Na escola da minha infância, os relatos empolgados da coragem de Viriato contra os romanos, da epopeia dos Descobrimentos ou da bravura dos nossos soldados face aos exércitos castelhanos, incutiam nos jovens um enorme orgulho em serem portugueses. E assim gerações cresceram a acreditar que tinham tido a sorte de nascer num país de heróis. Confesso que este sentimento sempre me acompanhou, sobretudo nos anos que vivi no estrangeiro. Hoje, um dos sintomas mais graves é a perda desta identidade, provocada por uma crise nos pilares-base da sociedade entre os quais destaco a educação. O sistema educativo está desgovernado, as reformas sucedem-se e o corpo docente está desmotivado. Como é que este sistema pode transmitir um conjunto de valores aos mais novos? Como é que uma geração que assistiu aos seus professores insultarem a ministra da Educação pode respeitar as instituições do seu país, símbolo de uma identidade nacional?
Mas vamos ser realistas! Esta crise existe um pouco por todo o mundo. A falta de credibilidade nas instituições é um problema da maior parte dos países. Contudo, a Itália e a Espanha, por exemplo, conscientes da necessidade de desenvolverem um sentimento geral de confiança no país, têm levado a cabo campanhas de promoção interna realçando o que de melhor têm em casa. Nós atiçámos a ASAE contra as sardinhas e as bifanas...
A única coisa que ainda une os portugueses num sentimento de patriotismo geral é o futebol. Valha-nos o Europeu, triste consolação!
Mas vamos ser realistas! Esta crise existe um pouco por todo o mundo. A falta de credibilidade nas instituições é um problema da maior parte dos países. Contudo, a Itália e a Espanha, por exemplo, conscientes da necessidade de desenvolverem um sentimento geral de confiança no país, têm levado a cabo campanhas de promoção interna realçando o que de melhor têm em casa. Nós atiçámos a ASAE contra as sardinhas e as bifanas...
A única coisa que ainda une os portugueses num sentimento de patriotismo geral é o futebol. Valha-nos o Europeu, triste consolação!
Fátima Barros, Professora na Universidade Católica, em artigo de opinião no semanário Expresso, aqui.
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