"Os trabalhadores da Autoreuropa são, seguramente, no seu conjunto, a entidade que melhor conhece a realidade da Autoeuropa e que melhor capta os sinais quanto ao futuro da empresa e, portanto, a sua posição não é uma posição do acaso".
Carvalho da Silva, secretário geral da Intersindical, aqui.
O Doutor Carvalho da Silva parece esquecer-se que a Autoeuropa é uma empresa privada, inserida num sector em crise, onde a capacidade instalada é muito superior às actuais necessidades de produção e que o grupo a que pertence pode ter benefícios globais em proceder ao encerramento desta unidade. O Secretário Geral da Intersindical diz que os salários representam "apenas cinco por cento" nos custos de produção. Esquece-se que a empresa tem custos fixos e variáveis e que estes devem ser considerados variáveis, ajustáveis, portanto, em função do volume de actividade. Se tivesse lido este post, teria dado valor à importância dos custos unitários de produção e aos riscos de se negligenciarem os pequenos valores. Carvalho da Silva parece enfermar dos defeitos da maioria dos trabalhadores da Autoeuropa "confundindo propostas de maior flexibilidade laboral com perda de direitos adquiridos”.
Se a Autoeuropa fechar sempre queremos ouvir as explicações de Manuel Carvalho da Silva à questão dos trabalhadores: " E agora, Manuel?!".
Caro José Manuel Dias,
Deixei no A Nossa Candeia um post que é, também, para ti.
Ana Paula Fitas