É o nome da coluna que Daniel Amaral, economista, alimenta, no semanário "Expresso". Na sua última crónica debruçou-se sobre o Orçamento para 2008 e escreve : " O OE prevê uma verba de 21 mil milhões de euros para despesas com pessoal, cerca de 1% acima da estimativa para 2007. Mas como não se pronuncia sobre as pessoas envolvidas, ficamos sem saber qual o acréscimo salarial implícito. Este foi assumido pelo Governo indirectamente: 2,1%, exactamente igual à inflação prevista. Do lado dos sindicatos exige-se mais, oscilando as propostas entre 3,5% (STE) e 5,8% (CGTP). Pergunta inevitável: estes valores justificam-se?
"Ao reduzirmos as exportações, estamos a agravar a balança comercial, endividando-nos cada vez mais. Números redondos, o que se passa é o seguinte: a diferença entre importações e exportações é de 8% do PIB, e o saldo de rendimentos e capitais acresce àquele valor mais 1%. Estes 9% do PIB traduzem o ritmo a que estamos a endividar-nos anualmente. Eis o que já todos sabíamos, mas ninguém quer reconhecer: vivemos muito acima das nossas posses.
Moral da história: acréscimos salariais superiores à inflação prevista (2,1%) poderão ser socialmente justificáveis, mas não são economicamente realistas."
Moral da história: acréscimos salariais superiores à inflação prevista (2,1%) poderão ser socialmente justificáveis, mas não são economicamente realistas."
Como é evidente, na actual conjuntura nacional não se pode negar a realidade exigindo aumentos salariais completamente desadequados à nossa economia.
Seria dar um passo atrás nos esforços que estão a ser exigidos a todos os portugueses.
Abraço
E o que é que vale mais? A legitimidade social ou a realidade da economia? ;)
LOL