O Fisco já sabe quanto é que cada contribuinte ganha, assim como as casas, os carros ou os outros bens que este possui e se tem rendimentos para os possuir, pelo que desde 2007 eliminou a inscrição das manifestações de fortuna das declarações de IRS. Trata-se da base de dados (”REDET”) com a informação sobre o património e rendimentos dos contribuintes, tendo por objectivo final detectar todas as manifestações de riqueza e rendimentos. Nesta base de dados constam já os dados resultantes da Reformulação do cadastro de veículos decorrente da criação do Imposto Único de Circulação: 8.500.000 veículos automóveis, 1104 aviões, 31.699 aeronaves.
[...]
A nova aplicação em desenvolvimento concentra toda a informação que as finanças recebam de entidades terceiras, desde o cadastro automóvel a indicadores de qualidade e conforto das habitações susceptíveis de influenciar o valor patrimonial do prédio. Esta base de dados está já em funcionamento mas apenas ficará totalmente operacional até ao final do mês de Junho, e apresenta-se em expansão constante. Ou seja, a busca de dados sobre o património dos contribuintes é para continuar e o fisco irá apertar ainda mais a malha da fuga e fraude fiscal. Neste contexto, a máquina fiscal obriga-se este ano a acelerar as penhoras de contas e bens móveis e imóveis em hasta pública e a encontrar em falta 900 milhões de euros de impostos por correcções às bases tributáveis, estimadas estas em 3,5 mil milhões de euros.
0 comentários:
Enviar um comentário