O planeamento por cenários corresponde a um conjunto de técnicas que possibilita a construção de hipóteses alternativas sobre o futuro, permitindo às empresas estarem preparadas para a concretização de cada uma dessas hipóteses. Procura definir-se uma estratégia, com base na observação atenta do presente, com o intuito de reduzir as incertezas (quantitativas e qualitativas) e, de algum modo, ajudar a modelar o futuro. Não se pretende fazer uma previsão, com base no passado mas, essencialmente, desenhar vários futuros possíveis, admitindo mesmo a alteração das "regras de jogo". Mesmo que nenhum dos cenários elencados, venha a concretizar-se, este método não deixa de incentivar um grande exercício de reflexão colectiva quanto às estratégias a adoptar a longo prazo, por via da identificação das principais tendências e das potenciais rupturas de tendência que constituem as "formas motrizes" da Cenarização. Aponta-se, entretanto, uma grande vantagem no seu exercício, as organizações passam a dispôr de planos de contingência dependentes da evolução de algumas das variáveis críticas da sua actividade normal.
Esta técnica foi sistematizada e desenvolvida por Peter Schwartz, autor do livro "The Art of the Long View" (1991) e ganha adeptos, a cada dia que passa, em resultado da única certeza que novos tempos nos trazem: cada vez mais incertezas.
“ Nunca faço previsões. Apenas olho através da janela e vejo o que é visível mas que ainda não foi visto.” Peter Drucker em citação da Executive Digest, Maio de 1997
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