Quantidade versus qualidade

Publicada por José Manuel Dias


As vendas de vinho de Porto amentaram 2,1% para 404 milhões de euros de 2007, valor inferior aos 411 milhões de euros registados em 2003. O crescimento deve-se essencialmente aos vinhos mais caros, nomeadamente à categoria Vintage. Os produtores são categóricos: os problemas do Douro têm uma resposta – qualidade. Um pequeno grupo de famílias com forte tradição no universo vitícola como os Symington, originários da Escócia e ligados ao comércio de vinho há 13 gerações, optou por engarrafar vinho mais caro para alargar as suas vantagens competitivas. A Symington Family Estates tem 67 hectares de vinha e é uma das principais produtoras da região. O Quinta do Noval Vintage 2004, por exemplo, é vendido a 104,35 euros no retalhista português Wine O’Clock. As vinhas do Douro obedecem a um sistema de classificação que assenta em critérios como o tipo de solo. As uvas vendidas para a produção de vinho do Porto podem custar sete vezes mais que as uvas destinadas ao vinho de mesa, realça Charles Symington, director de produção da marca homónima que abastece regularmente a família real inglesa – como foi o caso no banquete que a Rainha ofereceu a Nicolas Sarkozy. “O futuro pertence aos produtores que souberem apostar na competência”, sublinha Adrian Bridge, administrador-delegado do grupo The Fladgate Partnership, já com 300 anos de história. E acrescenta: "há excesso de produção mas a qualidade escasseia".
Fonte: Diário Económico, aqui.
Um artigo excelente que põe a nu uma das maiores dificuldades da gestão. Não basta produzir, importa garantir a venda a preço interessante. O que é preciso fazer? Pensar estrategicamente! Definir um adequado posicionamento competitivo, tendo em conta o ambiente externo e a nossa realidade.

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