Hipercluster do mar

Publicada por José Manuel Dias


Com a capacidade comunicativa, a determinação e o empenho característicos de Ernâni Lopes, foram focados alguns aspectos da nossa economia e efectuadas algumas antevisões que, pelo seu carácter inovador e pela pertinência da sua aplicação, devem merecer uma atenção redobrada da nossa parte, razão pela qual gostaria de partilhá-las com os meus estimados leitores.
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lógica do “hipercluster” da Economia do Mar assenta, segundo Ernâni Lopes, em dois conceitos: o “software” e o núcleo duro de “hardware”.
No “software” estão incluídos a estratégia económica, o quadro político e a geopolítica de Portugal, a investigação científica, a engenharia e projectos e o quadro jurídico dos oceanos, para além da investigação e desenvolvimento associados aos sistemas de navegação, electrónica, sinalização e posicionamento, a engenharia naval e a formação.
No núcleo duro de “hardware”, temos o transporte marítimo, a frota pesqueira e os armadores, a aquacultura, as embarcações de recreio, os estaleiros de construção e reparação naval, os portos e ligação terrestre multimodal e a Marinha. Como áreas complementares, figuram o turismo, as indústrias extractivas (incluindo o petróleo), os produtos químico-farmacêuticos, a energia dinâmica e térmica, a protecção do ambiente e conservação da natureza, a banca e seguros e, por fim, as áreas de registos, inspecções, peritagens e consultoria. O enquadramento cultural resulta da nossa história marítima, da dimensão sócio-cultural, do próprio apelo psicológico do mar e das artes e das letras.
Pré-figuram-se, ainda, sectores derivados, como o sistema terrestre de transportes, as indústrias transformadoras, o desenvolvimento económico e social regional, o comércio, ou seja, a lógica da economia da circulação de pessoas e mercadorias.
Pedro Vaz Serra, em artigo de opinião, no Jornal de Negócios, aqui.

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