Primeiro emprego ou primeira empresa?

Publicada por José Manuel Dias


O Instituto Nacional de Estatística (INE) publicou os primeiros resultados sobre o empreendedorismo em Portugal para 2004-2007, com indicadores sobre a demografia das empresas que permitem caracterizar o dinamismo da economia portuguesa. Segundo os dados do INE, em 2007, existiam 1,1 milhões de empresas não financeiras com 3,8 milhões de pessoas ao serviço e um volume de negócios de cerca de 354,3 mil milhões de euros. Mais de 68 por cento do sector empresarial era composto por empresas individuais. Mas, as sociedades, embora tenham um peso de apenas 31,8 por cento no total de empresas, empregavam 77,2 por cento dos trabalhadores e representavam 94,1 por cento do volume de negócios gerado pela área não financeira, em 2007. A taxa de natalidade atingiu 15,2 por cento, com a criação de 167.473 novas empresas.
O INE realça que "cerca de 30 por cento dos nascimentos não sobrevive no final do primeiro ano". Do primeiro para o segundo ano, "a taxa de sobrevivência do total de empresas decresce consideravelmente (19 pontos percentuais)" e do segundo para o terceiro ano, a descida é de 6,7 pontos, acrescenta o INE.
Fonte: Diário de Notícias, aqui.
Os dados são esclarecedores: mais de 68% do universo empresarial é constituído por empresas individuais. São cada vez mais os portugueses que procuram concretizar os seus projectos profissionais por via da constituição de empresas. Eles sabem que na próxima década não vai faltar trabalho mas não vai haver empregos. Daí que decidam criar a sua empresa, assumindo os riscos do próprio negócio e retirando da experiência, ainda que menos bem sucedida, os necessários ensinamentos. Um empreendedorismo que deve ser incentivado. Para bem deles e de todos nós.

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