1. O problema maior (o maior, não o pior) da economia mundial é que está a replicar o seu velho modelo de acesso ao dinheiro. Será através de dinheiro emprestado que se vai redinamizar a economia. Isto significa que o dinheiro que desapareceu (ou que existia apenas virtualmente) está a ser substituído por mais dinheiro emprestado - algum dele também virtual. Aprendeu-se a lição, mas não se conhece ainda outro caminho além de "inventar" dinheiro.
2. É por isso que se fala tanto em investimento público. Só os estados podem endividar-se e gastar agressivamente, dando como garantia a sua existência no tempo. Para a dívida, oferecem as gerações futuras. Para os gastos acima dos ganhos (o célebre défice), acenam com a capacidade de esperar que a economia melhore.
3. É preciso gastar na despesa social (financiar o desemprego) e em investimento que traga retorno. Aqui entra a questão da periferia - é difícil entender investimentos públicos em Portugal que não passem por um crescimento das infra-estruturas que encurtam a periferia nacional
Conclusão: Em 2010 o défice vai derrapar e parece inevitável que se invista em obras para diminuir a periferia e que se apoiem fiscalmente as pequenas e médias empresas, tudo com dinheiro emprestado. Sobre esta equação é preciso, agora, exigir respostas aos candidatos a primeiro-ministro.
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