O défice de qualificações vai continuar a ser um problema em Portugal ao longo da próxima década. Os mais de 6,7 milhões de trabalhadores pouco qualificados, em 2007, representavam 75,1% da população com mais de 15 anos. Um valor que deverá descer para 57,8% em 2020, mas que continuará a ser o mais elevado da Europa. São dados do Centro Europeu para o Desenvolvimento da Formação Profissional (Cedefop) que constam de um relatório ontem divulgado pela Comissão Europeia. A progressão dos restantes 24 países analisados será, em média, menos acentuada, mas incapaz de alterar a posição relativa de Portugal. A proporção da população com o ensino básico, que se situava nos 38,1%(2007) deverá descer para 29,3% (2020).
Fonte: Diário de Notícias, aqui.
Nos últimos anos tem sido feito um grande esforço em ordem a recuperarmos o nosso atraso no que concerne às qualificações. As Novas Oportunidades são bem um exemplo desse trabalho meritório. Importa, no entanto, prosseguir com empenho redobrado em ordem a grantirmos a convergência com os países mais desenvolvidos. A aprovação, nesta data, da proposta do Governo que contempla o "alargamento da escolaridade obrigatória de nove para 12 anos" e “a universalidade da educação pré-escolar para crianças a partir dos cinco anos” constitui um passo importante nesse caminho de melhorar as qualificações de portugueses. Um objectivo que merece um consenso alargado na sociedade e que todos os partidos subscreveram ao votarem favoravelmente a proposta do Governo.
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