Não sou um super homem

Publicada por José Manuel Dias


Eu já simpatizava com ele. Ambos somos duplamente do Porto (clube e cidade). Mas Teixeira dos Santos subiu alguns pontos na minha consideração ao declarar: "Não sou um super-homem. Sou um simples cidadão que, quando tem de trabalhar mais, trabalha."
Ao acumular a Economia com as Finanças, o ministro induziu ganhos de produtividade num sector (Função Pública) que bem anda precisado deles, como o prova o facto de termos 52 almirantes para 40 navios. A baixa produtividade é a kryptonite que debilita a nossa economia. Portugal foi um dos três países da OCDE onde a produtividade registou a desaceleração mais significativa entre 2001 e 2006. A riqueza por hora trabalhada em Portugal é das mais baixas da Europa, apesar de passarmos horas infindas no local de trabalho, desperdiçadas em reuniões improdutivas, incursões pessoais ao YouTube - e pausas para café, aproveitadas para alimentar a má-língua interna, tão perniciosa para o ambiente como a traça num guarda-fatos.
Há a ideia de que tudo muda quando vamos para fora. O exemplo clássico desta tese é o Luxemburgo, que é o país mais produtivo do mundo e tem 20% de portugueses na sua população activa.
Jorge Fiel, em artigo de opinião no Diário de Notícias, aqui, alerta-nos para um dos nossos problemas: a baixa produtividade. Existe, no entanto, uma resposta: "Temos de trabalhar mais horas e, sobretudo melhor, com mais produtividade", de acordo com um dos homens mais ricos de Portugal.

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