Já soma 200 milhões (*)

Publicada por José Manuel Dias


O sector imobiliário é aquele que mais nomes tem na lista de devedores ao Fisco, publicitada pelo Ministério das Finanças. São cerca de 400 contribuintes em 13000. E o número tem vindo a crescer desde há cerca de dois anos. Segundo uma nota divulgada ontem, a DGCI acrescentou mais 800 nomes.
A divulgação dos nomes dos contribuintes faltosos gerou, segundo a nota oficial, o pagamento de 500 milhões de euros, dos quais 200 milhões desde Janeiro de 2008. Mas o Ministério das Finanças não divulga qual o montante global em dívida. Da lista agora divulgada fazem parte:
- O imobiliário, com mais de 400 contribuintes, distribuídos pelos subsectores da construção, dos materiais de construção e da mediação imobiliária; o comércio por grosso e a retalho, com mais de 250 devedores publicitados; a área dos transportes, com mais de 70 empresas; o sector da hotelaria, com mais de 50 empresas representadas; algumas dezenas de devedores que exercem actividades desportivas,nomeadamente clubes de futebol (Salgueiros e Boavista como devendo cada um deles mais de um milhão de euros, e o Futebol Clube da Maia, entre 500 mil a um milhão de euros); mais de uma centena de profissionais de consultadoria fiscal e contabilidade, designadamente técnicos oficiais de contas; várias dezenas de comissionistas; várias dezenas de advogados; várias dezenas de médicos; quase uma vintena economistas.
Fonte: Jornal Público, aqui.
(*) o valor das cobranças fiscais conseguido este ano junto dos contribuintes constantes da lista do Fisco. Depois da última inclusão - cerca de 800 - já são 13.000 os devedores relapsos. Uma boa base de informação, ver aqui, para quem tem de decidir crédito. Quem não honra as suas obrigações para com o Estado, não o fará, por certo, com terceiros ou, dito de outro modo, como diz o ditado popular, quem faz um cesto, faz um cento.

1 comentários:

  1. Lúcia disse...

    Essa lista mostra, acima de tudo, as fragilidades do sistema, sendo que alguns conseguem não pagar impostos, durante anos, sem grandes repercursões nas suas vidas.
    Bjos