Caminho Crítico

Publicada por José Manuel Dias


A análise do caminho crítico é um método simples de analisar uma tarefa complexa. Analisa-se o processo, divide-se a tarefa em subtarefas e procuram identificar-se as interdependências. Que subtarefas devem ter lugar primeiro, quais é que poderão executadas em paralelo e que subtarefas é que só terão lugar depois de outras concluídas. Importa saber, de igual modo, quanto tempo demora a executar cada uma. A reunião de toda esta informação permite-nos calcular os recursos necessários para a concretização da tarefa, estabelecer a prioridade de cada subtarefa, definindo, assim, a sua sequência.
A análise do caminho crítico surge habitualmente sob a forma de um gráfico de Gantt (atribui-se a Henry Gantt a sua invenção) que mostra as diferentes subtarefas sob a forma de barras horizontais. O eixo horizontal é o tempo tomado. O comprimento de cada barra representa assim o tempo tomado por uma subtarefa específica. As barras sobrepostas representam as tarefas que podem ser feitas paralelamente.
Este método é seguramente uma ferramenta de grande utilidade na tomada de decisões que envolvam diversas subtarefas pois permite optmizar os recursos e evita erros primários. A fazer fé na leitura dos jornais da nossa terra existe muito boa gente a precisar de conhecer este método...

Corrupção e Plano Tecnológico

Publicada por José Manuel Dias


«A corrupção é um crime muito difícil de detectar e de fazer prova. Entre corruptor e corrompido sela-se um pacto de silêncio. Não se deve olhar para o fenómeno apenas sob a perspectiva da punição e perseguição. Em vez de estarmos no campo desagradável da suspeição, poderíamos actuar no campo da objectividade.
Pode chegar-se à conclusão de que 80% das prescrições se verificam num determinado sector. E aí seria interessante investigar porque razão isso acontece. Não devemos tratar a corrupção de forma cega. Por exemplo, na contratação pública há truques que são conhecidos e essa informação deve ser tida em conta na altura de analisar as propostas dos concorrentes.
O Estado aposta muito no aspecto processual da contratação, mas depois descura o seu acompanhamento. É preferível que se aligeirem as exigências iniciais e se invista mais no controlo do serviço prestado pelo vencedor do concurso. É indispensável obrigar a justificar todas as despesas adicionais - que muitas vezes são aprovadas não por quem adjudicou mas por outras pessoas.
Não tendo sido criado com o objectivo de combater este tipo de crime, o Plano Tecnológico será um instrumento muito importante para a sua diminuição, já que vai atacar a burocracia - um terreno fértil para a proliferação de favores.
O efeito mais pernicioso da corrupção é destruir a competitividade de uma economia, travando a sua capacidade de modernização».
Paulo Morgado, administrador -delegado da Capgemini e autor do livro " Contos de Colarinho branco" em declarações ao "Expresso" de 29 de Julho de 2006, caderno de Economia

Gestão por objectivos - caso prático

Publicada por José Manuel Dias


Era uma vez uma aldeia onde viviam dois homens que tinham o mesmo nome: António Silva. Um era padre e o outro, taxista. Quis o destino que morressem no mesmo dia. Quando chegaram ao céu, São Pedro esperava-os. - O teu nome ? - António Silva. És o padre ? - Não, sou o taxista, responde. São Pedro consulta os seus apontamentos e diz: - Bem, ganhaste o paraíso. Levas esta túnica com fios de ouro e este ceptro de platina com incrustações de diamantes. Podes entrar. S. Pedro dirige-se depois ao outro homem - O teu nome ? - António Silva. - És o padre ? - Sou, sou sim senhor. - Muito bem, meu filho, ganhaste o paraíso. Levas esta bata de linho e este ceptro de ferro. O padre diz: - Desculpe, mas tem de haver engano. Eu sou o António Silva, o padre! - Sim, meu filho, ganhaste o paraíso. Levas esta bata de linho e... - Não pode ser! Eu conheço o outro senhor. Era taxista, vivia na minha aldeia e era um desastre! Subia os passeios, batia com o carro todos os dias, conduzia pessimamente e assustava as pessoas. Nunca mudou, apesar das multas, dos pedidos das pessoas e das repreensões da polícia. E eu passei 50 anos a pregar todos os domingos na paróquia. Como é que ele recebe a túnica com fios de ouro e eu.....isto ?! - Não é nenhum engano - diz São Pedro. Aqui no céu, adoptámos uma gestão mais profissional, como a que vocês fazem lá na Terra. - Não entendo!. - Eu explico. Agora orientamo-nos por objectivos. É assim: durante os últimos anos, cada vez que tu pregavas, as pessoas dormiam. E cada vez que ele conduzia o táxi, as pessoas começavam a rezar. Resultados!! Percebeste?! Gestão por Objectivos!

Gestão por objectivos

Publicada por José Manuel Dias


Gestão por Objectivos ( Management by Objectives), conceito desenvolvido por Peter Drucker nos anos 50, é caracterizada como um método de planeamento e avaliação, baseado em factores quantitativos, pelo qual superiores e subordinados elegem áreas prioritárias, estabelecem resultados a serem alcançados, dimensionam as respectivas contribuições e procedem ao sistemático acompanhamento do desempenho.
No livro " The Practice of Management", publicado em 1954, Drucker apresentou uma lista de prioridades para a gestão do futuro, a primeira das quais era a «gestão por objectivos». Muitas vezes, de acordo com a sua perspectiva, os gestores perdem a noção dos seus objectivos devido à «armadilha da actividade». Andam atarefados no seu quotidiano mas não têm uma noção clara sobre a verdadeira situação das respectivas empresas. Importava, assim, no seu entender, definir novos princípios de gestão: primeiro, determinar os objectivos de negócio; depois estabelecer o plano para alcançar esses objectivos de forma eficiente; e, por fim, implementar o plano.
O Governo anunciou em Maio passado a intenção de trazer para o sector empresarial público "o que de melhor se faz no sector privado e nos outros países". De acordo com informação veiculada pela imprensa a maioria dos 30 organismos, empresas e institutos públicos tutelados pelo Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações vão passar a ser geridos por objectivos, até ao final de 2006. Os gestores públicos passarão a ter " cartas de missão para os respectivos mandatos" e "prémios indexados ao desempenho - medido através de relatórios mensais, trimestrais e anuais".
Esperemos que no futuro se premeie os bons gestores públicos e se penalize os maus, avaliados de acordo com critérios objectivos num quadro bem definido de relacionamento com o accionista (o Estado).

Formar para o emprego

Publicada por José Manuel Dias


O caderno "Emprego" do semanário "Expresso" de 22 Julho p.p., escolhe este título para encabeçar uma pequena notícia que pode justificar adequada reflexão. São conhecidas as dificuldades de integração no mercado de trabalho por parte dos jovens licenciados. Aveiro tem, no entanto, uma escola - Instituto Superior de Contabilidade e Administração - em que a taxa de empregabilidade é muito satisfatória. De acordo com declarações da Professora Fátima Pinho, Presidente do Conselho Directivo, ao referido semanário " o último inquérito à inserção de recém-licenciados - já desactualizado - revelava que 90% dos diplomados da Universidade de Aveiro conseguiram emprego em menos de seis meses após a conclusão do curso".
Ficamos ainda a saber que o ISCA tem prevista a promoção de vários cursos de formação pós secundária não superior. Já tem em funcionamento o curso de "Organização e Planificação do Trabalho" e aguarda a autorização para os cursos de " Banca e Seguros", "Gestão e Técnicas de Turismo" e "Contabilidade Pública". Para estes cursos de especialização tecnológica o ISCA estabelece protocolos de cooperação com várias empresas da região, que têm acesso aos respectivos programas e segundo declarações de Fátima Pinho ao Expresso " há já várias empresas que nos procuraram, mostrando interesse em recrutar alunos".
Um boa ligação entre Escola e empresas é, como se pode concluir, geradora de uma maior empregabilidade. Registe-se, de igual modo a aceitação dos cursos de especialização tecnológica - CETs - que procuram responder a necessidades efectivas do tecido sócio-económico em termos de quadros intermédios, garantindo, assim, com forte probabilidade, uma rápida inserção no mercado de trabalho dos futuros diplomados.

Aplausos

Publicada por José Manuel Dias


O Conselho de Ministros aprovou, no dia 20 de Julho, as leis orgânicas dos diferentes ministérios, dando seguimento ao Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado (PRACE). As leis orgânicas consagram uma redução de 25% no número de cargos dirigentes previstos na estrutura da Administração Pública, sendo eliminados 188 cargos de direcção superior, de 1º e de 2º grau. Findo este processo, segue-se a segunda fase prevista no PRACE com a elaboração das novas leis orgânicas de cada um dos organismos e serviços da Administração Central do Estado.
Será que as Autarquias locais não querem copiar as boas práticas? Os eleitores e contribuintes não deixarão de agradecer todas as medidas tendentes a diminuir os gastos públicos. O futuro constrói-se presente...

Fala!

Publicada por José Manuel Dias


Fala a sério e fala no gozo
fá-la p' la calada e fala claro
fala deveras saboroso
fala barato e fala caro

Fala ao ouvido e fala ao coração
Falinhas-mansas ou palavrão
Fala à miúda mas fá-la bem
Fala ao teu pai mas ouve a tua mãe

Fala franciú fala béu-béu

Fala fininho e fala grosso
desentulha a garganta levanta o pescoço

Fala como falar fosse andar
Fala com elegância muita e devagar.

Poesias Completas, Alexandre O´Neill ( 1924 - 1986)

Peter F. Drucker

Publicada por José Manuel Dias


Peter Drucker nasceu em Viena, na Áustria, em 1909 e morreu nos EUA no passado dia 11 de Novembro. Viveu assim a maioria da sua longa vida de 96 anos, activo e produtivo, na sua pátria de adopção, " a América".
(...) Alguns dos mais interessantes trabalhos de Drucker foram baseados na análise dos diversos factores de mudança e das oportunidades que lhe estão associadas. Muitas dessas oportunidades implicam a alteração das próprias organizações que constituem os nossos "aparelhos económicos" e que, a cada momento, o Homem, constrói, desfaz e reconstrói.
(...) Drucker define-se, no plano económico, como um conservador "desconfiado". Desconfiado mesmo em relação ao sistema capitalista porque, apesar de aceitar a regulação da economia através do mercado, opõe-se ao absoluto domínio da "mão invisível".
De facto, contrapõe-lhe a necessidade da existência de uma "consciência invisível". Essa visão levou-o a ser um dos precursores da análise da responsabilidade social das empresas. Apesar de acreditar na regulação económica assente no mercado livre ele coloca reservas a respeito do funcionamento linear do sistema. Refere que numa sociedade organizada, o problema não é saber quais são os nossos direitos mas também as nossas responsabilidades.
Extraído do artigo, com o mesmo título, de José Casqueiro Cardim, publicado na Revista Dirigir, Jul/Ago de 2006.
Existe muito boa gente a precisar de ler este artigo...Não lhe faria nada mal e, retirando dele os ensinamentos devidos, o seu comportamento seria outro. Estamos certos que a sociedade agradeceria.

O futuro está nas nossas mãos...

Publicada por José Manuel Dias


Num passado muito distante, numa pequena aldeia das Beiras, vivia um velho sábio que conseguia responder a todas as perguntas que lhe colocavam, por mais complicadas que fossem. Nessa aldeia viviam também dois jovens muito espertos que lhe colocavam perguntas e mais perguntas mas, para todas elas, o velho sábio tinha sempre uma resposta. Os jovens resolveram então desafiar o velho sábio...colocar-lhe-iam uma questão que ele não conseguiria responder de modo correcto.
Um deles apanhou uma linda e brilhante borboleta amarela, rendilhada de listas pretas e azuis e disse ao amigo. “ Tive uma ideia”. “ Acabei de encontrar esta borboleta, posso segurá-la nas mãos e perguntar ao velho sábio se ela está viva ou morta. Se ele responder que está morta, eu abro a mão e liberto-a, deixando que voe e regresse à liberdade. Se ele responder que está viva, eu dou um rápido apertão, abro as mãos e digo: “Errou, ela está morta!”. Assim, qualquer resposta que ele der nós venceremos e conseguiremos enganá-lo. “Brilhante”, comentou o amigo. Os dois foram, então, procurar o velho sábio.
Encontraram o homem, sentado numa pedra debaixo de um pinheiro. Os dois jovens saudaram-nos e o velho sábio respondeu" Viva! Que pergunta têm hoje para me colocar?" - “Oh velho sábio”, disse o mais novo que tinha as mãos colocadas atrás, nas costas “Eu tenho uma borboleta nas minhas mãos e gostaria de lhe perguntar se ela está viva ou morta”.
O velho sábio olhou por um momento para os jovens e pensou. Sorriu e respondeu “Meus amigos", respondeu" a borboleta está...nas vossas mãos".

O Moliceiro

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O tradicional Barco Moliceiro vai ser objecto de uma candidatura a Património Imaterial da Humanidade, uma distinção atribuída de dois em dois anos pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura). A candidatura está a ser preparada pela Associação dos Amigos da Ria e do Barco Moliceiro, com o apoio da Região de Turismo da Rota da Luz.
O Barco Moliceiro é considerado o Ex-libris da Ria de Aveiro. Este tipo de embarcação foi destinado originariamente à colheita e transporte da vegetação aquática, ocupação conhecida pelo termo popular de "apanha do moliço", produto de grande valor económico para fertilizar as terras. O barco distingue-se pelo elegante exotismo da sua proa estilizada e sobre erguida, e pela sua alegre decoração de cores garridas e apelativas. Hoje são comuns os passeios pela ria em moliceiro, observando belezas naturais únicas, como as salinas de Aveiro e a Reserva natural das Dunas de S. Jacinto. A região de Aveiro verá reforçada a sua atractividade turística se esta candidutura for coroada de êxito.

A concentração

Publicada por José Manuel Dias


Quando trabalhamos em coisas que gostamos, nem damos pelo tempo passar. Mergulhamos no trabalho e, quando levantamos a cabeça, o tempo voou sem termos dado conta. A dificuldade surge quando temos pela frente tarefas que não apreciamos. Nesta situação, temos de nos esforçar para reunir a máxima atenção possível.
No entanto, segundo a prática tem demonstrado, a concentração depende essencialmente da vontade pessoal e da confiança que depositamos em nós próprios. Dito de outro modo, a concentração depende apenas da nossa convicção. Se pensarmos que somos capazes, seremos, com forte probabilidade, capazes. Se não acreditarmos na nossa capacidade, o inêxito é certo.
Se precisarmos de concentração para a realização de algumas tarefas menos entusiasmantes, teremos de aprender a ter como lema " nem sempre faço o que gosto, mas rapidamente aprendo a gostar do que faço".

Organizações e estruturas

Publicada por José Manuel Dias


A estrutura de uma organização deve adequar-se às suas características e aos seus objectivos. No caso das empresas é, no entanto, possível identificar uma estrutura base comum que vai variando ao longo do tempo à medida do respectivo crescimento, com o intuito de se adaptar às exigências ditadas pelo respectivo negócio.
São normalmente considerados três grandes tipos de estruturas:
Estrutura funcional - é própria das empresas não diversificadas em que se agrupam actividades por especialização de acordo com a função que servem.
Estrutura divisional - é própria dos grandes grupos empresariais que se caracterizam por oferecer a vários mercados diversos produtos e serviços.
Estrutura matricial - um tipo de estrutura que se pode adaptar a uma determinada unidade duma empresa ou a grandes empresas. Nesta estrutura existem dois grupos de responsabilidades: um, referente às responsabilidades relativas à direcção de um negócio e outro referente às responsabilidades relativas ao correspondente trabalho. O primeiro grupo denomina-se " Equipa de Negócio" e o segundo " Equipa de Recursos". O sucesso deste tipo de organização está muito dependente da boa articulação entre os objectivos de negócio (e respectiva equipa) e a "Equipa de Recursos" que, no terreno, é responsável pela sua concretização. Os colaboradores destas equipas respondem , assim, perante dois chefes o que , por vezes, cria dificuldades adicionais na concretização dos objectivos de negócio.
Num mundo em que a única certeza é a mudança, também as empresas vão ajustandos as suas estruturas procurando ser cada vez mais competitivas...

O Boletim de Verão ou a culpa também é nossa

Publicada por José Manuel Dias


O Governador do Banco de Portugal divulgou ontem o Boletim de Verão do Banco de Portugal onde é apresentado o cenário macroeconómico para 2006/2007.
As projecções apresentadas confirmam os constrangimentos que condicionam a nossa economia: o endividamento das famílias e a necessidade de recurso ao crédito externo por parte do sistema financeiro, reforçam a nossa dependência da conjuntura internacional, com o preço do petróleo a assumir papel relevante. Admite-se que inflação possa subir 2,1% para 2,6%. De acordo com o BP, o preço da habitação tenderá a baixar, o desemprego de longa duração poderá crescer e o investimento total na economia dificilmente subirá. Assinale-se, entretanto, a excelente performance das exportações, em que se perspectiva para o ano em curso um crescimento de 8,4% contra os 0,9% do ano transacto, traduzindo um ganho de quota de 1%. Existem, pois, alguns sinais positivos na nossa economia que devem potenciar a nossa confiança na nossa capacidade mas que não eliminam algumas razões que justificam a manutenção de alguma preocupação.
Portugal vive hoje uma situação complexa. Os portugueses habituaram-se a um estilo de vida que não é compaginável com a actual realidade da nossa economia. Gastamos o que temos e o que não temos, por via do recurso ao crédito, obrigando os Bancos a financiarem-se no exterior, uma vez que o nível de poupança interna é insuficiente. A tentativa que o Governo tem feito para inverter esta tendência, procurando agir de modo estrutural nos gastos da Administração Pública, é, a nosso ver, um exemplo para muitas das famílias portuguesas. Os gastos são excessivos, o consumo mantém-se a níveis elevados. Importa, por isso, agir, racionalizando os nossos gastos e eliminando despesas não essenciais. Só a consciência colectiva desta necessidade, permitirá um forte contributo para a recuperação económica. As empresas portuguesas estão a fazer o que lhes compete, reforçando a competitividade viabilizando, desse mdo, o incremento das nossas exportações. As famílias têm pela frente um desafio: contribuirem neste esforço que tem que ser de todos. Portugal precisa de vencer o futuro. Charles Handy, considerado por muitos uma espécie de Peter Drucker europeu , acredita que «os pequenos países da Europa têm uma vantagem. Eles podem ser mais flexíveis, ter maior capacidade de movimento» e acrescenta «...os irlandeses são agora a segunda nação mais rica do mundo (a seguir ao Japão). Portugal talvez se junte a eles em breve". O futuro está nas nossas mãos...

Qualificação dos recursos humanos

Publicada por José Manuel Dias


A qualificação profissional foi considerada pelo Primeiro Ministro como " uma das prioridades das políticas públicas de Portugal". No próximo quadro comunitário de apoio as verbas para a Educação passarão dos actuais 26,5% para 37,0%. " Significa que, nos próximos anos, as áreas de educação, da formação e da ciência terão mais de 1300 milhões de Euros do que tiveram no quadro comunitário anterior, passando de 4700 milhões de Euros para 6000 nilhões de euros" assegurou o Eng. José Sócrates, no debate sobre o estado da Nação. Foi ainda garantido que " não será financiada qualquer formação para jovens que não seja de dupla certificação ( níveis escolar e profissional) ".
Boas notícias, portanto, para todos os que acreditam que a formação profissional pode dar um excelente contributo para a melhoria da competividade do nosso país, qualificando os recursos humanos, com o propósito de, em cada dia que passa, se fazer mais e se fazer melhor.
Parece-nos, assim, oportuno reavivar a memória de alguma das palavras chave da formação profissional, não sem antes referir que o Código de Trabalho (Lei 99/2003) contempla a formação contínua dos trabalhadores (35 horas/ano).
Formador é o profissional que, na realização de uma acção de formação, estabelece uma relação pedagógica com os formandos, favorecendo a aquisição de conhecimentos e competências, bem como o desenvolvimento de atitudes e formas de comportamento, adequados ao desempenho profissional.
Decreto Regulamentar nº66/94, de 19 de Novembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto Regulamentar nº 26/97, de 18 de Junho.
Formação: intervenção que visa contribuir para a emergência de uma resposta comportamental nova. Fonte: Jean Berbaum
Alguns conceitos utilizados em Formação:
Aprendizagem - processo integrado em que um indivíduo se mobiliza no sentido de uma mudança, nos domínios cognitivo, psicomotor e/ou afectivo. ( Fonte : CIME)
Aptidão - disposição inata para efectuar uma aprendizagem específica num determinado domínio do saber. ( Fonte; CIME)
Capacidade: conjunto estabilizado de saberes, que potencialmente habilitam o indivíduo para uma tarefa ou função específica. ( Fonte : CIME)
Competência: capacidades mobilizadas e integradas, com carácter adaptativo, por um indivíduo ou grupo, na realização de uma actividade ocupacional, resolução de um problema ou concretização de um projecto. ( Adapt. Le Bortef)

Autoridade e responsabilidade

Publicada por José Manuel Dias


O conceito de autoridade é, normalmente, caracterizado como o direito de mandar ou actuar e não pode ser dissociado de responsabilidade que se define como a obrigação de cumprir com o ordenado.
São dois conceitos essenciais na definição da estrutura de uma qualquer organização mas, não raras vezes, mal compreendidos por parte de muitos quadros directivos.
Existem várias teorias para explicar a origem da autoridade por parte dos quadros directivos, a saber:
1) Teoria da autoridade formal - em que o poder é transmitido pelas instituições;
2) Teoria da aceitação - em que o subordinado aceita a ordem porque compreende a sua finalidade e a sua coerência com os propósitos da organização;
3) Teoria da competência - em que a autoridade esta relacionada com a competência profissional do quadro directivo.
Quanto à responsabilidade corresponde à obrigação de um subordinado cumprir com a missão que lhe foi confiada por um superior. A essência da responsabilidade é, pois, a obrigação pessoal.
Um elemento directivo pode delegar parte da sua autoridade noutra pessoa mas continuará a ser totalmente responsável pelos respectivos resultados. Não se pode delegar responsabilidade. Apenas se delega autoridade. Esta delegação é essencial em qualquer organização. A capacidade para delegar autoridade é (deve ser) uma das qualidades de um líder. Muitas organizações soçobram porque os respectivos líderes não foram capazes de delegar, deteriorando, por essa razão, o respectivo funcionamento.
A estrutura organizacional, a essência do respectivo trabalho, a qualidade dos respectivos líderes , o modo como a autoridade é exercida e o sentido de responsabilidade dos colaboradores são características diferenciadoras das empresas e que determinam o contributo de cada uma para o desenvolvimento do país.

Quem não deve...

Publicada por José Manuel Dias


O Fisco vai começar a ouvir os contribuintes a incluir na lista de devedores, a divulgar no final de Julho no âmbito do plano para recuperação de dívidas, revelou ontem o Ministério das Finanças.
Da lista constarão, como previsto, contribuintes com dívidas de acima de 50 mil euros, no caso do IRS, e de 100 mil euros, em sede de IRC.
Estes valores, salientam as Finanças , «serão reduzidos de forma gradual no futuro».
A Comissão de Protecção de Dados autorizou a medida a 20 de Junho.
Na sequência da aprovação, «já começaram a ser notificados pela Administração Fiscal, para audição prévia, os contribuintes cujo nome seja passível de inclusão na lista de devedores», referem as Finanças.
A lista, adianta o comunicado, «estará disponível a partir do final deste mês, e será elaborada apenas após cada devedor ter tido a possibilidade de se manifestar em audição prévia e ter sido notificado da inclusão do seu nome».
«A medida», frisa o Ministério, «visa cumprir o objectivo de cobrança de dívidas fiscais para este ano, 1.500 milhões de euros, numa altura em que mais de metade está concretizado».
Não existem dúvidas sobre a melhoria da eficiência da máquina fiscal. Notícias recentes trouxeram, no entanto, para o domínio público a prescrição de 231 Milhões de Euros de dívidas Fiscais, facto que o Ministro da tutela justifica com a melhoria do Sistema de informação que estará a permitir identificar dívidas que nem se sabia que existiam.
Combater a fraude e a evasão fiscais são tarefas prioritárias...A ideia que o crime pode compensar tem de ser combatida. Um cidadão alemão, com que conversei recentemente, transmitia-me a sua estranheza perante o comportamento de alguns portugueses que se gabavam de "fugir ao fisco". Dizia-me que no seu país isso seria impensável e se, porventura, fosse levado a tal tentação, nem à mulher diria. Um cidadão que não paga os seus impostos é equiparado a uma pessoa que "rouba" a comunidade e ninguém o quer como vizinho.
Portugal tem pela frente um grande caminho a percorrer para conseguir implantar a consciência social do imposto. Um caminho que vale a pena ser percorrido em nome de todos.

Burocratização e Simplex

Publicada por José Manuel Dias


De repente, ficou tudo inviável.
Papéis em abundância.
Muita gente esperando, filas, filas...
Carimbos, fichas, formulários, mais carimbos,
Parecer, instância superior, despachos.
Reuniões, reuniões, mais reuniões.
Ruídos, murmúrios, boatos.
Está tudo difícil.
O expediente que não anda.
O fantasma da improdutividade.
O cansaço. A desesperança...É a burocratização!
A burocracia é um dos muitos problemas das organizações e assume particular gravidade na Administração Pública. Neste contexto, o Programa de Simplificação Administrativa, mais conhecido por Simplex, não pode deixar de ser saudado. O recente balanço efectuado pelo Ministro da Administração Interna, evidenciando o que já foi materializado e o que falta ainda concretizar, permitiu conhecer os constrangimentos que ainda têm que ser ultrapassados. Falta aplicar uma em cada 4 medidas previstas ou, dito de outro modo, 3 em cada 4 das medidas contempladas já foram implementadas. Tornar a vida mais fácil para os cidadãos e para as empresas é seguramente uma tarefa muito complexa...

Estratégia - Formulação

Publicada por José Manuel Dias


O planeamento de uma estratégia comercial pode resumir-se a três perguntas chave que indicam, cada um delas, uma fase fundamental do desenvolvimento do respectivo processo. Estas perguntas chave são as seguintes:
- Onde estamos?
- Para onde queremos ir?
- Como chegaremos até lá?
A resposta à primeira pergunta requer uma análise da situação, tanto interna, dos recursos e capacidades da própria empresa, como externa, do mercado, concorrência e enquadramento, com o fim de determinar as oportunidades e ameaças, assim como os pontos fortes e fracos tanto próprios como da concorrência.
A resposta à segunda questão pressupõe uma definição dos objectivos que a organização pretende alcançar. Finalmente, a resposta à última interrogação implica a determinação dos meios necessários e o desenvolvimento das acções para alcançar os objectivos da organização.
Uma boa formulação da estratégia facilita a respectiva implementação e a obtenção de bons resultados. O desempenho da nossa Selecção no Mundial, motivo de orgulho para todos nós, está aí para o comprovar.

Não nos precipitemos...

Publicada por José Manuel Dias


Numa aldeia, vivia um velho muito pobre, que possuía apenas um lindo cavalo branco, Uma manhã, descobriu que o cavalo branco não estava na cocheira. Os amigos disseram-lhe:
-Mas que desgraça, o seu cavalo foi roubado!
E o velho respondeu:
- Calma, não cheguem a tanto. Digam, simplesmente, que o cavalo não está na cocheira. O resto é o vosso julgamento.
As pessoas riram do velho. Quinze dias depois, de repente, o cavalo voltou. Havia fugido para a floresta. E não apenas
isso, trouxera uma dúzia de cavalos selvagens consigo. Novamente, as pessoas reuniram-se e disseram:
- Velho, você tinha razão. Não era uma desgraça, mas sim uma bênção.
E o velho replicou:
- Vocês estão, de novo, a precipitarem-se. Quem pode dizer se é uma benção ou não? Apenas digam que o cavalo está de volta...
O velho tinha um único filho, que começou a treinar os cavalos selvagens. Apenas uma semana mais tarde, ele caiu de um dos animais e fracturou as pernas. As pessoas reuniram-se e, mais uma vez, puseram-se a julgar:
- E não é que você tinha razão, velho? Foi uma desgraça, o seu filho único perder o uso das pernas.
E o velho retorquiu:
- Mas vocês são mesmo obcecados por julgamentos?! Não se adiantem tanto. Digam apenas que o meu filho fracturou as pernas. Ninguém sabe se isto é uma desgraça ou uma bênção...
Aconteceu que, algumas semanas depois, o país entrou em guerra e todos os jovens da aldeia foram obrigados a alistar-se, menos o filho do velho.
Quem é obcecado por julgar, cai sempre na armadilha de basear o seu julgamento em pequenos fragmentos de informação, o que o levará a conclusões precipitadas.
Nunca encerre uma questão de forma definitiva, pois quando um caminho termina, outro começa, quando uma porta se fecha, outra se abre. Assim é o curso da vida.

O goodwill

Publicada por José Manuel Dias


O valor económico duma empresa é constituído por duas componentes:
- O valor substancial que corresponde à situação líquida contabilística após reavaliação dos elementos activos e passivos.
- O goodwill que, em termos genéricos, pode ser considerado como o valor duma empresa derivado da existência de uma série de factores, tais como:
a) organização técnica e comercial,
b) clientela e relação com fornecedores,
c) prestígio,
d) outros.
Dito de outro modo, o goodwill é o valor não físico ou intangível que expressa o valor da empresa para além do seu valor contabilístico ou do valor de venda dos seus activos, líquidos do seu passivo. O goodwill também se pode definir como a capacidade ou a potencialidade de uma dada empresa gerar lucros superiores aos normais ( em outras unidades do mesmo sector) em resultado de uma dada combinação de factores que influenciam positivamente o seu futuro.

Sensatez

Publicada por José Manuel Dias


É sensato ser polido; por conseguinte, é idiotice ser rude. Criar inimigos com a falta desnecessária e propositada de civilidade é insensatez tão grande como pegar fogo à própria casa. Porque a polidez é uma ficha de jogo - uma moeda reconhecidamente falsa, e com a qual é tolice agir com avareza.
O homem de bom senso será generoso ao usá-la...
A cera, substância naturalmente dura e quebradiça, pode tornar-se macia aplicando-se um pouco de calor, adquirindo a forma que mais agradar.
Da mesma maneira, sendo polido e gentil, pode tornar as pessoas dóceis e servis, mesmo que tendam a ser rabugentas e maledicentes. Portanto, a polidez é para a natureza humana o que calor é para a cera.
Arthur Schopenhauer ( 1788-1860)
Ensinamentos velhos de séculos mas de grande actualidade...

Diagnóstico

Publicada por José Manuel Dias


O termo diagnóstico pertence ao vocabulário da Medicina. No entanto, fazem-se, com alguma frequência, diagnósticos a empresas com o propósito de descobrir os seus defeitos e adoptar as medidas correctivas adequadas. Uma análise crítica focalizada no funcionamento de uma dada empresa, poderá identificar defeitos e insuficiências como, por exemplo, na respectiva estruturação, nos métodos produtivos, na gestão dos stocks, na área comercial, bem como relevar os aspectos positivos.
Uma empresa quando é criada tem sempre um objectivo e é (ou deve ser) estruturada em função desse objectivo, reunindo os meios humanos e materiais julgados adequados. Esta reunião não é, contudo, tarefa fácil, daí resultando, muitas vezes, desajustamentos entre os meios afectos e os resultados desejados. Na maioria das situações estes desequlíbrios decorrem da própria evolução da empresa e/ou das próprias alterações dos mercados.
O diagnóstico da empresa tem um duplo propósito : o exame da situação da empresa e o estudo do funcionamento das suas diversas áreas. Pretende-se dar resposta às seguintes preocupações:
1) Verificar os procedimentos internos;
2) Identificar causas de deficiência;
3) Evidenciar pontos fracos e definição de meios para eliminar falhas;
4) Optimizar níveis de rentabilidade;
5) Clarificar propósitos estratégicos da empresa e escolha de meios para monitorar desempenho;
6) Situar empresa em relação aos concorrentes;
7) Determinar o valor financeiro da empresa.
O diagnóstico não se pode limitar a elencar as deficiências e pontos fracos duma empresa, deve constituir-se como um instrumento de mudança, traçando novos caminhos e identificando recursos a afectar, viabilizando as melhores escolhas em ordem a concretizar os propósitos dos empresários. O diagnóstico não revela apenas a doença indica, de igual modo, o tipo de tratamento a aplicar.