O aumento dos spreads, das garantias exigidas e a diminuição do rácio entre o valor do empréstimo e o valor da garantia foram as formas usadas para restringir a cedência dos empréstimos. A implementação de medidas restritivas baseia-se “na deterioração das expectativas quanto à actividade económica” e na maior probabilidade de os consumidores não conseguirem pagar a dívida. As perspectivas pessimistas para o mercado de habitação e a fraca confiança dos consumidores influenciaram de forma negativa, de acordo com os bancos inquiridos, a procura de crédito para a compra de casa.
Também a concessão de empréstimos ou linhas de crédito a empresas foi restringida com a aplicação de spreads mais elevados, no segundo trimestre deste ano. Mas a procura destas formas financiamento não se alterou “significativamente”, tendo apenas uma instituição referido “uma ligeira diminuição da procura" nos últimos três meses, lê-se nos resultados do inquérito divulgados pelo Banco Central Europeu. As mudanças na concessão de empréstimos devem-se “a uma avaliação bastante mais cautelosa do risco de crédito a nível mundial”, quando os EUA vivem uma crise de crédito hipotecário de alto risco e os mercados financeiros permanecem num período de turbulência.
Fonte: Jornal Público, aqui.
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