cleopatra, do Cleopatra Moon, veio dar-me nota que gosta mesmo deste blog. Fico feliz por saber. A sua atenção é disputada por muita gente e continuar a merecê-la é, pois, um privilégio. Tenho, agora, a responsabilidade de nomear 15 outros blogues. Não é fácil. São muitos os passíveis de nomeação. Veremos se consigo fazê-lo num dos próximos dias... Será que posso indicar mais, para não cometer a injustiça de não nomear blogues de que gosto mesmo?

Crise, encolheste os Bancos

Publicada por José Manuel Dias


Numa análise feita pela JP Morgan aos maiores bancos cotados, verifica-se que a 20 de Janeiro de 2009, o Royal Bank of Scotland (RBS) valia 26 vezes menos do que no segundo semestre de 2007, tendo passado de uma capitalização bolsista de 120 para 4,6 mil milhões de dólares. Também o Citigroup perdera 13,4 vezes do seu valor, passando de uma capitalização bolsista de 255 para 19 mil milhões de dólares. A melhor performance era então a do Santander, que perdera apenas 44,8% do seu valor. Grandes bancos portugueses perdem 2/3 do valor em Bolsa
Em dois anos, os três grandes portugueses cotados em Bolsa perderam cerca de dois terços da sua capitalização bolsista. O que mais caiu em valor foi o BPI que hoje vale menos 70,9%, enquanto o BES perdeu 65,9% e o BCP, 60,5%.
Fonte: Expresso, com gráfico animado, aqui. Experimente ver quanto encolheram o Deutsche Bank, o RBS, o Barclays ou o Citigroup. Faça o cotejo com os nossos Millennium BCP, BES ou BPI. Perderam valor mas têm resistido bem.

Um Banco na América

Publicada por José Manuel Dias

Uma atitude avisada

Publicada por José Manuel Dias


O receio de ficar sem trabalho está a aumentar a subscrição de seguros de protecção de crédito, que têm crescido 20% ao ano. A dificuldade em pagar as prestações está também a aumentar os pedidos de ajuda - só em Janeiro, a Deco foi contactada por mais de mil famílias em dificuldades.
"O aumento da taxa de desemprego tem aumentado a necessidade dos portugueses em assegurar a sua estabilidade financeira familiar, pelo que se tem verificado um crescimento acentuado na aquisição do seguro de protecção ao crédito", explicou ao DN Luís Marques, director-geral da Genworth Financial.
Fonte: Diário de Notícias, aqui.

Judy Collins & Leonard Cohen - Suzanne

Publicada por José Manuel Dias

O valor das marcas Bancárias

Publicada por José Manuel Dias


O valor das 500 marcas bancárias mundiais mais valorizadas caiu com a crise financeira. O HSBC mantém a liderança e cinco das dez marcas mais valorizadas são bancos norte-americanos. Dois bancos chineses estão em os dez maiores. Em Portugal as marcas mais valiosas são: CGD, Millennium BCP, BES, BPI e Banif.
A análise é feita pela consultora Brand Finance em colaboração com a “The Banker Magazine”, que anualmente elaboram este índice de avaliação do valor e da forças das marcas do sector bancário. Para saber mais clicar aqui.

Fernão Mendes Pinto do Século XXI

Publicada por José Manuel Dias


A atribulada vida de Nuno Belmar da Costa, que até se dedicar à compra e venda de remédios trabalhou numa fábrica de luvas, foi tradutor numa base aérea em Israel, fez negócios do outro lado da Cortina de Ferro, levou para o Zaire peixe seco da Namíbia, e tentou vender aviões da Embraer a Belmiro de Azevedo.
A vocação de Nuno para línguas e culturas diferentes revelou-se no liceu quando decidiu estudar para guia turístico, ambição adiada pela chamada da Pátria para a Escola Prática de Artilharia, onde foi oficial de tiro.O primeiro dinheiro já o ganhara, ainda moço, logo a seguir ao 25 de Abril, como tradutor na Guantex, uma fábrica em Alcoitão que exportava luvas e funcionava mais ou menos em autogestão. "Era o único homem entre 70 e tal mulheres", recorda Nuno, que nunca se atrapalhou na presença do belo sexo. A sua peregrinação começou quando o exército o passou à peluda e ele tropeçou numa bela oportunidade.
Para continuar a ler este artigo de Jorge Fiel, publicado no Diário de Notícias de hoje, clicar aqui.

Quem me avisa...

Publicada por José Manuel Dias


Alguns países da área do euro chegaram a este período de crise económica grave com elevados défices públicos (do Estado) e externos (dos residentes no seu conjunto). A crise tem vindo a agravar estes défices; e os credores mostram-se cada vez mais relutantes em continuar a financiá-los. Em todos estes países, torna-se absolutamente necessário reduzir despesa interna - a começar pela pública (mesmo se não é o melhor momento para o fazer). Na ausência de uma cultura de poupança, a redução da despesa privada só pode ser conseguida pelo congelamento ou mesmo pela eventual redução dos rendimentos da população em geral.
Se este caminho não for percorrido, restam duas alternativas: uma gestão controlada pelos credores ou a saída da área do euro. A primeira é seguramente a menos má. A segunda produziria o mesmo resultado (redução do rendimento e da despesa interna) através de uma desvalorização da moeda que viesse a ser introduzida, no mínimo de uns 20% ou 30%; inflação e taxas de juro subiriam de imediato. A questão é cada vez mais discutida, sobretudo pelos credores, que escrutinam à lupa os sinais transmitidos tanto pela agenda política interna como pela população em geral (o que diz e o que reclama nas ruas).
Daniel Bessa, em artigo de opinião no Expresso, aqui.

Crédito mais difícil

Publicada por José Manuel Dias


Os bancos agravaram as condições de acesso ao crédito às empresas e às famílias no quarto trimestre de 2008, uma tendência que se deve manter nos próximos três meses, segundo o Banco de Portugal. "De acordo com os resultados do inquérito realizado em Janeiro de 2009, os cinco grupos bancários portugueses (...) indicaram um aumento da restritividade nos critérios de concessão de empréstimos ao sector privado não financeiro no decurso do último trimestre de 2008", lê-se no inquérito aos bancos realizado pelo Banco de Portugal.
Fonte: Público, aqui.
Os juros dos empréstimos representam parte expressiva dos proveitos dos Bancos. Se os bancos têm mais dificuldades na captação de fundos, se o risco de crédito se agrava, em consequência da deterioração da situação económica, faz todo o sentido reforçar a selectividade no crédito. De entre os que precisam de crédito - e são muitos - escolher os melhores, aqueles que, em princípio, estão em melhores condições para garantir uma boa aplicação dos fundos de molde a ressarcirem o Banco nas datas acordadas. Princípios que não são de hoje, e que a avaliar pelo crédito vencido existente, nem sempre mereceram a atenção requerida, lembrando um ditado antigo " os maus créditos surgem nos bons tempos".

Apoio ao emprego

Publicada por José Manuel Dias


O desemprego vai continuar a ser um dos nossos principais problemas. Em Dezembro p.p. chegou ao 7,9%, menos uma décmia que na Zona Euro, onde chegou aos 8%. Os próximos tempos não vão ser nada bons, em todo o mundo o desmprego cresce, e em Portugal não vai ser diferente. O Governo está preocupado com a situação e reculamentou um conjunto de apoios para defender e promover o emprego que passam fundamentalmente pela redução, temporária, dos custos das empresas com os trabalhadores. O Jormnal de Negócios organizou m dossier onde sistematiza as medidas de apoio ao emprego patrocinadas pelo Governo para os próximos meses. Nesta época em que somos inundados por informação estas iniciativas de reunir a informação básica em pastas, são de aplaudir.

Aguardemos por Março

Publicada por José Manuel Dias


O presidente do Banco Central Europeu (BCE) sublinhou esta quinta-feira que o valor de 2 por cento nas taxas de referência não é o limite, em matéria de descidas.
«Confirmamos que os 2 por cento não são o nível mais baixo (a que podem estar as taxas de juro)», disse em conferência de imprensa, realçando, no entanto, que «não considero apropriado manter as taxas de juro nos 0% neste momento».
Apesar do BCE
ter decidido manter as taxas de juros nos 2% , Jean-Claude Trichet seguiu o esperado e admitiu que pode vir aí novo corte no próximo mês. Mas ainda não há certezas: «Veremos o que vamos fazer na próxima reunião. Teremos muito mais informação e dados novos», sublinhou.
Fonte: Agência Financeira, aqui.

Quanto vale uma empresa?

Publicada por José Manuel Dias


Quando, nos primeiros anos da sua vida profissional, trabalhava numa sociedade de investimento londrina, Peter Drucker tinha um colega que se ocupava exclusivamente na compra e venda de acções da General Motors. Um dia, Drucker deixou-lhe em cima da secretária um recorte de um artigo sobre o futuro da indústria automóvel. "Por que é que me puseste isto aqui?", perguntou-lhe o outro na manhã seguinte. E foi então que Drucker descobriu que ele ignorava que a General Motors era uma empresa automóvel.Suponho que esta situação seria hoje impensável, mas constato que, amiúde, muitos traders pouco sabem sobre as empresas cuja compra ou venda recomendam. Esta ignorância revelou-se de forma evidente na actual crise financeira, quando empresas há escasso tempo incensadas como casos de sucesso revelaram, afinal, uma espantosa fragilidade. Quanto vale de facto uma empresa, e o que é preciso saber sobre ela para avaliá-la com rigor?
João Pinto e Castro responde-nos aqui, Jornal de Negócios desta data. Uma leitura imperdível.

What Can I Say - Brandi Carlile

Publicada por José Manuel Dias

Será mau?!

Publicada por José Manuel Dias


As vendas do sector automóvel caíram 47,8 por cento, em Janeiro deste ano comparando com igual período de 2008, segundo os dados da Associação Nacional das Empresas do Comércio e da Reparação Automóvel (ANECRA). As vendas nos ligeiros de passageiros registaram uma queda de 51,3 por cento e as dos comerciais ligeiros 35,6 por cento, revela o comunicado divulgado hoje por esta associação, que representa 3.850 empresas do sector.
Fonte: Público, aqui.
10494 automóveis ligeiros vendidos em Janeiro. Apesar de parte da queda poder ser explicada com a antecipação de compras feita em Dezembro, potenciada por razões fiscais, o número não deixa de ser impressionante. Em 2009, venderam-se metade dos automóveis vendidos em 2208. Será mau? Talvez não seja. Não será importante reduzir as importações e aumentar as poupanças? Não devemos nós deixar de viver acima das nossas possibilidades? Se não podemos comprar um carro topo de gama, compremos um carro da gama média. Se estamos habituados a trocar de carro cada 4 anos, porque não prolongamos a vida de útil para 6 ou 7? Será que já estamos a alterar os nossos comportamentos?
Claro que ninguém questiona a importância do sector e do seu contributo para o emprego. Justifica-se, por isso, que o Governo tenha uma "linha de crédito para a produção automóvel" em ordem a tentar responder a essas preocupações e à necessidade de manter activo seu potencial de exportação. Se os outros (no estrangeiro) podem comprar carros novos, preparemo-nos, pois, para os montar.

Um completo disparate

Publicada por José Manuel Dias


Sejamos claros. A economia portuguesa enfrenta um problema gravíssimo de competitividade. E, a essa luz, o que deveríamos estar aqui a discutir era um eventual corte nos salários, que "comem" metade da produção. Mas nenhum governo faria isso, ademais em período de eleições. A solução é aguentar. Ainda há dias a UE recordava o óbvio: os países onde os custos salariais unitários mais têm subido são a Grécia, a Irlanda, a Itália e Portugal. Pois...
Foi a pensar em tudo isto que, aquando do orçamento para 2009, me insurgi contra os 2,9% de aumento salarial para a Função Pública, que me pareceram irrealistas. Recordo que a inflação esperada era então de 2,5%. Mas os factos estão a desenrolar-se a uma velocidade vertiginosa e a inflação esperada é agora de apenas 1%. Resultado: sem quaisquer melhorias de produtividade que o justifiquem, estamos a oferecer um acréscimo de quase 2% de salários... (ir)reais. É um completo disparate.
Daniel Amaral, em artigo de opinião, com leitura integral no Diário Económico, aqui.

Salários

Publicada por José Manuel Dias



Sem dúvida que aumentar os salários em alturas de crise é bem mais complicado, mas conseguir escrever este artigo sem, em momento algum, deixar escapar a ideia que não são necessários aumentos nominais tão altos como no ano passado para que os salários reais ainda assim aumentem (devido à menor taxa de inflação) é perceber muito pouco do que se escreve.
Pedro Bom, no A pente Fino, aqui.

Cortar nos custos

Publicada por José Manuel Dias


O diário Los Angeles Times anunciou que vai despedir 300 trabalhadores, dos quais 70 jornalistas, devido à diminuição de receitas publicitárias.
O jornal está integrado no grupo Tribune que, em Dezembro, anunciou colocar-se sob a protecção da lei das falências, vai também suprimir o caderno «Califórnia», integrando as notícias nas páginas de informação nacional,avança a Lusa.
Com estes novos cortes, o número de elementos da equipa editorial passa a menos de 600 pessoas, contra 1.200 em 2001.
Fonte: Agência Financeira, aqui.
As receitas diminuiram lá e também, logo há que tomar medidas para evitar o avolumar das dificuldades: cortar nos custos ou e/ou tentar aumentar as receitas.