Liberdade para empreender

Publicada por José Manuel Dias

É preciso apostar, cada vez mais, nos empreendedores, ainda que a capacidade de empreender seja um conceito difícil de definir. Os economistas reconhecem sua importância, desde a análise do desenvolvimento econômico, feito por Schumpeter, na transição do século.
Indivíduos com visão, dispostos a arriscar seus próprios recursos e o de outros investidores em novos produtos e serviços, são o motor que combinam capital humano e físico, estimulando o crescimento econômico e social da sociedade.
O mercado recompensa o mérito, a capacidade, a coragem de correr riscos, a sorte e o sucesso dos empreendedores por meio do lucro (a justa recompensa pelo risco que correu).
Os prêmios (os lucros) diferem porque os desempenhos dos empreendedores diferem. Ganhos desiguais são uma prova inconteste de que o mercado está cumprindo a sua missão.
Os intelectuais não gostam do mercado porque não considera a riqueza o resultado de um processo de criação, como a arte e a literatura. Os intelectuais consideram a riqueza, quando acumulada, roubada, e banal, quando herdada. Eles consideram a riqueza uma quantidade finita, como os recursos “não renováveis”, as pessoas que enriquecem são as que já repetiram o prato antes que outras pudessem comer sua primeira porção.
Os intelectuais simplesmente não conseguem relacionar a riqueza de um empreendedor ao processo de criação / destruição criativa.
O ataque à “cobiça“, vontade de crescer, prosperar dos empreendedores é na realidade, um ataque à liberdade de empreender. Empenhar-se na defesa deste direito é uma forma de preservar a liberdade humana.
É preciso mudar a atitude e o comportamento das pessoas nas suas vidas particular e profissional para que possam assumir uma postura mais empreendedora , mais positiva diante da vida empresarial.
Há pessoas que sofrem muito para mudar de um “status” de empregado para um de empreendedor e são submetidos a um elevado nível de “stress” por isso.
Embora algumas culturas incentivem a capacidade empresarial mais do que outras, todas as culturas têm reservas de talento que vêm à tona quando o ambiente é propício para negócio. É preciso resgatar a figura do empreendedor que assume riscos.
As viagens de descobrimento portugueses dos séculos XV e XVI são comparadas aos programas de espaciais de hoje – ambos são vistos como esforços nacionais que visão explorar o desconhecido e abrir novas fronteiras.
É muito grande o número de pessoas, em Portugal e no resto do mundo, que acreditam que ganharão muito dinheiro começando um negócio novo em uma incubadora de empresas de base tecnológica. A grande maioria fracassará ao tentar levar adiante suas idéias. Ainda assim, essa vontade conduz uma economia para novos apogeus quando encorajados por uma atmosfera regulatória favorável e baixo impostos sobre lucros, ganhos de capital e rendimentos.
Ser empreendedor significa ter capacidade de iniciativa, imaginação fértil para conceber as idéias, flexibilidade para adaptá-las, criatividade e inovação para transformá-las em uma oportunidade de negócio, motivação para pensar conceptualmente, e a capacidade para ver , perceber a mudança como uma oportunidade.
Um país somente será verdadeiramente desenvolvido na medida em que souber criar, para seus empreendedores, um ambiente no qual elas tenham condições de melhorar e inovar mais rapidamente que suas rivais estrangeiras. Por outras palavras: os empreendedores precisam de condições que lhes permitam inovar, o que invariavelmente se dá pelo emprego adequado de tecnologias já existentes.
Este texto é da responsabilidade do Professor Emanuel Leite e foi-me enviado por mail com o propósito de ser publicado no COGIR

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