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Publicada por José Manuel Dias


Leio nos jornais: General Motors vai despedir 47 000 trabalhadores; leio-o, também, no mesmo dia: professores vão endurecer a luta contra a avaliação no 3º período. Estas duas notícias relacionam entre si dois mundos do trabalho. De um lado, os trabalhadores que podem perder o emprego a qualquer momento, que estão sujeitam às normas do Código de Trabalho, que beneficiam do regime geral da Segurança Social. Dou outro, os trabalhadores que não correm o risco de ficarem sem emprego porque têm emprego vitalício, e beneficiam de regimes especiais, quer nas relações de trabalho, quer na Segurança Social.
No final de 2008, Alan Greenspan, discípulo da romancista anarco-capitalista Ayn Rand e ex-presidente da Reserva Federal, reconhecia: «Cometi um erro ao confiar que o livre mercado pode regular-se a si próprio sem a supervisão da administração». Greenspan vem agora defender a nacionalização temporária de mais «alguns bancos». O que defenderá a seguir? Pena é que a administração Obama continue a resistir a esta saída. Por quanto tempo? Apesar de alguns sinais positivos, não nos esqueçamos que nela pontificam economistas que estiveram na origem do romance dos «novos democratas» com os mercados financeiros liberalizados. Lembram-se? Anos noventa…

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