As bolsas europeias caíram para o nível mais baixo das últimas três semanas e as obrigações dispararam, a reagirem à tentativa do Dubai de recalendarizar o pagamento da sua dívida. Esta situação está a abalar a confiança dos investidores que têm procurado os mercados emergentes para obterem retornos mais elevados.
As agências de notação de risco Moody’s e Standard & Poor’s cortaram ontem os “ratings” das empresas estatais do Dubai, dizendo que poderão considerar o plano da Dubai World de prorrogação do reembolso da dívida como um incumprimento. Se assim for, este será o maior incumprimento soberano desde a Argentina em 2001.O Dubai, regido pelo xeque Mohammed Bin Rashid Al Maktoum, contraiu empréstimos no valor de 80 mil milhões de dólares ao longo de um “boom” de quatro anos no sector da construção que reduziu a sua dependência das receitas provenientes do petróleo e deu origem ao centro turístico e financeiro do Golfo Pérsico.
Este acontecimento coloca uma questão interessante: será que os nossos activos estão bem protegidos? Será que aqueles que julgamos capazes de honrar os seus compromissos estão mesmo em condições de o fazer? Com um mundo como o de hoje, o melhor mesmo é não dar nada por certo e, assim sendo, considerar que há sempre um risco inerente que é ditado pelas incertezas que se vivem. Neste contexto, o melhor mesmo é elevar o preço, incorporando um prémio de risco mais ajustado.
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