No dia em que se vai conhecer a decisão dos irlandeses sobre o Tratado de Lisboa não deixa de ser curioso reflectir sobre os resultados de uma sondagem levada a efeito em ordem a conhecer as motivações dos eleitores para o "Sim" e para o "Não", ver aqui.
Só 8% dos eleitores afirma conhecer perfeitamente o Tratado. Dos que afirmam ir votar "Não" 30% dizem que «não sabem ou não compreendem o que estão a votar»! Faz sentido, a mudança causa sempre alguma apreensão. Se vencer o "Não" como algumas projecções indicam impõe-se a pergunta:
-E agora Europa?
Existe sempre uma saída, segundo alguns europeístas, " avançar com quem quiser ir para a frente". A Europa de mais de 500 milhões de habitantes não pode ficar refém da vontade de um país que não tem 1% da sua população. Assegurar melhores condições de eficiência na tomada de decisão e garantir algum avanço na integração política têm de ser preocupações cimeiras da União Europeia se quiser fazer face aos complexos desafios com que se confronta.
Ola, obrigada pela visita.
Aqui na Austria a questao do Tratado de Lisboa (que por certo nem o 99.9% dos juristas tem lido !) foi o pretexto para disolver o goberno delois de ano e meio. Vamos gastar uma fortuna para novas eleccoes e ficar no final com os mesmos partidos no poder. PACIENCIA !
Tenho de concordar com a leitura. A complexidade do Tratado não incentiva essa leitura. A ideia que está por detrás deve, no entanto, ser acarinhada. Só uma Europa mais unida pode contribuir para a melhoria da nossa vida de cidadãos europeus. Volta sempre.