A queda da inflação

Publicada por José Manuel Dias


Quando os americanos inventaram a ‘subprime’ e a seguir exportaram os produtos tóxicos para todo o mundo, provocando uma queda aparatosa no produto, a mensagem dos bancos centrais foi inequívoca: baixem-se as taxas de juro! Quando o dólar caiu, fazendo subir os preços do petróleo e levando a uma inflação incontrolável, a mensagem inverteu-se: subam-se as taxas de juro! Estava estabelecida a confusão. Com os EUA no centro da crise. Que fazer? Assumindo que a crise viria a tornar-se global, o mais sensato seria que os bancos centrais se entendessem entre si, definindo uma estratégia comum. Mas não. A Reserva Federal americana, privilegiando o crescimento económico, baixou a sua taxa de referência de 5,25% para 1% em poucos meses; o Banco Central Europeu, privilegiando o controlo da inflação, manteve-se firmes nos 4%. E o Japão, que já estava na vizinhança de zero, continuou assim. A confusão aumentava.Estávamos nós neste remanso quando os preços começaram a descer. E a tendência mantém-se. Primeiro o FMI, depois a Comissão Europeia, a seguir a OCDE – toda a gente admite agora que, a uma taxa de inflação da ordem dos 4-5% em 2008, deverá corresponder uma taxa de apenas 1% ou menos em 2010. Com o ‘target’ fixado à volta de 2%. Resultado: o perigo mudou de nome e passou a chamar-se deflação. A pergunta repete-se, agora num filme ao contrário: que fazer?
Daniel Amaral alerta-nos para os perigos da deflação, servindo-se como exemplo do período negro do Japão. A ler na íntegra no Diário Económico, aqui.

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