Tratado de Lisboa e comportamento racional

Publicada por José Manuel Dias


No dia em que se vai conhecer a decisão dos irlandeses sobre o Tratado de Lisboa não deixa de ser curioso reflectir sobre os resultados de uma sondagem levada a efeito em ordem a conhecer as motivações dos eleitores para o "Sim" e para o "Não", ver aqui.
Só 8% dos eleitores afirma conhecer perfeitamente o Tratado. Dos que afirmam ir votar "Não" 30% dizem que «não sabem ou não compreendem o que estão a votar»! Faz sentido, a mudança causa sempre alguma apreensão. Se vencer o "Não" como algumas projecções indicam impõe-se a pergunta:
-E agora Europa?
Existe sempre uma saída, segundo alguns europeístas, " avançar com quem quiser ir para a frente". A Europa de mais de 500 milhões de habitantes não pode ficar refém da vontade de um país que não tem 1% da sua população. Assegurar melhores condições de eficiência na tomada de decisão e garantir algum avanço na integração política têm de ser preocupações cimeiras da União Europeia se quiser fazer face aos complexos desafios com que se confronta.

2 comentários:

  1. WOLKENGEDANKEN disse...

    Ola, obrigada pela visita.

    Aqui na Austria a questao do Tratado de Lisboa (que por certo nem o 99.9% dos juristas tem lido !) foi o pretexto para disolver o goberno delois de ano e meio. Vamos gastar uma fortuna para novas eleccoes e ficar no final com os mesmos partidos no poder. PACIENCIA !

  2. José Manuel Dias disse...

    Tenho de concordar com a leitura. A complexidade do Tratado não incentiva essa leitura. A ideia que está por detrás deve, no entanto, ser acarinhada. Só uma Europa mais unida pode contribuir para a melhoria da nossa vida de cidadãos europeus. Volta sempre.