Unidade através da singularidade

Publicada por José Manuel Dias


Não há nenhum som nocturno mais arrepiante, lúgubre, assustador e belo de que o capricho musical de uma alcateia que uiva. (.../...)
Por causa da melodia de vozes, muitas vezes parece que estamos rodeados de muitos lobos.
Na verdade não há geralmente mais de cinco a oito lobos uivando numa alcateia. O segredo é que os lobos têm sempre o cuidado de não se sobreporem uns aos outros. Cada lobo assume uma nota única, respeitando a distinção dos outros membros da alcateia. Apesar das notas poderem mudar, como em qualquer bonita canção, um lobo não copiará a nota de outro.
O que é interessante é que este respeito pelo indivíduo só acentua a verdadeira unidade do grupo. Eles são um, mas são indivíduos, cada um contribuindo para a organização de uma forma só sua. Cada lobo tem a sua própria voz. Cada lobo respeita a voz de todos os outros lobos. (.../...)
A sinfonia dos lobos faz com que a alcateia pareça um inimigo muito maior do que se todos eles se ouvissem ao mesmo tempo. (.../...)
Assim também são mais fortes as organizações e as famílias em que a consciência de cada indivíduo é celebrada em vez de abafada. Cada pessoa assume a sua parte de responsabilidade no grupo empregando os seus talentos e forças específicas. Expressando a sua própria singularidade e respeitando e encorajando a singularidade dos outros, a unidade torna-se fortíssima.
Extraído de " A sabedoria dos lobos", Twyman L. Towery, Sinais de Fogo Publicações, Lda, Cascais (2001)

Conte até dez...

Publicada por José Manuel Dias


Quando era menino, o meu pai costumava contar até dez em voz alta, todas as vezes que ficava aborrecido comigo ou com as minhas irmãs. Era uma estratégia que ele usava (e outros pais também) para se acalmar antes de decidir o que fazer em seguida.
Eu melhorei essa estratégia ao incorporar-lhe o uso da respiração. A táctica é simples: quando sentir que está a perder o controlo, inspire profundamente e, enquanto o faz, diga »um». Em seguida, relaxe todo o corpo, ao expirar. Repita o mesmo processo com número dois, e assim por diante, até pelo menos dez. O que acontece é que está a purificar a mente com uma versão reduzida de exercício de meditação. A combinação é tão relaxante que é quase impossível continuar irritado no final. O aumento do oxigênio nos pulmões e o intervalo de tempo entre o momento que termina o exercício permite-lhe ampliar a perspectiva. Facilita a percepção de que a «tempestade», na verdade, é um «copo de água».
Extraído do livro " Não faça uma Tempestade num Copo de Água", Carlson, Richard, Temas e Debates Actividades Editoriais, Lda, Lisboa (2002)

O valor da Perseverança

Publicada por José Manuel Dias


Se há pessoas que não estudam ou que, se estudam, não aproveitam, elas que não se desencorajem e não desistam; se há pessoas que não interrogam os homens instruídos para esclarecer as suas dúvidas ou o que ignoram, ou que, mesmo interrogando-os, não conseguem ficar mais instruídas, elas que não se desencorajem e não desistam; se há pessoas que não meditam ou que, mesmo que meditem, não conseguem adquirir um conhecimento claro do princípio do bem, elas que não se desencorajem e não desistam; se há pessoas que não distinguem o bem do mal ou que, mesmo que distingam, não têm uma percepção clara e nítida, elas que não se desencorajem e não desistam; se há pessoas que não praticam o bem ou que, mesmo que o pratiquem, não podem aplicar nisso todas as suas forças, elas que não se desencorajem e não desistam; o que outros fariam numa só vez, elas o farão em dez, o que outros fariam em cem vezes, elas o farão em mil, porque aquele que seguir verdadeiramente esta regra da perseverança, por mais ignorante que seja, tornar-se-á uma pessoa esclarecida, por mais fraco que seja, tornar-se-á necessariamente forte.
Confúcio, in 'A Sabedoria de Confúcio'

Cheque fora de moda

Publicada por José Manuel Dias


O velhinho cheque está a ficar fora de moda, tendo a circulação diminuído mais de 30% nos últimos sete anos, de acordo com notícia do novel semanário SOL, de 23 de Setembro p.p..
A cada ano ano que passa , em média, 11 milhões de cheques deixaram de ser emitidos. De acordo com o Banco de Portugal em 2005 circularam 173 milhões de cheques, contra os 250 milhões de 1999.
Apesar desta quebra sensível Portugal é ainda o terceiro país da Europa que mais usa o cheque como forma de pagamento. A redução do seu uso é uma meta da APB (Associação Portuguesa de Bancos) que anunciou em Julho, o objectivo de reduzir em 50% a utilização dos cheques até 2010 e em 20% o peso do dinheiro em circulação, incrementando o uso do Cartão Multibanco, já utilizado em Portugal desde 1987.
Os consumidores portugueses que aderiram, de modo entusiástico, ao "dinheiro de plástico", via cartões de débito ou crédito, ainda têm uma grande caminho a percorrer para atingir os níveis de utilização duma Espanha (apenas 6% das transacções são liquidadas por cheque) ou duma Alemanha (apenas 1% dos pagamentos é feito através do cheque), pois, no presente, uma em cada quatro transacções comerciais ainda é assegurada por cheque.

Verticalidade

Publicada por José Manuel Dias


O filósofo Aristipo que adquirira un padrão de vida confortável por bajular o rei, ao deparar com o filósofo Diógenes a lavar umas lentilhas para fazer uma sopa, disse-lhe em tom zombeteiro: « Se tivesses aprendido a adular o rei, não precisarias dessa comida de pobres, como as lentilhas».
«E tu se tivesses aprendido a comer lentilhas» ripostou Diógenes com desdém -, « não precisarias de adular o rei».
James A. Thom

Dia Europeu sem carros

Publicada por José Manuel Dias


As comemorações do " Dia Europeu Sem Carros 2006” estão a decorrer hoje na cidade de Aveiro. Este ano de 2006, a zona sem tráfego automóvel é a zona do Bairro da Beira-Mar, das 08.00 de 22 de Setembro às 02.00 de amanhã. No período das 19.00 do dia 22 às 02.00 horas do dia seguinte, a Rua João Mendonça, Rua Barbosa de Magalhães, Largo do Rossio, Rua João Afonso de Aveiro e Rua Bernardino Machado são abertas ao trânsito de veículos a motor por forma a permitir o acesso aos parques de estacionamento junto ao Canal de São Roque.
Registe-se, entretanto, que a Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta atribuiu à Câmara de Aveiro o Prémio Nacional “Mobilidade em Bicicleta” na categoria das Autarquias. A Federação «entendeu que o empenho da autarquia, ano após ano, na utilização da bicicleta (entre as quais o projecto BUGA) é merecedor da vertente “Autarquias” do Prémio Nacional “Mobilidade em Bicicleta” que visa reconhecer publicamente o contributo de determinadas entidades que tenham promovido a utilização da bicicleta nas suas múltiplas vertentes, através da criação ou melhoria das condições e facilidades em Portugal e/ou da divulgação de iniciativas fomentadoras do uso deste veículo não motorizado».
O nome BUGA - tem uma finalidade descritiva, pois é a sigla da Bicicleta de Utilização Gratuita de Aveiro. As Bugas são disponibilizadas gratuitamente a todos os cidadãos, sem burocracias e com total liberdade: basta pegar, andar e largar. As Bugas pretendem ser a marca de um estilo de vida mais saudável, em permanente relação com a natureza, fazendo da cidade um local privilegiado para se viver e, claro, para visitar.

Cansamo-nos de pensar (*)

Publicada por José Manuel Dias


Cansamo-nos de tudo, excepto de compreender. O sentido da frase é por vezes difícil de atingir. Cansamo-nos de pensar para chegar a uma conclusão, porque quanto mais se pensa, mais se analisa, mais se distingue, menos se chega a uma conclusão.
Caímos então naquele estado de inércia em que o mais que queremos é compreender bem o que é exposto - uma atitude estética, pois que queremos compreender sem nos interessar, sem que nos importe que o compreendido seja ou não verdadeiro, sem que vejamos mais no que compreendemos senão a forma exacta como foi exposto, a posição de beleza racional que tem para nós.
Cansamo-nos de pensar, de ter opiniões nossas, de querer pensar para agir. Não nos cansamos, porém, de ter, ainda que transitoriamente, as opiniões alheias, para o único fim de sentir o seu influxo e não seguir o seu impulso.
(*) Fernando Pessoa, in 'Livro do Desassossego'

A equação da mudança

Publicada por José Manuel Dias


O "mundo é composto de mudança...", diz o refrão, de uma cantiga bem conhecida. Sucede que a maioria de nós, é, em maior ou menor grau, avessa à mudança. Não vale a pena iludir esta realidade. A nossa educação prepara-nos, quase sempre, para quadros de estabilidade, em que o domínio da maior parte das variáveis está ao nosso alcance. O acelerar da evolução tecnológica, a crescente partilha de informação, a queda de sucessivos dogmas, deixam-nos sem o quadro de referências que durante anos suportou a nossa actuação. Ter noção desta realidade é criar condições para ultrapassar mais facilmente os constrangimentos ditados pelas mudanças.
Existe uma equação que explica o processo de mudança:
M = N - R
Em que Mudança M - Mudança, N - Necessidade e R - Resistência.
A leitura desta equação permite-nos tirar as seguintes conclusões:
a) A mudança implica a percepção da necessidade (que motiva de mudança) e tem de ser maior que a resistência ( a que corresponde o receio de perder)
b) Não haverá mudança se a resistência for igual ou maior do que a necessidade.
Existem resistências porque existe receio. Resistir tem como propósito manter a situação existente. Resistir à mudança é recear o próprio crescimento, negando a necessidade de crescer para assumir novos desafios. Resistir é procurar esconder fragilidades e limitações.
As coisas não são fáceis para quem aceita as mudanças mas são, por regra, muito piores, para quem teima em ficar como está, ignorando a necessidade de mudança. Estas pessoas penalizam-se a si próprias e, por efeito da sua inércia, acabam, também, por prejudicar aqueles que partilham o seu tempo e o seu espaço e desejam aderir às mudanças. Neste enquadramento importa focalizarmo-nos nas mudanças que desejamos efectivamente concretizar, ignorando as apreciações e julgamentos dos resistentes à mudança.
Portugal vive um tempo de muitas mudanças. A larga maioria dos portugueses está consciente da necessidade das mudanças. Temos, no entanto, alguns resistentes, em particular nos sectores em que a " zona de conforto" é mais mais expressiva, que tentam obstaculizar as mudanças. Não há, no entanto, volta a dar. As mudanças reclamadas são ditadas pela exigência de um futuro melhor para todos, ou mudam ou, então, o tempo reservar-lhes-á, o futuro que os dinossauros tiveram...

Briefing

Publicada por José Manuel Dias


Briefing é um instrumento usado para transmitir informações relevantes aos colaboradores como, por exemplo, alterações de objectivos, modos de actuação ou procedimentos. Corresponde à passagem da informação certa – da pessoa certa para a(s) pessoa(s) certa(s) – na altura certa, do modo mais ajustado e com custos reduzidos, não devendo, por isso, ultrapassar os 30 minutos.
Cuidados a observar para optimizar os resultados:
1) Escolher uma hora e local adequados, certificando-se se todos os que têm de participar o podem fazer;
2) Preparar cuidadosamente as informações a transmitir;
3) Definir as regras de participação, esclarecendo, desde início, o período em que poderão ser suscitadas questões;
4) Enunciar com clareza os propósitos do Briefing, sendo conciso e preciso;
5) Aceitar apenas as perguntas relacionadas com os assuntos versados no Briefing e clarificar todas as dúvidas que forem suscitadas e que se enquadrem nos temas apresentados;
6) Assegurar que todos ficam esclarecidos, questionando: " Mais alguma pergunta? Todos ficaram esclarecidos? "
7) Terminar a discussão fazendo um resumo e agradecendo a presença de todos.

Nada é complicado se nos prepararmos previamente

Publicada por José Manuel Dias


Se, antes de começarmos a falar, determinarmos e escolhermos, previamente, as palavras, a nossa conversa não será vacilante nem ambígua. Se em todos os nossos negócios e empresas determinarmos e planearmos, previamente, as etapas da nossa actuação, obteremos o êxito. Se determinarmos com bastante antecedência a nossa norma de conduta na vida, em nenhum momento seremos assaltados pela inquietação. Se sabemos, previamente, quais são os nossos deveres, será fácil darmos-lhes cumprimento.
Confúcio, ( 551-479 a.c.) in 'A Sabedoria de Confúcio'

Cartão de Cidadão - documento de cidadania

Publicada por José Manuel Dias


O Conselho de Ministros de 7 de Setembro p.p. aprovou a Proposta de Lei que cria o Cartão de Cidadão. Este documento vai substituir o bilhete de identidade e os cartões de contribuinte, de eleitor, de saúde e da Segurança Social, permitindo a identificação presencial e respeitando a proibição de um número único e de cruzamento de dados. Permite ainda que o titular armazene, se assim o entender, dados pessoais sobre o grupo sanguíneo, alergias ou contactos de emergência, e que o use para autenticação electrónica e assinatura electrónica. Trata-se de um documento electrónico protegido contra a fraude por dispositivos que garantem elevado nível de integridade, autenticidade e confidencialidade. Facilitará o quotidiano dos cidadãos e permitirá poupar meios e recursos à Administração Pública. Ainda durante o ano de 2006 o Governo vai escolher um público alvo, ou seja, uma ou duas regiões do país onde serão emitidos os primeiros cartões. A atribuição de Cartões a todos os cidadãos ainda não tem data fixada.

A assimetria da informação

Publicada por José Manuel Dias


A informação é uma baliza, um sinal, um varapau, um ramo de oliveira ou um dissuasor, dependendo de quem a esgrime e da forma como o faz. A informação é tão poderosa que a a assunção da informação, até mesmo se a informação realmente não existe, pode ter um efeito tranquilizador. Consideremos o caso de um carro usado estreado há um dia.
O dia em que o carro é tirado do stand é o pior dia da sua vida, nesse dia ele perde imediatamente cerca de um quarto do seu valor. Pode parecer absurdo, mas sabemos bem que é verdade. Não se consegue vender um carro novo que foi comprado por 20.000 dólares por mais do que talvez 15.000 dólares, mesmo que tenha sido comprado na véspera. Porque é razão que isto acontece? Porque, evidentemente, só quem tenha chegado à conclusão de que ele não presta é que pode querer estar a vender um carro acabado de comprar. Por isso, mesmo que o carro seja bom, qualquer comprador potencial presume que ele há-de ter qualquer problema. Presume que o vendedor tem alguma informação sobre o carro de que ele, o comprador, não dispõe - e o vendedor é penalizado por essa suposta informação.
E se o carro não presta mesmo? O vendedor faria bem em esperar um ano para o vender. Nessa altura, a suspeita de existência de qualquer problema ou de que o carro não é bom ter-se-á esbatido; com esse tempo, haverá sempre pessoas a vender os seus carros com um ano de idade, bons e em perfeito estado, e o carro mau passa despercebido no meio deles, sendo provavelmente possível vendê-lo por mais do que ele realmente vale.
É normal e frequente que, numa transacção, uma das partes interveniente esteja mais bem informada que a outra. Na linguagem dos economistas, esse fenómeno é conhecido como assimetria da informação.
Extraído de "Freakonomics - o estranho mundo da economia - O lado escondido de todas as coisas", Steven D. Levitt e Stephen J. Dubner, Editorial Presença, Barcarena (2005)

A definição das prioridades

Publicada por José Manuel Dias


Meus senhores:
Ao marchar para Portugal, para uma posição que domina a aproximação a Madrid e as forças francesas, os meus oficiais cumpriram diligentemente a vossa solicitação que foi enviada pelo navio de S. M. de Londres para Lisboa e, depois, por mensageiro para o nosso quartel-general.
Enumerámos as nossas selas, rédeas, tendas e estacas de tendas e todo o tipo de artigos diversos que o Governo de Sua Magestade colocou sob a minha responsabilidade. Enviei relatórios sobre a personalidade. o engenho e o humor de todos os oficiais. Foram contabilizados todos os objectos e importâncias até ao último vintém, com duas lamentáveis excepções para as quais peço a vossa indulgência. Infelizmente, a quantia de um xelim e nove dinheiros continua por contabilizar na caixa de uma batalhão de infantaria e houve uma horrível confusão quanto ao número de frascos de compota de framboesa enviados para um regimento de cavalaria durante uma tempestade de areia no Oeste de Espanha. Este provável descuido pode estar relacionado com a pressão das circunstâncias, uma vez que estamos em guerra com França, facto que pode constituir alguma supresa para os senhores, aí em Whitehall.
Isto traz-me ao meu presente objectivo que é solicitar esclarecimentos ao Governo de Sua Magestade sobre as minhas instruções, de modo a compreender a razão por que estou a arrastar um exército por estas áridas planícies. Deduzo que deva ser forçosamente uma de duas incumbências alternativas. Realizarei qualquer delas com o melhor da minha capacidade, mas não posso realizar ambas; 1. Treinar um exército de escriturários britânicos uniformizados em Portugal para bem dos contabilistas e copistas de Londes ou, eventualmente, 2. Tratar que as forças de Napoleão sejam expulsas de Portugal e de Espanha.
Vosso obedientíssimo servo,
Wellington
Carta do Duque de Wellington para Londres durante as invasões francesas
Arthur Wellesley, Duque de Wellington, comandou a coligação de tropas portuguesas e inglesas que derrotou o exército francês na Batalha do Bussaco, a 27 de Setembro de 1810.

Portugal é o mais ágil do mundo a criar empresas (*)

Publicada por José Manuel Dias


A reforma [administrativa] portuguesa [o Simplex] é um exemplo de como medidas relativamente simples, desenhadas num curto espaço de tempo e concretizadas com relativamente pouco dinheiro, podem ter um impacte muito significativo na actividade das empresas”, sublinhou ao Público Caralee McLeish, uma das co-autoras do relatório Doing Business 2007 - How to reform, ontem apresentado pelo International Finance Corporation, o braço do Banco Mundial para o sector privado. O relatório, de acordo com notícia do Diário Económico do dia de ontem, elogia simplificação de processos de criação de novas empresas e diz: “o país executou a maior reforma do mundo” a este nível. Em Aveiro, desde o início deste projecto, em Julho de 2005, até Junho passado foram criadas 974 empresas na hora, com um tempo médio de atendimento por constituição de 41 minutos.
Portugal é hoje um país que oferece melhor condições aos empresários para fazerem negócios, de acordo com notícia do Jornal de Negócios de ontem. No espaço de um ano, o país subiu cinco lugares e figura agora na 40ª posição do "ranking" do Banco Mundial que compara o ambiente regulamentar aplicável às empresas em 175 economias, logo atrás de Espanha e bem à frente de países como Itália (82º lugar) e Grécia (109º) que pertencem igualmente à Zona Euro.
(*) Título de notícia do Diário Económico de 06 de Setembro p.p.

A pedra

Publicada por José Manuel Dias

O distraído tropeçou nela;
O bruto usou-a como um projéctil;
O empreendedor, usando-a, construiu;
O camponês, cansado da lida, fez dela assento;
Para as crianças foi brinquedo;
Drummond poetizou-a;
Com ela David matou Golias;
O artista fez dela a mais bela escultura...
Em todos os casos, a diferença não era a pedra, mas sim o homem.

Autor desconhecido

Códigos Éticos de Empresa

Publicada por José Manuel Dias


Um código ético (ou uma declaração de princípios, um ideário, uma carta de intenções, etc) é um documento em que a empresa estabelece certos objectivos de carácter ético que deseja conseguir, dentro e fora da empresa, isto é, com os fornecedores de capital de risco, trabalhadores, directivos, etc..., e/ou com clientes, fornecedores, instituições financeiras, comunidade local, economia nacional, etc. (.../...)
Passemos então à apresentação das razões de ordem geral que se pode apontar para justificar a criação de um código ético:
1) Antes de mais, a necessidade que a empresa tem, como instituição de responder à nobre função de ajudar o desenvolvimento humano e profissional dos seus membros.
2) Toda a empresa que no futuro queira ter bons profissionais não pode prescindir do desenvolvimento ético dos mesmos. Um profissional tecnicamente muito preparado pode ser perigosíssimo se o seu nível ético, por desconhecimento ou má fé, é reduzido.
Há, contudo, outras razões:
a) Imperativos legais ou inclusive a necessidade de auto-regulação por parte das empresas, para evitar que a pressão da opinião pública obrigue os poderes públicos a impôr uma legislação que, sendo necessariamente mais geral, implica uma maior rigidez de actuação.
b) A credibilidade face ao meio ou à própria organização também pode justificar a elaboração de um código de conduta, tendo em vista "criar" uma imagem externa (e interna) de responsabilidade, seriedade e excelência.
c) O carácter punitivo, e portanto, dissuasor dos códigos, com o objectivo de evitar (ou pelo menos dificultar) actuações fraudulentas ou condutas indesejáveis dos membros da organização.
d) Por último, pode dizer-se que os códigos de conduta se podem revelar úteis instrumentos para a busca da identidade empresarial e para o reforço de uma determinada "cultura de empresa".
Excertos de texto de José Manuel Moreira, in Revista " Dirigir", do IEFP, publicado como separata do número 45, Setembro/Outubro de 1996
Julgo que podemos concluir que as empresas podem tirar vantagens da existência de um Código Ético na medida é um instrumento incentivador da escolha dos "melhores caminhos" na concretização dos respectivos objectivos. Ganham as empresas e ganha a sociedade.

Círculo de Qualidade

Publicada por José Manuel Dias


O Círculo de Qualidade é um sistema, concebido do Kaoru Ishikawa, professor da Universidade de Tóquio falecido em 1989, que tem como propósito envolver todos os colaboradores de uma empresa, a todos os níveis, na qualidade das tarefas executadas e na identificação de melhorias que possam conduzir a ganhos de eficiência e produtividade.
Um círculo de qualidade é, na definição do Quality Circles Handbook, um grupo de 3 a 12 pessoas que fazem o mesmo ou trabalho semelhante, reunindo-se voluntária e regularmente durante cerca de uma hora por semana em tempo remunerado, habitualmente sob a liderança do seu próprio supervisor, e preparadas para identificar, analisar e resolver alguns dos problemas do seu trabalho, apresentando soluções à administração e, quando possível, implementando soluções elas próprias.
Existem 2 preocupações essenciais num Círculo de Qualidade:
1) identificação do problema e apresentação de sugestão de soluções;
2) reforço da motivação do grupo por via das reuniões e da inerente oportunidade para discutir questões relacionadas com o trabalho.
As reuniões devem ser feitas com carácter regular e com uma ordem de trabalhos pré-definida. Devem ser elaboradas actas, com o intuito de velar pelo acompanhamento e execução das propostas aprovadas. A eficácia deste método depende muito da preparação dos participantes no processo e do apoio efectivo recebido por parte da gestão do topo.
Quem não conhece organizações que lucrariam com a aplicação deste sistema?