Qualquer unidade económica, por pequena que seja, tem desde o início da sua actividade uma preocupação : vender, quer se trate de bens ou de serviços.
Sucede que nem todos os clientes pagam a pronto, recorrendo, por isso, ao crédito.
Em épocas de crise, este instrumento facilitador das vendas ganha, ainda, maior importância devendo, por isso, ser objecto de atenção redobrada.
A gestão do crédito é, pois, uma área estratégica nas organizações empresariais. O modo como as empresas estruturam os respectivos serviços de gestão de crédito pode representar, ou não, uma vantagem competitiva em relação aos demais concorrentes.
Um sistema de gestão e controlo de crédito deve ter em consideração:
1) a natureza do negócio;
2) o mercado onde opera;
3) o volume e natureza dos débitos;
4) os recursos disponíveis.
Existem, no entanto, alguns princípios genéricos que devem ser observados:
a) definição políticas de crédito, isto é, regras de conduta comercial e financeira que balizarão a concessão de crédito;
b) organização de uma base de dados de informações que concorra para a uma avaliação dos riscos dos clientes;
c) cobertura do risco de concessão de crédito através de um seguro adequado;
d) criação de uma estrutura de gestão e recuperação de crédito com colaboradores habilitados e motivados.
A gestão de uma empresa não deve descurar a obtenção de informação que lhe permita aferir a qualidade e eficiência das cobranças. Uma empresa que venda e não receba é uma empresa destinada à insolvência. Definir políticas de crédito, velar pela sua boa aplicação, estar atenta aos sinais de alerta juntos dos seus clientes, definir uma metodologia de recuperação pela via extrajudicial e ser célere nas cobranças em sede de Tribunal, são requisitos essenciais a empresas que se desejam competitivas.
Para aprofundamento desta temática, sugerimos a leitura do livro " A gestão do Crédito - como vantagem competitiva" de António Sarmento Baptista, Editora Vida Económica, Porto, 2004.
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