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Publicada por José Manuel Dias


Nos tempos que correm, com uma crise internacional cada vez mais forte, são uma raridade. José Sócrates confirmou que o problema orçamental está a resolver-se. No ano passado, o défice orçamental ficou bastante abaixo dos 3% (2,6%) e, desta forma, Portugal deixou de ser um aluno mal comportado na União Europeia. O Governo conseguiu um brilharete. É preciso dizê-lo com a mesma clareza que deve ser utilizada para criticar e atacar. Portugal voltou a cumprir as regras do Pacto de Estabilidade um ano antes do previsto, o que credibiliza o país. Em cerca de dois anos, o défice saltou de 6,1% para 2,4% - o valor mais baixo desde 1981. É uma consolidação orçamental brutal e inédita nas economias europeias. Para mais, porque foi feita evitando-se uma recessão grave. Posto isto, é preciso colocar os pés na terra. A crise orçamental ainda não está resolvida. Está-se a meio do caminho. Falta garantir o excedente orçamental. Além disto, os méritos da redução do défice vão, em grande parte, para a Administração Fiscal. A subida das receitas foi um pilar importante da estratégia de consolidação mas é também o mais frágil e mais exposto à crise internacional.
Bruno Proença, no Diário Económico desta data, ler aqui.

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