A situação herdada em 2005 era medonha: 6,1% de défice, mais do dobro do limite permitido. E, para grandes males, grandes remédios: o Governo propunha-se equilibrar as contas até ao exercício de 2010.
Armas a utilizar: crescimento económico, moderação salarial, recuperação de atrasados - e, no limite, se necessário, cortes no investimento público. O plano arrancou muito bem, e no final de 2007 o défice já estava em 2,6%.
Mas sobreveio uma crise do tamanho do mundo. A maior de que há memória nos últimos oitenta anos. E os objectivos, por muito meritórios que fossem, tiveram de ser alterados. A prioridade já não era o futuro, mas o presente; não era o défice, mas as pessoas: os pobres, os endividados, os desempregados, os sem ninguém. E o país, sem que déssemos por isso, ficou cercado. Amarrado. Hoje todos exigem tudo e ninguém parece ao corrente do que se está a passar.
Armas a utilizar: crescimento económico, moderação salarial, recuperação de atrasados - e, no limite, se necessário, cortes no investimento público. O plano arrancou muito bem, e no final de 2007 o défice já estava em 2,6%.
Mas sobreveio uma crise do tamanho do mundo. A maior de que há memória nos últimos oitenta anos. E os objectivos, por muito meritórios que fossem, tiveram de ser alterados. A prioridade já não era o futuro, mas o presente; não era o défice, mas as pessoas: os pobres, os endividados, os desempregados, os sem ninguém. E o país, sem que déssemos por isso, ficou cercado. Amarrado. Hoje todos exigem tudo e ninguém parece ao corrente do que se está a passar.
Um alerta pertinente. Quase todos pedem ajuda. Os governantes respondem com mais apoios numa "ânsia incontida de salvar tudo o que mexe". Vamos voltar aos défices elevados. A dívida pública vai continuar a crescer. Vamos ter que dar respostas a estes problemas. Com energia, com determinação, com estabilidade política. Vai ser um caminho difícil mas não há volta a dar: temos de ser capazes!
Temos mesmo!
Já passámos por outras crises e fomos capazes de vencê-las!
Mas vai ser uma longa caminhada...
Que não fique ninguém pelo caminho!
Abraço