Há todo um mundo de artesãos, de técnicos, de pequenos empresários optimistas, geniais e activos, que não ficam à espera de subsídios do Estado e que utilizam tecnologias inovadoras e trabalham incansavelmente.Estudam, fazem experiências, testam e voltam a testar até ao infinito. Foi neste viveiro de gente enérgica e empreendedora que nasceram os empreendedores que fizeram o milagre económico italiano do pós-guerra, depois aqueles que superaram a crise petrolífera dos anos 70, criando o ‘made in Italy’, e ainda os que enfrentaram a concorrência dos tigres asiáticos. Agora, é a vez daqueles que, inventando novos produtos, novos materiais e novos serviços, conseguem conquistar nichos de mercado em sectores de alta tecnologia, derrotar europeus e americanos nos bens de consumo de luxo e até enfrentar chineses e indianos com uma elevadíssima qualidade e uma invenção contínua.
Nunca os verão na televisão, pois o pequeno ecrã está diariamente ocupado por políticos, por apresentadores, por personagens das páginas policiais, por cómicos e por imitadores. Também não se fala neles nos jornais porque estes só se ocupam da alta finança. A Universidade ignora-os. São os anónimos: os investigadores ocultos que descobrem as coisas que são úteis e necessárias, os produtores obscuros que as fabricam e vendem. E que, sem que ninguém se aperceba disso, fazem funcionar e progredir o país.
Francesco Alberoni, em artigo de opinião do Diário Económico, a ler na íntegra aqui.
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