O Diário de Notícias, desta data, dá-nos nota do seguinte: " Em seis dias, um oftalmologista espanhol realizou 234 cirurgias a doentes com cataratas no Hospital Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro, num processo que está a "indignar" a Ordem dos Médicos. Os preços praticados são altamente concorrenciais, tendo sido esta a solução encontrada pelo hospital para combater a lista de espera ".
As críticas de alguns colegas portugueses não se fizeram esperar mas o médico espanhol tem uma explicação: " "Eu percebo a preocupação deles e sei porque há listas de espera tão grandes em Portugal. É que por cada operação no privado cobram cerca de dois mil euros", diz ao DN o oftalmologista espanhol, inscrito na Ordem dos Médicos portuguesa, que cobrou 900 euros por cada operação realizada no Barreiro".
No final do ano passado, a lista de espera era de 384, e foi entretanto reduzida a 50 com a intervenção do médico espanhol.
Questão: se assim é, porque é que os nossos médicos não aprendem com o espanhol? Ou será preciso que todos os hospitais comecem a contratar operações com os médicos espanhóis, dispensando os clínicos portugueses? Há um mundo de poupanças a explorar se os hospitais portugueses retirarem todas as consequência de um modelo de gestão que tenha em conta os custos e os benefícios. Ganham os utentes dos serviços públicos, obtendo designadamente maior rapidez no antendimento e ganham os contribuintes, por via da diminuição da despesa pública.
A notícia, da responsabilidade de Roberto Dores, pode ser vista aqui.
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