Pagar pelos erros dos outros...

Publicada por José Manuel Dias


De facto, um problema que se tinha tornado claro na economia americana era a sua dependência do consumo privado. Agora percebe-se também que este não assentava no desafogo das famílias, mas apenas no acesso ao crédito fácil, financiado pela poupança externa. A descida vertiginosa das taxas de juro pela Fed pretende obviar aos resultados catastróficos da subida do custo do crédito para as famílias americanas médias. Além disso, na medida em que precipita a queda do dólar, ajuda a exportar a crise. Este não é, porém, o comportamento que permite sustentar uma potência dominante. Não admira, por isso, que, depois de tantas referências à pax romana que se teria instaurado após o colapso da União Soviética, comecemos agora a ver surgir as que recordam a queda do império romano.
Subsistem, contudo, bons motivos de esperança quanto à capacidade dos Estados Unidos para superar mais esta crise. O principal reside no facto de que, mesmo a nível jornalístico, para já não falar no profissional e no académico, é de lá que continuam a vir as análises críticas mais penetrantes em que as soluções terão de assentar.
Artigo de opinião de Teodora Cardoso, no Jornal de Negócios, ver na íntegra aqui.

GNR - Dunas

Publicada por José Manuel Dias

Running the Numbers

Publicada por José Manuel Dias


A colecção “Running the Numbers”, do fotógrafo Chris Jordan marca o início de um conjunto de eventos promovidos pelo “National Geographic Channel” , para celebrar o Dia Mundial da Terra, a 22 de Abril. A exposição vai estar no Pavilhão do Conhecimento até ao dia 30 de Abril. É caso para dizer que os números falam por si, ou melhor, através da fotografia. A exposição do activista cultural e fotógrafo Chris Jordan foca a cultura contemporânea através da estatística e da observação materialista do mundo. Cada imagem representa uma quantidade específica de uma determinada matéria, como por exemplo a fotografia que mostra 15 milhões de folhas de escritório equivalentes à quantidade de papel utilizado nos EUA a cada cinco minutos.
[...]
Chris Jordan, natural de Seattle, ficou conhecido pelo tema dos seus trabalhos, a deterioração da cultura de massa americana. O fotógrafo tem merecido a atenção internacional, tendo já sido exibido em mais de cinquenta exposições individuais e de grupo nos EUA, Europa, Ásia e América do Sul.
Fonte: Público desta data, ver aqui.
Vale a pena ir visitar a Exposição a avaliar pelo aperitivo. Espreitar aqui.

Portugal vai crescer acima da média europeia (*)

Publicada por José Manuel Dias


A Comissão Europeia reviu hoje em baixa as previsões de crescimento para a economia portuguesa em 2008, antecipando uma expansão do PIB em 1,7%, igual à nova previsão para 2008. A economia portuguesa deverá voltar a abrandar em 2009, mas já deverá crescer acima da Zona Euro.
Fonte Jornal de Negócios desta data, notícia completa aqui.
(*) já no próximo ano

A ilusão de um país de ricos

Publicada por José Manuel Dias


É o recurso aos bancos que permite criar a ilusão de que Portugal é um País rico, quem o diz é Armando Esteves Pereira, no correio da manhã desta data. E explica-nos o porquê do título: "Em cada mês que passa ovolumedocrédito mal parado aumenta. Oficialmente os números ainda não provocam pânico junto das instituições bancárias e representam apenas 1,8 por cento dos créditos concedidos. Mas se em vez de percentagens analisarmos os euros envolvidos, a dimensão é preocupante. 2,39 mil milhões de euros é o montante de empréstimos em incumprimento junto da Banca portuguesa. Mais de metade (1,31 mil milhões de euros) é do crédito à habitação. Não se compara com os números da crise do subprime nos EUA, mas com estes números verifica-se que já há milhares de famílias portuguesas que não conseguem honrar os seus compromissos com a Banca e arriscam-se a ver a sua casa penhorada para pagar as dívidas". Desenvolvendo a sua explicação focaliza-se depois no crédito ao consumo: " A percentagem do crédito mal parado para o consumo e outros fins é substancialmente mais elevada e por isso as taxas de juro também pagam um prémio de risco. Dos 13,9 mil milhões de euros para o consumo, 569 milhões estão em incumprimento, enquanto dos 12,9 mil milhões para outros fins, 505 milhões são de cobrança duvidosa. Os números também retratam uma realidade portuguesa que é nova em termos sociológicos. Só na década de 90, especialmente a partir da segunda metade, quando a convergência para o euro baixou as taxas de juro, é que o endividamento português disparou. E mesmo com a anemia macroeconómica, os portugueses continuaram a comprar casa, carro, a ir de férias, a comprar plasmas, tudo a crédito. É o recurso aos bancos que permite criar a ilusão de que Portugal é um País rico. O problema é que os portugueses já consomem ao nível dos ricos, mas os padrões produtivos ainda não acompanham esta ilusão".
Um explicação simples mas verdadeira das nossas actuais dificuldades: continuamos a trabalhar como os marroquinos mas a querer gastar como os alemães. Quem utiliza o crédito sabe que os bancos cumprem o seu papel: emprestam e procuram cobrar, se necessário com recurso à via contenciosa.

Alicia Keys - If I Got You

Publicada por José Manuel Dias

250 Milhões

Publicada por José Manuel Dias


250 milhões de europeus utilizam regularmente a Internet, de acordo com o relatório de progresso da Comissão Europeia relativo às TIC.
Mais de metade dos europeus são neste momento utilizadores regulares da Internet e 80% destes dispõem de ligações em banda larga. 60% dos serviços públicos na União Europeia estão totalmente disponíveis em linha. Dois terços das escolas e metade dos médicos utilizam ligações rápidas à Internet graças ao forte crescimento da banda larga na Europa.
[...]
Em 2007, a Internet atraiu quase 40 milhões de novos utilizadores regulares na União Europeia (neste momento, são 250 milhões no total). Nos últimos cinco anos, as TIC tiveram um grande impacto nos serviços públicos, especialmente ao trazerem para o universo em linha a educação e a saúde: mais de 96% das escolas europeias encontram-se ligadas à Internet, dois terços delas em banda larga, uma subida notável em relação a 2001, quando o número de escolas nessa situação era praticamente nulo. No sector da saúde, 57% dos médicos enviam ou recebem agora dados dos pacientes (17% em 2002) e 46% recebem os resultados dos laboratórios por via electrónica (11% em 2002). 77% das empresas da União Europeia dispunham de uma ligação em banda larga em 2007 (62% em 2005) e 77% utilizam a Internet para tratar de assuntos bancários (70% em 2005).
Fonte: Press release da UE, aqui.

25 de Abril

Publicada por José Manuel Dias


Não há definição que resuma um país. Nem estatística que valha a verdade de um povo. Portugal mudou muito nas últimas quatro décadas. Muitíssimo. Mais do que em qualquer outro período da história anterior. Portugal conheceu ritmos de mudança excepcionalmente acelerados. E a profundidade dessa mudança foi igualmente extraordinária.
António Barreto, in Em tempo de Incerteza, Relógio d' Água Editores, 2002

Na imagem, 25 de Abril, de Vieira da Silva

Traz Outro Amigo Também - José Afonso

Publicada por José Manuel Dias



Falar em Abril, é falar em José Afonso. José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos de seu nome completo nasceu em Aveiro em 2 de Agosto de 1929. A sua vida e obra merecem ser conhecidas por todos. Este vídeo tem um significado especial para muitas gerações...

Menos desemprego

Publicada por José Manuel Dias


O número de desempregados inscritos nos centros de emprego continua a descer. Em Março, havia menos 50,3 mil pessoas à procura de trabalho, face ao mesmo mês de 2007. Isto representa uma quebra de 11,4%, para um total de 391 mil candidatos a um posto de trabalho, revelou ontem o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).
[...]
Uma análise mais detalhada aos números do IEFP permitem constatar que são as mulheres as mais penalizadas e, pior ainda, é no sexo feminino que o desemprego menos diminuiu (-9,3% face a uma quebra de 14,4% nos homens). Todos os níveis de habilitação escolar registavam menos desempregados do que em Março de 2007 e Fevereiro deste ano. Os decréscimos anuais mais significativos verificaram-se no 2º e 1º ciclos do ensino básico (-16,5% e -14,6%, respectivamente).Em relação às profissões, há cinco grupos que representam mais de metade nos inscritos dos centros de emprego. São eles os "trabalhadores não qualificados dos serviços e comércio", "pessoal dos serviços de protecção e segurança", dos "empregados de escritório", "trabalhadores não qualificados das minas, construção civil e indústrias transformadoras" e "manequins, vendedores e demonstradores".
Fonte: Diário de Notícias desta data, aqui.

Rui Veloso e Mariza - Não queiras saber de mim

Publicada por José Manuel Dias




Uma combinação perfeita. Para ouvir e voltar a ouvir...

A Universidade e o futuro

Publicada por José Manuel Dias


Quando olhamos para os "rankings" globais sobre a competitividade das Universidades já nem estranhamos o domínio total das escolas americanas. Independentemente dos critérios que se utilizem, as Universidades americanas estão no topo. À excepção de uma ou outra Universidade inglesa, o continente europeu parece estar confinado a um patamar inferior. E, no entanto, o ensino superior europeu 'alimenta', com aparente sucesso, uma das economias globais mais fortes, competitivas e inovadoras: a União Europeia. Como explicar tal paradoxo?
João Picoito, Professor catedrático convidado, Universidade de Aveiro, na coluna de opinião Inovar é Preciso
Quer saber a resposta? Clicar
aqui.
Quer conhecer as as Universidades Americanas? É só escolher: Alabama (14) Alaska (7) Arizona (13) Arkansas (20) Califórnia (135) Carolina do Norte (53) Carolina do Sul (31) Colorado (25) Connecticut (25) Delaware (5) Distrito de Colúmbia (12) Flórida (44) Geórgia (48) Havaí (8) Idaho (7) Illinois (74) Indiana (45) Iowa (32) Kansas (23) Kentucky (25) Louisiana (22) Maine (19) Maryland (31) Massachusetts (71) Michigan (50) Minnesota (38) Mississipi (17) Missouri (47) Montana (9) Nebraska (22) Nevada (3) New Hampshire (15) New Jersey (29) Novo México (10) New York (134) Dakota do Norte (11) Ohio (75) Oklahoma (22) Oregon (27) Pensilvânia (105) Rhode Island (9) Dakota do Sul (13) Tennessee (45) Texas (81) Utah (9) Vermont (17) Virgínia (44) Washington (23) West Virginia (19) Wisconsin (35) Wyoming (2) .

A lista

Publicada por José Manuel Dias


A lista de devedores do Fisco publicitada na Internet foi actualizada, tendo sido adicionados mais 1.145 contribuintes, anuncia a Direcção-geral de Contribuições (DGCI). No total constam actualmente da lista 9.121 devedores.
O valor mínimo dos escalões também sofreu alterações, passando de 10.000 euros para 7.500 euros para pessoas singulares e de 20.000 euros para 10.000 euros para as pessoas colectivas. Esta alteração implica que mais 15 mil contribuintes devedores deveriam ser incluídos na lista e, por isso, estão já a ser avisados por e-mail de que se vai iniciar esse procedimento, com recomendação para regularizarem a situação devedora.
A lista de devedores está disponível desde Junho de 2006, no site da DGCI, aqui.
A publicitação da lista de devedores tem sido um «importante instrumento de indução ao pagamento das dívidas», tendo já sido cobrados aos devedores englobados no procedimento de publicitação, cerca de 375 milhões de euros, sendo que 75 milhões foram cobrados desde Janeiro de 2008.
Pagar impostos é um dever, como bem lembra José Casalta Nabais na sua tese de doutoramento: "Num contexto de euforia na afirmação dos direitos do indivíduo e de relativo esquecimento dos deveres comunitários, impõe-se o apelo ao estatuto constitucional do indivíduo. Com efeito, apresentando-se este como um ser simultaneamente livre e responsável, como uma pessoa, o seu estatuto convoca tanto os direitos como os deveres fundamentais. "
Como alguns contribuintes se esquecem de forma recorrente do seu dever, precisam que alguém os relembre do velho adágio do escritor e cientista americano, Benjamin Franklin, de que «nada é mais certo neste mundo do que a morte e os impostos».

O exemplo da Finlândia

Publicada por José Manuel Dias


As habilidades dos adolescentes finlandeses em matemática, ciências e leitura são classificadas como as melhores entre os 40 países associados, no mais recente estudo PISA da OCDE sobre crianças em idade escolar do mundo inteiro.
[...]
O sucesso dos alunos finlandeses é explicado por uma série de factores. A sensação de segurança e motivação das crianças de tenra idade aumenta pelo facto de que elas são ensinadas por um único professor e de que não se utilizam notas para a avaliação. As relações entre professores e alunos são naturais e cordiais nas escolas finlandesas. Presta-se uma atenção especial à criação de um ambiente escolar agradável e estimulante.
[...]
O corpo docente das escolas finlandesas é altamente instruído. As qualificações para todos os níveis escolares exigem um grau universitário ao nível de mestrado, inclusive extensos estudos pedagógicos e qualificações em matérias específicas.
O alto nível educacional dos professores permite-lhes planificar e seleccionar as metodologias de trabalho de forma independente. O sistema escolar finlandês baseia-se numa cultura de confiança, não de controlo, e os professores desempenham um papel activo no desenvolvimento das suas actividades laborais. Com o seu próprio trabalho, estabelecem um exemplo de aprendizagem permanente.
Mais informação, da responsabilidade da Embaixada da Finlândia, aqui.
A Finlândia tem um sistema educativo de excelência. Valerá pena perceber porquê...

Bob Dylan - Forever Young (live)

Publicada por José Manuel Dias

O músico norte-americano Bob Dylan edita em Outubro um livro infantil intitulado «Forever Young», cuja história parte de uma canção que data de 1974, conforme informação da Agência Financeira, ver aqui.

Vamos ter mais médicos...

Publicada por José Manuel Dias


O ministro do Ensino Superior, Mariano Gago, garantiu ontem que o número de vagas em medicina vai aumentar. O anúncio foi feito durante uma conferência que decorreu em Serralves, no Porto.
O ministro defendeu que "o número de pessoas que estuda na área deve aumentar ", argumentando ainda que há "centenas de alunos portugueses que vão para o estrangeiro estudar medicina, porque não são colocados em Portugal". Mariano Gago disse ainda que não coloca de parte o estabelecimento de acordos com universidades estrangeiras para a formação de alunos em medicina, "se essa for a única solução". Mas referiu peremptoriamente que "o número de vagas em medicina vai aumentar".
Notícia no Jornal de Negócios,
aqui.
Uma medida que se aplaude. A quem tem aproveitado a excessiva restrição no acesso aos cursos de Medicina? A resposta a esta questão explica a "razão dos constrangimentos" sentidos por muitos estudantes que com médias do Secundário a rondar os 19 são obrigados a emigrar para dar continuidade sos seus estudos.

Supertramp Breakfast in America

Publicada por José Manuel Dias

Competitividade

Publicada por José Manuel Dias


A construção da competitividade das empresas (e da economia) é mais do que uma consequência do “Inglês nas escolas”, do “Simplex”, das “Empresas na Hora”, da “Internet nas escolas”, da “disseminação das novas tecnologias”, das “comunicações de alto débito” ou do “Plano Tecnológico”. Embora necessários, estes factores não são suficientes.
Os fundamentos da competitividade empresarial assentam nas características culturais da sociedade e no modo como estas se transmitem, isto é, na capacidade do sistema da sua reprodução em, constantemente, adaptar o “conteúdo transmitido” à evolução do meio envolvente.
A competitividade, na essência, de um problema de “atitude”. Exige capacidade para comparar, constantemente, o “realizado” com o “pretendido” e para receber e interpretar, permanentemente, informação do que está a “acontecer lá fora”. Por outras palavras, trata-se de “olhar para fora” e ser “olhado de fora”.
Rui A. S. Neves, Autoavaliação e competitividade. no Jornal de Negócios, aqui.

Roberta Flack - Killing Me Softly with his song

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Portal do Cliente Bancário

Publicada por José Manuel Dias


O Portal do Cliente Bancário foi apresentado pelo Banco de Portugal como um canal privilegiado de comunicação que tem como missão informar os consumidores acerca da contratação de produtos ou aquisição de serviços junto das instituições de crédito e sociedades financeiras. Apresenta ainda a legislação relativa à oferta de produtos e serviços bancários, um glossário de termos financeiros e um conjunto de respostas a perguntas frequentes. De utilidade inquestionável para todos os utilizadores de produtos financeiros. Para entrar no portal do Cliente bancário, clicar aqui.

Quando de gasta mais do que se produz...

Publicada por José Manuel Dias


Os dinheiros em dívida e os compromissos do País no estrangeiro já ultrapassam os 148,7 mil milhões de euros, o equivalente a criação de riqueza em 11 meses de árduo trabalho dos portugueses (91,3% do PIB). Deste montante, as dívidas (compromissos) da banca portuguesa no estrangeiro já atingem os 91,6 mil milhões de euros, 56% da riqueza do País. Este é o resultado de contratações de empréstimos para compra de casas próprias e de bens de consumo, como carros e electrodomésticos, resultante da queda das taxas de juro na última década. Esta exposição dos banqueiros nacionais aos seus homólogos internacionais só é possível porque os portugueses estão a consumir mais do que produzem. Ou, por outro lado, as poupanças (resultantes dos salários e rendimentos) são insuficientes para satisfazer os apetites pelos créditos .
[...]
Os banqueiros portugueses - temendo um aumento de custos das poupanças externas - já estão a mudar de estratégia. Apostam agora na captação de depósitos de clientes nacionais. Contraíram margens e estão a oferecer aos clientes melhores remunerações pelos depósitos a prazo.
Ler artigo completo, no DN, de hoje.

Portfolio: uma ferramenta pedagógica

Publicada por José Manuel Dias


A pedido algumas pessoas aqui ficam algumas referências sobre os modelos de organização dos Porfólios dos professores. Mas o que é um portefólio do professor? É, no dizer de João Grilo, uma colecção criteriosamente organizada de materiais e recursos produzidos pelo professor que sejam representativos:do seu trabalho; do seu estatuto profissional; da sua competência pedagógica; do seu conhecimento dos conteúdos que lecciona; de outros atributos pessoais e profissionais que contribuem para o tornar um professor único.
E o que é que, no seu entender, transforma um conjunto de artefactos num portfolio? Reflexividade (para conhecer, actuar, mudar, melhorar); Implicação pessoal (o portefólio leva uma pessoa dentro); Continuidade (construído e reconstruído ao longo do tempo, “longa carta” que o professor envia a si próprio); Partilha (colegas, alunos, outros). Aqui ficam alguns modelos sobre métodos de organização desta importante ferramenta:
De Margarido Moreira, clicar aqui.
De Fátima André, clicar aqui.
No título deste post figura a palavra Portfolio, um anglicanismo, quem preferir um galicismo poderá usar Portefólio.

Estratégias...

Publicada por José Manuel Dias


O crescimento económico é um objectivo comummente assumido quer pelo Governo, quer pelos parceiros sociais, quer pelas empresas. A fixação de um objectivo deve implicar a definição de uma estratégia adequada. Mas o que vemos por aí? Uma aposta nos baixos custos. Ora, a nosso ver, o futuro não pode ser o preço. Preço implica volume, volume não se ajusta a um país pequeno como o nosso.
Daniel Bessa, economista e professor universitário, apresenta-nos a sua receita "O futuro da economia portuguesa passa pelas Pequenas e Médias Empresas (PME) viradas para os mercadores exteriores, bem como por empresas de menor dimensão com pequenos negócios surgidos a partir das universidades na área das tecnologias e na aposta em marcas".
Ler o artigo completo do DN, de ontem, aqui.



Os jovens que paguem a crise?

Publicada por José Manuel Dias


Ouvimos sábado passado o ministro do Trabalho dizer que a legislação laboral portuguesa “é a mais rígida dos estados membros da OCDE, de acordo com esta organização”. Uma afirmação surpreendente, se nos lembrarmos que, no início da legislatura, ouvimos este mesmo Governo e indirectamente o Banco de Portugal dizerem que a OCDE avaliava mal a legislação portuguesa, que era até fácil despedir em Portugal, que as empresas estrangeiras o faziam com facilidade usando o mecanismo do despedimento colectivo.
[...]
Fica finalmente a explicação: “(...)A actual legislação do mercado de trabalho induz uma ineficiente, porque excessiva, rotação de uma parte significativa dos trabalhadores”. E o alerta: Esta “polarização” tem efeitos negativos na educação e formação por iniciativa das empresas e dos trabalhadores. E, como a rotação ditada pelos contratos sem termo afecta fundamentalmente os mais jovens, os efeitos da lei laboral na educação são ainda mais graves.
[...]
Um país não pode permitir que a camada mais jovem da sua população pague a crise. Mas onde está a causa? Na legislação laboral ou no fraco crescimento? O fraco crescimento pode em parte dever-se à rigidez laboral. A lei laboral podia ser um pouco mais flexível. Mas não vale a pena termos ilusões. A lei laboral, só por si, não resolverá o problema da falta de emprego.

O Cogir faz anos

Publicada por José Manuel Dias


Faz hoje dois anos que foi publicado o primeiro texto no Cogir. 547 posts depois, lidos cerca de 2.000 comentários, com mais de 39.000 visitas, a caminho de 75.000 páginas vistas e estamos aqui. Não é seguramente dos blogues mais lidos cá da terra mas tem um público alvo bem definido. Os que nos visitam sabem porque o fazem. São eles que justificam este espaço, que interagindo connosco reforçam a motivação para irmos mais longe. Obrigado pela vossa vossa companhia. Convido-vos a partilhar com o Cogir uma música adequada ao momento.

O acordo do entendimento (*)

Publicada por José Manuel Dias


Desde há muito tempo que se tinha tornado inevitável um acordo político acerca desta matéria que havia de ser concretizado através de uma negociação e materializado num protocolo técnico.É o ABC da política. O resultado final está longe de ser uma derrota para o governo ou uma vitória para os sindicatos, ou vice-versa. É simplesmente mais uma fase de um processo em que as partes, negociando ao mais alto nível, chegaram a um acordo.
Vale a pena comparar a totalidade do texto com um outro, também disponível no mesmo site, Proposta do Ministério da Educação apresentada à Plataforma Sindical dos Professores, datado de ontem, e que foi o documento que serviu de base à tal maratona negocial.
Convém que nos apercebamos de que a manipulação das notícias é selvática e vergonhosa. A única diferença entre um documento e outro, para além da modificação das posições de alguns pontos e da ligeira diferença de palavreado, é a alínea e) do ponto1, em que se diz que a classificação dos professores avaliados na época de 2007/208 será baseada apenas nos pontos obrigatórios mínimos, especificados na alínea b), que têm uma redacção diferente do documento do ministério, mas que querem dizer praticamente a mesma coisa.
Ainda bem que há internet e que os cidadãos podem ajuizar por si e pensar por eles próprios.
Entretanto, Fenprof admite não assinar o entendimento com o governo, se não for essa a vontade da maioria. Quer dizer: parece que os problemas da "democracia representativa" não tocam só o poder político propriamente dito. Também tocam os "representantes dos trabalhadores" que se guiam por uma agenda político-partidária, e por umas contas de merceeiro acerca de ganhos e perdas, em vez de pensarem no futuro dos seus representados.
O Marcelo Caetano, lembram-se?, também pensava que, desse no que desse, o regime havia de aguentar. Mas não aguentou. Alguns, hoje em dia, parecem pensar que este regime também há-de aguentar todas as malfeitorias. Mas isso não é certo. Todos os regimes políticos podem morrer. Principalmente se os seus agentes forem deste calibre de responsabilidade.
(*) ... ou será melhor chamar-lhe o entendimento do acordo? Os problemas das escolas dizem respeito a todos nós, não são exclusivos dos professores, como alguns podem pensar.

O Paradoxo de Monty Hall

Publicada por José Manuel Dias


A versão online deste jogo ajuda-nos a perceber o paradoxo de Monty Hall, assim chamado em homenagem a Monty Hall, apresentador de um jogo muito popular na televisão norte-americana, na década de 60. A ideia é muito simples. Existem três portas que escondem um prémio valioso e duas cabras. Ao jogador, é pedido que escolha uma das três. Quando o faz, o apresentador do programa abre uma das portas e revela uma das cabras. Ao jogador é então dada a oportunidade de manter a escolha inicial ou pedir para abrir a outra porta. Que fazer?

Cat Power - Lived In Bars

Publicada por José Manuel Dias

A Cat Power volta ao Cogir. Merece...

O que são os juros?

Publicada por José Manuel Dias


Os juros são o preço que as pessoas pagam para obter um recurso agora, e não depois. Claro, esses recursos podem ser qualquer coisa, desde instrução universitária até uma TV de LCD. Os juros são convencionalmente expressos por uma taxa percentual pelo período de um ano. Se aqueles que pegam os empréstimos (os que desejam os recursos agora) conseguem obter recursos daqueles que emprestam (os que desejam abrir mão do controle atual) sob a condição de que retornarão 103 por cento dos recursos um ano depois, a taxa de juros é de 3 por cento.
Paul Heyne (1931-2000) que foi professor de economia na Universidade de Washington, dá-nos uma noção diferente sobre "o preço do dinheiro". Continuar a ler aqui.

Tears Dry on Their Own - Amy Winehouse

Publicada por José Manuel Dias

É difícil não gostar da Amy Winehouse...

Efeitos do Plano Tecnológico

Publicada por José Manuel Dias


Portugal encontra-se em segundo lugar, entre 127 países considerados, em termos da importância que o Governo atribui às Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) na sua visão do futuro, de acordo com o Global Information Techonology Report 2007-2008, divulgado nesta data pelo World Economic Forum.
Portugal sobe 14 posições na capacidade da administração pública utilizar as Tecnologias, passando a ocupar o 12º lugar, ou o 5º se forem apenas considerado os países pertencentes à União Europeia. No que concerene à utilização das Tecnologias pela administração pública e a sua eficiência, Portugal encontra-se no 10º lugar. Portugal encontra-se no 9º lugar da lista global no campo de tempo necessário para abrir uma empresa. Relativamente à liberdade de imprensa Portugal figura em 14º. Em utilizadores de telemóveis estamos em 12º lugar. Se tiver curiosidade em conhecer outros parâmetos de análise é só clicar aqui e procurar "Portugal".
No índice global Networked Readiness Index (NRI), Portugal mantém o 28º lugar, ou o 14º, se forem considerados os 27 países da União Europeia, à frente de Espanha (31º), Itália (42º) e Grécia (56º).
O Networked Readiness Índex mede "o grau de preparação, participação e de desenvolvimento de um país ou região no aproveitamento que faz dos benefícios das tecnologias de informação.

Guns N' Roses - Patience

Publicada por José Manuel Dias



Uma outra sugestão da F. que agradecemos...

E a Espanha aqui tão próxima...

Publicada por José Manuel Dias


Espanha é o nosso principal parceiro de comércio externo. Cerca de 1/3 das exportações são destinadas a Espanha que é também o nosso principal fornecedor estrangeiro. Saber o que pensa Enrique Santos, Presidente da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola, é, pois, de inquestionável interesse. Da entrevista dada ao Semanário Económico desta data, seleccionamos o seguinte:
P: Já afirmou que “a situação económica espanhola é determinante para a própria evolução da economia portuguesa”. Com a situação económica que se vive actualmente em Espanha, qual o impacto que devemos esperar?
R: Já temos notícias do Banco de Portugal e o ministro da Economia disse que a taxa de crescimento portuguesa ia ser muito aceitável comparada com o resto da Europa.
P: O que podem esperar, afinal, as empresas portuguesas?
R: Fizemos um estudo há cerca de seis meses sobre as empresas portuguesas em Espanha e ficámos surpreendidos porque havia mais de 400 empresas. Muitas delas são líderes no seu sector de mercado em Espanha. Algumas líderes a nível ibérico ou mesmo mundial, como é o caso da Sovena do sector do azeite ou o grupo Sonae, líder dos contraplacados de madeira. Como já têm o seu nicho de mercado conquistado não vão perder nada. Se houver crise entre as empresas espanholas, isso vai criar mais oportunidades para as empresas portuguesas que queiram enfrentar esses desafios.
P: Quais são as principais queixas das empresas espanholas que chegam a Portugal?
R: O principal obstáculo é a legislação laboral. É muito rígida. É preciso tentar flexibilizar as leis laborais e aproximar fiscalmente o sistema português do espanhol.
A entrevista pode ser vista na íntegra aqui.

Teletrabalho e AP: um mundo de vantagens

Publicada por José Manuel Dias


Os funcionários públicos vão ter a possibilidade de trabalhar para o Estado a partir de casa. Esta é uma das novidades da proposta de Regime do Contrato de Trabalho em Funções Públicas que ontem foi entregue aos sindicatos, informa-nos hoje o Diário de Notícias. De acordo com o jornal " A introdução do teletrabalho na função pública faz parte do esforço de flexibilização do horário na administração pública. Na prática, os funcionários que acordem esta modalidade de prestação laboral com a sua entidade patronal mantêm todos os direitos de que gozam actualmente, passando a trabalhar em casa, parcial ou totalmente, através do recurso a tecnologias de informação e de comunicação. A duração inicial deste acordo não pode exceder os três anos, sendo susceptível de cessação por decisão de qualquer uma das partes durante os primeiros 30 dias da sua execução". A versão integral da notícia pode ser lida aqui.
A implementação do teletrabalho, de que nos falava Alvin Tofler na Terceira Vaga, tem associadas inúmeras vantagens. Elenquemos apenas algumas: economia de espaço, redução de absentísmo, menor necessidade de aparcamentos, redução do tempo consumido em reuniões, diminuição do tempo de viagens, controlo pelos resultados, reforço da inclusão por virtude da integração de pessoas com mobilidade reduzida, melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores. Estão à vista ganhos de eficiência e eficácia que não são desprezíveis. Importa, no entanto, que se estabeleçam níveis de comunicação entre servisços e trabalhadores que garantam a disseminação dos valores e cultura do "servidor do estado".

O Balanced Scorecard e os Serviços Públicos

Publicada por José Manuel Dias


Será que se pode medir e gerir a performance nos serviços públicos? Como contornar as naturais dificuldades que se podem encontrar na implementação de mudanças estuturais dos vários serviços da Administração Pública? São apenas duas das interrogações a que Francisco Pinto, Doutorado em Ciências Económicas e Empresariais, procura dar resposta com o seu livro : "Balanced Scorecard - alinhar mudanças, estratégia e performance nos serviços públicos".
Esta obra para além da análise dos conceitos de evolução do BSC, originalmente criado para as empresas, faz uma abordagem prática, centrada nas metodologias de implementação consideradas mais adequadas e nos contributos que o Balanced Scorecard poderá fornecer em função de diferentes quadros de mudança. Uma leitura imperdível para quem pretende sbar mais e, por esa via, cooperar nos propósitos de todos: uma Administração Pública mais eficiente, mais eficaz, com mais qualidade e que consuma menos recursos financeiros.
Balanced Scorecard, Francisco Pinto, Editora Sílabo, 2007, nº de páginas 305.

Os professores e a violência nas escolas

Publicada por José Manuel Dias


Em vez de encontrarmos nas escolas os modelos, as referências, os princípios e os valores que tanta falta nos fazem, está a acontecer precisamente o contrário. Aumentam as notícias referentes a atitudes violentas de alguns professores e alunos. A primeira conclusão a retirar é que estarão a acontecer falhas graves no processo educativo levado a cabo nas nossas escolas que, obviamente, condicionam a respectiva eficácia. [...]
Em tudo o que respeita à área comportamental de alunos e professores, não nos deve preocupar tanto o que não deve ser feito, mas sim o que é necessário que aconteça, quais os alicerces em que deverá assentar. Sempre pela positiva, nunca pela negativa! A preocupação de quem dirige o processo educativo não deve concentrar-se no eventual erro e sua respectiva punição, mas sim nas atitudes e comportamentos positivos que conduzirão ao sucesso. Segundo Aubrey C. Daniels e James E. Daniels no livro “Measure of a leader”, “não se lidera através de resultados, mas sim para obter resultados. E estes só podem ser obtidos através de comportamentos e atitudes positivas. [...]
Para isso, basta que sejamos capazes de predeterminar quais os comportamentos que consideramos desejáveis, avaliando-os de forma continuada e, caso necessário, avançando gradualmente com as respectivas propostas de modificação.Como me disse, aliás muitas vezes, um dos meus mestres norte- americano, “aplica-lhes o ABC”. ‘tell them the antecedents’ (diz-lhes quais são as regras e princípios a respeitar), ‘watch carefully them behaviors’ (observa-lhes os comportamentos) ‘manage without hesitation the consequences’ (gere com objectividade e sem hesitações as consequências contidas nos actos de cada um).
Jorge Araújo, No Diário Económico, desta data, Violência nas escolas.
Atrevo-me a dizer que este artigo deveria ser de leitura obrigatória para todos os professores. Muitos não precisarão dos ensinamentos que encerra mas uns tantos precisarão deles como de"pão para a boca". Quando não se reunem as competências requeridas para um bom exercício da função é grande a tentação para culpar os outros: os estudantes, os pais e até a Ministra!

Importações e Exportações

Publicada por José Manuel Dias


O INE divulgou nesta data a informação relativa ao comércio internacional (até Janeiro de 2008) e especificamente relativo ao comércio extra-comunitário (até Fevereiro de 2008). O movimento que se desenhava nos últimos meses reforça-se agora: depois de largos meses em que as exportações cresciam mais depressa que as importações a situação está a inverter-se.
As saídas registaram um aumento de 4,9% e as entradas de 12,2%, comparativamente com o período homólogo. A valorização do Euro face ao dólar explicará a redução das exportações e o acréscimo das importações a que se deverá? Teremos mais consumo ou mais bens de equipamento para aumentar a capacidade produtiva? A resposta certa é: um pouco dos dois. Quer saber em detalhe? É só espreitar os dados.

Amy Winehouse -You Know I'm No Good

Publicada por José Manuel Dias

A escolha da F. e não só...

Há que mudar de vida!

Publicada por José Manuel Dias


Saber que o número de resgates de PPR disparou no primeiro trimestre pode parecer apenas mais um reflexo da crise económica e financeira. Nada disso. Este é um indicador avançado da desgraça. Só não vê quem não quer. [...]
Resgatar PPR é vender activos de longo prazo, pedir de volta o dinheiro que se foi amealhando e pagar caro por isso, não só pelas elevadas comissões de resgate, mas sobretudo porque (tirando algumas excepções) é preciso devolver ao Estado o benefício fiscal antes recebido. Pagar mais no IRS. [...]
Os PPR são activos de longo prazo. Antes de os liquidarem, estas famílias já se endividaram até ao limite, já anteciparam o recebimento dos subsídios de férias (há quem em Março já tenha recebido o subsídio de Natal), já renegociaram o que puderam, baixando “spreads”, consolidando dívidas, estenderam créditos até à terceira idade (em Portugal os bancos já aceitam extensão até aos 80 anos; em Espanha já se fazem contratos que transitam “post mortem” para os filhos). Nada seria melhor para as carteiras dos portugueses que uma descida das taxas de juro, o que a subida da inflação europeia faz descrer.
Já só falta fazer uma de duas coisas – ou ambas: mudar de vida ou vender o que resta. O estudo da semana passada sobre rendimentos das famílias mostra como ganhámos hábitos de vida que não podemos pagar e fazêmo-lo sacrificando bens essenciais: poupamos na comida para gastar em viagens. Esses dados eram de 2006 e é provável que já haja menos gente de sapatos brancos em Janeiro (o que, diz o adágio, é “sinal de pouco dinheiro”). A quem já mudou de hábitos (o que custa muito mais do que parece), restam vender os últimos activos, a casa, o carro.
Não é fatalismo, é a materialização do endividamento de toda a economia. Como diz António Borges, “o facto de estarmos a ir buscar ao estrangeiro, todos os anos, oito ou 10% do PIB em endividamento adicional não parece preocupar ninguém”. Pois preocupem-se: os problemas de liquidez e de solvabilidade não são exclusivo da alta finança. Os portugueses percebem cada vez melhor do que trata a crise financeira: trata deles mesmos.
Pedro Guerreiro, no Jornal de Negócios, com leitura integral aqui.

HP Office Orchestra

Publicada por José Manuel Dias


A escolha deste vídeo foi inspirada na frase do Professor Emanuel Leite "Os empreendedores são como artistas." Esta citação serviu, também, de mote a um evento de uma empresa de consultoria, conciliando os objectivos organizacionais com as competências artísticos dos jovens empreendedores que a integram. A empresa em causa é a Junior’s Consultoria.

Professor Emanuel Leite (8)

Publicada por José Manuel Dias


Publicamos hoje mais um texto do Professor Emanuel Leite para a divulgação do Empreendedorismo. Depois de "O que é o empreendedorismo? (parte I)", "O que é o empreendedorismo?(parte II)", "Ecoempreendedorismo", "Virtudes de um bom empreendimento", "Criar empregos! Solução para o Desemprego", "Liberdade para empreender" e "O empreendedor nem sempre é bem visto" apresentamos "Escolhendo um negócio". Neste texto o Professor procura dar uma resposta à questão recorrente: qual é a maior dificuldade de um empreendedor? Uma leitura que se justifica.

Escolhendo um negócio

Publicada por José Manuel Dias

Como professor de empreendedorismo sou constantemente questionado sobre qual a maior dificuldade de um empreendedor? Invariavelmente, quem pergunta deseja obter uma resposta em uma ou duas palavras, tal como falta de capital, ou falta de experiência, enquanto eu, por outro lado, gostaria de sentar-me durante horas e explicar todas alternativas.
Uma vez que, em geral, não posso fazer isso, vou tentar colocar aqui os obstáculos mais comuns que surgem nos negócios, para um melhor detalhamento sugiro a leitura e a consulta de publicações especializadas.
O empreendedor que optar por negócio incompatível com sua formação e seus interesses provavelmente terá dificuldades no desenvolvimento de seu projeto.
É importante que ao estabelecer um empreendimento seja levado em consideração a satisfação pessoal. Uma escolha errada pode implicar na perda de todo seu capital investido no empreendimento bem como o trauma do fracasso.
A decisão de abrir um negócio, tomada num momento de pânico – desempregado ou no risco de tornar-se um – em um ambiente desconhecido, é passagem garantida para o fracasso.
Muitos empreendedores são vítimas disso. Tomam decisões relativas ao empreendimento de forma impulsiva. A perda de um emprego quase sempre pode ser o pior cenário para a abertura de um negócio. O potencial empreendedor acabou de passar por uma experiência psicologicamente estressante e não se encontra preparado para tomar de maneira objetiva as difíceis e necessárias decisões.
O candidato a empreendedor que se agarra a primeira oportunidade de negócio que aparece à sua frente corre um sério risco de não ter sucesso no seu empreendimento.
É preciso investir um pouco de seu precioso tempo para analisar cuidadosamente quais são suas reais aptidões e escolher uma atividade que seja compatível com seu potencial empreendedor.
Não ter a preocupação de criar uma oportunidade de negócio a medida de suas necessidades e desejos pode significar a perda de tempo e recursos.
É preciso estar aberto para conselhos e sugestões dos amigos, familiares e de especialistas em negócios com o objetivo de perceber seus pontos fortes e suas limitações.
Os empreendedores precisam entender que precisam de um grupo de apoio com o qual possam trocar idéias. Se não tiver apoio, particularmente da família, pode ser fatal. Ter um negócio é realmente algo tão absorvente e o suporte familiar ao empreendedor é extremamente importante.
Muitos indivíduos criam empresas e algum tempo depois descobre que aquilo que almejava era totalmente diferente do que podia obter no papel de empreendedor. Ou seja, aprende da maneira mais dura a respeito de quais são os requisitos necessários à escolha de um ramo de negócio.
O ponto de partida para encontrar um negócio compatível com suas verdadeira aspirações está na realização de auto-análise; isto exige que olhemos para o passado, ao tomar decisões relativas ao futuro, objetivando encontrar o ambiente ideal no qual o empreendedor se bem e principalmente realizado.
Se o indivíduo está procurando uma ocupação de período integral como proprietário de uma micro empresa, provavelmente gastará, pelo menos no início, 50, 60 ou 70 horas por semana nessa empreitada. Ela se tornará parte do empreendedor, se a escolha for certa, será gratificante e emocionante. Caso contrário, irá arrepender-se de ter iniciado o negócio.
Este texto é da responsabilidade do Professor Emanuel Leite e foi-me enviado por mail com o propósito de ser publicado no COGIR

Whitney Houston - One Moment In Time

Publicada por José Manuel Dias

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Aprender com os melhores...

Publicada por José Manuel Dias


O Diário de Notícias, desta data, dá-nos nota do seguinte: " Em seis dias, um oftalmologista espanhol realizou 234 cirurgias a doentes com cataratas no Hospital Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro, num processo que está a "indignar" a Ordem dos Médicos. Os preços praticados são altamente concorrenciais, tendo sido esta a solução encontrada pelo hospital para combater a lista de espera ".
As críticas de alguns colegas portugueses não se fizeram esperar mas o médico espanhol tem uma explicação: " "Eu percebo a preocupação deles e sei porque há listas de espera tão grandes em Portugal. É que por cada operação no privado cobram cerca de dois mil euros", diz ao DN o oftalmologista espanhol, inscrito na Ordem dos Médicos portuguesa, que cobrou 900 euros por cada operação realizada no Barreiro".
No final do ano passado, a lista de espera era de 384, e foi entretanto reduzida a 50 com a intervenção do médico espanhol.
Questão: se assim é, porque é que os nossos médicos não aprendem com o espanhol? Ou será preciso que todos os hospitais comecem a contratar operações com os médicos espanhóis, dispensando os clínicos portugueses? Há um mundo de poupanças a explorar se os hospitais portugueses retirarem todas as consequência de um modelo de gestão que tenha em conta os custos e os benefícios. Ganham os utentes dos serviços públicos, obtendo designadamente maior rapidez no antendimento e ganham os contribuintes, por via da diminuição da despesa pública.
A notícia, da responsabilidade de Roberto Dores, pode ser vista aqui.

Não esquecer...

Publicada por José Manuel Dias


Já só tem 10 dias para entregar o IRS, caso só beneficie de rendimentos de actividades por conta de outrem ou de pensões, como muito bem nos recordou o blogue Economia e Finanças, no Calendário Fiscal. A partir do dia 16 de Abril inicia-se o período de entrega para as restantes situações, período esse que se prolonga até 25 de Maio.

O valor do método

Publicada por José Manuel Dias



" O bom senso é a coisa partilhada com maior êxito do mundo, porque todos julgam estar de tal maneira servidos dele, que mesmo aqueles que são difíceis de contentar sentem que não precisam de mais do que aquele já possuem.
E nisso não é muito provável que todos se enganem, antes esta convição testemunha que a capacidade de julgar bem e de distinguir o verdadeiro do falso, a que costumamos chamar o bom sendo ou razão é, naturalmente, igual para todos os homens.
Deste modo, a diversidade das nossas opiniões não provém do facto de uns seres mais razoáveis que outros, mas de não estarmos a considerar as mesmas coisas. Porque não basta ter um bom espírito, o principal é aplicá-lo bem".
René Descartes (1596,1650), Discours de la Méthode, Paris, Garnier, 1996

Peter Drucker e o calçado português

Publicada por José Manuel Dias



A indústria do calçado é um dos sectores de especialização da economia nacional que mais tem dado expressão à marca Portugal no Mundo. O senso-comum conduz-nos a associar este sector à sua concepção mais tradicional, isto é, trabalhar as matérias-primas convencionais e montar o sapato utilizando técnicas e mão-de-obra intensivas.
Contudo, esta concepção está hoje posta em causa por produtores nacionais focados na inovação. Nos últimos anos temos conhecido verdadeiros fenómenos de criação de valor nesta indústria, na maior parte dos casos explorando nichos onde as variáveis competitivas são bastante mais interessantes do que a guerra de preços dos grandes mercados. [.../...]
O modelo de negócio da Lavoro tem a sua sustentabilidade no desenvolvimento de novas patentes e na protecção do “know-how” específico exigido por este nicho de mercado. A última inovação, denominada 3D Vario – calçado adaptado à volumetria de cada pé – teve um impacto positivo no potencial de criação de valor deste player nacional. O ponto de partida desta inovação não foi a tecnologia ou os materiais que suportam esta ideia, mas antes o questionar de um dos dogmas instalados na indústria do calçado como a conhecemos hoje – “os dois pés dos nossos clientes são iguais”. A inversão deste dogma permitiu encontrar um novo espaço de oportunidade para esta empresa, a criação dos modelos 3D Vario começou na verificação de que não há dois pés iguais e acabou na criação de um novo conceito de calçado profissional. [.../...]
“Todas as inovações eficazes são surpreendentemente simples. Na verdade, o maior elogio que uma inovação pode receber é haver quem diga: ‘isto é óbvio. Por que não pensei nisso antes?’” – Peter Drucker. [.../...]
Neste blueprint para a inovação salienta-se a necessidade das empresas fazerem um exercício de descoberta das ortodoxias, “boas” e “más”, para encontrar os novos espaços de oportunidade que podem surgir quando invertemos algumas destas.
Miguel Duarte, no Jornal de Negócios, apresenta-nos casos de sucesso que apostam na inovação. Vale a pena conhecer. A ler na íntegra aqui.

Linkin Park - Given Up

Publicada por José Manuel Dias


Este foi sugerido pela E. Não me entusiasma mas, também, não me desagrada. Ficamos a conhecer os gostos musicais da gente mais nova...

Inquérito às Despesas das Famílias

Publicada por José Manuel Dias


Foi ontem publicado o IDEF (Inquérito às Despesas das Famílias) relativo aos anos de 2005/06 . Trata-se de um inquérito contém informação relevante para o apuramento da estrutura da despesa das famílias. Podemos conhecer estruturas demográficas e fazer permite comparações internacionais ou, dito de outro modo, podemos conhecer melhor o país em que vivemos.
De acordo com o INE: " verifica-se a continuação da tendência de perda de importância relativa das despesas em Produtos Alimentares e Bebidas não Alcoólicas – nos últimos cinco anos estas despesas passaram de 18,7% para 15,5% do total das despesas - e o aumento da importância relativa das despesas das famílias com Habitação, Água, Electricidade e Gás, passando de 19,8% para 26,6% entre 2000 e 2005/06. " A informação completa pode ser vista aqui.