A taxa de juro média praticada pelos bancos portugueses nos empréstimos para a compra de casa aplicada em Outubro fixou-se em 2,16%. Este é não só o valor mais baixo alguma vez cobrado em Portugal como também o menor no conjunto dos 16 países da área do euro, o que ocorre pela primeira vez, pelo menos, nos últimos sete anos. Isto porque o BCE só reúne estes indicadores desde o final de 2002. Uma das possíveis razões para esta tendência é o facto de no resto da Europa haver maior incidência de créditos de taxa fixa, o que os impede de oscilarem tanto, nas subidas e nas descidas. Uma característica confirmada pelo presidente da Sefin, António Júlio de Almeida: "Talvez por razões culturais, a prática da taxa fixa em Portugal seja muito inferior à da maioria dos mercados europeus". Por outro lado, e uma vez que a taxa de juro é igual para toda a Europa, custos mais elevados poderão significar que os bancos em causa estarão a cobrar ‘spreads' mais elevados do que as instituições nacionais.
Frohe Weihnachten, Mboni Chrismen, Winshuyu sa Svyatkami, Vessela Koleda, Feliz Navidad, Vesele Vanoce, Sheng Tan Kuai Loh, Kung His Hsin Nien bing Chu Shen Tan, Glaedelig Jul, Vesele Vianoce, Srecen Bozic, Hauskaa Joulua, Joyeux Noël, Gilotsavt Krist'es Shobas, Eftihismena Christougenna, Boldog Karácsonyt, Mo'adim Lesimkha, Buon Natale.
Augusto Mateus explica detalhadamente como vai ser o pensamento da próxima década. A capacidade para tomar riscos e a criatividade vão ser factores decisivos e acrescenta que se não não tivermos medo da diversidade não vão faltar oportunidades. Subscrevo a leitura. Para saber mais clicar aqui, Jornal de Negócios com vídeo.
Mortalidade nas estradas; as estatísticas não mentem - o número de pessoas que morre em acidentes rodoviários é muito menor, cerca de 2000 em 1993 e de 776 em 2008;
A saúde; muitas das minhas colegas têm feito esta sugestão - a qualidade do tratamento é muito melhor hoje em dia, apesar das dificuldades financeiras, etc. A prova está no aumento da esperança de vida, de cerca de 74 em 1993 para 78 anos em 2008;
A inovação; talvez seja fruto da minha ignorância do país em 1994, mas fico de boca aberta quando visito algumas das empresas que estão a investir no Reino Unido ; altíssima tecnologia, quadros dinâmicos e - o mais importante de tudo - não há medo. Acreditam que estão entre os melhores do mundo, e vão ao meu país, entre outros, para prová-lo;
As cores; Portugal tem e sempre teve cores naturais bonitas. Mas a minha memória de 1994 era o aspecto visual bastante cinzento das cidades, desde a roupa até aos carros. Hoje há mais alegria - recordo um português que me disse, talvez com tristeza, que o país estava a tornar-se mais tropical. Em termos de imagem, parece-me um elogio!
Estas são quatro das muitas coisas que melhoraram em Portugal nos últimos 15 anos. As escolhas foram do embaixador britânico em Portugal. As coisas mudam lentamente e só os espíritos mais atentos é que dão conta das mudanças.
A saúde; muitas das minhas colegas têm feito esta sugestão - a qualidade do tratamento é muito melhor hoje em dia, apesar das dificuldades financeiras, etc. A prova está no aumento da esperança de vida, de cerca de 74 em 1993 para 78 anos em 2008;
A inovação; talvez seja fruto da minha ignorância do país em 1994, mas fico de boca aberta quando visito algumas das empresas que estão a investir no Reino Unido ; altíssima tecnologia, quadros dinâmicos e - o mais importante de tudo - não há medo. Acreditam que estão entre os melhores do mundo, e vão ao meu país, entre outros, para prová-lo;
As cores; Portugal tem e sempre teve cores naturais bonitas. Mas a minha memória de 1994 era o aspecto visual bastante cinzento das cidades, desde a roupa até aos carros. Hoje há mais alegria - recordo um português que me disse, talvez com tristeza, que o país estava a tornar-se mais tropical. Em termos de imagem, parece-me um elogio!
Estas são quatro das muitas coisas que melhoraram em Portugal nos últimos 15 anos. As escolhas foram do embaixador britânico em Portugal. As coisas mudam lentamente e só os espíritos mais atentos é que dão conta das mudanças.
O programa Nova Oportunidades está prestes a tornar-se num modelo de referência europeu. Espanha e Itália estão interessadas em «importar» o modelo português que conta com inúmeras inscrições desde a sua génese em 2005, adiantou esta quinta-feira a Ministra da Educação Isabel Alçada. Na celebração de protocolos com nove empresas, entre as quais a Delta e a Impresa, o presidente da Agência Nacional para a Qualificação, Luís Capucha, sublinhou os 77 protocolos já assinados com várias empresas portuguesas. «Os bons negócios são bons quando as oportunidades são boas para as duas partes. Isto mostra que o capital humano é cada vez mais importante, e , por sua vez, as empresas podem contar com o benefício efectivo da sua missão social e económica», afirmou o responsável.
O programa das Novas Oportunidades permitiu o regresso à escola de milhares de portugueses em vista a melhorarem as suas competências e qualificações. O facto do programa ser reconhecido como modelo de referência traduz o reconhecimento da sua importância estratégica na melhoria da competitividade do país.
Os sindicatos gregos do partido comunista e da esquerda radical preparam-se para uma greve geral amanhã para protestar contra o Governo socialista que anunciou a adopção de um plano de austeridade. Mais de 60 concentrações de grevistas estão previstas nas principais cidades do país para marcar um primeiro aparente teste para os socialistas, no poder desde 4 de Outubro, confrontados com uma crise financeira sem precedentes.“As novas medidas anunciadas pelo Governo em nome da luta contra a crise visam alterar completamente as regalias sociais”, afirma a ESYEA num comunicado. Pressionado pelos mercados e pelos parceiros europeus, Papandreu anunciou na segunda-feira um primeiro pacote de medidas que incluem um tratamento de austeridade para a função pública, nomeadamente uma redução de 10 por cento das despesas, o congelamento dos salários de base acima dos 2000 euros e um travão de novas contratações em 2010.
A irresponsabilidade das estruturas sindicais gregas vai agravar o problema da Grécia. Os mercados não gostam da irresponsabilidade e o prémio de risco vai continuar a subir, como já anuncia antecipa a Standard & Poor's s ao reduzir o rating atribuido ao país para o valor mais baixo dos últimos dez anos. Melhor seria que protestassem contra o mau tempo.
O Ministério do Ensino Superior autorizou a abertura de um curso de Medicina na Universidade de Aveiro, a partir do ano lectivo 2011/12, exclusivamente destinado a pessoas que já tenham uma licenciatura noutras áreas da Saúde.
Com uma duração de quatro anos, o curso resulta de um consórcio entre a Universidade de Aveiro e o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, da Universidade do Porto, no âmbito do qual serão desenvolvidos programas conjuntos de ensino e investigação. A admissão dos candidatos será feita com base na avaliação do currículo e da realização de uma prova de conhecimentos em Biomedicina e de um teste de aptidões clínicas semelhante ao adoptado em várias faculdades de Medicina britânicas.O curso arrancará em 2011 com apenas 40 alunos, número que será gradualmente aumentado até atingir 120 novas entradas por ano.
Com uma duração de quatro anos, o curso resulta de um consórcio entre a Universidade de Aveiro e o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, da Universidade do Porto, no âmbito do qual serão desenvolvidos programas conjuntos de ensino e investigação. A admissão dos candidatos será feita com base na avaliação do currículo e da realização de uma prova de conhecimentos em Biomedicina e de um teste de aptidões clínicas semelhante ao adoptado em várias faculdades de Medicina britânicas.O curso arrancará em 2011 com apenas 40 alunos, número que será gradualmente aumentado até atingir 120 novas entradas por ano.
Fonte: Expresso, aqui.
Aplausos par a decisão. Portugal precisa de mais médicos. Não se compreende, por isso, as restrições no acesso à profissão que têm obrigado a fomentar o recrutamento de médicos estrangeiros para os Hospitaís da Rede Pública.
Primeiro, as dificuldades do Dubai em pagar as suas dívidas. Os mercados ficaram nervosos e ainda não recuperaram totalmente a calma. Ontem, as más notícias vieram de terras mais próximas e conhecidas. Num dos seus raides, as agências de ‘rating' aumentaram o nível de risco da Grécia e deixaram sérios avisos sobre Espanha - a Standard & Poor's reviu em baixa o ‘outlook' para a dívida espanhola. Ou seja, lançaram uma suspeita generalizada sobre a capacidade financeira destes países.
E antecipando os movimentos das agências de ‘rating', é muito provável que Portugal esteja entre os próximos. Até porque, nos maus momentos, os mercados internacionais tendem a confundir a economia portuguesa e a espanhola. Ontem, os ‘spreads' da dívida pública portuguesa relativamente à alemã subiu mais do que os da dívida espanhola: 12 pontos contra nove pontos. Os acontecimentos de ontem têm o mérito de mostrar que Portugal não pode viver com os actuais níveis de endividamento. O dinheiro do estrangeiro, que tem aguentado o insustentável nível de vida dos portugueses, vai chegar cada vez mais caro. Assim, só há um caminho: poupar mais. Todos. Empresas, famílias e, sobretudo, o Estado.
Bruno Proença, no Diário Económico, aqui.
Será que não o levam a sério?! Estou em crer que fazem mal. O futuro dirá se estou certo...
A Irlanda vai adoptar um duríssimo programa de redução da despesa pública. Não, não há engano; é o mesmo país que certos analistas elegeram ultimamente como "punching bag" de estimação e que, com cortes draconianos na despesa (nomeadamente nos salários dos funcionários públicos), quer poupar seis mil milhões de euros em dois anos. Como se vê, a Irlanda não tem pejo (apesar da fragmentação política no Parlamento) em atacar o défice pela via adequada: a despesa. Agora compare-se esta atitude com o "empurra com a barriga" praticado por Portugal, Espanha e, sobretudo, Grécia.
Camilo Lourenço, em artido de opinião no Jornal de Negócios, aqui, alerta-nos para a importância de reduzirmos a despesa pública. Um artigo imperdível.
Camilo Lourenço, em artido de opinião no Jornal de Negócios, aqui, alerta-nos para a importância de reduzirmos a despesa pública. Um artigo imperdível.
A fábrica de baterias para carros eléctricos da Nissan-Renault será construída em Aveiro, tal como avançou o Diário Económico. A fábrica representa um investimento de 250 milhões de euros e vai criar 200 novos postos de trabalho. O Diário Económico noticiou na semana passada que Aveiro tinha sido a cidade escolhida para a localização da fábrica de baterias de iões de lítio, devido, entre outros factores, à proximidade de outra fábrica do grupo Renault-Nissan. Em Julho, o presidente Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), Basílio Horta informou que a fábrica terá uma capacidade anual de produção de 60 mil baterias por ano.
O Ensino Superior público português surge entre os mais ineficientes do mundo ocidental, segundo um estudo encomendado pela Comissão Europeia ao Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG). O trabalho indica que as universidades e os politécnicos públicos podiam ter produzido o mesmo com 48,6% do dinheiro que gastaram, desde que as verbas tivessem sido aplicadas eficientemente.
Do relatório sobre o Ensino Superior Público encomendado pela Comissão Europeia ao Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG).
O Jornal de Negócios, através da pena do Nuno Carregueiro, faz aqui uma pequena síntese das recentes recomendações do FMI que vale a pena conhecer. Se quiser saber mais pode espreitar aqui. Em síntese, Portugal tem um conjunto de problemas que exigem uma resposta ambiciosa em ordem ao cumprimento destes grandes objectivos: o governo deve reduzir o seu défice, as empresas têm que se tornar mais eficientes e o trabalho mais flexível e produtivo e as famílias devem poupar mais. Aqui se elencam algumas indicações (sugestões imperativas) a observar:
1. Os salários da função pública não devem ser aumentados ou, se o forem, devem sê-lo pelos mínimos (os aumentos deste ano foram muito elevados.)
2. A alteração à regra de actualização das pensões de reforma - por causa da inflação negativa - não devia ter ocorrido e vai ser paga a prazo - ou seja, terá de se ir buscar o poder de compra que se deu agora;
3. O défice público, a dinâmica da dívida pública associada ao baixo crescimento e a dívida da economia em geral coloca Portugal numa situação especialmente frágil caso ocorra mais um choque financeiro externo;
4. O défice público tem de ser reduzido em média 1% ao ano;
5. É preciso reduzir despesas com os salários da função públicas, com as transferências sociais e com a saúde;
6. É preciso aumentar receitas fiscais o que pode passar pela subida do IVA.
1. Os salários da função pública não devem ser aumentados ou, se o forem, devem sê-lo pelos mínimos (os aumentos deste ano foram muito elevados.)
2. A alteração à regra de actualização das pensões de reforma - por causa da inflação negativa - não devia ter ocorrido e vai ser paga a prazo - ou seja, terá de se ir buscar o poder de compra que se deu agora;
3. O défice público, a dinâmica da dívida pública associada ao baixo crescimento e a dívida da economia em geral coloca Portugal numa situação especialmente frágil caso ocorra mais um choque financeiro externo;
4. O défice público tem de ser reduzido em média 1% ao ano;
5. É preciso reduzir despesas com os salários da função públicas, com as transferências sociais e com a saúde;
6. É preciso aumentar receitas fiscais o que pode passar pela subida do IVA.
Como se pode concluir as coisas não estão fáceis para ninguém. Nem para o Governo, nem para a oposição mas podem ficar muito pior para todos nós, se esta persistir na irresponsabilidade e aquele não revelar coragem para adoptar as medidas necessárias.
Para Eduardo Catroga, o último ministro das Finanças nos governos de Cavaco Silva, a situação das finanças públicas em Portugal é insustentável. Uma entrevista que merece ser lida com atenção por todos os que se preocupam com o futuro. Para aperitivo deixamos aqui algumas questões e as respectivas respostas:
P: Como se resolve o problema das finanças públicas?
R: Primeiro é preciso que os responsáveis políticos interiorizem, que não me parece ser o caso, que não houve consolidação orçamental. Sem o interiorizarem não há receitas milagrosas. Mas é preciso mudar de rumo porque já estamos a gastar hoje por conta do PIB futuro.
P: O que sugere em termos práticos?
R: Congelar a despesa pública total em valor absoluto durante dois ou três anos. E como governar é optar, ter-se-ia de definir prioridades. Ter-se-iam de criar envelopes sectoriais. O ministro das Finanças, com apoio do primeiro-ministro, dizia que o seu ministro A; B, ou C não têm mais do que este envelope em função das prioridades definidas. E nessas prioridades tinha de se dar mais ênfase à despesa nos sectores determinantes para a produtividade.
P: E o que fazia, por exemplo, à despesa com os funcionários públicos? É reduzível?
R: Não é reduzível, mas é congelável...
P: Deve voltar o congelamento dos salários na função pública?
R: Com certeza. Agora não quer dizer que, em função das prioridades, não se consiga, poupando noutras áreas, arranjar uma verba, por exemplo, para incentivar acréscimos de produtividade.
R: Primeiro é preciso que os responsáveis políticos interiorizem, que não me parece ser o caso, que não houve consolidação orçamental. Sem o interiorizarem não há receitas milagrosas. Mas é preciso mudar de rumo porque já estamos a gastar hoje por conta do PIB futuro.
P: O que sugere em termos práticos?
R: Congelar a despesa pública total em valor absoluto durante dois ou três anos. E como governar é optar, ter-se-ia de definir prioridades. Ter-se-iam de criar envelopes sectoriais. O ministro das Finanças, com apoio do primeiro-ministro, dizia que o seu ministro A; B, ou C não têm mais do que este envelope em função das prioridades definidas. E nessas prioridades tinha de se dar mais ênfase à despesa nos sectores determinantes para a produtividade.
P: E o que fazia, por exemplo, à despesa com os funcionários públicos? É reduzível?
R: Não é reduzível, mas é congelável...
P: Deve voltar o congelamento dos salários na função pública?
R: Com certeza. Agora não quer dizer que, em função das prioridades, não se consiga, poupando noutras áreas, arranjar uma verba, por exemplo, para incentivar acréscimos de produtividade.
Entrevista a ler na íntegra, aqui, jornal Público.
O Fundo Monetário Internacional recomendou hoje ao Governo que sinalize contenção salarial ao sector privado quando definir os aumentos salariais na função pública para 2010. Quanto ao aumento já decido para as pensões, o Fundo adverte que tal tem que ser “compensado” no futuro. Este ano os salários na função pública aumentaram 2,9%, uma subida que ficou acima da inflação verificada este ano.O FMI destaca a importância desta decisão a tomar pelo Governo, devido também à “necessidade de sinalizar a contenção salarial ao sector privado”. No âmbito da necessidade de reduzir o défice orçamental, o FMI salienta que “a consolidação deve concentrar-se na redução da despesa corrente primária, especialmente da massa salarial do sector público (com base nas recentes reformas da administração pública) e das transferências sociais”. Neste âmbito das transferências sociais, o FMI pede uma análise com “cuidado” aos “critérios de elegibilidade para os subsídios sociais”, bem como uma “gestão rigorosa” nos custos dos serviços de saúde.
Os contribuintes portugueses podiam estar a pagar uma prestação mais baixa pelos milhares de milhões de euros em dívida contraída pelo Estado não fossem os avanços e recuos dos políticos nas últimas semanas e o nevoeiro denso quanto às estratégias de saída para a crise, agora que o país é governado em maioria relativa. Comparativamente à dívida alemã (obrigações a dez anos - as Bunds), Portugal está a ser penalizado, em média, com quase mais um ponto percentual. Em relação a Espanha, que tem um défice público projectado bem maior e uma dívida quase idêntica em percentagem do produto interno bruto (PIB), Portugal também sai penalizado (em 0,2 pontos percentuais). Quer num caso, quer noutro, é o preço a pagar pelo risco associado aos empréstimos concedidos ao Estado, o quarto mais elevado da zona euro.
[.../...]
Gonçalo Pascoal, economista-chefe do BCP, explica que "o diferencial face à Alemanha é uma medida do risco do país" e que "estará já a reflectir a incorporação de várias indefinições em matéria de política orçamental".
Quando não se sabe se o caminho da consolidação das finanças públicas tem "pernas para andar" porque a oposição rejeita propostas do Governo, como o novo Código Contributivo, o risco é este: pagar mais pelos empréstimos (porque incorporam no preço um prémio de risco mais elevado).
A fábrica de lápis Viarco, única em Portugal nesse sector, lançou este mês no mercado internacional três produtos que são estreias mundiais e reflectem a mudança de segmento que a empresa está a atravessar. Aguarela de grafite para pintura, barras de grafite aguarelável para uso em grandes superfícies e um estúdio portátil com utensílios incluídos são os artigos que José Miguel Vieira Araújo, administrador da Viarco, garante serem “inovações totais a nível mundial”. Integram a linha ArtGraf, vocacionada para os técnicos das artes plásticas e design, e “asseguram a diferenciação da marca em relação à concorrência”, numa “mudança radical” da área de negócios da Viarco, até aqui assente em materiais escolares. “Transferir um modelo de negócio para o outro requer tempo, mas estamos pela primeira vez a apostar na exportação da Viarco enquanto marca e não como prestadora de serviços contratados por terceiros”, diz Vieira Araújo. Os novos produtos da empresa de S. João da Madeira já estão a ser comercializados em Portugal, Alemanha e França, devendo brevemente chegar também a Espanha e aos Estados Unidos.
Fonte: Jornal i, aqui.
Fonte: Jornal i, aqui.
Uma estratégia de sucesso obrigar a estabelecer uma relação duradoura com os clientes procurando ajustar-se a por forma a dar resposta a novas necessidades. O objectivo é subir na escala de valor. Se não és o maior, tens de ser o melhor (ou dos melhores) parece ser o caminho para as empresas com futuro...
A fábrica de confecções de Arcos de Valdevez comprada por um euro por uma trabalhadora, após uma tentativa de deslocalização para a República Checa há cinco anos, resistiu à crise e já quase triplicou a facturação. "O segredo? O segredo está no trabalho, na qualidade e na procura incessante de novas encomendas e novos nichos de mercado", disse à Lusa Conceição Pinhão, a trabalhadora que liderou a luta contra a deslocalização da empresa e que conseguiu convencer os patrões alemães a venderem-lhe a fábrica por um euro.
Na altura tinha 89 trabalhadoras, agora tem uma centena.
A fábrica, que se dedica essencialmente à confecção de camisas, fechou 2005 com um volume de negócios de cerca de meio milhão de euros, enquanto que para este ano a previsão aponta para mais de 1,3 milhões. Conceição Pinhão garante que desde que assumiu as rédeas da fábrica sempre "espreitou" todas as oportunidades de mercado. "Actualmente, 90 por cento da nossa produção é para exportação, sobretudo para Espanha, mas agora também começámos a exportar para o Canadá blusas de senhora", afirmou.
Na altura tinha 89 trabalhadoras, agora tem uma centena.
A fábrica, que se dedica essencialmente à confecção de camisas, fechou 2005 com um volume de negócios de cerca de meio milhão de euros, enquanto que para este ano a previsão aponta para mais de 1,3 milhões. Conceição Pinhão garante que desde que assumiu as rédeas da fábrica sempre "espreitou" todas as oportunidades de mercado. "Actualmente, 90 por cento da nossa produção é para exportação, sobretudo para Espanha, mas agora também começámos a exportar para o Canadá blusas de senhora", afirmou.
Fonte: Diário de Notícias, aqui.
Importamos 4/5 do que comemos. Hoje, no produto nacional, 3% ou 4% são agricultura e alimentação, 20% ou 25% são indústria. Ou seja, produtos novos, feitos em Portugal, são 30%, menos de um terço. Que vamos exportar daqui a dez anos? E daqui a 20? Serviços? Quais?
Pergunta António Barreto numa entrevista publicada no jornal i, a ler na íntegra aqui, onde se faz um retrato pouco optimista do nosso presente, condicionado, em muito, por um passado que nos envergonha (tínhamos há 30 anos a mesma taxa de analfabetismo que a Inglaterra de 1800) e por um nível de dependência do Estado que não estimula a iniciativa e a tomada de riscos.
As bolsas europeias caíram para o nível mais baixo das últimas três semanas e as obrigações dispararam, a reagirem à tentativa do Dubai de recalendarizar o pagamento da sua dívida. Esta situação está a abalar a confiança dos investidores que têm procurado os mercados emergentes para obterem retornos mais elevados.
As agências de notação de risco Moody’s e Standard & Poor’s cortaram ontem os “ratings” das empresas estatais do Dubai, dizendo que poderão considerar o plano da Dubai World de prorrogação do reembolso da dívida como um incumprimento. Se assim for, este será o maior incumprimento soberano desde a Argentina em 2001.O Dubai, regido pelo xeque Mohammed Bin Rashid Al Maktoum, contraiu empréstimos no valor de 80 mil milhões de dólares ao longo de um “boom” de quatro anos no sector da construção que reduziu a sua dependência das receitas provenientes do petróleo e deu origem ao centro turístico e financeiro do Golfo Pérsico.
Este acontecimento coloca uma questão interessante: será que os nossos activos estão bem protegidos? Será que aqueles que julgamos capazes de honrar os seus compromissos estão mesmo em condições de o fazer? Com um mundo como o de hoje, o melhor mesmo é não dar nada por certo e, assim sendo, considerar que há sempre um risco inerente que é ditado pelas incertezas que se vivem. Neste contexto, o melhor mesmo é elevar o preço, incorporando um prémio de risco mais ajustado.
Não se trata aqui de dramatizar mas de apelar ao realismo. A componente mais nítida desta dificuldade é a não sustentabilidade do caminho que seguimos nos últimos doze anos, cujo desenlace pode bem ocorrer num prazo não muito longo. Efectivamente, uma das poucas coisas de que poderemos ter a certeza é que os próximos doze anos (e provavelmente os próximos seis) não poderão ser iguais aos passados. Isto por uma razão óbvia: é que simplesmente não haverá financiamento externo para sustentar sequer o magro crescimento da última década, porque ninguém emprestará a bancos ou empresas de um país com 150% ou 200% do PIB de dívida externa. Se e quando este financiamento se evaporar a economia e sociedade portuguesas entrarão numa situação de que mais vale não falar, mas que fará da crise de 1983-84 uma brincadeira de crianças.
A situação é pois de emergência. Conseguiu-se - e bem - através da política orçamental conter o colapso, a curto prazo, da economia através da sustentação da procura interna. Agora a prioridade absoluta terá de ser dada às exportações e à redução das importações. Para contimuar a ler este oportuníssimo artigo de João Ferreira do Amaral clicar aqui, Diário Económico.
A situação é pois de emergência. Conseguiu-se - e bem - através da política orçamental conter o colapso, a curto prazo, da economia através da sustentação da procura interna. Agora a prioridade absoluta terá de ser dada às exportações e à redução das importações. Para contimuar a ler este oportuníssimo artigo de João Ferreira do Amaral clicar aqui, Diário Económico.
O que é um Produto Financeiro Complexo? Segundo a CMVM (Regulamento nº1/2009) tratam-se de ”instrumentos financeiros que, embora assumindo a forma jurídica de um instrumento já existente, têm características que não são directamente identificáveis com as desse instrumento, em virtude de terem associados outros instrumentos de cuja evolução depende, total ou parcialmente, a sua rentabilidade.”
O Governo congratulou-se hoje, quinta-feira, por Portugal ter sido classificado em primeiro lugar pela Comissão Europeia em matéria de disponibilização e sofisticação de serviços públicos electrónicos, considerando tratar-se de um resultado do Plano Tecnológico e dos programas SIMPLEX. A notícia sobre a classificação de Portugal nesta área foi divulgada hoje, no âmbito da Conferência Ministerial sobre administração electrónica, que está a decorrer em Malmoe (Suécia) - reunião que se integra na presidência sueca da União Europeia.
"O nosso pais obtém classificação elevada nos dois parâmetros (disponibilização e sofisticação) sobre os serviços públicos. Este resultado é fruto do trabalho do Plano Tecnológico e de medidas do programa de Simplificação Administrativa (SIMPLEX)", declarou o titular da pasta da Presidência, Pedro Silva Pereira, no final do Conselho de Ministros.
"O nosso pais obtém classificação elevada nos dois parâmetros (disponibilização e sofisticação) sobre os serviços públicos. Este resultado é fruto do trabalho do Plano Tecnológico e de medidas do programa de Simplificação Administrativa (SIMPLEX)", declarou o titular da pasta da Presidência, Pedro Silva Pereira, no final do Conselho de Ministros.
Fonte: Jornal de Notícias, aqui.
Numa década, o endividamento externo da economia portuguesa avaliado pela posição internacional de investimento líquida passou de 41% do produto interno bruto (PIB) para 105% no corrente ano. Esta evolução explica-se pelo acréscimo da dívida face ao exterior da Administração Pública (passou de 25% do PIB para 54% entre 2000 e 2009) e do sector financeiro (expandiu-se de 25% para 51%). O endividamento externo dos bancos materializou-se em expansão do crédito a empresas e particulares, sobretudo este. Efectivamente, o rácio de endividamento das famílias portuguesas aumentou de 70% para 96% do PIB no mesmo período.A necessidade de recurso à poupança externa decorreu da queda da poupança interna e da observação de forte antecipação de consumo: incremento do consumo corrente em detrimento de futuro por parte de famílias e Estado. O recurso à poupança externa é perfeitamente justificável em países com forte crescimento e poupanças insuficientes para financiar investimento.
Para continuar a ler este artigo de Cristina Casalinho, onde se evidenciam os riscos do nosso endividamento externo, clicar aqui (Jornal de Negócios), se não for feita uma adequada alocação: aos investimentos reprodutivos que garantam taxas de rendibilidade superiores à remuneração exigida pela dívida externa.
"Neste momento o desafio que Portugal enfrenta é ainda maior [face à última década], na medida em que a evidência histórica demonstra que as crises financeiras tendem a ter um impacto permanente no nível do produto, bem como um impacto negativo na produtividade que se prolonga por algum tempo", lê-se nas conclusões do boletim económico. "A actual crise poderá afectar negativamente o nível de equilíbrio da actividade e o próprio crescimento potencial das economias", aponta outra passagem do documento. A tempestade da crise está a passar, mas deixa todo um conjunto de destroços no caminho: subaproveitamento do capital instalado nas empresas, queda abrupta do investimento (a verificada este ano, prevista em 13,1%, não tem precedentes, sublinha o BdP) e aumento do desemprego estrutural (ver páginas 16 e 17). Todos estes choques somam-se às fragilidades de sempre da economia portuguesa, como a baixa produtividade do trabalho e o endividamento alto.
O Banco de Portugal fez a revisão de alguns dos principais indicadores macroeconómicos. Aponta para uma previsão de inflação (Índice Harmonizado de Preços no Consumidor) de -0,9% em 2009 e um incremento na taxa de poupança . O PIB para 2009 é revisto em alta perspectivando-se que encerre o ano com um decréscimo de 2,7%.
A empresa de produção e comercialização de equipamentos desportivos do treinador do Sporting tem contratos com sete das 16 equipas da Liga. Emblemas como o do Vitória de Guimarães, Vitória de Setúbal, Belenenses, Marítimo, Académica, Rio Ave e Olhanense equipam Lacatoni.
O Chaves, Trofense, Friamunde, Varzim e Vizela, da Liga de Honra, ou os árbitros da Federação Portuguesa de Futebol e a selecção nacional de Hóquei em Patins também equipam "à Carvalhal". A empresa nasceu na década de 90, fundada em Braga, em 1986, por um grupo de amigos. Chama-se Lacatoni, em honra dos fundadores, Laureta, Carvalhal e Toni (António Soares). E foi crescendo durante a década de 90 no ramo desportivo/têxtil, começando por equipar clubes locais, mas depressa conquistou vários clubes profissionais portugueses.
A internacionalização da marca aconteceu naturalmente. A selecção de futebol de Angola e alguns clubes de futebol na Galiza já vestem Lacatoni.
O Chaves, Trofense, Friamunde, Varzim e Vizela, da Liga de Honra, ou os árbitros da Federação Portuguesa de Futebol e a selecção nacional de Hóquei em Patins também equipam "à Carvalhal". A empresa nasceu na década de 90, fundada em Braga, em 1986, por um grupo de amigos. Chama-se Lacatoni, em honra dos fundadores, Laureta, Carvalhal e Toni (António Soares). E foi crescendo durante a década de 90 no ramo desportivo/têxtil, começando por equipar clubes locais, mas depressa conquistou vários clubes profissionais portugueses.
A internacionalização da marca aconteceu naturalmente. A selecção de futebol de Angola e alguns clubes de futebol na Galiza já vestem Lacatoni.
A Cleopatra do CleopatraMoon classificou este espaço como "um Blog viciante". Dou por adquirido, sabendo de quem vem tal apreciação, que não existem efeitos perniciosos na continuidade das visitas. Fico, por isso, satisfeito com este "novo selo" e deixo aqui os meus agradecimentos.
Segundo o IUTIC 2009, cujos resultados foram divulgados no dia 6 de Novembro pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), 46% dos agregados familiares possuem acessos em Banda Larga. Este valor, que representa um crescimento de 283% em relação ao valor verificado em 2004, faz com que a Banda Larga esteja já presente em 96% dos agregados domésticos que possuem ligação à Internet.
Fonte: Portal do Cidadão.
Como é possível que um clube com 87 anos de existência se veja confrontado com esta realidade? Como é possível que se chegue a esta situação caricata de não existirem verbas para pagar o policiamento do jogo? A quem devem ser assacadas responsabilidades por esta situação ? Quem vai ficar associado ao fim do clube mais representativo do Distrito de Aveiro?
Portugal consegue ser o terceiro país que mais cresce na Europa, mas os economistas duvidam da consistência da retoma. Mais uma vez, a economia portuguesa surpreendeu. Contra as expectativas das instituições internacionais e dos economistas, o produto interno bruto (PIB) cresceu 0,9% no terceiro trimestre deste ano, face aos três meses anteriores - muito acima do que estava previsto.
Os números revelados ontem pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que Portugal consolidou a saída da recessão. "É o maior crescimento trimestral dos últimos dois anos, desde antes do início da crise, 2007", reagiu Teixeira dos Santos, ministro das Finanças. "É um número muito superior às estimativas do Governo, sendo o terceiro maior crescimento em cadeia de toda a Europa", acrescentou José Sócrates.
Os números revelados ontem pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que Portugal consolidou a saída da recessão. "É o maior crescimento trimestral dos últimos dois anos, desde antes do início da crise, 2007", reagiu Teixeira dos Santos, ministro das Finanças. "É um número muito superior às estimativas do Governo, sendo o terceiro maior crescimento em cadeia de toda a Europa", acrescentou José Sócrates.
Boas notícias para Portugal. A nossa econonia está a reagir bem. A UE-27 também já registou crescimento positivo (0,2), agora precisamos que os nosso principal parceiros económico, a a Espanha, encete a necessária recuperação. Para conhecer a informação do do Eurostat clicar aqui.
Portugal recebeu seis galardões nos World Travel Awards 2009, os mais prestigiados prémios do sector do turismo.
Lisboa esteve em destaque, recebendo três distinções: melhor destino para escapadinha da Europa, melhor destino para cruzeiro na Europa e melhor destino na Europa.
O complexo turístico Vila Joya, de Albufeira, ganhou em duas categorias: Melhor “Boutique Resort” da Europa e do Mundo.
Por fim, a TAP recebeu a distinção de melhor companhia aérea para viajar para a América do Sul.
Fonte: jornal i, aqui.
Lisboa esteve em destaque, recebendo três distinções: melhor destino para escapadinha da Europa, melhor destino para cruzeiro na Europa e melhor destino na Europa.
O complexo turístico Vila Joya, de Albufeira, ganhou em duas categorias: Melhor “Boutique Resort” da Europa e do Mundo.
Por fim, a TAP recebeu a distinção de melhor companhia aérea para viajar para a América do Sul.
Fonte: jornal i, aqui.
As políticas laborais deviam dar prioridade à formação dos trabalhadores para permitir a mobilidade e a procura de emprego, em vez de apoiar “a manutenção dos postos de trabalho condenados”. A ideia foi defendida hoje pela administradora do Banco de Portugal, Teodora Cardoso, durante o 7º Congresso da Administração Pública, onde se discutiu o papel do Estado na resposta à crise.“As leis laborais, por razões ideológicas mas pouco defensoras dos trabalhadores, têm tendência para defender os postos de trabalho que existem”, realçou, acrescentando que devia haver mais investimento e maior pró-actividade dos serviços no apoio à busca de emprego e formação profissional.
Fonte: Jornal de Negócios, aqui.
O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português registou uma variação homóloga de -1,6% (-1,8% em Setembro), 1,5 p.p. inferior à variação homóloga estimada pelo Eurostat para a área do Euro. A taxa de variação mensal do IHPC foi nula, tendo a taxa de variação média dos últimos doze meses diminuído para -0,6%. Ver em detalhe, aqui no site do INE. Assim sendo podemos concluir que mesmo que os salários nominais não aumentem, existe um acréscimo do poder de compra dos trabalhadores.
Esta breve inspecção trouxe bastantes elementos para reflexão. As recentes condições internacionais, excelentes para os pobres, não favoreceram os abastados, grupo a que, sem darmos por isso, já pertencemos. É irónico constatar que o mal está em sermos demasiado prósperos. Portugal cresceu menos que os pobres porque é rico, e menos que os ricos porque é novo-rico.
A nossa falta de dinamismo sócio- -económico vem na cultura de parasitismo, direitos adquiridos, requintes, imposições e exigências, tudo pago pela tributação dos que produzem. Como novos-ricos, ganhámos hábitos refinados sem saber lidar com eles. Não se pensa em produzir como rico, mas em consumir como rico. Imitamos os europeus no centro comercial, não no emprego. Temos defesa do consumidor, ambiente, cultura, emprego, sexo. Só não há defesa do trabalho, empresa, produtor, desenvolvimento. Impomos muitas reivindicações, poucas realizações.
A nossa falta de dinamismo sócio- -económico vem na cultura de parasitismo, direitos adquiridos, requintes, imposições e exigências, tudo pago pela tributação dos que produzem. Como novos-ricos, ganhámos hábitos refinados sem saber lidar com eles. Não se pensa em produzir como rico, mas em consumir como rico. Imitamos os europeus no centro comercial, não no emprego. Temos defesa do consumidor, ambiente, cultura, emprego, sexo. Só não há defesa do trabalho, empresa, produtor, desenvolvimento. Impomos muitas reivindicações, poucas realizações.
João César das Neves analisa, em artigo de opinião no Diário de Notícias, muitos dos problemas com que nos debatemos. Uma reflexão a não perder, com leitura integral aqui.
A crise fez as famílias aumentarem o aforro - um termo que caiu em desuso depois do ‘boom' consumista dos últimos anos - mas, apesar de o período de maior turbulência nos mercados financeiros já ter passado, a tendência ganhou raízes e os portugueses estão a apostar em produtos de maturidades cada vez mais longas.
A nova ‘moda' é confirmada pelo Banco de Portugal: de acordo com o boletim estatístico, os depósitos com prazos mais longos (mais de dois anos), que estavam praticamente estagnados durante a maior parte do ano, tornaram-se subitamente atractivos nos últimos três meses e chegaram mesmo a registar um crescimento de 173% em Agosto.
A nova ‘moda' é confirmada pelo Banco de Portugal: de acordo com o boletim estatístico, os depósitos com prazos mais longos (mais de dois anos), que estavam praticamente estagnados durante a maior parte do ano, tornaram-se subitamente atractivos nos últimos três meses e chegaram mesmo a registar um crescimento de 173% em Agosto.
A crise tem destas coisas. Faz pensar no futuro. E se muita gente andava a viver acima das suas possibilidades, agora faz bem em reformular as suas prioridades e fazer o aforro que pode ser necessário para os tempos de dificuldades que o futuro pode trazer.
A economia portuguesa continuou em Setembro a registar uma forte recuperação, segundos os indicadores económicos da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), acumulando já seis meses consecutivos a melhorar.
Segundo os dados divulgados hoje, os indicadores avançados relativos a Portugal apresentam uma melhoria para os 98 pontos em Setembro, uma subida de 6,1 pontos desde Março, altura em que atingiu o mais baixo valor da série apresentada, que remonta a Novembro de 2007.
Fonte: Expresso, aqui.
Segundo os dados divulgados hoje, os indicadores avançados relativos a Portugal apresentam uma melhoria para os 98 pontos em Setembro, uma subida de 6,1 pontos desde Março, altura em que atingiu o mais baixo valor da série apresentada, que remonta a Novembro de 2007.
Fonte: Expresso, aqui.
A Comissão Europeia quer que Portugal acabe com a situação de défice excessivo até 2013, um dos prazos mais dilatados no contexto da zona euro, a par da Irlanda. A recomendação de Bruxelas - que será apresentada na próxima quarta-feira, juntamente com os prazos para mais oito países com défice orçamental acima de 3% do PIB - implicará alguma margem de tolerância para o governo português na elaboração do Orçamento do Estado para 2010, apontando 2011 como o início da correcção do défice.
O governo terá de entregar à Comissão um novo Programa de Estabilidade e Crescimento - após a apresentação e discussão do Orçamento do Estado, em Janeiro - no qual terá de explicar como pensa reequilibrar as finanças públicas. As palavras do ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, sugerem que o Orçamento do Estado para 2010 deverá dar sinais de contenção na despesa, embora mantenha os apoios à economia e não assuma o défice como prioridade. Não há detalhes sobre como irá o governo corrigir as contas no contexto esperado de estagnação económica.
Fonte: Jornal i, aqui.
O Governo ( e as oposições) não têm muitos graus de liberdade. A despesa pública tem de ser contida. Não há volta a dar.
Podemos falar da criação de Códigos de ética nas empresas, como aqui, em copiar as boas práticas, aqui, definir um novo estatuto para o gestor público, mais rigoroso e transparente, aqui, mas a corrupção continua a corroer a democracia, como se explica aqui, e pode até o Governo definir um Guia para combater a corrupção, numa publicação feita em 2007, da responsabilidade o Ministério da Justiça, mas o problema persiste, como bem demonstra o Diário de Notícias, aqui. Um sujeito que "antigamente andava numa motorizada, com um atrelado, pelas ruas a recolher sucata" conseguiu "construir um império do qual fazem parte diversas empresas sedeadas em Ovar, Feira, Aveiro, Canas de Senhorim e no Barreiro". Um sujeito que conseguiu " estruturar um projecto delituoso ao longo do tempo, para que as empresas de que era dono ou tinha participações maioritárias vencessem os concursos públicos ou tivessem primazia nas adjudicações directas feitas por grandes empresas". Funcionários públicos, quadros superiores de grandes empresas, políticos, agentes de forças de segurança, são referenciados no processo em investigação. Pasma-se como se chegou tão alto e, ao mesmo tempo, tão baixo. Neste enquadramento só pode haver um caminho, investigar com toda em extensão e profundidade e julgar, condenando que deve ser condenado. Muitos dirão que a corrupção é um problema universal. De facto, assim é, na teoria da escolha pública o "rent-seeking"é um fenómeno estudado. Benefícios, privilégios, concorrem para a obtenção de rendas artificiais superiores aos custos em que se incorre para a sua compra. Como é que se combate esta situação? Pela exigência de um comportamento ético irrepreensível para os detentores de cargos de nomeação política, pela diminuição do peso do Estado, pela definição de regras claras de concursos públicos, pela condenação severa de quem prevarica e, ainda, pela forte censura social destas situações. Só assim conseguiremos atenuar este mal que nos vai fazendo perder o respeito por quem tem funções de responsabilidade, como bem disse Fernando Ulrich.
Já não é necessário imaginar um futuro em que toda a informação se confunde com publicidade, porque esse futuro chegou. A promoção de marcas e produtos está hoje presente em muita da informação jornalística e noutros conteúdos mediáticos. A nova campanha do BES com Cristiano Ronaldo teve direito a dezenas de inserções indirectas nos noticiários, através do seu making of, um género de publicidade sem custos conhecidos e que se mantém no espaço mediático para além do tempo de vida dos próprios anúncios.
O caso de Cristiano Ronaldo no espaço informativo e comercial português é especial, dada a notoriedade mundial do jogador, mas serve como ponto de partida para uma reflexão sobre o lugar dos making of na comunicação empresarial.
Eduardo Cintra Torres no Jornal de Negócios. Para ler o artigo na íntegra, clicar aqui.
O caso de Cristiano Ronaldo no espaço informativo e comercial português é especial, dada a notoriedade mundial do jogador, mas serve como ponto de partida para uma reflexão sobre o lugar dos making of na comunicação empresarial.
Eduardo Cintra Torres no Jornal de Negócios. Para ler o artigo na íntegra, clicar aqui.
O INE acaba de divulgar o inquérito anual à utilização de tecnologias da informação e da comunicação nas empresas relativo a 2009, no âmbito das estatísticas sobre a Sociedade da Informação e Conhecimento. Segundo este inquérito, “82% das empresas com dez e mais pessoas ao serviço acederam à internet através de banda larga“.
Quando o presidente do conselho de administração da Conduril relata um episódio passado no século iii a. C, percebe-se que tanto nos negócios como na guerra os bons resultados alcançam-se tendo em atenção o mais pequeno pormenor. Aníbal, general cartaginês é uma das referências de António Amorim Martins. Numa batalha durante a Segunda Guerra Púnica contra Roma, aquele estratego militar mandou atear fogo às suas próprias embarcações para que os seus soldados não tivessem sequer hipótese de fugir. Eram obrigados a lutar.
Não sendo "tão exigente" quando Aníbal, António Amorim Martins desde cedo soube que um dos factores para o sucesso da sua construtora passava pelos soldados que estão no terreno. "É em momentos difíceis e menos confortáveis que os melhores mostram as suas potencialidades", explica. Na realidade, a boa performance dos colaboradores na hora de tomar decisões, em especial quando estão a abrir novos mercados internacionais, demonstra que a confiança e a delegação de responsabilidades os leva a querer fazer melhor e a "mostrar o que realmente valem". Também por isso este empresário considera que quem está a trabalhar nas filiais da Conduril (até agora concentradas no continente africano) "tem de receber uma melhor remuneração".
Fonte: Expresso, aqui.
Não sendo "tão exigente" quando Aníbal, António Amorim Martins desde cedo soube que um dos factores para o sucesso da sua construtora passava pelos soldados que estão no terreno. "É em momentos difíceis e menos confortáveis que os melhores mostram as suas potencialidades", explica. Na realidade, a boa performance dos colaboradores na hora de tomar decisões, em especial quando estão a abrir novos mercados internacionais, demonstra que a confiança e a delegação de responsabilidades os leva a querer fazer melhor e a "mostrar o que realmente valem". Também por isso este empresário considera que quem está a trabalhar nas filiais da Conduril (até agora concentradas no continente africano) "tem de receber uma melhor remuneração".
Fonte: Expresso, aqui.
O sucesso não se alcança sem uma boa estratégia. Esta empresa pode bem constituir um exemplo para muitas outras. As crises arrastam excelentes oportunidades. Basta saber agarrá-las.
A Otto von Bismarck crear un sistema de pensiones y contrarrestar la influencia del movimiento obrero alemán le resultó más sencillo de lo que parece. En 1889, cuando la esperanza de vida no llegaba a los 40 años, el Gobierno del dirigente prusiano fijó la edad de jubiliación... ¡en 70 años! Si el canciller de hierro levantara la cabeza se quedaría pasmado: ahora vivir más de 70 años, al menos en Europa, es de lo más corriente. La idea de garantizar una renta a las personas mayores, además de generalizarse, se ha complicado sobremanera. Más ahora, cuando el reciente colapso financiero ha golpeado (y muy duro) a los fondos privados de pensiones, la solución que ganaba terreno en los últimos años. El siguiente golpe se lo pueden llevar los sistemas públicos de reparto, como el español: si el paro se enquista, los problemas derivados del envejecimiento de la población estarán aquí en un futuro demasiado próximo. Y todo se viene encima de una generación que ahora soporta las pensiones de sus padres y abuelos, pero que, con los mecanismos actuales, no tienen certeza de acceder a una jubilación digna cuando lleguen a viejos.
Fonte: El País, aqui.
É um novo blogue que aborda temas de política interna e internacional e onde escrevem, entre outros, o Carlos Santos, a Sofia Loureiro dos Santos, a Ana Paula Fitas, o Luís Novaes Tito, o Eduardo Graça e o Porfírio Silva. Merece a visita regular. Para conhecer basta clicar aqui: A Regra do Jogo.
Os resíduos sólidos costumam atrair gente com costumes não tão sólidos assim. Lixo atrai lixo. Basta ver a série televisiva Os Sopranos. Os amigos mafiosos de Tony Soprano, e ele próprio, dedicam-se a várias traficâncias - da falsificação de cartões telefónicos à prostituição - que pontuam este ou aquele dos 86 episódios. Mas só um negócio atravessa toda a série da Máfia de Nova Jérsia: o negócio do lixo (na sua vasta gama, recolha e tratamento do lixo, aterros sanitários, incineração, sucatas...). Outro exemplo, e desta vez sem recorrer à ficção: o mais lucrativo negócio da Camorra, a Máfia de Napóles, é o lixo. Não conheço as razões que relacionam os homens do lixo e os homens de negócios sem escrúpulos. Mas que se atraem, atraem. Talvez o compadrio venha do convencimento comum de que o dinheiro não tem cheiro. Uns porque já têm a pituitária destruída pela matéria orgânica em putrefacção, outros porque são podres eles próprios. Em todo o caso, o facto é esse: a gente venal adora o lixo. E o país que se lixe.
A Moody's, uma das três agências internacionais de notação de dívida pública, colocou ontem o ‘rating' de Portugal sob pressão negativa. A agência explica que os sucessivos governos têm mostrado "falta de vontade" para adoptar mudanças estruturais e duvida que um Governo de minoria tenha capacidade para inverter a tendência. A oposição garante que será responsável e que vai forçar o Governo a produzir melhores resultados do que o anterior Governo de maioria.
Fonte: Diário Económico, aqui.
Este apreciação tem o seu lado positivo. Constitui um alerta sério para o governo e para as oposições. Não basta propôr medidas de apoio às empresas e às famílias e exigir melhores salários para a função pública, é preciso saber onde ser vão buscar as receitas para suportarem o acréscimo de despesas. E, como é consabido, num cenário de anemia económica, como o que se vive, as receitas provenientes da arrecadação de impostos tendem a diminuir. O governo tem de ter coragem para fazer o que é preciso fazer e as oposições devem ser responsáveis. Para bem de todos.
"Poucos economistas perceberam a emergência da crise actual, mas essa falha de previsão foi o menor dos problemas. O mais grave foi a cegueira da profissão face à possibilidade de existência de falhas catastróficas numa economia de mercado. O papel da economia perdeu-se porque os economistas, enquanto grupo, se deixaram ofuscar pela beleza e elegância vistosa da matemática. Porque os economistas da verdade caíram de amores pela antiga e idealizada visão de uma economia em que os indivíduos racionais interagem em mercados perfeitos, guiados por equações extravagantes. Infelizmente, esta visão romântica e idílica da economia levou a maioria dos economistas a ignorar que todas as coisas podem correr mal. Cegaram perante as limitações da racionalidade humana, que conduzem frequentemente às bolhas e aos embustes; aos problemas das instituições que funcionam mal; às imperfeições dos mercados - especialmente dos mercados financeiros - que podem fazer com que o sistema de exploração da economia se submeta a curto-circuitos repentinos, imprevisíveis; e aos perigos que surgem quando os reguladores não acreditam na regulação. Perante o problema tão humano das crises e depressões, os economistas precisam abandonar a solução, pura mas errada, de supor que todos são racionais e que os mercados trabalham perfeitamente."
Versão traduzida de uma petição que circula na auto-estrada da informação, picada aqui, apresentada na sequência deste artigo de Paul Krugman, Nobel da Economia. São cada vez mais os questionam a forma como se vem olhando para a Economia. Se quiser subscrever tem de clicar aqui.
Eis a história: o padre Fernando Guerra, 74 anos, foi detido anteontem no fim da missa na aldeia de Covas do Barroso, Boticas, por suspeita de posse ilegal e tráfico de armas. À chuva, militares da GNR esperaram pelo fim da eucaristia das 7 horas de domingo. Aguardaram que os 40 fiéis saíssem e surpreenderem o padre na sacristia, enquanto despia os paramentos e se preparava para seguir para a paróquia vizinha. Depois das buscas à igreja e à casa do padre, a GNR encontrou munições e seis armas ilegais - três pistolas e três caçadeiras - e o padre foi detido. Foram detidas outras três pessoas, com idades entre os 50 e os 54 anos. Os fiéis das aldeias de Cerdedo, Vilar e Videiro, já não tiveram direito a missa. Ontem, à hora do fecho desta edição, o padre continuava a ser ouvido pelo juíz no Tribunal de Boticas.
José Sócrates estabeleceu hoje três objectivos centrais para o seu Governo – combate à crise, modernização da economia e da sociedade e justiça social. O primeiro-ministro definiu com objectivo central da governação a recuperação da economia, através do apoio ao investimento privado e às empresas, mas também “promovendo o investimento público” e defendendo o emprego. Para conhecer o discurso do Primeiro Ministro clicar aqui.
O membro do conselho do BCE Christian Noyer afirmou hoje que os bancos devem continuar a fazer reformas e a reforçar as bases de capital, tendo recomendado cautela nos dividendos e bónus pagos. Os esforços para reforçar a regulação e o capital da indústria financeira global continuam a ser uma prioridade e devem ser mantidos, mesmo numa altura em que os bancos apresentam “lucros trimestrais impressionantes”, afirmou Noyer num discurso em Singapura, citado pela Bloomberg.
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