Marçal Grilo criticou os reitores, anteontem à noite, em Aveiro, pela opção de denunciarem publicamente os cortes nos orçamentos das universidades, provenientes do Estado, em vez de procurarem fundos de investimento noutras fontes, concretamente, privadas. A crítica ia direitinha para os reitores que o fazem, incluindo a reitora da Universidade de Aveiro, Helena Nazaré, que não ouviu as declarações do ex-ministro da Educação.
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«A reivindicação perante o Estado, tenho já alguma dificuldade em compreender», disse Marçal Grilo. E, atravessando o Atlântico, dá o exemplo das universidades, públicas e privadas, dos Estados Unidos, que «conseguem financiamentos significativos sem serem públicas». Marçal Grilo admite que «os fundos públicos são muito relevantes, mas a participação privada é muito importante». A participação do Estado nos orçamentos das universidades, «em termos de percentagem do PIB, nos EUA, é muito semelhante à da média europeia, mas o financiamento privado é cinco vezes ou seis superior», embora admita que em Portugal há instituições com metade do seu orçamento com origem no Estado e outra metade no privado, mas «é preciso fazer muitíssimo mais». O fundo de financiamento privado é «para suportar parte do orçamento», disse, para quem «a questão mais funda que têm as universidades públicas é a de não saberem como lidar com situações com um fundo escasso». Por isso, apontou para instrumentos alternativos.
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