Recentemente, o sistema multibanco foi considerado o mais funcional da Europa, num estudo elaborado pela Associação de Pagamentos do Reino Unido, que comparou os ATM da Europa, com dados de 2006. “Os portugueses são os líderes no número de funcionalidades disponíveis no sistema bancário de pagamentos, das quais se destacam o pagamento de serviços, carregamento de telemóveis, compra de passes para transportes públicos, transferências, consultas e operações que totalizam as sessenta.
Portugal está também à frente dos países europeus no que toca ao número de caixas automáticas multibanco por pessoa”.Durante vários anos, fomos testemunhas desta diferença. Quando íamos ao estrangeiro e corríamos de máquina em máquina à procura daquela que aceitava o nosso cartão, experimentávamos, como consumidores, as vantagens da cooperação interbancária, muito em especial pela sua universalidade e cobertura.Contudo, a nossa tradicional vocação para esconder o que fazemos bem e com sucesso, e mais ainda para duvidar do que fazemos melhor do que os outros países com que nos podemos comparar, faz com que este e outros casos semelhantes nunca sejam tão elogiados publicamente como seria de esperar. Ou são atirados para o domínio da normalidade (não fazem mais do que a sua obrigação!); ou da relativa desconfiança (humm, não devem ser tão bons assim!); para já não falar na velha inveja (talvez, mas não vão durar muito nessa posição!). É pena que assim seja. De facto, é no destaque deste tipo de iniciativas que deveria assentar um optimismo responsável. Um optimismo que mostra que com esforço, trabalho, rigor e gestão competente os bons resultados e a diferença estão ao nosso alcance.
Maria Manuel Leitão Marques, no Jornal de Negócios, aqui.
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