Com a adopção de novas regras laborais no Estado, mais próximas do regime privado – progressão mais difícil na carreira, avaliação mais apertada, etc. – aumentou muito o número de funcionários públicos descontentes. O Governo – que tem como meta reduzir 75 mil postos de trabalho no Estado até ao final da legislatura – viu a oportunidade e decidiu facilitar a aposentação no Estado (mediante penalização). Este ano o resultado traduziu-se na saída de 22 mil funcionários públicos, a maioria do ministério da Educação (precisamente onde a contestação tem sido maior). No seu conjunto, a via da aposentação, combinada com o controlo nas admissões, tem sido o principal instrumento que o Executivo socialista tem utilizado para emagrecer a máquina do Estado (que desde 2005 perdeu 51 mil pessoas). Para o ministério das Finanças, que assiste ao êxodo, 2009 será a altura de perceber ao certo quem são estas pessoas que estão a sair, qual o seu nível de habilitações e experiência, que perda representam para a função pública. Esse passo é fundamental para combinar a necessária dieta de custos com o funcionamento cada vez melhor do Estado.
Fonte: Diário Económico, aqui.
Para saber se quem se aposenta no final deste ano vai ter uma pensão generosa é só espreitar aqui.
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