Primeiro, as dificuldades do Dubai em pagar as suas dívidas. Os mercados ficaram nervosos e ainda não recuperaram totalmente a calma. Ontem, as más notícias vieram de terras mais próximas e conhecidas. Num dos seus raides, as agências de ‘rating' aumentaram o nível de risco da Grécia e deixaram sérios avisos sobre Espanha - a Standard & Poor's reviu em baixa o ‘outlook' para a dívida espanhola. Ou seja, lançaram uma suspeita generalizada sobre a capacidade financeira destes países.
E antecipando os movimentos das agências de ‘rating', é muito provável que Portugal esteja entre os próximos. Até porque, nos maus momentos, os mercados internacionais tendem a confundir a economia portuguesa e a espanhola. Ontem, os ‘spreads' da dívida pública portuguesa relativamente à alemã subiu mais do que os da dívida espanhola: 12 pontos contra nove pontos. Os acontecimentos de ontem têm o mérito de mostrar que Portugal não pode viver com os actuais níveis de endividamento. O dinheiro do estrangeiro, que tem aguentado o insustentável nível de vida dos portugueses, vai chegar cada vez mais caro. Assim, só há um caminho: poupar mais. Todos. Empresas, famílias e, sobretudo, o Estado.
Bruno Proença, no Diário Económico, aqui.
Será que não o levam a sério?! Estou em crer que fazem mal. O futuro dirá se estou certo...
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