O diagnóstico da crise

Publicada por José Manuel Dias


Ao nível mundial, o colapso financeiro produziu uma brutal destruição de riqueza que, mesmo artificial, ajudava a sustentar decisões de consumo e investimento. Tal destruição, juntamente com as expectativas pessimistas que alimenta e com as interacções económicas que desencadeia, está a provocar uma enorme contracção da procura, que ameaça tornar excedentária uma boa parte da capacidade produtiva instalada. Daí que as autoridades económicas - governos e bancos centrais - se apliquem, e bem, em criar procura por parte do Estado e em estimular a procura privada, para que o excesso de capacidade não tenha que ser destruído, gerando um massivo desemprego.
Vítor Bento, em artigo de opinião no Diário Económico, faz o diagnóstico da presente crise mundial mas argumenta que o problema de Portugal é diferente, uma vez que desde 1997 que o país vive em excesso de procura, face à sua capacidade produtiva. Para este economista o problema da economia não está, portanto, no lado da procura, mas sim no lado da oferta, que se encontra bloqueada, por perda de competitividade (a produtividade não compensa os custos).
Vale a pena conhecer a sua proposta para saída da crise aqui.

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