Formar para o emprego

Publicada por José Manuel Dias


O caderno "Emprego" do semanário "Expresso" de 22 Julho p.p., escolhe este título para encabeçar uma pequena notícia que pode justificar adequada reflexão. São conhecidas as dificuldades de integração no mercado de trabalho por parte dos jovens licenciados. Aveiro tem, no entanto, uma escola - Instituto Superior de Contabilidade e Administração - em que a taxa de empregabilidade é muito satisfatória. De acordo com declarações da Professora Fátima Pinho, Presidente do Conselho Directivo, ao referido semanário " o último inquérito à inserção de recém-licenciados - já desactualizado - revelava que 90% dos diplomados da Universidade de Aveiro conseguiram emprego em menos de seis meses após a conclusão do curso".
Ficamos ainda a saber que o ISCA tem prevista a promoção de vários cursos de formação pós secundária não superior. Já tem em funcionamento o curso de "Organização e Planificação do Trabalho" e aguarda a autorização para os cursos de " Banca e Seguros", "Gestão e Técnicas de Turismo" e "Contabilidade Pública". Para estes cursos de especialização tecnológica o ISCA estabelece protocolos de cooperação com várias empresas da região, que têm acesso aos respectivos programas e segundo declarações de Fátima Pinho ao Expresso " há já várias empresas que nos procuraram, mostrando interesse em recrutar alunos".
Um boa ligação entre Escola e empresas é, como se pode concluir, geradora de uma maior empregabilidade. Registe-se, de igual modo a aceitação dos cursos de especialização tecnológica - CETs - que procuram responder a necessidades efectivas do tecido sócio-económico em termos de quadros intermédios, garantindo, assim, com forte probabilidade, uma rápida inserção no mercado de trabalho dos futuros diplomados.

5 comentários:

  1. A Professorinha disse...

    É pena que as escolas públicas tenham perdido a sua faceta profissional. É com desânmo que vejo os alunos desiludurem-se com a escola tal como ela se apresenta hoje em dia e fugirem para as escolas profissionais. Acho que há ue encontrar um novo caminho para a escola pública e rapidamente. (Eu sei que o artigo é sobre as Universidades e Institutos Superiores, mas quanto mais cedo se começar a preparar os estudantes para o mercado de trabalho, melhor)

  2. Vida disse...

    Durante anos os cursos tecnológicos foram abandonados neste país e tem sido com satisfação que os vejo regressarem e neste momento estarem a ser uma nota positiva na formação e emprego dos nossos jovens.

    Beijinhos.

  3. Elipse disse...

    Mesmo regressando ao secundário público, os cursos profissionais não têm ainda estrutura para serem aceitáveis. Primeiro porque os professores estão viciados em tudo o que é via ensino e há resistência à adaptação. Depois (e digo-o com conhecimento) porque os alunos que os escolhem (na maioria) são aqueles que não gostam de estudar e optam por uma coisa que lhes parece leve e prática.
    De qualquer forma é um começo e ainda bem que vai funcionando.
    Satisfaz-me saber que em Aveiro o emprego vai existindo. Aqui mais a sul acontece o contrário e é dramático.

  4. CarpeDiemBeHappy disse...

    Da maneira como o sistema está, não sei não. Agrada-me saber que em Aveiro as coisas são diferentes, pelo menos faz-se por isso.
    Bom fim de semana!
    Bjs

  5. José Manuel Dias disse...

    Muito obrigado pelos contibutos.