O fantasma de John Maynard Keynes, o pai da macroeconomia, regressou para nos assombrar. Com ele veio também o fantasma do seu discípulo mais interessante, Hyman Minsky. Todos nós sabemos agora o que é o “momento Minsky” – o ponto em que a euforia financeira se converte em pânico.Como todos os profetas, Keynes deu lições ambíguas aos seus seguidores. Poucos acreditam ainda no ajustamento fiscal que os seus discípulos promoveram nas décadas que se seguiram à Segunda Guerra Mundial. Mas também ninguém acredita nas metas monetárias propostas pelo seu famoso adversário intelectual Milton Friedman. Agora, 62 anos após a morte de Keynes, numa nova era de crise financeira e de ameaça de depressão económica, é mais fácil compreendermos aquilo que permanece relevante nos seus ensinamentos.
Um artigo de opinião de Martin Wolf, no Diário Económico, que nos remete para as três lições: não há mercados verdadeiramente eficientes; a economia não pode ser analisada da mesma forma que uma empresa individual e a economia não pode ser encarada do ponto de vista moral. Importa por isso: suportar a procura agregada, trocar dívida por activos, promover o reequilíbrio da procura global, evitar que os egoísmos e os impedimentos ideológicos nos condicionem. Conclui referindo que em economia a verdade é raramente pura e nunca é simples.
Um artigo de leitura obrigatória, com versão integral, aqui.
0 comentários:
Enviar um comentário