O país que somos (3)

Publicada por José Manuel Dias


Portugal dispunha, em 2007, de 357 médicos por 100 000 habitantes, o que representa um crescimento de 2,6%, quando comparado com o ano anterior. A análise do indicador semelhante, referente aos enfermeiros, revela um crescimento de 5,8% do número destes profissionais, passando agora a ser 509 por 100 000 habitantes.
Fonte: Indicadores Sociais 2007 do INE,
aqui.

1 comentários:

  1. Filipe Silva disse...

    Olá.
    As estatísticas, por vezes não traduzem bem a realidade.
    Não tenho conhecimento de causa para questionar estes valores, mas tenho algumas dúvidas em aceita-los como benéficos ou não, originado pelo que a minha profissão (“professor”) está a passar. Gostava de contribuir com uma realidade que conheço. Acredito que se esta profissão for alvo de análise e tratamento estatístico idêntico irá dar mais professores por aluno. No entanto, na realidade não quererá dizer melhor rácio professor/aluno efectivo, isto porque há muitos horários que têm de ser obrigatoriamente divididos e tornados incompletos para serem distribuídas algumas horas a professores diferentes na mesma escola, sendo que alguns professores estão a dar 2 horários incompletos, desde que em escolas diferentes. O professor é o mesmo, mas estatisticamente será dois! Um numa escola e outro noutra escola (precariedade dos professores e respectivas consequências por sobreposição de serviço, maior dificuldade de gestão do tempo e gastos).
    Por outro lado, um horário normal de um professor é partido em duas partes e atribuído a dois professores, logo o dobro de professores, mas uma realidade mais precária (para os professores, que por vezes não ganham para as despesas inerentes à profissão, transporte, estadia, ou não, procura de serviços extras,…) e na melhor das hipóteses a mesma realidade para os alunos.
    O que inicialmente poderá dar origem a um pensamento de aumento de qualidade na educação pelo facto de existirem mais professores para os mesmos alunos, é falso. Mas é certo que pode ser visto como extremamente positivo, segundo o ponto de vista, “divide-se o mal pelas aldeias” - mais pessoas empregadas (com menos condições), algo que também é fortemente necessário ser combatido.

    Abraço,
    Filipe Silva.