Quem paga os subsídios?

Publicada por José Manuel Dias


A ideia é entupir as entradas e saídas da cidade, em véspera de fim-de-semana prolongado”, disse à Lusa Nuno Salgado, coordenador da iniciativa, que visa protestar contra o aumento dos combustíveis. As centenas de camiões, pertencentes a “cerca de 300 empresas” do sector das regiões Norte e Centro do País, vão concentrar-se em três pontos distintos.A partir das 17h00, os locais de concentração são: EN 106 junto à Repsol em Lousada, entrando na A4 pelo nó de Penafiel-Lousada; EN 15 junto à recauchutagem Nortenha; partindo também em direcção à A4 e na Área de Serviço de Águas Santas (A4).
Notícia do Público, desenvolvida aqui.
Depois dos agricultores e dos pescadores, os camionistas querem combustíveis mais baratos. Como o petróleo subiu, as petrolíferas querem os seus lucros e os distribuidores não abdicam das suas margens, só há uma saída: mais subsídios. Só falta saber quem os vai pagar.

1 comentários:

  1. ZÉ FAGOTE disse...

    Caríssimo José Manuel Dias:
    A vida está cada vez mais complicada. O diabo que julgue os culpados.
    Mas o Governo também não está isento de culpas.
    Há muitos anos atrás, os mais antigos, quando viam alguém a fazer uma vida menos poupada, diziam que se algum dia chegasse uma crise (naquela altura ninguém se preocupava com recessões) as pessoas iriam torcer as orelhas mas que elas já não deitariam sangue. Aquilo mexia comigo… o que seria uma crise?
    Agora sei o que é!
    Consideravam-se esbanjamentos, uns gastos mínimos que proporcionavam uma pequena comodidade ao seu possuidor.
    Hoje, se “eles” vissem as pessoas a comprarem automóveis caríssimos, porque a marca é prestigiada, e soubessem que as prestações com juros elevadíssimos, vão manter-se durante 40 ou 60 meses, ficavam loucos.
    E mais banzados ficavam quando soubessem que aquele “carrão” para pouco mais serve do que mostrar aos amigos e aos vizinhos, além, claro, de servir para deslocação ao emprego a “dois passos de casa” porque é muito mais cómodo do que ir de transporte publico, ficavam varridos da cabeça.
    Se “eles” entrassem num hipermercado e vissem carrinhos cheios de compras, e reparassem bem, verificavam que 90% dos produtos eram coisas sem interesse nenhum para casa, ou para a alimentação. Se entrassem nos restaurantes até ao dia 20 de cada mês, verificava que estavam repletos, a partir daquela data, e até ao fim do mês, estão menos cheios porque a maioria entretanto “entesou”.
    Se entrassem na casa de alguém que ganha o ordenado mínimo ou pouco mais que isso, e vissem que cada um dos elementos do agregado familiar possuía um telemóvel, que a maioria das vezes é para utilizar, a mandar mensagens para amiguinhas e namorados, passavam-se dos carretos.
    Enfim, poderíamos estar aqui toda a noite a enumerar o que somos, e o que irresponsavelmente fazemos.
    Mas além disso temos os Governos que também gostam de esbanjar, sem possibilidades para tanto.
    E o Governo, claro, somos nós, é do nosso seio que sai, e assim, temos lá gente tal e qual como os que compram carrões a pagar em 60 meses, e dão um telemóvel a cada filho para mandarem mensagens para as amigas ou namorados, a cada minuto.
    Também eles, aqueles que escolhemos, muitas vezes ou a maioria das vezes, sem saberem “ler nem escrever” vão para administradores de uma bodega qualquer, onde vão auferir ordenados principescos, 4 ou 5 vezes acima do Presidente da Republica, com a vantagem ainda, de não precisarem de ser assíduos ao trabalho.
    E, claro, tudo isto, é pago com os nossos impostos.
    Assim, não podemos ficar calados.
    Criticamos os concidadãos que sem poderem, compram um carro de luxo e dão um telemóvel a cada filho para mandar mensagens a toda a hora para as namoradas.
    Criticamos os que rebentam com os parcos recursos que têm nos restaurantes até meados do mês, e fazem-no com o dinheiro deles.
    Portanto enquanto não houver princípios e moral da parte dos Governantes e seus apaniguados, sejam quais forem, porque somos nós que lhes pagamos, acho muito bem que as pessoas os critiquem e protestem, quanto à carestia de vida, seja contra o aumento dos combustíveis, ou o que quer que seja.
    E tal como um assalariado qualquer, quem não estiver contente, que se vá embora, porque dessa “mão-de-obra especializada” acredite que não falta por aí
    Cumprimentos.