No 3º trimestre de 2008, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,6% em volume face ao trimestre homólogo de 2007, menos 0,1 pontos percentuais (p.p.) que o trimestre anterior. A procura interna continuou a desacelerar, registando um contributo para o crescimento do PIB de 1,2 p.p. no 3º trimestre de 2008 (1,4 p.p. no anterior), em consequência da diminuição do investimento (variação de -1,4% em termos homólogos) que mais que compensou a aceleração do consumo privado. O contributo da procura externa líquida foi de -0,6 p.p., mais 0,1 p.p. que o verificado no trimestre anterior, tendo-se registado uma desaceleração das Exportações e das Importações de Bens e Serviços.
Fonte: INE, para ver com detalhe clicar aqui.
Este resultado - queda de 0,1% face ao trimestre anterior - não constitui surpresa. Surpresa era continuar a crescer com os nosso principais parceiros em recessão. Resistimos bem. Veremos agora o que nos reserva o plano global para enfrentar a crise que o Ministro nos promete, aqui. Sabemos que a tentação de nos virarmos para o Estado, quando as coisas correm mal, é muito grande mas, a nosso ver, devemos confiar mais em nós do que numa qualquer solução milagreira que alguém nos apresente. Sem revermos os nossos comportamentos, continuando a consumir mais do que o nosso rendimento, o problema persistirá. O Estado pode endividar-se, dando um novo balão de oxigénio à economia, mas, mais cedo ou mais tarde, a factura vai aparecer, seja por via da redução do poder de comprar (aumento da inflação) ou pelo acréscimo de impostos (o que equivale a uma poupança forçada).
0 comentários:
Enviar um comentário