Na semana passada avancei com uma explicação para a crise inteiramente diferente daquela que tem sido apresentada.Basicamente, disse o seguinte: o problema não foi o subprime, nem as fraudes, nem outras práticas menos ortodoxas. O problema é a globalização. A questão é que o capitalismo deixou de ser ‘regional’ para ser ‘global’. Um modelo que vigorava apenas na Europa Ocidental e na América (com uma ‘extensão’ ao Japão) em meia dúzia de anos passou a vigorar praticamente em todo o Globo.
Para isto foi decisiva a transição da Rússia e da China do sistema comunista para a economia de mercado. A crise que estamos a viver é comparável a um terramoto.[.../...]
A competição, ao tornar-se global, torna-se mais assanhada, a luta é mais dura.
Quem pense que isto ainda pode voltar para trás, desiluda-se.
Esta crise não vai ser ‘superada’, a ‘retoma’ não vai chegar, pela simples razão de que estes ajustes no capitalismo eram inevitáveis e necessários – e por isso vieram para ficar.
Ao dar o salto de um sistema regional, geograficamente localizado, para um sistema global, o capitalismo necessitou de fazer acertos – e são deles que estamos a sofrer as consequências, até se atingir um novo equilíbrio.
Fonte: Semanário Sol, artigo de opinião de José António Saraiva, a ler na íntegra aqui.
Para isto foi decisiva a transição da Rússia e da China do sistema comunista para a economia de mercado. A crise que estamos a viver é comparável a um terramoto.[.../...]
A competição, ao tornar-se global, torna-se mais assanhada, a luta é mais dura.
Quem pense que isto ainda pode voltar para trás, desiluda-se.
Esta crise não vai ser ‘superada’, a ‘retoma’ não vai chegar, pela simples razão de que estes ajustes no capitalismo eram inevitáveis e necessários – e por isso vieram para ficar.
Ao dar o salto de um sistema regional, geograficamente localizado, para um sistema global, o capitalismo necessitou de fazer acertos – e são deles que estamos a sofrer as consequências, até se atingir um novo equilíbrio.
Fonte: Semanário Sol, artigo de opinião de José António Saraiva, a ler na íntegra aqui.
Podemos não concordar com a análise efectuada por JAS mas os factos parecem dar-lhe razão. Neste novo mundo, de capitalismo global, só há duas alternativas: ou somos competitivos e conseguimos sobreviver ou somos engolidos. Ou, como costumo dizer, "o futuro é dos melhores e os muito bons são melhores que os bons". Para sermos competitivos,temos de passar a viver pior. O tempo das vacas gordas acabou.
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