A coisa ainda está negra

Publicada por José Manuel Dias



"Neste momento o desafio que Portugal enfrenta é ainda maior [face à última década], na medida em que a evidência histórica demonstra que as crises financeiras tendem a ter um impacto permanente no nível do produto, bem como um impacto negativo na produtividade que se prolonga por algum tempo", lê-se nas conclusões do boletim económico. "A actual crise poderá afectar negativamente o nível de equilíbrio da actividade e o próprio crescimento potencial das economias", aponta outra passagem do documento. A tempestade da crise está a passar, mas deixa todo um conjunto de destroços no caminho: subaproveitamento do capital instalado nas empresas, queda abrupta do investimento (a verificada este ano, prevista em 13,1%, não tem precedentes, sublinha o BdP) e aumento do desemprego estrutural (ver páginas 16 e 17). Todos estes choques somam-se às fragilidades de sempre da economia portuguesa, como a baixa produtividade do trabalho e o endividamento alto.
Do Boletim económico de Outono do Banco de Portugal, via Jornal i, artigo integral aqui.

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